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Introdução

O Reino Unido ainda é um dos poucos países Europeus que ainda oferece algumas condições

de trabalho para professores. Dentro do Reino Unido vou centrar-me em Londres. De um

modo geral as coisas nas outras cidades processam-se da mesma forma, a diferença reside na

oferta de trabalho e na compensação salarial. Na capital a oferta de trabalho é

espantosamente alta e os valores salariais são substancialmente mais altos que no resto do

país. A menos que tenha alguma fobia por grandes cidades, é o local para estar.

Preparação

Antes de partir deve saber aquilo que irá encontrar, o que precisa de ter consigo e o que terá

que fazer, de modo a minimizar o tempo que terá que perder a regularizar a sua situação no

Reino Unido. São vários os passos que terá que seguir até poder finalmente estar sentado na

sua nova casa a beber um chá e a preparar as aulas do dia seguinte, com as libras a caírem na

sua nova conta bancária. Pode tornar-se complexo ter que rapidamente tratar de tudo e mais

alguma coisa. Procurar casa, pagar as primeiras rendas e depósitos, abrir conta em bancos que

lhe vão pedir prova de residência.

A menos que alugue casa a uma agência de aluguer e esteja disposto a pagar os valores

altíssimos e taxas infindáveis, tudo aquilo que pode ser em conta para si inicialmente para

começar a vida, pode acabar por revelar-se complicado no que diz respeito a comprovar a sua

residência. Normalmente os bancos não aceitam declarações de particulares a comprovar a

sua residência. Contas de luz e água costumam resolver o problema, mas a maioria das vezes

costuma tudo estar em nome de quem lhe aluga o quarto ou a casa. Também tem que arranjar

um número de segurança social para poder começar a trabalhar. E já que falamos em

trabalhar, sabe exatamente o que fazer para arranjar trabalho? Pois bem, é na preparação de
todos estes pormenores que vamos trabalhar. É preciso que não se perca muito tempo, caso

contrário, antes de estar o primeiro vencimento na conta, já temos que pagar mais um mês de

renda, que não é barata. Em cada secção irá ser abordado como resolver um problema de cada

vez, antes de partir, na transição, depois de estar lá.

Documentação Pessoal, Documentação Profissional

Antes de partir precisa de obter o seu Q.T.S. antes de tudo. Será este documento que lhe

permitirá o acesso à carreira de professor no Reino Unido. Para obtê-lo terá primeiro que ter

fotocópias do certificado de habilitações, mestrados, pós-graduações, declaração de estágio,

registo de tempo de serviço, todos os documentos que lhe possam conferir habilitações para

o ensino. Traduções para inglês de todos os documentos atrás citados. Recomenda-se que

sejam feitas por alguém competente, visto nem todas as pessoas saberem traduzir

corretamente graus académicos, entre outros pormenores importantes. De modo geral, a

designação mais comum das licenciaturas de ensino é B.E.d (Bachelor of Education

degree).Após ter as suas traduções, deve fazer a verificação e certificação das traduções, que

consiste em certificar a correspondência entre a informação providenciada pelos certificados,

com as traduções dos mesmos (Essa verificação e confirmação pode ser feita por uma junta de

freguesia, nomeadamente pelo presidente, que deverá confirmar ou mandar confirmar por

alguém que considere competente para o efeito, as suas traduções comparativamente aos

originais. Após a confirmação, o presidente da junta deverá escrever em cada uma das

traduções a seguinte frase: “I hereby declare this translation to be according with the original

document.” Coloca seguidamente o selo branco da Junta de Freguesia, identifica-se como

Presidente da Junta de Freguesia e assina. Claro que existem outras fontes aceites para esta

verificação, como notários, institutos e escolas de inglês, entre outros, mas esta opção é a

menos dispendiosa e mais célere. Estas traduções irão ser enviadas juntamente com uma

application form que poderá ser descarregada do site que indicarei, com a fotocópia dos
certificados e documentos de identificação para o Departamento de Educação Britânico, que

será a forma de obter o seu Q.T.S.- Qualified Teacher Status, Estatuto de Professor

Qualificado. Será mais um documento que necessita para exercer a atividade de professor no

Reino Unido e que explicarei mais à frente. Deve ter Passaporte ou Cartão de Cidadão (e

respetivas traduções para inglês), ter uma conta bancária em Portugal, e os documentos e

cartões dessa conta (pode vir a ser útil na abertura de uma conta bancária no Reino Unido

mais tarde). Não é necessário registo criminal português, visto esta confirmação ser feita no

Reino Unido, normalmente a pedido das agências de trabalho nas quais se vai inscrever

posteriormente. O valor deste serviço será descontado no seu primeiro vencimento caso

decida trabalhar com alguma agência. No caso de ter concorrido a nível de escola e obtenha

uma posição de trabalho, tanto poderá ser a escola a solicitá-lo às entidades competentes

diretamente, como pode ser o próprio a fazê-lo. Recomenda-se que antes de concorrer a vagas

publicadas pelas escolas (sim, no Reino Unido concorre diretamente às escolas ou através de

agências de professores), se inscreva em agências, de modo a começar a trabalhar como

professor substituto, permitindo-se assim começar a conhecer o sistema sem lhe serem

atribuídas grandes responsabilidades, começar a dominar melhor a língua, conhecer o tipo de

alunos, e, de modo geral, como as coisas funcionam nas escolas, que é bastante diferente

daquilo a que está habituado.

No caso de estar a ser seguido em Portugal por alguma condição médica, deve ter também

todos os documentos relevantes que possua em termos de saúde, e se possível as suas

traduções. Deve solicitar no seu médico de família ou hospital em que esteja a ser seguido o

seu processo médico, informando-o da sua intenção de transferir informação para um novo

médico no Reino Unido, ou a um novo médico de família (GP – General Practicioner) que irá

ter no Reino Unido.

O seu Curriculum Vitae terá que estar em Inglês, tendo que referir no final do mesmo duas

pessoas que possam atestar de alguma forma o seu comportamento e competência


profissional, os quais deverão ser designados por Referees. É conveniente que indique duas

pessoas que saibam falar Inglês, pois serão contatados com toda a certeza via telefone.

Também terá que elaborar uma carta de apresentação descrevendo o seu percurso

académico/profissional e os motivos que o levaram a escolher o Reino Unido como destino. De

modo geral, e salvo algumas exceções, serão estes todos os documentos necessários.

