O documento resume o contexto e os problemas da Igreja de Corinto que Paulo aborda em 1 Coríntios 11-14. Os principais problemas eram divisões na igreja, irregularidades no culto como o uso indevido do véu por mulheres e desordem na Ceia do Senhor, e ênfase excessiva nos dons espirituais espetaculares por parte dos "Espirituais de Corinto". Paulo fornece princípios teológicos e práticos para corrigir esses problemas e restaurar a unidade e a ordem no culto.
Descrição original:
Título original
Augustus Nicodemus - O Culto Espiritual (1Co 11 a 14)
O documento resume o contexto e os problemas da Igreja de Corinto que Paulo aborda em 1 Coríntios 11-14. Os principais problemas eram divisões na igreja, irregularidades no culto como o uso indevido do véu por mulheres e desordem na Ceia do Senhor, e ênfase excessiva nos dons espirituais espetaculares por parte dos "Espirituais de Corinto". Paulo fornece princípios teológicos e práticos para corrigir esses problemas e restaurar a unidade e a ordem no culto.
O documento resume o contexto e os problemas da Igreja de Corinto que Paulo aborda em 1 Coríntios 11-14. Os principais problemas eram divisões na igreja, irregularidades no culto como o uso indevido do véu por mulheres e desordem na Ceia do Senhor, e ênfase excessiva nos dons espirituais espetaculares por parte dos "Espirituais de Corinto". Paulo fornece princípios teológicos e práticos para corrigir esses problemas e restaurar a unidade e a ordem no culto.
O que é 1Coríntios Autoria O apóstolo Paulo, 1.1 A autoria de 1 Coríntios é uma das que tem sido menos disputada, dentro do Corpus Paulinus. O uso de um amanuense, 16.21. Data e Local Durante sua terceira viagem missionária. Ao fim de seus três anos de residência em Éfeso — 16.5- 9; At 19.10; 20.31. Data aproximada: 55 d.C. O que é 1Coríntios Ocasião e propósito Paulo recebeu informações de diversas fontes sobre problemas que estavam acontecendo na Igreja de Corinto. • Membros da casa de Cloé (1.11; cf. 11.18). • Uma comissão que lhe trouxe uma oferta e provavelmente uma carta da Igreja, 16.17. • Outras fontes. O que é 1Coríntios Os Problemas da Igreja de Corinto Divisões (1—4) Frouxidão na disciplina da Igreja (5—6). Questões sobre o casamento (7). Divisão sobre liberdade cristã (8—10). Irregularidades no culto: – Uso do véu (11:4-16) – Ceia do Senhor (11:17-21) – Mau uso dos dons espirituais (12—14) Heresia sobre a ressurreição (15). O que é 1Coríntios O Propósito de Paulo ao Escrever 1. Restaurar a unidade da Igreja, 2. Responder às questões práticas, 3. Corrigir as várias irregularidades em termos de pensamento e conduta. Tema da Carta Não há um tema um tema que unifique a carta toda. Paulo responde a várias questões diferentes, e aborda assuntos também diversos. Nosso alvo: problemas no culto (11—14) Os Espirituais de Corinto Evidências de sua existência – 3.1 – “Eu, porém, irmãos, não vos pude falar como a espirituais, e sim como a carnais, como a crianças em Cristo”. – 12.1 – “A respeito dos [dons] espirituais, não quero, irmãos, que sejais ignorantes”. – 14.37 – “alguém se considera profeta ou espiritual, reconheça ser mandamento do Senhor o que vos escrevo”. Quem eram? – O partido de Cristo? 1.12: “Refiro-me ao fato de cada um de vós dizer: Eu sou de Paulo, e eu, de Apolo, e eu, de Cefas, e eu, de Cristo. Os Espirituais de Corinto Relação com falar em línguas e profetizar Outras características: – Opositores de Paulo – Falavam línguas de anjos: “Ainda que eu fale as línguas dos homens e dos anjos… (13.1). – Já reinavam sem Paulo: “Já estais fartos, já estais ricos; chegastes a reinar sem nós…” (4.8). – Julgavam o seu ministério: “A minha defesa perante os que me interpelam é esta” (9.3). – Relação entre espiritualidade e dons espetaculares Os Espirituais de Corinto Influência nos Problemas do Culto – Mulheres espirituais desejava participar do culto nas mesmas condições e igualdade que os homens – abaixo o véu. – Já que a espiritualidade se mede pelas manifestações carismáticas, Deus está conosco na Ceia. – As manifestações carismáticas – especialmente línguas – têm prioridade no culto. – A espiritualidade no culto está relacionada com a manifestação das línguas e outros dons. O Uso do Véu no Culto O Uso do Véu – 11.3-16 Qual era o problema – “Toda mulher, porém, que ora ou profetiza com a cabeça sem véu desonra a sua própria cabeça, porque é como se a tivesse rapada” (11.5). – “Julgai entre vós mesmos: é próprio que a mulher ore a Deus sem trazer o véu?” (11.13) A causa do problema – Talvez movimentos feministas no mundo romano. – Mais provável: implicações falsas de receberem dons