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Hidrostática
x Fluido: substância que pode escoar; se adapta ao contorno de qualquer recipiente que o contém. Na
definição mais formal, fluido é uma substância que não suporta uma tensão de cisalhamento, ou
seja, ele se deformará continuamente sob a ação de uma força cisalhante. Os líquidos e os gases
são classificados como fluidos.
x Densidade
Densidade ou massa específica de um material é a razão entre a massa e o volume ocupado por
uma amostra deste material:
m
U
V
a densidade U, no S.I., é dada em kg/m3. Porém, a unidade g/cm3, no sistema CGS, também é muito
utilizada. A relação entre estas duas unidades é,
g kg
1 10 3
cm 3 m3
Ar 1,29
Hélio 0,179
o
Vapor (100 C) 0,090
Hexafluoreto de urânio 15
x Pressão em fluidos
Pressão em um ponto qualquer é a relação entre a força normal (dF), exercida sobre uma área
elementar (dA):
dF
p
dA
Se a pressão for a mesma em todos os pontos de uma superfície plana finita de área A, temos:
F
p
A
15
A pressão em um fluido estático varia com a posição vertical, devido ao seu peso. Por exemplo, a
pressão num lago ou oceano aumenta quando a profundidade aumenta, enquanto que a pressão da
atmosfera diminui com o aumento da altura.
Num líquido como a água, cuja densidade é constante (numa ampla faixa de pressões), a pressão
cresce linearmente com a profundidade. Na figura a seguir, consideramos uma coluna de líquido de
altura h e de área da seção transversal A. A pressão no fundo da coluna deve ser maior que a pressão
no topo da coluna, a fim de suportar o peso da coluna.
m
U m UV U Ah
V
e o seu peso é:
P mg UAhg
Fo = p o A e F=pA
Como a coluna de líquido está em equilíbrio, a força resultante tem que ser nula. Assim devemos ter:
F - Fo - U A h g = 0
p A - po A - U A h g = 0
p - po - U g h = 0
p = po + U g h
po = patm
então,
p = patm + U g h
No mesmo nível e no mesmo líquido, as pressões são iguais. Assim, a pressão p do gás dentro do
balão é:
pc = pB = p = patm + U g h
Barômetro de mercúrio:
Como os pontos 1 e 2 estão no mesmo nível e mesmo líquido, a pressão atmosférica pode ser
calculada por:
p1 = p2 = patm = U g h
Manômetro de Bourdon:
atm = atmosfera
torr = torricelli
Pressão atmosférica ao nível do mar: patm = 1 atm = 760 mmHg = 1,013.105 Pa = 14,7 lb/pol2
x Vasos Comunicantes
x Princípio de Pascal
A figura a seguir mostra um dispositivo chamado de prensa hidráulica ou elevador hidráulico, que
utiliza o princípio de Pascal para ampliar forças.
'p 1 'p 2
F1 F2 A2
F2 F1
A1 A2 A1
como A2 > A1, a força F2, no pistão 2, será maior do que a força F1, aplicada no pistão 1.
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Se o pistão menor (da esquerda) deslocar uma distância d1, o maior (da direita) se moverá para
cima uma distância d2. Como o volume de óleo deslocado no cilindro menor e maior tem que ser igual,
temos:
V = A1 d1 = A2 d2
A1
d2 d1
A2
como A2 > A1, o pistão maior desloca uma distância menor do que o outro pistão.
x Princípio de Arquimedes
E = mLD g
E = UL . VLD . g
E = Peso do corpo
UL . VLD . g = UC . VC . g
UL . VLD = UC . VC
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x Exemplos
1. Determine a pressão manométrica e a pressão total ou absoluta no fundo de uma piscina, contendo
água, com 5 m de profundidade.
2. Em um elevador hidráulico, o pistão maior possui um diâmetro de 300 mm e o menor, 17 mm. Se,
sobre o pistão maior, um carro de 1200 kg está sendo equilibrado, qual é a força aplicada no pistão
menor?
