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RESUMO
ABSTRACT
1 INTRODUÇÃO
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Estudante de Pós-graduação. Universidade Federal do Ceará-UFC. aureamag@yahoo.com.br
social legitimando o valor de troca quantificável e expansível como mediador das
relações.
Entretanto, a necessidade expansão, trouxe consequências não só no que
diz respeito á manutenção do capital, mas também, a sua própria sobrevivência. Esta
é a principal contradição enfrentada na estrutura do capital, ou seja, para a
sobrevivência do capital era imprescindível uma expansão sem limites, no entanto
esse caráter expansionista trazia consequências devastadoras para a viabilidade do
sistema produtivo como um todo. (MÈSZARO, 2003).
Dentre todas as estratégias adotadas pelo capitalismo, no sentido de evitar
sua falência, uma efetivamente se consolidou, o neoliberalismo, que se manifestou
como um complexo processo de construção hegemônica, isto é, como uma estratégica
de poder que se implementa em dois sentidos articulados. Primeiro através de um
conjunto de reformas concretas nas esferas econômica, política, educacional etc e
segundo, através de uma série de medidas culturais orientadas a impor novos
significados sociais. ( COGGIOLA ; KATZ, 1996).
Como podemos perceber, o neoliberalismo nasceu como uma proposta a
crise do capital, tal percepção fica clara também nas palavras de Antunes (2002, p.31).
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Política ideológica produzida no pós Segunda Guerra, enquanto afirmação da hegemonia
econômica e política dos EUA, que impunham através da propaganda o modelo de vida norte-
americano como sendo o ideal para a reconstrução do mundo. Tal política tinha como objetivo
principal impedir a expansão do comunismo, maquiada com um poderoso esquema explicativo
de crescimento econômico.
O contexto citado acima transformou o ensino superior numa atividade de
elite, ou seja, para poucos, não se firmando como uma evolução natural do avanço do
pensamento humano, trazendo para si uma idéia de privilégio em que os poucos que
tem acesso a esse nível de formação, por motivos econômicos e sociais, eram
merecedores de prerrogativas de mais capacitados.
No que se refere a interferência da industrialização nos caminhos do ensino
superior, além da exigência de qualificação para atender a demanda, há de se atribuir
também, uma lógica endereçada para a pesquisa científica, a universidade retoma a
liderança do pensamento e torna-se centro de pesquisa. Coube a Alemanha3 e não a
França resgatar essa importante função da universidade. Percebemos que a
universidade sempre se pautou pela necessidade de uma ação livre para questionar,
investigar e propor soluções aos problemas da sociedade.
4 CONCLUSÃO
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O PROUNI é um programa do governo federal, sob a responsabilidade do Ministério da
Educação, destinado à concessão de bolsas de estudos para cursos superiores em instituições
privadas e que foi instituído pela Lei nº 11.096, em 13 de janeiro de 2005
5
O Programa é destinado a financiar, prioritariamente, a graduação no Ensino Superior de
estudantes que não têm condições de arcar com os custos de sua formação e estejam
regularmente matriculados em instituições não gratuitas. Lei nº 10.260, de 12/07/01
Atualmente encontramos nos discursos governamentais e empresariais,
uma centralidade reservada cada vez mais à educação, tão incentivada pelos
organismos internacionais, sob a ideologia da empregabilidade, reforçando, portanto a
política de privatização desse nível de ensino, pois a mesma não é uma atividade
exclusiva do estado.
Apesar de seu caráter reprodutivista, a educação possui também uma
dimensão transformadora, colocando-se contra o que está posto e a favor da
transformação social. Neste panorama de contradições, percebemos a marca de um
discurso disfarçado, pois apesar deste proclamar a prioridade da educação, isto
definitivamente não se materializa, pois promove-se apenas o fetiche da valorização
da escola, veiculado através da anunciada competência, da inclusão econômica, e
inserção social. Elementos estes que pairam sob limites reais e formais da cidadania,
que afirmam em todos os sentidos a lógica desumana do capitalismo.
REFERÊNCIAS
SILVA, Tomaz Tadeu da; GENTILI, Pablo (Org.). Escola S:A: quem ganha e quem
perde no mercado educacional do neoliberalismo. Brasília: CNTE, 1996.