Estatuto de Professor Qualificado No Reino Unido

Para pedir o seu estatuto de professor qualificado deve aceder à hiperligação abaixo:

http://www.education.gov.uk/schools/careers/careeropportunities/overseas-

trainedteachers/a00199246/teachers-from-the-european-economic-area-eea

Deve fazer o download da application form, preenchê-la seguindo as instruções, enviá-la

juntamente com os documentos que lhe serão requisitados para a morada indicada. Nesta

application form, todas as informações que precisa saber ser-lhe-ão fornecidas. Depois de

enviar pelo correio, terá que aguardar a resposta. Algum tempo depois, que varia de acordo

com muitos fatores, receberá pelo correio uma carta com a informação que a sua proposta foi

recebida e dados para que possa acompanhar online a evolução do processo de atribuição de

equivalência. Em alguns casos terá que haver lugar à realização de um pequeno curso, mas na

maioria dos casos isso não será necessário. No meu caso particular, sou licenciado em filosofia

e aguardei cerca de um mês para receber o meu Q.T.S. sem ter que fazer absolutamente nada

a não ser esperar pelo diploma, que é o que acontecerá com a maior parte das licenciaturas,

salvo uma ou outra exceção. Depois de receber pelo correio o seu Q.T.S. já terá na sua posse o

documento mais importante para a realização da sua atividade como professor no Reino

Unido. Convém pesquisar e ler atentamente as informações disponibilizadas no site que lhe

disponibilizei, de modo a esclarecer todas as suas dúvidas.


Obtenção do National Insurance Number

Depois de partir para o Reino Unido deverá tratar imediatamente de se registar na segurança

social. Apesar de algumas agências de trabalho poderem registá-lo sem este número (porque

partem do princípio que lhe será atribuído, e é apenas uma questão de semanas), convém

despachar rapidamente este processo. Aceda ao site indicado pelo link e contate um centro de

emprego. No site ser-lhe-ão indicados os documentos que necessita apresentar, ser-lhe-á

enviado uma application form e ser-lhe-á marcada uma entrevista. Depois de ter todos os

documentos requisitados deverá preencher a application form e atender à entrevista marcada.

Esta entrevista será marcada para um Job Centre, que poderá não ser necessariamente o da

área em que irá residir. Também não o enviarão para um que seja demasiado distante. Por

exemplo, alguém vivendo em Reading pode ter a sua entrevista em Oxford. Essa entrevista

resume-se à apresentação dos seus documentos e a algumas questões que lhe colocarão no

que diz respeito aos seus motivos para pedir o número de segurança social, qual a sua área

profissional, entre outras questões simples. Nada de preocupante.

Para mais informações visite:

https://www.gov.uk/apply-national-insurance-number

Contas Bancárias

Abrir uma conta bancária será o passo seguinte, mas também o poderá fazer mal chegue ao

Reino Unido. Precisará de ter uma conta para receber os seus vencimentos como é óbvio.

Existem muitos bancos onde o poderá fazer. A questão problemática é a seguinte: Assim que

chegue a Inglaterra, em princípio já terá que ter um sítio onde ficar, mesmo que seja a título

temporário. Os bancos só lhe abrirão uma conta caso faça prova de residência. Como à partida

não vai comprar casa, terá que alugar uma. Se optar por agências imobiliárias, tudo ficará em
seu nome e deve pedir uma declaração para depois poder abrir uma conta bancária. Nenhum

problema lhe será colocado pelos bancos e conseguirá abrir qualquer tipo de conta. No caso

de optar por alugar casa a particulares, mesmo que quem lhe aluga a casa lhe passe uma

declaração a confirmar que reside nessa morada, os bancos mostram-se hesitantes em aceitar

essa declaração como prova de residência. Terá que ter alguma conta de água, luz, gaz ou

telefone em seu nome para que lhe abram uma conta. No caso de alugar casa a um particular,

a quem pague a sua renda, mas o valor da renda já incluir todas as contas e despesas, nada

está em seu nome, então só lhe resta abrir uma conta passaporte.

O que é uma conta passaporte? É uma conta associada à sua conta portuguesa, com a sua

morada portuguesa. Muitos têm que passar por esta experiência, visto inicialmente terem que

ficar num lugar barato, de um particular, onde nada está em nosso nome. Este tipo de conta,

por exemplo, no HSBC implicava pagar cerca de 6 libras mensais para poder tê-la aberta. Pelo

menos enquanto se estabelece, esta acaba por ser uma solução viável para ter uma conta e

começar a trabalhar imediatamente. Passado algum tempo pode sempre tentar renegociar a

abertura de uma conta normal, no caso da sua situação não se ter alterado em termos de

prova de residência, e com alguma argumentação e persuasão, certamente lhe atualizarão a

conta para uma conta normal sem custos de manutenção. No caso de ainda não se encontrar a

viver numa casa própria, e todas as contas virem em nome da proprietária, com a qual tenha

um acordo de pagar um valor fixo mensal por todas as despesas da casa, o que em termos

bancários o coloca numa situação de insuficiência de prova de residência. Existem bancos que

podem aceitar provas de residência menos sólidas, que é o caso do Barclays. Terá que

apresentar o seu caso e argumentar com eles de modo a demonstrar que apenas quer uma

conta para receber o seu salário e não está interessado em créditos e cartões de crédito, dessa

forma certamente conseguirá o que deseja.

Para mais informações visite:


http://www.barclays.co.uk/Helpsupport/Identificationforbankaccounts/P1242557966027

http://www.hsbc.co.uk/1/2/

Habitação

Terá disponíveis dois tipos de aluguer: As agências imobiliárias e os particulares que anunciam

na internet. Com as agências imobiliárias tudo é mais simples, mas as taxas que terá que

pagar, valores e contratos, para um recém-chegado, parecerão demasiado dispendiosos.

Se decidir alugar a particulares ou partilhar casa com outras pessoas, encontra na internet

muita oferta para todas as bolsas, só terá que contactar e marcar uma visita, os pormenores

discute-os com os arrendadores. Abaixo segue uma hiperligação muito popular para esse

efeito.

http://www.gumtree.com/

Registo Criminal - Antigo CRB, Agora DBS

O registo criminal é obrigatório. Como em princípio irá registar-se em agências de professores,

de modo a começar a construir algum currículo profissional, estas normalmente tomam a

iniciativa de o informar que vão pedir o seu registo criminal, despesa que será por si

suportada. Normalmente, assim que começa a trabalhar com esta agência, esse valor será

deduzido do seu salário. Ronda as 25/30 libras. Assim que pedido pela agência, esta receberá o

seu registo criminal (DBS) e enviará para a sua morada esse documento. Convém guardar pois

sempre que se registar numa nova agência ou concorrer a qualquer outra posição, já o terá em

sua posse e não terá necessidade que outras agências o peçam. Normalmente a primeira

agência trata disso, e já não terá necessidade de se preocupar.


Para mais informações visite:

https://www.gov.uk/disclosure-barring-service-check/overview

Agências de professores

Concurso a vagas abertas pelas escolas

O professor substituto, O professor titular

No Reino Unido, os professores têm duas vias à sua disposição para concorrer a vagas de

trabalho.