Os fluidos (líquidos ou gases) em movimento são muito mais complexos do que os fluidos em
repouso. A descrição de um fluido em movimento envolve o conhecimento da velocidade vetorial do
fluido, da pressão e da densidade, em todos os pontos. Um escoamento é chamado de estacionário
quando a pressão, a densidade e a velocidade vetorial do fluido não variam com o tempo em um
determinado ponto, embora possam variar com a posição no fluido. Quando alguma dessas grandezas
variarem com o tempo, o escoamento é chamado de turbulento. Como a análise de um escoamento
turbulento é muito complexa, nosso estudo se restringirá ao fluxo não-turbulento (laminar) e a condições
estacionárias.
x Escoamento laminar: escoamento no qual as camadas adjacentes do fluido "deslizam" suavemente
uma sobre as outras.
x Escoamento turbulento: escoamento com velocidades suficientemente elevadas ou com mudanças
bruscas na velocidade, onde o módulo e direção dessa velocidade, em um determinado ponto, varia
com o tempo. Isto significa que o fluxo é irregular e não há a configuração estacionária.
x Linha de fluxo (ou linha de corrente): é uma linha que mostra como as partículas do fluido se
movem. Ela é traçada de modo que a tangente em cada ponto esteja na direção do vetor velocidade
do fluido (figura a seguir).
Figura - Uma linha de fluxo em um fluido escoando. Em cada ponto a linha de fluxo
aponta na direção do vetor velocidade do fluido.
x Tubo de fluxo (ou tubo de corrente): conjunto de linhas de fluxo que passam tangenciando um
elemento de área A (figura a seguir).
Um fluido que não sofre variação na densidade, é chamado de fluido incompressível. Se variar, é
chamado de fluido compressível. Neste estudo, abordaremos problemas com fluidos
incompressíveis.
Na figura a seguir são apresentados alguns exemplos de escoamento laminar, onde podem ser
visualizadas as linhas de fluxo.
Figura - (a), (b), (c) Escoamento laminar em torno de obstáculos com formas diversas;
(d) Escoamento laminar através de um canal com seção transversal variável.
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x Equação de Continuidade (Conservação da Massa)
x v 't x1 v 1 't
x 2 v 2 't
V1 A 1 x1 V1 A 1 v 1 't
V2 A2 x2 V2 A 2 v 2 't
Para fluido incompressível, o volume (ou massa) que entra no tubo de fluxo é o mesmo que sai
(conservação da massa), portanto:
V1 V2
A 1 v 1 't A 2 v 2 't
A1 v1 A2 v2
Q A1 v1 A2 v2
Em um intervalo de tempo 't, um volume 'V flui através do tubo de fluxo. O trabalho (W)
realizado sobre este elemento de volume 'V durante o deslocamento é:
W F1 'x 1 F2 'x 2
O trabalho W também é igual à soma das variações das energias cinética e potencial do
elemento de volume:
W 'E C 'E P (2)
1 1
'E C EC EC 'm v 22 'm v 12
2 1
2 2
1
'E C 'm ( v 22 v 12 )
2
1
'E C U 'V ( v 22 v 12 ) (3)
2
'E P EP EP
2 1
'm g y 2 'm g y 1
'E P 'm g ( y 2 y 1 )
1
(p1 p 2 ) 'V U 'V ( v 22 v 12 ) U 'V g ( y 2 y 1 )
2
1
(p1 p 2 ) U ( v 22 v 12 ) U g ( y 2 y 1 )
2
ou
1 1
p1 U v 12 U g y 1 p2 U v 22 U g y 2
2 2
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x Aplicações da Equação de Bernoulli
a) As equações da Hidrostática são casos especiais da Equação de Bernoulli, para velocidade nula em
todos os pontos. Se v1 e v2 são nulos, temos:
1 1
p1 U v 12 U g y 1 p 2 U v 22 U g y 2
2 2
1
p1 p 2 U ( v 22 v 12 ) U g ( y 2 y 1 )
2
p1 p2 U g (y2 y1 )
p1 p2 U g h
1 1
p1 U v 12 U g y 1 p2 U v 22 U g y 2
2 2
24
1 1
p U v 12 U g h p atm U v 22
2 2
Fazendo a mesma consideração de que a velocidade v1, com que o nível diminui, pode ser
desprezada e que a pressão p, no ponto 1, seja muito maior do que a pressão exercida pela coluna de
líquido (Ugh), temos:
1
p p atm U v 22
2
2 (p p atm )
v2
U
c) O medidor Venturi (ou Tubo de Venturi). É um dispositivo usado para medir a velocidade de
escoamento de um fluido dentro de um tubo (figura a seguir).
