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Pós-Graduação A Distância: Docência Do Ensino Superior
Pós-Graduação A Distância: Docência Do Ensino Superior
Angélica Nery
Sumário
Introdução........................................................................................................................... 6
Justificativa......................................................................................................................... 6
Clima e população................................................................................................................ 7
Economia do município.......................................................................................................... 7
Planejamento do Ensino......................................................................................... 9
Plano de ensino..................................................................................................... 18
Bibliografia........................................................................................................... 18
Planejamento Educacional III
Planejamento Pedagógico de
Curso – PPC
PLANEJAMENTO
Para iniciar este tópico, voltemos por
EDUCACIONAL III alguns momentos à aula anterior, ao
ponto em que tratamos do Projeto Político
Pedagógico (PPP). Vimos na ocasião que
Nesta aula abordaremos o Projeto ao construir coletivamente seus projetos e
Pedagógico de Curso (PPC) e entraremos na planos, a Instituição de Ensino Superior (IES)
primeira parte de Planejamento do Ensino. deve superar dois desafios:
Antes de irmos ao primeiro tema, porém,
acreditamos ser relevante reforçarmos
alguns pontos em relação a planejamento 1) a conjugação do PPI com os PPC,
educacional. considerando que, apesar da diversidade de
caminhos, não há distinção hierárquica entre
O primeiro deles, por uma questão de eles, devendo ambos constituir um processo
ordem, não de hierarquia ou importância, dinâmico, intencional, legítimo, transparente,
é que não podemos nos esquecer que em constante interconexão com o contexto
planejamento implica mudança, e visa da IES;
solucionar um problema ou alcançar um
objetivo. Isso significa que se trata de uma 2) o PDI, em consonância com o PPI, deve
ferramenta que ajuda a influir nos resultados apresentar a forma como a IES pretende
futuros, portanto, nesse processo devemos concretizar seu projeto educacional, definindo
buscar o equilíbrio entre meios e fins, entre as metas a serem alcançadas nos períodos
recursos e objetivos. de tempo definidos, e os recursos humanos
e materiais necessários à manutenção e ao
Outro ponto relevante diz respeito desenvolvimento das ações propostas.
à necessidade da participação de todos os
envolvidos no planejamento. E o docente O PPI, PDI, PPC e o Currículo, este
não pode se eximir da responsabilidade que como elemento constitutivo do PPC,
lhe compete. Conforme Masetto (2003), devem ser elaborados, analisados e
“é necessário que o docente se sinta avaliados respeitando-se as características
responsável por colaborar com a formação de da organização acadêmica da IES
um profissional, e não apenas o ministrador (Universidades, Centros Universitários,
de uma disciplina”. Centros Federais de Educação Tecnológica,
Faculdades de Tecnologia, Faculdades,
Além disso, o planejamento envolve Institutos ou Escolas Superiores), e da região
elaboração e reelaboração, num processo onde estão inseridas, conforme preconiza a
contínuo que requer acompanhamento e legislação em vigor. Para fins da avaliação
avaliação constante. externa, entende-se estes documentos com
as seguintes características e finalidades.
(BRASIL/2006)
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Município tem cadastradas 400 indústrias nos Mossoró e do Carmo. Essa várzea é inundada,
diversos ramos de atividade (http://www. ora pelas águas do mar, ora pelas águas
mossoro.rn.gov.br/origem.php). das enchentes dos rios, que quando cessam
as chuvas formam salinas naturais, onde o
Maior produtor de petróleo em terra do relevo é plano e baixo, estreitando-se para o
Brasil - Campo de Canto do Amaro (BR- litoral, onde a água do mar chega a alcançar
110 Mossoró-Areia Branca) 47.000 bbl/d até 35 Km do litoral. Essa série de fenômenos
(barris por dia) com cerca de 3.500 poços naturais é que faz com que Mossoró possa
perfurados. O petróleo é hoje o produto figurar entre os municípios produtores de
de maior representação na economia de sal do Rio Grande do Norte (http://www.