1- As vagas que são abertas pelas próprias escolas e que são disponibilizadas no site de cada

uma dessas escolas. Para concorrer a este tipo de vagas bastará enviar o seu currículo

como faria para qualquer outro tipo de concurso. Após uma seleção daqueles currículos

que mais lhe interessam, as escolas convocam uma entrevista com os candidatos

selecionados para avaliá-los. Normalmente a entrevista consiste em questões ligadas com

o nosso percurso académico e profissional e o nosso conhecimento acerca dos currículos

escolares. No caso de sermos estrangeiros, também avaliam a nossa competência

linguística. São entrevistas conduzidas normalmente por 3 pessoas e costumam explorar

todos os pormenores. Para concorrer a vagas destas é conveniente já se ter alguma

experiência no ensino e ter um conhecimento mais aprofundado sobre todos os aspetos

da profissão no Reino Unido, caso contrário falharemos rotundamente. Recomendo cerca

de um ano a trabalhar como professor substituto (supply teacher) para nos


familiarizarmos mais intimamente com a língua, visto o inglês britânico ter um sem

número de particularidades que surpreendem mesmo os mais versados, e também para

nos familiarizarmos com o currículo, métodos, avaliações, entre outros.

2- O supply teacher não tem tantas responsabilidades como um professor titular e é uma

ótima maneira de aprender como tudo funciona. O supply teacher pode trabalhar em 3 ou

mais modalidades. Aqueles que apenas cobrem um dia de cada vez nas escolas e que têm

como papel supervisionar o trabalho deixado pelos professores titulares aos seus alunos.

Na maior parte das vezes substituem professores de áreas diferentes da sua e têm como

competência prestar apoio, dentro do possível, na realização dos trabalhos dos alunos.

Obviamente que não temos a mesma responsabilidade como se estivéssemos a substituir

alguém da nossa área. Chama-se a este tipo de professor um Cover Supervisor. Depois

temos os professores contratados a médio/longo prazo, que vai de algumas semanas até

um ano inteiro. Nestes casos estamos a lecionar disciplinas da nossa área ou áreas irmãs,

e as nossas responsabilidades são as mesmas que um professor titular. Todos os supply

teachers, em qualquer modalidade, são colocados nas escolas através de agências de

professores.

As agências de professores são a segunda forma de enveredar no ensino no Reino Unido.

Como funcionam?

Em vez de concorrermos a vagas diretamente nas escolas, registamo-nos em agências que

trabalham intimamente com as escolas. Enviamos os nossos documentos e marcamos uma

entrevista. Podemos ir diretamente ao site de cada uma delas e descarregar os respetivos

registos, enviar online e esperar o contato deles para uma entrevista. Ou então sermos

referenciados por professores que já trabalham com essas agências, o que nos abre as portas

mais rapidamente. Como trabalhei com várias agências já referenciei dezenas de colegas, que

assim que completam dez dias de trabalho, aquele que faz a referência acaba por receber um
pequeno bónus. A entrevista destina-se a confirmar os nossos dados e qualificações, e

subtilmente avaliar o nosso nível de Inglês, visto ser a nossa ferramenta de trabalho mais

importante. Também nos fornecem todo o tipo de documentação necessária, entre a qual os

recibos que iremos passar às escolas por cada dia de trabalho. É conveniente registarmo-nos

em várias agências, no meu caso pessoal estive registado em 3 simultaneamente. Porquê?

Antes de começar a adquirir algum estatuto nas agências, nem sempre é garantido trabalho

diário, portanto, se estivermos registados em mais que uma essa questão é contornada. Não

somos obrigados a aceitar trabalho, pois se duas agências me pedirem para trabalhar no

mesmo dia, à mesma hora, em escolas diferentes, eu só posso obviamente ir a uma delas.

Todas as agências sabem que estamos registados com outras agências, e no caso de nos

contactarem basta dizer que para esse dia já não podemos. Isto no caso de estarmos a

trabalhar como cover supervisor claro. Normalmente podem ligar a cada manhã bem cedo a

pedirem-nos para fazer substituições de última hora, isto se ao final de cada dia não nos

tiverem ligado a marcar serviço para o dia seguinte. Ao final de algum tempo começa-se a

perceber qual a agência que nos atribui mais serviço, e o ideal é começarmos a desenvolver

boas relações com os membros da agência. É tudo feito por telefone, mas assim que eles

começam a perceber a nossa boa prestação, começam a dar-nos trabalho todos os dias, e

nessa altura é conveniente começarmos a ser exclusivos de uma só agência, como foi o meu

caso. Assim que nos começamos a sentir mais à vontade começam a aparecer os primeiros

trabalhos a médio prazo e longo prazo com muita facilidade. Normalmente o problema de

trabalhar com agências é o fato de serem eles que nos pagam, e o valor ronda entre 120 Libras

a 180 Libras diárias, pois quanto mais requisitados formos, mais poder de renegociação de

valores temos. Um contrato com uma escola é o que todos desejamos em última instância.

Digamos que já estamos na mesma escola há um ano, mas tutelados pela agência. Se

percebermos o interesse da escola em continuar connosco, devemos tentar renegociar as

nossas condições. Propor à escola assinar contrato. Para isso, a escola paga uma taxa à agência
pela nossa exclusividade, e assim vimo-nos livres da agência e entramos na folha de

pagamento da escola. Normalmente depois de acontecer isto, podemos considerar que

começou a nossa carreira, pois a menos que algo de extraordinário aconteça, aquele lugar é

nosso indefinidamente. Abaixo encontram alguns links de agências das quais fiz parte, e que

considero as melhores em Londres, nomeadamente a GSL, a qual acabou por ter a minha

exclusividade e da qual destaco a competência e simpatia dos seus funcionários.

Para mais informações visite:

http://www.foxtons.co.uk/education/city-of-london/#school_type=secondary

http://jobs.guardian.co.uk/jobs/education/management/uk/

http://www.gsleducation.com/

http://www.randstad.co.uk/education/

http://www.horizonteachers.com/

Distribuição Salarial na Carreira de Professor

Com um mínimo de £21,804 (ou £27,270 na zona dentro de Londres), o salário inicial de um

professor compara-se a qualquer salário inicial de outros graduados. Professores de carreira

podem ganhar até £64,677 em Londres e £57,520 fora de Londres, enquanto diretores de

escola podem atingir um salário entre £42,803 e £113,303.

Pode ficar surpreendido com quão recompensadora pode ser uma carreira na educação.

Salários iniciais competitivos com muitas outras profissões. A sua experiência e performance

podem fazê-lo atingir uma rápida progressão e disfrutar a recompensa financeira adequada.
As escolas têm agora a liberdade de desenvolver políticas salariais à medida das suas

necessidades e circunstâncias, o que lhes permite atrair e reter aqueles professores que têm

maior impacto nos seus alunos.

As escolas podem decidir quanto pagam a um professor e quão rapidamente o pagamento

progride, permitindo aos professores com mais sucesso progredir mais rapidamente com base

em reconhecimentos anuais.

Taxas para professores que ainda não receberam o qualified teacher

status (QTS)

O enquadramento com estas taxas dependerá da sua posição, experiência, performance e

localização, assim como da sua escolar em particular:

 Arredores de Londres: £17,025 a £26,313

 Londres Exterior: £18,977 a £28,272

 Londres Interior: £20,092 a £29,379

 Resto de Inglaterra e Gales: £15,976 a £25,267

Salário Inicial

Um professor em início de carreira ganha um mínimo de £21,804 (£27,270 Londres Interior)

mas pode começar com mais, dependendo da experiência prévia.

