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Questão 1: Demonstre a importância diagnóstica dos efeitos citopáticos virais. Cite exemplos.

Resposta:

Os efeitos citopáticos facilitam no diagnóstico viral porque possibilitam a identificação do


vírus. Indicam a presença de dado vírus através de efeitos específicos resultante na célula
hospedeira. Além de possibilitar a observação desses efeitos produzidos através de
microscopia comum (o que normalmente não é possível pelo tamanho da partícula viral), ou
através de cultivo celular. Como por exemplo, os vírus que exibem seus efeitos citopáticos em
cultivo celular ou em ovos embrionados que podem ser usados para detectar a presença de
anticorpos virais neutralizantes. Tais testes, conhecidos como testes de neutralização in vitro,
podem ser utilizados para identificar um vírus e também para determinar o título de anticorpo
viral.

Questão 2: Qual a relação entre vírus e câncer?


Resposta:
A relação entre certos vírus e câncer ainda não possui uma etiologia totalmente
compreendida. A origem viral do câncer geralmente não é reconhecida devido a três fatores.
Primeiro, a maioria das partículas de alguns vírus é infectiva, mas não causa câncer. Segundo, o
câncer pode se desenvolver somente muito tempo após a infecção viral. Terceiro, o câncer não
parece ser contagioso, como ocorre em muitas doenças virais. As alterações que causam
câncer afetam partes do genoma chamadas de oncogenes. Uma característica marcante de
todos os vírus oncogênicos é que seu material genético se integra ao DNA da célula
hospedeira, replicando juntamente com os cromossomos celulares. No caso dos retrovírus a
sua capacidade de induzir tumores está relacionada com a produção da transcriptase reversa.
O provírus (uma molécula de DNA de fita dupla sintetizada a partir do RNA viral) se torna
integrado ao DNA da célula hospedeira. Com isso, o novo material genético é introduzido no
genoma do hospedeiro, contribuindo dessa forma para o câncer.

Questão 3: Como os vírus podem ser utilizados no tratamento de doenças neoplásicas?


Resposta:

Os vírus utilizados no tratamento do câncer são chamados de oncolíticos. São vírus com o
potencial de serem geneticamente modificadas para destruírem células tumorais. Eles se ligam
aos receptores na superfície da célula, penetram e realizam seu ciclo replicativo,
estabelecendo a infecção nessa célula cancerosa e causam-lhe a lise no momento da liberação.
Dessa forma restará apenas fragmentos da célula tumoral que vão se dispersar e que o próprio
sistema imunológico posteriormente destruirá.

Questão 4: Defina os seguintes termos relacionados ao ciclo replicativo viral:

Infecção viral produtiva: Quando todas as etapas do ciclo foram completadas e resultaram na
produção de progênie viral viável.

Infecção viral abortiva: Quando após a penetração alguma das etapas é interrompida.

Susceptibilidade: A capacidade das células serem naturalmente infectadas.

Permissividade: Condições intracelulares necessárias para que a multiplicação viral ocorra.


Espectro de hospedeiro: Quantidade de espécies ou células distintas que podem ser
naturalmente infectadas por um dado vírus.

Tropismo: Predileção do vírus por um tipo particular de célula, tecido ou órgão.

Questão 5: De acordo com o artigo intitulado “Influenza A Subtipo H1N1 de 2009. Uma nova
pandemia”, quais os eventos genéticos que determinam as mudanças antigênicas sofridas pelo
vírus Influenza A? Explique detalhadamente os eventos e as modificações (utilize o restante
desta página).

Os eventos genéticos responsáveis pelas mudanças antigênicas do vírus Influenza A são


conhecidas por “Drift” e “Shift” antigênicos. O “Drift” são modificações que as moléculas
genômicas sofrem em seu processo de replicação. As quais ocorrem pelo acúmulo de
pontos de mutação ou variação natural, levando a erros na transcrição da polimerase
durante a replicação viral, causando alterações moleculares e antigênicas menores. Essas
propriedades antigênicas proximamente compartilhadas fazem com que o sistema imune os
possa reconhecer e responder a esse desafio antigênico de um modo mais ou menos eficaz.
Porém, essas pequenas variações genéticas podem se acumular ao longo do tempo e
resultar em vírus que são antigenicamente diferentes o suficiente para que o sistema imune
não mais os reconheça de modo eficaz. Já o “Shift” antigênico traz um desafio bem mais
complexo. Representa uma mudança mais expressiva na estrutura do material genético,
dando origem a um novo subtipo do vírus. Esse evento está relacionado à natureza
segmentada do genoma viral, quando uma célula é infectada por dois ou mais vírus
influenza geneticamente diferentes, que resultam em recombinações de subtipos distintos de
hemaglutinina com subtipos distintos de neuraminidase. Essas mudanças maiores resultam em
proteínas novas não reconhecidas pelos sistemas imunes dos animais infectados
anteriormente por outros tipos de vírus Influenza.

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