A1 v1 A2 v2
A1
v2 v1
A2
Assim,
2
1 1 §A ·
p1 U v 12 p 2 U ¨¨ 1 v 1 ¸¸
2 2 © A2 ¹
2
1 §A · 1
p1 p 2 U v 12 ¨¨ 1 ¸¸ U v 12
2 © A2 ¹ 2
1 ª
2 § A1 ·
2
º
p1 p 2 U v 1 «¨¨ ¸¸ 1»
2 «¬© A 2 ¹ »¼
2 (p 1 p 2 )
v1
ª§ A · 2 º
U «¨¨ 1 ¸¸ 1»
«¬© A 2 ¹ »¼
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onde U é a densidade do fluido escoando. A diferença de pressão (p1 - p2) pode ser calculada
utilizando a altura h da coluna do liquido manométrico de densidade U'. Ou seja,
p1 - p2 = U'g h
d) Tubo de Pitot (ou tubo de Prandtl). É um dispositivo utilizado para medir a velocidade de escoamento
de um gás.
Consideremos o gás - ar, por exemplo - que escoa através das aberturas existentes em a. Essas
aberturas são paralelas à direção de escoamento e suficientemente afastadas na parte posterior para
que a velocidade e a pressão fora delas não sejam perturbadas pelo tubo. A pressão no ramo esquerdo
do manômetro, que está ligado a essas aberturas é, por isso, a pressão estática da corrente de gás, pa.
A abertura do ramo direito do manômetro é perpendicular à corrente. A velocidade reduz-se a zero em b
e o gás aí fica estagnado (em repouso); portanto, nessa região a pressão é a pressão total, pb.
Aplicando a equação de Bernoulli aos pontos a e b, obtemos:
1
pa U v2 pb
2
em que pb, como mostra a figura, é maior do que pa.
Sendo h a diferença entre as alturas do líquido nos ramos do manômetro e U' a densidade do
líquido manométrico, temos:
p a U' g h pb
Igualando as duas equações, obtemos:
1
pa U v2 p a U' g h
2
1
U v2 U' g h
2
2 g h U'
v
U
x Exemplos.
1. Calcule o fluxo, em litros/s, de um líquido não viscoso através de uma abertura de 0,5 cm2 de área,
2,5 m abaixo do nível do líquido, em um tanque aberto.
2. A seção do tubo tem área transversal de 40 cm2 na parte mais larga e 10 cm2 na garganta. No tubo
escoam 30 litros de água em 5 segundos. Determinar:
a) As velocidades nas seções largas e estreitas.
b) A diferença de pressão entre as duas seções.
c) A diferença de altura h no líquido manométrico (mercúrio)
(UHg = 13,6.103 kg/m3; Uágua = 1.103 kg/m3)
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x Viscosidade
Em geral, as forças não-conservativas em um fluido não podem ser desprezadas, como foi
considerado na equação de Bernoulli. Tais forças dissipam a energia mecânica do fluido em energia
interna do mesmo. Um fluido com tais forças dissipativas é chamado de viscoso. Se a viscosidade de
um fluido não é desprezível, então, a energia mecânica não é conservada, e a equação de Bernoulli não
é mais válida. A viscosidade pode descrita como o atrito interno em um fluido. Todos os fluidos reais
são viscosos e esta característica tem uma influência muito grande em seu movimento, por exemplo,
quando um fluido viscoso escoa em um tubo horizontal uniforme, a pressão decresce à medida que se
avança no sentido do escoamento, conforme mostra a figura a seguir.