Isto faz do ensino uma das carreiras mais seguras e compensadoras, comparativamente a

outros setores.
Depois de ter completado o estágio e ter atingido o qualified teacher status (QTS), pode

esperar começar em Inglaterra e Gales num mínimo de £21,804 por ano (ou £27,270 Londres

interior).

Tabela Principal incluindo Novos Professores Qualificados:

•Arredores de Londres: £22,853 a £32,914

•Londres Exterior: £25,369 a £35,468

•Londres Interior: £27,270 a £36,751

•Resto de Inglaterra e Gales: £21,804 a £31,868

Professores com alta performance podem progredir mais rapidamente nas taxas salariais na

base de reconhecimento anual.

Responsabilidades de gestão e liderança

Existem diversas formas de progredir na carreira, tanto a nível de professor de sala de aula

como em papéis de liderança. Nas escolas secundárias pode-se ascender na estrutura de

gestão para ganhar responsabilidades em:

•Numa disciplina em particular, como chefe de departamento, de curso ou de currículo

• Num grupo etário em particular, como diretor de ano ou coordenador de estádio etário.

•Numa área em particular, como NEE ou orientação pastoral

É possível progredir para uma posição de gestão sénior como por exemplo diretor assistente e

diretor da escola. Estas acarretarão uma responsabilidade de gestão da escola e educação dos

alunos no seu todo.


Nas escolas primárias poderá coordenar áreas como literacia, NEE, entre outras; Pode-se

ascender a cargos de gestão sénior, como diretor assistente ou diretor da escola.

Taxas básicas salariais para todos os professores desde setembro 2013:

Inglaterra e Gales Londres interior Londres exterior Londres arredores

Diretores de escola

Max £106,148 £113,303 £109,151 £107,199

Min £42,803 £49,961 £45,805 £43,851

Líderes

Max £57,520 £64,677 £60,525 £58,565

Min £37,836 £44,986 £40,838 £38,878

Escalões elevados

Max £37,124 £45,450 £40,838 £38,173

Min £34,523 £41,912 £37,975 £35,571

Escalão principal

Max £31,868 £36,751 £35,468 £32,914

Min £21,804 £27,270 £25,369 £22,853

Professores não qualificados

Max £25,267 £29,379 £28,272 £26,313

Min £15,976 £20,092 £18,977 £17,025


Ensino e Responsabilidades de Aprendizagem(TLR)

Um pagamento adicional será dado a professores que tenham responsabilidades adicionais:

TLR 1 max £12,517

TLR 1 min £7,397

TLR 2 max £6,259

TLR 2 min £2,561

Necessidades Educativas Especiais (SEN)

Um pagamento adicional será dado aos professores que tenha responsabillidades NEE, não

menos que £2,022 e não mais que £3,994 por ano é pago a um professor normal.

Escalões de pagamento mais elevados

Estes escalões dependem da posição, performance, experiência, localização

geográfica, escola em que trabalha.

 Arredores de Londres: £35,571 a £38,173

 Londres exterior: £37,975 a £40,838

 Londres interior: £41,912 a £45,450

 Resto de Inglaterra e Gales: £34,523 a £37,124

Para mais informações visite:


https://www.gov.uk/government/organisations/department-for-education

Currículos e Estruturas Escolares

Em 11 de setembro de 2013, foi publicado o novo Currículo pelo Secretário de Estado para a

Educação. A maioria do novo Currículo só será implementada a partir se setembro de 2014

para que as escolas tenham um ano para o preparar.

Visto haver grande diversidade nas áreas de cada professor, aconselho a consulta

pormenorizada dos detalhes a nível de cada currículo específico e como funcionarão as

estruturas escolares neste período de transição.

Todas as informações poderão ser esclarecidas na hiperligação abaixo:

https://www.gov.uk/government/organisations/department-for-education

Currículo por Estádios

O currículo para os estádios primário e secundário poderá ser consultado nas seguintes

hiperligações:

Primário: https://www.gov.uk/government/publications/national-curriculum-in-england-

primary-curriculum

Secundário: https://www.gov.uk/government/publications/national-curriculum-in-england-

secondary-curriculum

Impostos

Os impostos no Reino Unido têm uma característica em particular. Só se paga impostos sobre

parte dos rendimentos, e de acordo com as situações particulares de cada um, é atribuído um

subsídio pessoal (personal allowance), só se pagando impostos sobre os rendimentos que

ultrapassarem esse subsídio pessoal. Imaginemos que o meu rendimento é de 2000 libras por

mês, ou seja, 24.000 libras por ano, e o meu subsídio pessoal é de 10.000 libras por ano. Quer
isto dizer que só pago impostos sobre 14.000 libras, mas sobre essas serão taxados cerca de

20%. As taxas aplicadas e os subsídios variam de acordo com os nossos perfis.

Códigos de emergência para impostos

Quando é atribuído um código de emergência?

- Podem ser atribuídos códigos de emergência quando se começa um novo emprego, quando

se começa a trabalhar para um empregador depois de ter sido trabalhador independente (self-

employed), ou se recebem pensões sujeitas a impostos, sejam do estado ou do privado.

- Enquanto se está num código de emergência, pagam-se impostos sobre todos os

rendimentos acima do subsídio pessoal básico (£9,440 para o ano fiscal de 2013 a 2014).

Como saber se estamos num código de emergência?

No caso de nos recibos de vencimento constar as seguintes referências: 944L W1 ou 944L M1.

Também no caso de constar o código 944L, mas neste caso, no final do ano fiscal este código

será reajustado para o código correto.

Mudar para o código correto

HM Revenue & Customs (entidade responsável pelos impostos) normalmente mandam para

nós e para o nosso empregador ou aquele que nos paga as pensões, o código correto, assim

que tenham recebido o pagamento dos impostos sobre o nosso emprego anterior ou pensão.

O nosso novo empregador ou prestador de pensão ajustará o próximo pagamento quando:

-Tenha que repor os impostos que tenhamos pago a mais

-Tenha que pagar qualquer taxa que tenhamos em dívida


Se achar que estar neste tipo de código de emergência fez com que pagasse impostos demais

no final do ano fiscal pode apresentar um requerimento para ser reembolsado pelo excesso.

Códigos de Impostos

1. Geral

2 O que significam os números no código de impostos

3. O que significam as letras no código de impostos

4. Quando os códigos mudam

5. O que significa o PAYE Coding Notice

1. Geral

O seu empregador ou a entidade que lhe paga uma pensão usa o seu código para

calcular o valor a retirar do seu pagamento ou pensão.

HM Revenue & Customs (HMRC) calcula o seu código de impostos e envia-o para o seu

empregador ou entidade que lhe paga a pensão.

Normalmente um código de imposto consiste em 3 úmeros e uma letra.


A maioria das pessoas nascidas depois de 5 de abril de 1948 com um emprego tem a

referência 944L como código de imposto para o ano fiscal de 2013 a 2014.