Mossoró e do Rio Grande do Norte. Os 3.500 mossoro.rn.gov.br/origem.php).
poços perfurados que estão em operação no
município garantem uma produção média de A fruticultura tropical irrigada é um dos
47 mil barris de petróleo por dia. Isso torna filões da economia de Mossoró. A região
Mossoró campeã em recebimento de royalties polarizada pela pela cidade é reconhecida
da Petrobras no Estado. A cidade recebe, pelo Ministério da Agricultura, desde 1990,
em média, R$ 1,8 milhão por mês. Esses como Área Livre da praga Anastrepha
recursos são investidos na infra-estrutura Grandis, mais conhecida como “Mosca da
urbana do município (http://www.mossoro. Fruta”. Essa condição facilita a entrada dos
rn.gov.br/origem.php). produtos em mercados consumidores mais
exigentes, como a Comunidade Européia,
Maior produtor de sal do país - Produção Estados Unidos e Japão. O destaque fica
em 2000 - 2.161,385 (em toneladas). com o melão. O Rio Grande do Norte é
Aproximadamente 50% da produção responsável por 90% da produção brasileira
nacional. No ano de 2000, foram exportadas da fruta que é exportada. Em 2004 a região
através do Porto Ilha de Areia Branca de Mossoró produziu 194 mil toneladas de
746.078 toneladas. Deste total, 441.939 melão. 84,5% dessa produção, o equivalente
toneladas foram para a Nigéria, 245.939 a 164 mil toneladas, foi exportado. O
toneladas para os EUA, e as 58.200 toneladas restante (30 mil toneladas) atendeu ao
restantes foram para Venezuela, Uruguai e mercado interno brasileiro. As exportações
Bélgica. O sal grosso a granel é transportado de melão movimentaram um volume de
basicamente por via marítima (Navio). No recursos da ordem de US$ 64 milhões. O
ano 2000 foram embarcadas através do setor também é um dos grandes geradores
Porto Ilha 2.481.106 toneladas. Quanto ao de emprego em Mossoró e região. De acordo
sal beneficiado (moído, refinado, peneirado) com o Comitê Executivo de Fitossanidade
é escoado através do transporte rodoviário. do Rio Grande do Norte (COEX) atualmente
O sal foi um dos primeiros produtos a ser a fruticultura irrigada gera 24 mil empregos
explorado comercialmente no Rio Grande diretos e outros 60 mil de forma indireta
do Norte. A exploração normal e extensiva (http://www.mossoro.rn.gov.br/origem.php).
das salinas de Mossoró, litoral de Areia
Branca, Açu e Macau data de 1802. Mas o
conhecimento de jazidas espontâneas na Observem que o texto do documento
região já era conhecido desde o início da também situa o docente em relação à região
colonização. Um solo impermeável, o que onde desempenhará suas funções, o que
assegura condições ideais para a cristalização reforça sua importância, ainda mais, quando
e colheita do sal, com um grau de pureza que sabemos que o Brasil é um país de dimensões
atinge até 98º Baumé. As salinas de Mossoró continentais e que as possibilidades de se
estão localizadas na várzea estuarina dos rios trabalhar em uma IES distante do lugar
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reflexão sobre o saber fazer docente? Antes Uma das decisões, aponta Gil, é a da
de desenvolver algumas dessas questões, é escolha do conteúdo programático e a esse
imprescindível afirmar que existem diferentes respeito ressalta Lerner:
abordagens sobre o assunto. Tais abordagens Olhando de fora, a tarefa de selecionar
se diferenciam pela forma como tratam a conteúdos parece consistir simplesmente em
temática, todavia se afinam quantos aos seus escolher entre saberes preexistentes – já
elementos constitutivos. Assim considerado, elaborados pelas diferentes ciências que se
arrisca-se afirmar que o planejamento do ocupam deles. Selecionar se reduziria então
ensino significa, sobretudo, pensar a ação a definir critérios para decidir quais desses
docente refletindo sobre os objetivos, os saberes serão ensinados.