Observando o efeito de outra forma, é preciso que haja uma diferença de pressão para empurrar
um fluido através de um tubo horizontal. Esta diferença de pressão é indispensável em virtude da perda
de energia, devido à força de arraste que cada camada de fluido exerce sobre a camada adjacente, que
tem velocidade diferente da sua. Estas forças de arraste são denominadas forças viscosas. Em virtude
destas forças viscosas, a velocidade do fluido não é constante sobre o diâmetro do tubo. Ao contrário, é
maior no eixo central do tubo e vai diminuindo no sentido da parede do tubo, onde zera. Na figura a
seguir tem-se o perfil de velocidade de um fluido viscoso escoando em um tubo.
Podemos utilizar o arranjo da figura a seguir para estudar a viscosidade de fluidos. A placa
superior é deslocada a uma velocidade baixa, constante, através do topo do fluido. Experimentos
mostram que, para a maioria dos fluidos, a velocidade do fluido em pontos entre as duas placas da
figura varia linearmente com a distância em relação à placa móvel. Fluidos para os quais a componente
horizontal da força necessária para mover a placa é proporcional à velocidade da placa chamam-se
fluidos newtonianos. Água e ar são exemplos de fluidos quase newtonianos. Certos plásticos e
suspensões, tais como sangue e mistura de água e argila, são exemplos de fluidos não-newtonianos,
nos quais o módulo da força necessária para mover a placa poderia ser proporcional ao quadrado da
velocidade. Para altas velocidades, o fluxo torna-se turbulento e muito complexo em todos os fluidos.
Figura - Quando a placa superior é puxada lentamente, o fluido viscoso entre as placas flui em
"lâminas", cuja velocidade é proporcional à sua distância até a placa parada na base,
conforme indicado pelo comprimento das setas na figura.
A porção de fluido representada na figura anterior possui uma forma que vai se tornando cada
vez mais distorcida devido ao movimento da placa superior. Ou seja, o fluido sofre uma contínua
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deformação de cisalhamento. A razão F/A é a tensão de cisalhamento exercida sobre o fluido. A
tensão de cisalhamento depende da taxa de deformação que é dada pela razão v/z.
A viscosidade do fluido (K) é definida como a razão entre a tensão de cisalhamento e taxa de
deformação:
Tensão de cisalhamen to F/ A
K
Taxa de deformação v/z
Reagrupando a equação anterior, vemos que a força necessária para o movimento indicado na
figura anterior é diretamente proporcional à velocidade:
v
F KA
z
N.s/m2 = Pa.s
din.s/cm2 = poise
1 Pa.s = 10 poise
Os fluidos que escoam facilmente, como a água e a gasolina, possuem viscosidades menores
do que fluidos como mel e o óleo de motor. As viscosidades dos fluidos são fortemente dependentes da
temperatura, aumentando para os gases e diminuindo para os líquidos, à medida que a temperatura
aumenta.
x Lei de Poiseuille
Pela natureza geral dos efeitos viscosos, a velocidade de um fluido viscoso que escoa através
de um tubo não será constante em todos os pontos de uma seção transversal do tubo. A camada mais
externa do fluido adere às paredes e sua velocidade é nula. As paredes exercem, sobre ela, uma força
para trás e esta, por sua vez, exerce uma força na camada seguinte na mesma direção e assim por
diante. Se a velocidade não for muito grande, o escoamento será laminar, a velocidade atingirá um
máximo no centro do tubo, decrescendo para zero nas paredes.