Se tem apenas 1 empregador ou pensão, apenas terá 1 código de imposto.

Se no entanto tiver rendimentos de mais de um empregador ou mais que uma pensão,

cada um deles terá um código diferente. Isto porque HMRC ajustará os seus códigos de

impostos para que você possa:

 Ter o seu subsídio pessoal livre de impostos

 Pagar a quantia exata de impostos para todos os seus rendimentos distribuída

durante o ano

O seu código de impostos não diz aos empregadores ou prestadores de pensões

quanto é que você ganha – apenas lhes diz a quantia que eles necessitam de retirar

dos pagamentos que lhe fazem.

Onde encontrar o seu código de impostos

Pode encontrar o seu código em:

 Recibos de vencimento ou pensão

 Modelo P45 de um empregador caso deixe um emprego

 Modelo P60 do seu empregador nofinal de cada ano fiscal


 Informação obtida no PAYE Coding Notice –Pode arranjar uma por correio ou

usando a auto-avaliação do HMRC, que é um serviço online e precisa de estar

registado

2. Números no seu código de impostos: O

que significam

The numbers in your tax code tell your employer or pension provider how much tax-

free income you get in that tax year.

1. HM Revenue & Customs works out your tax-free Personal Allowance.

2. Income that you haven’t paid tax on (eg untaxed interest or part-time earnings)

and the value of any benefits from your job (eg a company car) are added up.

3. The income that you haven’t paid tax on is taken away from your allowances.

What’s left is the tax-free income you’re allowed in a tax year.

4. This amount is divided by 10 and added to the letter for your circumstances.

The process is different if you have the letter ‘K’ in your tax code.

3. Letters in your tax code: what they

mean
The letter in your tax code helps your employer or pension provider to work out how

much tax to take from your wages or pension.

Letter What it means


L You’re entitled to the basic tax-free Personal Allowance
You were born between 6 April 1938 and 5 April 1948 and entitled to your full
P
tax-free Personal Allowance
You were born before 6 April 1938 or over and entitled to your full tax-free
Y
Personal Allowance
Your tax code includes other calculations to work out your Personal Allowance
T
(eg it’s been reduced because your income is over specific limits)
Your Personal Allowance has been used up or you’ve started a new job and

0T don’t have a form P45 or you didn’t give your new employer the details they

need to give you a tax code


All your income from this job or pension is taxed at the 20% basic rate (usually

BR used if you’ve got more than 1 job or pension or when you start your first job

and your employer is waiting for a tax code)


All your income from this job or pension is taxed at the 40% higher rate (usually
D0
used if you’ve got more than 1 job or pension)
All your income from this job or pension is taxed at the 45% additional rate
D1
(usually used if you’ve got more than 1 job or pension)
NT You’re not paying any tax on this income

If your tax code has a ‘K’ at the beginning

Tax codes with ‘K’ at the beginning mean that you have income that isn’t being taxed

another way and it’s worth more than your tax-free allowance. For most people, this

happens when you’re:

 paying tax you owe from a previous year through your wages or pension
 getting State benefits that you need to pay tax on (like the State Pension)

 getting benefits from work that you must pay tax on (like a company car or

health insurance)

Your employer or pension provider takes the tax due on the income that hasn’t been

taxed from your wages or pension - even if another organisation is paying the untaxed

income to you.

Employers and pension providers can’t take more than half your pre-tax wages or

pension when using a K tax code.

If your tax code has ‘W1’ or ‘M1’ at the end

W1 (week 1) and M1 (month 1) are emergency tax codes. This means your tax is based

only on what you are paid in the current pay period, not the whole year.

Which code you get depends on whether you are paid weekly or monthly.

They appear at the end of your tax code, eg ‘577L W1’ or ‘577L M1’

You will always start a new tax year with a normal tax code, not an emergency one.

4. When your tax code changes

The most common reasons for a tax code change are if you start or stop getting:

 benefits from your job that you need to pay tax on

 expenses from work that you can reclaim tax for


 income that isn’t being taxed (like rental income)

 State benefits (including the State Pension) that you need to pay tax on

Your tax code will also change if you need to pay tax due from previous years through

your wages or pension.

You may be temporarily put on an emergency tax code if you change jobs.

What happens when your tax code changes

1. You, your employer or your pension provider tells HM Revenue & Customs

(HMRC) about the change.

2. HMRC works out what to do with your tax code (or tax codes if you’ve got more

than one).

3. HMRC sends a new tax code to your employer or pension provider. Once

they’ve got it, they’ll use it to work out how much tax to take from your

payments from the next time they pay you.

4. HMRC sends you a ‘PAYE Coding Notice’ which explains the changes

5. What your PAYE Coding Notice means

HM Revenue & Customs (HMRC) may send you a PAYE Coding Notice before the

beginning of a tax year.

They will send you one if your tax code changes during a tax year.
It tells you what your tax code is and how it’s been worked out. Your employer or

pension provider uses the tax code to work out how much tax to take from payments

they make to you.

You don’t need to do anything with your PAYE Coding Notice, unless you think it’s

wrong.

What’s on your PAYE Coding Notice

Along with your tax code, your PAYE Coding Notice shows:

 allowances that reduce your tax bill

 things that you’ve got to pay tax on through your wages or pension

Positive numbers on your PAYE Coding Notice

Positive numbers are part of your income that you don’t need to pay tax on. They

include things like:

 the tax-free Personal Allowance you’re entitled to

 Married Couple’s Allowance if you get it

 expenses repaid by your employer that you can get tax back on

Negative numbers on your PAYE Coding Notice

Negative numbers are income that you haven’t paid tax on, but the tax will be

collected by your employer or pension provider before they pay you.


They include things like:

 benefits from your job that you need to pay tax on

 state benefits (including the State Pension) that you’re getting but need to pay

tax on

 tax you owe from previous years that you’re paying through your employer or

pension provider

What the calculation shows

The calculation shows how HMRC has worked out your tax code.

Income Tax allowances 2013-


14

Personal Allowance (1) N/A

Personal Allowance for people born after 5 April 1948 (1) £9,440

Income limit for Personal Allowance £100,00


0

Personal Allowance for people aged 65-74 (1)(2) N/A

Personal Allowance for people born between 6 April 1938 and 5 £10,500
April 1948 (1) (2)

Personal Allowance for people aged 75 and over (1)(2) N/A

Personal Allowance for people before 6 April 1938 (1) (2) £10,660

Maximum amount of Married Couple's Allowance (born before 6th £7,915


April 1935) (2) (3)
Income Tax allowances 2013-
14

N/A
Income limit for age-related allowances

Income limit for the allowances for those born before 6 April 1948 £26,100

£3,040
Minimum amount of Married Couple's Allowance

£2,160
Blind Person's Allowance

Income Tax allowances 2011- 2012-


12 13

Personal Allowance (1) £7,475 £8,105

Personal Allowance for people born after 5 April 1948 (1) N/A N/A

Income limit for Personal Allowance £100,00 £100,00


0 0

Personal Allowance for people aged 65-74 (1)(2) £9,940 £10,500

Personal Allowance for people born between 6 April 1938 N/A N/A
and 5 April 1948 (1) (2)
Income Tax allowances 2011- 2012-
12 13