conteúdos, os procedimentos metodológicos, No entanto, como há tempo Chevallard
a avaliação do aluno e do professor. O (1997) mostrou, a decisão acerca de quais
que diferencia é o tratamento que cada são os conteúdos a ensinar e quais serão
abordagem explica o processo a partir de considerados prioritários supõe, na realidade,
vários fatores: o político, o técnico, o social, o uma verdadeira reconstrução do objeto.
cultural e o educacional. (LEAL, 2005) Trata-se de um primeiro nível da transposição
didática: a passagem dos saberes
cientificamente produzidos ou das práticas
Gil (2010) ressalta que o planejamento socialmente realizadas para os objetos ou
do ensino práticas a ensinar. Vejamos em que sentido
essa passagem supõe uma construção
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Junção de vários vídeos produzidos pelos A quem ensinar – de acordo com o tipo de alunos a que visa o ensino. Mais, ainda,
refere-se às peculiaridades e possibilidades dos mesmos. Este é um aspecto
alunos da disciplina “Pró-docencia” no seg- fundamental do planejamento didático, e todo trabalho escolar deve girar em torno deste
tópico. De nada adianta um planejamento minucioso se não tem em mira quem dele se
undo semestre de 2008 possa aproveitar. Ou melhor, o planejamento tem probabilidades de sucesso quando
efetuado sem esquecer a quem se destina. Não é demais repetir que a escola existe
porque existem alunos, e é com base nas necessidades e peculiaridades destes, em
conjugação com as necessidades do meio, que deve ser erigida toda a estruturação da
http://www.youtube.com/ escola e do ensino.
watch?v=dl27P8WQH-Q&feature=related O que ensinar – de acordo com o curso e grau do mesmo, bem como o conteúdo que
tem de ser tratado. A seleção da matéria é tarefa que se impõe, devendo ser dada
preferência à que tenha valor funcional, que mais se ligue aos problemas da atualidade e
tenha maior valor social. O trabalho de seleção não pode deixar de lado o ponto de vista
dos interesses regionais e das necessidades e fase de desenvolvimento do educando.
Objetivos mais significativos Quanto ao item em foco, o professor tem de levar em conta as outras disciplinas e
atividades do currículo, a fim de se articular com as mesmas, em planejamento global da
escola.
do planejamento de ensino
Como ensinar – de acordo com os recursos didáticos que o professor tem de utilizar
para alcançar os objetivos que se propõe, através da aprendizagem de seus alunos.
Compreende as técnicas de ensino e todos os demais recursos auxiliares, que não são
mais do que meios de que lança mão para estimular a aprendizagem no educando.
Dar uma visão global e detalhada do ensino a ser levado a efeito em uma atividade,
área de estudo ou disciplina; Como verificar e avaliar – refere-se à maneira de recolher dados a respeito da
aprendizagem dos educandos e como avaliá-los, a fim de saber se o ensino está surtindo
racionalizar as atividades docentes e discentes.; os efeitos esperados, se está adequado a quem se destina e se é preciso realizar
alterações ou reajustes no planejamento de ensino.
tornar o ensino mais eficiente;
evitar improvisações;
de ensino
evitar perdas de tempo com aspectos secundários das atividades escolares;
revelar consideração e respeito pelos educandos, uma vez que o planejamento é avaliação, que vai prever as formas e critérios de avaliação durante o desenvolvimento
do planejamento e no seu término, a fim de ser levado a efeito um trabalho de constante
demonstração de que a escola e o professor pensam no que vão fazer...
reajustamento que permita melhorar o desempenho escolar.
prever as mudanças comportamentais desejadas;
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Bibliografia
Prever mudanças de comportamento, pois por meio deste é que é possível aquilatar-se a
consequência ou não do ensino.
Promover uma inter-relação entre as atividades, áreas de estudo e disciplinas. BRASIL, MEC/CONAE/INEP. Avaliação
Prever aprendizagem dos conceitos básicos das atividades, áreas de estudo ou disciplinas, externa de Instituições de Educação Superior:
para que os educandos possam mais facilmente desenvolver um processo de pesquisa,
desenvolvimento e transferência do que foi aprendido. diretrizes e instrumento. Brasília: 2006.