Na figura a seguir, a força propulsora (FP) do fluido é produzida pela diferença de pressão. Assim
temos:
FP p1 S r 2 p 2 S r 2
FP ( p1 p 2 ) S r 2
A força viscosa (retardadora) na parede é dada por:
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dv dv
FV KA K2 SrL
dr dr
Igualando as duas forças, pois temos um escoamento estacionário, temos:
dv
( p1 p 2 ) S r 2 K2 SrL
dr
dv (p 1 p 2 )
r
dr 2 KL
(p 1 p 2 )
dv r dr
2 KL
O sinal negativo deve ser introduzido, porque a velocidade v diminui quando r aumenta.
Integrando, temos:
0 (p 1 p 2 ) R
³v dv ³r r dr
2 KL
cujo resultado é:
(p 1 p 2 ) 2
v (R r 2 )
4KL
(p 1 p 2 ) 2
v dA dt (R r 2 ) dA dt
4KL
(p1 p 2 )
dV (R 2 r 2 ) 2 S r dr dt
4KL
O volume que escoa através de toda a seção transversal do tubo é obtido pela integração de
todos os elementos entre r = 0 e r = R:
S (p 1 p 2 ) R 2
³0 (R r ) r dr dt
2
dV
2 KL
S R 4 (p 1 p 2 )
dV dt
8 KL
dV S R 4 (p 1 p 2 )
Q
dt 8 KL
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x Lei de Stokes
A força viscosa (força de arraste) sobre uma esfera de raio r, se movendo com velocidade v, em
um fluido, é dada por:
F 6 SK r v
Uma esfera movendo-se na vertical em um fluido viscoso atinge uma velocidade terminal vT,
onde a força viscosa retardadora, somada ao empuxo, se igualam ao peso da esfera:
F E P
onde: F 6 SK r vT
4
E U' Vesf g U' S r3 g
3
4
P mg U Vesf g U S r3 g
3
Substituindo, temos:
4 4
6 S K r vT U' S r3 g U S r3 g
3 3
2 r 2 g (U U' )
vT
9 K
x Número de Reynolds
Quando a velocidade de um fluido que escoa em um tubo excede um certo valor crítico (que
depende das propriedades do fluido e do diâmetro do tubo) a natureza do escoamento torna-se
extremamente complicada. Dentro de uma camada extremamente fina, adjacente às paredes,
denominada camada limite, o escoamento ainda é laminar. A velocidade de escoamento na camada
limite é nula nas paredes do tubo, crescendo uniformemente através dela. As propriedades desta
camada são da maior importância para se determinar a resistência ao escoamento e a transferência de
calor para o fluido em movimento ou proveniente dele.
Fora desta camada limite, o movimento é altamente irregular. Desenvolvem-se no fluido, ao
acaso, correntes circulares locais, chamadas vórtices, com um grande aumento na resistência ao
escoamento. Este tipo de escoamento é chamado turbulento.
A experiência indica que uma combinação de quatro fatores determina se o escoamento de um
fluido em um tubo é laminar ou turbulento. Esta combinação é conhecida como Número de Reynolds
(NR), definido como a razão entre as forças de inércia e viscosa:
Força de Inércia
NR
Força Vis cos a
Uv D
NR
K
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onde: U = densidade do fluido.
v = velocidade média do fluido (a velocidade média é definida como a velocidade uniforme em
toda a seção transversal do tubo que produziria a mesma vazão volumétrica).
K = viscosidade absoluta, ou dinâmica, do fluido.
D = diâmetro do tubo.
K
Q = viscosidade cinemática do fluido. No SI, é dada em m2/s; no CGS, em cm2/s (stoke =
U
st).
x Exemplos
1. Água a 20oC escoa por um tubo de 1 cm de raio. Se a velocidade do escoamento no centro do tubo
for de 10 cm/s, determinar a queda de pressão, devido à viscosidade, ao longo de um trecho de 2 m.
(K da água a 20oC = 1,005 centipoise)
2. Em um tubo, com raio de 2 cm, escoa água à 20oC. Se a vazão é de 125 ml/s, determine se o
escoamento é laminar ou turbulento. (K da água a 20oC = 1,005.10-3 Pa.s)