Personal Allowance for people aged 75 and over (1)(2) £10,090 £10,660

Personal Allowance for people before 6 April 1938 (1) N/A N/A
(2)

Maximum amount of Married Couple's Allowance (aged £7,295 £7,705


75 and over) (2) (3)

£24,000 £25,400
Income limit for age-related allowances

Income limit for the allowances for those born before 6 N/A N/A
April 1948

£2,800 £2,960
Minimum amount of Married Couple's Allowance

£1,980 £2,100
Blind Person's Allowance

1. The Personal Allowance reduces where the income is above £100,000 - by £1 for every £2
of income above the £100,000 limit. This reduction applies irrespective of age or date of
birth.
2. These allowances reduce where the income is above the income limit by £1 for every £2 of
income above the limit. This applies until the level of the personal allowance for those
aged under 65, or from 2013-14, for those born after 5 April 1948, is reached. For married
couples allowance this applies until it reaches the minimum amount
3. Tax relief for the Married Couple's Allowance is given at the rate of 10 per cent.

Income Tax rates and taxable bands

Rate 2011- 2012- 2013-


12 13 14

Starting rate for savings: 10%* £0 - £0- £0-


£2,560 £2,710 £2,790
Income Tax rates and taxable bands

Rate 2011- 2012- 2013-


12 13 14

£0 - £0- £0-
Basic rate: 20%
£35,000 £34,370 £32,010

£35,001 £34,371- £32,011-


Higher rate: 40%
- £150,00 £150,00
£150,00 0 0
0

Additional rate: 50% Over Over N/A


£150,00 £150,00
0 0

N/A N/A Over


Additional rate: 45% from 6 April 2013
£150,00
0
* The 10 per cent starting rate applies to savings income only. If, after deducting your Personal
Allowance from your total income liable to Income Tax, your non-savings income is above this limit
then the 10 per cent starting rate for savings will not apply. Non-savings income includes income
from employment, profits from self-employment, pensions, income from property and taxable
benefits.
The rates available for dividends are the 10 per cent ordinary rate, the 32.5 per cent dividend upper
rate and the dividend additional rate of 42.5 per cent (the dividend additional rate is 37.5 per cent
from 2013-14).

Para mais informações visite: https://www.gov.uk/

Saúde, Hospitais e Médicos de Família

O sistema de saúde não difere muito do sistema português. Depois de estar instalado numa

dada zona, recomenda-se que aceda a página abaixo e procure GP´s (General Practicioners –

Médicos de clínica geral) que irão ter a função equivalente ao nosso médico de família. Nem

todos estarão a aceitar novos doentes, mas eventualmente irá encontrar um que esteja. A

ideia será registar-se com um deles. Marque consulta para registo o mais rápido possível.

Mesmo quando tiver que se deslocar a um hospital, ser-lhe-á perguntado quem é o seu GP.
Claro que se não tiver registado com um não lhe será negado o acesso à saúde, mas o ideal é

que esteja, pois simplifica imenso as coisas.

Para mais informações visite: http://www.nhs.uk/Pages/HomePage.aspx

Transportes

Quanto a transportes, e nomeadamente em Londres, de modo geral existem vários tipos os

quais pode usufruir. Autocarros, metro, comboios, DLR, Overground, entre outros. Se trabalhar

sempre na mesma área, o ideal será tirar passes. Quanto mais longa for a duração de um

passe, mais barato fica. Londres está dividida em 9 zonas. O ideal será tirar o passe para as

zonas que atravessa. Desde passes semanais a anuais, a diferença está no fato de, um passe

anual para uma determinada zona, fica proporcionalmente mais barato que um passe semanal

para a mesma zona. Se tiver que trabalhar constantemente em zonas diferentes, o ideal é que

adquira passes (travelcards) de curta duração enquanto está em determinada zona. O oyster

card é um cartão que deve adquirir, pois é lá que são creditados os seus passes, tendo também

a possibilidade de o carregar com crédito que poderá ser usado sempre que sair das zonas

abrangidas pelos seus passes. Comprar viagens individuais fica extremamente caro. No mínimo

deve ter um oyster card, mesmo que não queira passes, por inicialmente andar

constantemente a mudar de zona e não ser conveniente pagar passes, fica ¼ do preço de

viagens individuais. A sugestão será a seguinte: Adquirir um oyster card em qualquer bilheteira

e carregá-lo com algum crédito, ir usando enquanto não se estabelecer profissionalmente num

local específico e contínuo. Assim que tiver a certeza que trabalha mais em certos locais que

outros, deve adquiri um passe. Os passes e oyster cards podem ser usados em qualquer metro

ou autocarro, DLR e alguns comboios. Quando quiser usar comboio terá que se informar se

pode usar o passe nesse comboio específico.

Para mais informações visite: http://www.tfl.gov.uk/


Lazer e Fitness

http://www.gymsinlondon.com/

Organizações de Apoio

http://www.iflportugal.blogspot.pt/

A Experiência

Após tudo estar regularizado e estarmos a viver já em Londres, a experiência será inicialmente

uma descoberta constante.


Tinha-me registado em várias agências por recomendação de colegas de outras

nacionalidades. Inicialmente estava registado apenas em uma, até que um dia, numa das

substituições que fui designado para fazer, conheci o Jonathan, um professor de matemática

vindo da Austrália. Fizemos amizade enquanto esperávamos num corredor de uma escola para

nos darem os horários para aquele dia. Perguntou-me para qual agência trabalhava, ao que lhe

respondi, a Select Education. Disse-me para me registar na que ele trabalhava porque

pagavam melhores taxas, além disso, assim que eu completasse dez dias de trabalho, ele

receberia um bónus por me ter referenciado. Era a política comum entre as agências.

Completei esse dia de trabalho e assim que pude contactei a agência que me tinha indicado.

Marcaram-me uma entrevista e quando lá fui fiquei agradavelmente surpreso. Todos pareciam

pessoas fantásticas, vivas e de bom humor, o que me ajudou a sentir à vontade logo de

imediato. A entrevista correu bem e disseram-me que conseguiriam arranjar-me trabalho

diário como substituto, mas mal aparecesse uma vaga para a minha área que me

comunicariam. Não demorou mais que umas semanas até essa vaga aparecer.

Tinha corrido algumas escolas antes de ser deslocado para a Academy at Peckham. Ficava a

cerca de uma hora e meia de transportes públicos, mas inicialmente tinha que me resignar,

afinal estava a começar e pelo menos já tinha conseguido em pouco tempo uma vaga

permanente, se bem que ao serviço de uma agência e não da escola diretamente.

No dia em que cheguei, lembro-me de ter ficado impressionado com a qualidade das

estruturas da academia. Pensava que afinal tinha sido deslocado para um ótimo local. Os

colegas eram extremamente simpáticos e atenciosos, mas a tempestade estava para vir. Os

alunos. Fui destacado para ser professor de Geografia, História, Educação religiosa e

Sociologia, do 7º ao 11º ano.