Partir sempre das experiências anteriores e das possibilidades dos educandos, para que o Disponível em http://www.publicacoes.inep.
ensino tenha um sentido de continuidade, sem saltos. Aliás, quando se exigem pré-requisitos
para um determinado estudo, visa-se dar continuidade a eles. gov.br/arquivos/%7B46C0A134-14BE-4DD9-
8E8E-4A426BF86CA4%7D_Avaliação%20
Externa%20DAS%20IES%202006.pdf, acesso
Fonte: baseado em NÉRICI, 1989 em 19/02/2011.
BRASIL, MEC/Secretaria de Educação
Continuada, Alfabetização e Diversidade.
Trabalhando com a educação de jovens e
Plano de ensino adultos: avaliação e planejamento. Brasília:
MEC, 2006. Disponível em http://portal.mec.gov.
br/secad/arquivos/pdf/eja_caderno4.pdf, acesso
As decisões decorrentes do
em 18/12/2010)
planejamento devem ser consolidadas em
BRASIL, MEC. Formulário do Plano de
planos de ensino, que percorrem o caminho
Desenvolvimento Institucional – PDI. disponível
do mais geral para o menos geral.
em http://www2.mec.gov.br/sapiens/Form_PDI.
O plano da disciplina, que vem em htm, acesso em 28/03/2011.
primeiro lugar, é a previsão de todas as GIL, Antonio Carlos. Didática do ensino superior.
ações a serem desenvolvidas durante o ano São Paulo: Atlas, 2010.
ou semestre letivo. A seguir, o professor LEAL, Regina Barros. Planejamento de
elabora os planos de unidade, que orientam ensino: peculiaridades significativas. Revista
sua ação em relação a cada uma das partes Iberoamericana de Educación. Publicação
da disciplina (GIL, 2010). Cada unidade editada pela OEI. Nº 37/3, 2005. Disponível em
corresponde a ações que serão desenvolvidas http://www.rieoei.org/deloslectores/1106Barros.
ao longo de um certo número de aula (GIL, pdf, acesso em 14/02/2011.
2010). Por fim, temos o plano de aula, que LERNER, Delia. Ler e escrever na escola: o real,
procura efetivar o planejamento do ensino da o possível e o necessário. Porto Alegre: Artmed,
unidade. 2002.
MASETTO, Marcos Tarciso. Competência
Plano: um documento utilizado para o registro de decisões, como o que Pedagógica do Professor Universitário. São
se pensa fazer, como fazer, quando fazer, com quem fazer. Todo plano
começa pela discussão sobre os fins e objetivos do que se pretende Paulo: Summus, 2003.
realizar. Na educação, ele apresenta de forma organizada as decisões MIZUKAMI, Maria das Graça Nicoletti.
tomadas em torno das práticas educativas que serão desenvolvidas. O
plano é produto do planejamento e funciona como guia do(a) Aprendizagem da docência: conhecimento
professor(a). Como acompanha uma prática, está sempre sujeito a específico, contextos e práticas pedagógicas. In
modificações. (BRASIL, 2006)
NACARATO, A. M. & PAIVA, M. A. V. (orgs.). A
formação do professor que ensina matemática.
Belo Horizonte: Autêntica, 2006.
Os planos de disciplina, unidade e aula
NÉRICI, Imideo G. Didática: uma introdução.
serão objeto de estudo da nossa próxima e
São Paulo: Atlas, 1989.
última aula de Planejamento Educacional.
OHIRA, Maria Lourdes Blatt. Por que fazer
pesquisa na universidade?Revista ACB. Vol. 3,
nº 3, 1998. Disponível em http://revista.acbsc.
org.br/index.php/racb/article/viewArticle/329/388,
acesso em 11/03/2011.
PIMENTA, Selma Garrido. Professor
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