Os alunos, principalmente os mais novos, eram o pesadelo de qualquer professor. Uma escola

multicultural, que abrangia as grandes religiões dentro das salas de aula. Muçulmanos e
Judeus na mesma sala de aula, aliado à tenra idade e espírito de gang vincado nas suas

personalidades e com uma revolta muito grande dentro deles, era o menu de todos os dias.

Como se isto não fosse suficiente, o índice de desinteresse era assustador. Parecia que estava

a falar para o vazio com os mais velhos, com os mais novos formavam-se tumultos a todos os

minutos na sala de aula. A cereja no topo do bolo residia no fato de, eu próprio ser um

professor substituto. Lembro-me dos gritos deles e do tom de desrespeito assim que pus o pé

na sala pela primeira vez: - É um professor substituto! Rindo-se e esfregando as mãos..

Percebia que me iam fazer a vida negra. Assim que consegui um minuto de silêncio, disse-lhes

que não era um professor substituto, mas que ia ficar ali permanentemente. O barulho baixou

de tom, pois assim que perceberam que eu ia ficar ali, pelo menos houve uma melhoria.

Quando fui apresentado aos mais novos, o ex-professor deles foi comigo à sala. Ia começar a

ocupar funções diretivas e estava a passar as suas turmas para mim. Lembro-me da

austeridade com que se dirigiu a eles. Eles respeitavam-no porque sabiam que era alguém que

os podia sancionar severamente devido à posição que ocuparia em termos diretivos. No

entanto, mal pôs o pé fora da sala, parecia que uma revolução tinha rebentado perante os

meus olhos incrédulos. Desatei aos berros pra tentar impor algum respeito, mas o fato é que

nem sequer me ouviam. Fingiam que eu nem sequer estava ali. Foi aí que percebi que ia ter

muitas coisas com que me preocupar naquele ano. As turmas foram passando, e à medida que

as idades iam sendo mais elevadas, as coisas melhoraram, não muito mas o suficiente para que

pelo menos admitissem a minha presença ali. Os mais velhos, apesar de longe daquilo que

qualquer professor consideraria bom comportamento, pelo menos não encetavam em gritaria.

Apenas fingiam que eu não estava ali, o que era uma melhoria.Dei comigo a questionar qual

seria o meu papel ali e se todas as escolas seriam assim.

Já tinha passado por algumas substituições diárias, e este panorama era comum. Pensava no

entanto que ao ficar com um lugar a longo prazo as coisas melhorariam. Engano puro, pelo

menos naquela escola.


Durante alguns meses até ao fim do ano letivo fiquei naquela escola, inclusivamente contra as

expectativas da minha própria agência. Era uma daquelas escolas para onde eram mandados

os professores novatos, e a média que costumavam aguentar era de apenas alguns dias ou

semanas. Penso até que se chegava a fazer apostas na agência por quanto tempo iria aguentar

o professor em questão. Fiquei a saber deste fato numa festa que a agência promoveu no

natal, onde, num ambiente descontraído me disseram que era habitual fazerem isto aos

professores novos como forma de testar a sua resiliência. Pelos vistos tinha conseguido

superar as expetativas e tinha sido daqueles que mais tempo aguentou naquela escola. Nessa

festa estava inclusivamente um dos gestores de staff da dita escola, que com cumplicidade

com a agência dizia em voz alta que me queria de volta no ano seguinte. Dizia isto para eu

ouvir do outro lado da sala enquanto fumava um charuto e bebia um conhaque. Aproximei-me

da conversa e disse: Não tenho problemas nenhuns em voltar, apenas não estava disposto a

fazer uma viagem de 90 minutos para lá, e apenas por essa razão teria que declinar.

Desataram a rir e disseram: Não te preocupes, para o ano vai para lá outro. Aquela escola não

era nada mais nada menos que um teste à capacidade que um professor tinha de manter o

barco a navegar contra todas as probabilidades. Aparentemente tinha passado com distinção.

Disse-lhes contudo que não tinha conseguido ensinar grande coisa naquele ano, ao que me

responderam: O teu papel era mantê-los dentro da sala de aula e aguentar. E que tinha

conseguido esse objetivo.

No ano seguinte comecei da mesma forma. Verifiquei que na minha página pessoal da agência

o meu perfil tinha sido atualizado, dizendo agora que um dos meus pontos fortes era a

disciplina na sala de aula. As agências promovem assim os professores junto às escolas. Fiquei

abismado. Achava que tinha falhado por quilómetros nesse departamento.

Após alguns dias de substituições em várias escolas no início do novo ano, achava que as

turmas estavam mais respeitadoras. Já parecia que me escutavam. Pensava que era por já
terem passado pelas minhas mãos várias vezes, mas apercebi-me que ter estado na escola em

Peckham me deu ferramentas e aprendizagens valiosas para perceber como lidar com os

alunos problemáticos. Claro estava que ainda estava longe daquilo que seria considerado

como ideal, mas via a minha passagem por todas as escolas como substituto uma forma de

aprender com os outros a melhor forma de lidar com todo aquele sistema.

Fui tomando conhecimento em relação ao currículo e sistema educativo, e à medida que o

tempo ia passando conseguia cada vez lidar melhor com as dificuldades. Comecei a ser

chamado com frequência para substituições múltiplas dentro da mesma escola. Os gestores de

staff já pediam à agência especificamente por mim. E não é que afinal já consegui controlar os

alunos? Mesmo como substituto. Claro que nem todas as escolas eram más, algo que fui

descobrindo pouco a pouco. Havia escolas fantásticas. Cheguei a ir várias vezes fazer

substituições numa escola exclusivamente frequentada por raparigas do Bangladesh. Era uma

academia também, mas, neste caso, primavam por excelência. Sem grandes descrições, era o

sonho de qualquer professor. Eram raparigas extremamente dedicadas e respeitadoras, com

um sentido de responsabilidade acima da média. O papel do professor era expô-las aos temas

que deviam investigar e servir apenas de suporte e esclarecimento de dúvidas. Era um modelo

que realmente funcionava. Todos ambicionavam ser colocados naquela escola, mas o fato é

que as vagas não eram muito frequentes. O meu amigo Jonathan trabalhava quase

exclusivamente para aquela escola. Sempre que eu era destacado para lá encontrava-o lá.

Dizia-lhe: -Tu é que tens sorte, a agência só te manda para aqui. Ao que ele me respondeu: - Se

eles te mandam também para aqui é porque subiste na consideração, caso contrário não

estarias aqui mas em Peckham ou St. Pauls way. Pensei no assunto e percebi que realmente já

há muito que só trabalhava com escolas “fáceis”. Realmente há já muito tempo em que não

me aborrecia. Lembrava-me do ano anterior ter ataques de ansiedade assim que saia do

comboio e cruzando-me com alunos de Peckham à medida que caminhava para a escola.

Lembro-me de hesitar antes de entrar pelo portão e do nervoso que sentia logo antes de
encontrar cada turma. Pensava para mim: Isto não é vida. Nem todo o dinheiro do mundo

paga isto.

St. Paul´s way era uma daquelas escolas para onde eram recambiados os casos mais difíceis. Os

corredores estavam cravejados de vigilantes que pareciam seguranças de clubes. Enormes e

com ar de quem nos vai socar a qualquer momento. O meu primeiro dia lá foi curioso. Não

dava com a escola depois de ter passado por ela várias vezes. Parecia uma cadeia, cheia de

redes e extremamente fechada. Quando percebi finalmente que era ali, cheirava-me que

estava prestes a ter mais uma daquelas surpresas desagradáveis. A gerente de staff disse-me

logo para deixar os meus valores guardados no gabinete dela e não levar o meu computador

comigo. Só estas palavras foram suficientes para me criar uma imagem do que me esperava. Lá

me foi levar à porta da sala em que iria ficar todo o dia. Ia substituir um professor de

cidadania. As portas das salas tinham vidros enormes, pelo que se via perfeitamente para

dentro. Entrei e esperei ansiosamente os alunos chegarem. Assim que tocou, aproximaram-se

da porta cerca de 25 rapazes, todos de raça negra. Ouvia falar português, o que me deixou

curioso. À medida que entravam, desconfiados, comentavam entre eles em português: - É mais

um substituto, não vamos ter que fazer nada hoje. Aborreceu-me profundamente ouvir aquilo

e pensei: Quem é que estes miúdos pensam que são? Disse em voz alta e também em

português: - Já vi que entre vós se fala a minha língua, por isso penso que nos vamos dar bem.

Pararam todos de falar e olharam para mim e o líder perguntou um pouco embaraçado por

aquilo que tinha dito antes, entre alguns insultos, ter sido compreendido por mim. É

português? Respondi que sim e mandei-os sentar. Penso que esse pormenor fez alguma

diferença, pois logo a seguir começaram a chover perguntas relacionadas com o nosso país.

Eram maioritariamente filhos de emigrantes cabo-verdianos e moçambicanos que tinham

emigrado para Inglaterra e eram um pouco discriminados na maioria das escolas, o que

consequentemente fez com que arranjassem problemas e acabassem em St. Paul´s way.

Durante parte da aula o tema da conversa foi o Ronaldo. Pensei que se conseguisse
estabelecer ali um terreno comum fosse mais fácil de lidar com eles. Revelaram-se até

bastante amigáveis e depois de um bocado a conversar pedi-lhes para fazerem o trabalho que

o departamento me tinha deixado para fazer com eles. Sentaram-se em silêncio e começaram

a trabalhar. A diretora da escola, sabendo que aquela turma já tinha inclusivamente rebentado

uma bomba dentro da sala e assaltado alguns professores fora da escola, ia passando de vez

em quando à porta e olhava para dentro a fim de garantir que não havia tumultos. Era a pior

turma daquela escola e estavam a trabalhar silenciosamente. No intervalo aproximou-se de

mim e perguntou-me: - Não está interessado em ficar connosco até ao fim do ano? Naquele

momento pensei: Esta turma foi exceção e só consegui controlá-los porque eram luso-

descendentes, mas os outros devem ser autênticos casos difíceis. Disse-lhe que ainda andava a

tomar conhecimento de muitas coisas e que não queria ficar vinculado a nenhuma escola por

enquanto. Precisava de mais experiência no currículo e não só. Compreendeu e deixou-me

concluir o meu dia. Tomei a decisão certa, pois todos os outros foram do pior que já tinha

visto, inclusivamente piores que em Peckham. No entanto, no final do dia liguei à minha

agência para confirmar se tinham recebido o fax com o recibo daquele dia, ao que me

responderam que tinham recebido muitos louvores acerca de mim da diretora da escola.

Diziam-me em tom de brincadeira: - a partir daqui vais trabalhar sempre nas escolas mais

difíceis. Consegues fazer maravilhas com os alunos. Respondi-lhes: - Muito obrigado mas não.

Riram-se desalmadamente e disseram: -Não sofra mais, há centenas de boas escolas e já

mostraste que estás à altura de qualquer desafio. Fiquei extremamente contente com estas

palavras. Nos tempos que se seguiram começaram a enviar-me quase sempre para a mesma

escola para substituir professores diversos, Bow School for Boys. Por coincidência ou não,

acabei por ficar semanas a fio com turmas de matemática até ao 9º ano. Se bem que não é a

minha área, pois sou professor de filosofia, também não me foi muito difícil assumir esta

tarefa. As turmas normalmente são divididas por níveis. Dentro de uma turma podemos

encontrar vários níveis diferentes, por exemplo: Alunos que falam ainda mal o inglês, alunos
que devido à idade foram colocados naquele ano mas estão notoriamente atrasados em

relação a outros, alunos que falam bem inglês mas estão atrasados, enfim, dentro de cada

turma em algumas escolas podemos encontrar muitos tipos de situações, e temos que

preparar conteúdos para todos os tipos de alunos, o que por vezes se torna complicado e

trabalhoso. Depende muito da escola e da sua própria organização. Tive casos de alunos no 8º

ano que estavam a aprender a multiplicar, só para termos uma ideia. Apesar de ser uma escola

só para rapazes, acabou por não ser complicado, pois penso que as escolas mistas são mais

problemáticas. A área que cobria com mais frequência nesta altura era East London, onde a

comunidade muçulmana e hindu era indubitavelmente esmagadora.

Após algumas deslocações esporádicas a outra escola, Bethnal Green Technology College,

acabei por ficar com um lugar de humanidades do 7º ao 9ºano. Se bem que longe do ideal, o

comportamento aqui era aceitável. Aqui fiquei durante um período mais longo ao serviço da

agência e assumi o papel de professor titular durante o primeiro ano, o que acarretava todas

as responsabilidades como qualquer professor titular ao serviço da escola. Preparação de

aulas, direção de turma (Tutor), reuniões e avaliações.

Éramos uma equipa de professores de áreas diversas, filosofia, geografia, história, educação

religiosa entre outras. Humanidades até ao 9º ano é leccionado por módulos. Cada módulo é

preparado pelo professor da área. No caso de entrarmos no módulo de geografia, será o

professor de geografia que prepara as aulas e partilha o material com os colegas, e assim

sucessivamente. De modo geral todos têm que preparar uma semana de aulas, de modo

rotativo, onde os outros colegas usufruem desses materiais, de modo a uniformizar as

temáticas em todas as turmas.

Os alunos têm os seus cadernos na escola, e é nossa tarefa verifica-los regularmente e marcar

e assinar nos mesmos a nossa vistoria. É deste modo, que a par do acompanhamento diário

que lhes fazemos, que conseguimos ter a ideia da evolução do aluno. Normalmente atribuimos
níveis para cada aluno, de modo a que este seja, no ano seguinte, facilmente enquadrado em

turmas adequadas ao seu desenvolvimento.

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