espirituais como os homens. O Uso do Véu – 11.3-16 No antigo Oriente Médio, o véu fazia parte do vestuário das mulheres honradas. Era símbolo da submissão feminina. – Fazia parte do vestuário da mulher israelita: “Naquele “ dia, tirará o Senhor o enfeite dos anéis dos tornozelos, e as toucas, e os ornamentos em forma de meia-lua; os pendentes, e os braceletes, e os véus esvoaçantes; ... e os véus grandes” (Is 3.18-23). – Era sinal de submissão em relação aos homens: “ [Rebeca] perguntou ao servo: Quem é aquele homem que vem pelo campo ao nosso encontro? É o meu senhor, respondeu. Então, tomou ela o véu e se cobriu” (Gn 24.65). – Ficar sem véu era vergonha: “Desce “ e assenta-te no pó, ó virgem filha de Babilônia; assenta-te no chão, pois já não há trono, ó filha dos caldeus, porque nunca mais te chamarás a mimosa e delicada. Toma a mó e mói a farinha; tira o teu véu, ergue a cauda da tua vestidura…” (Is 47.1-3). O Uso do Véu – 11.3-16 Em proporções semelhantes, o uso do véu por mulheres honradas era costume nas cidades gregas, onde Paulo fundou igrejas. Na sociedade de Corinto, era um sinal de autoridade sobre a mulher o homem orar ou profetizar com a cabeça descoberta; a mulher, por sua vez, deveria cobrir a cabeça nestas atividades. Conseqüentemente, era uma vergonha para o homem cobrir a cabeça, pois sugeria uma reversão da relação apropriada. (John MacArthur) Ao cobrir a cabeça durante o ato de orar e profetizar, a mulher cristã estava demonstrando que estava debaixo da liderança eclesiástica masculina. O Uso do Véu – 11.3-16 Princípios de Paulo Deus – O princípio teológico, 11.3-7. A escada hierárquica que começa na Trindade: “Quero, entretanto, que saibais ser Cristo Cristo o cabeça de todo homem, e o homem, o cabeça da mulher, e Deus, o cabeça de Cristo” (11.3). Homem Diferença de funções mas igualdade do ser Mulher O Uso do Véu – 11.3-16 – O princípio escriturístico (11.8-10) referindo-se ao relato da criação do homem e da mulher. A procedência na criação: “O homem não foi feito da mulher, e sim a mulher, do homem”. O propósito da criação: “O homem não foi criado por causa da mulher, e sim a mulher, por causa do homem.” Conclusão: “Portanto, deve a mulher, por causa dos anjos, trazer véu na cabeça, como sinal de autoridade”. – Ressalva: 11.11-12. O Uso do Véu – 11.3-16 – O princípio da natureza, 11.13-15. “Julgai entre vós mesmos: é próprio que a mulher ore a Deus sem trazer o véu? Ou não vos ensina a própria natureza ser desonroso para o homem usar cabelo comprido? E que, tratando-se da mulher, é para ela uma glória? Pois o cabelo lhe foi dado em lugar de mantilha”. O que é “a natureza”? Provavelmente: senso natural de propriedade, aliada ao costume e à diferenciação entre os dois gêneros – O princípio do consenso, 11.16. “Se alguém quer ser contencioso, saiba que nós não temos tal costume, nem as igrejas de Deus.” O Uso do Véu – 11.3-16 O que a Mulher Cristã Devia Fazer: – Pode profetizar e orar, mas usando o véu: “Portanto, deve a mulher, por causa dos anjos, trazer véu na cabeça, como sinal de autoridade” (11.10). Implicações para Nós – O direito da mulher participar do culto – Ela participa debaixo de autoridade – não exercendo – Os argumentos são teológicos – não culturais A Ceia do Senhor A Ceia do Senhor – 11.17-34 O Problema – A festa do ágape “Estes homens são como rochas submersas, em vossas festas de fraternidade, banqueteando-se juntos sem qualquer recato…” (Judas 12). – Havia contendas e conflitos internos, 11.17-19 – Embriagados e glutões, 11.20-22. A Ceia do Senhor – 11.17-34 O Princípio: Cristo é o centro da Ceia – Os elementos apontam para ele, 11.23-25. “...fazei isto em memória de mim” O pão: “... Isto é o meu corpo” O vinho: “... É a nova aliança no meu sangue” – A celebração fala de sua vinda, 11.16. “...anunciais a morte do Senhor até que ele venha” – Os indignos são réus do corpo de Cristo, 11.17 “... Será réu do corpo e do sangue do Senhor” A Ceia do Senhor – 11.17-34 Aplicações Práticas – Auto-exame, 11.28-32. Não para abster-se, mas para participar da forma correta. A causa: comer e beber juízo Deus já estava julgando a igreja O auto-exame evitaria o juízo de Deus. – Esperar uns pelos outros, 11.33. – Matar a fome em casa, 11.34. ]
O Uso dos Dons Espirituais no Culto
Dons no Culto – 12.1-31 O Problema – Paulo tinha recebido uma carta dos coríntios contendo diversas perguntas sobre o culto “A respeito”, 12.1 com 7.1,25; 8.1; 16.1 – Estas perguntas tinham a ver com o uso dos dons no culto e os “espirituais” – Paulo também havia tomado conhecimento de vários problemas ocorrendo no culto Ênfase nos dons espetaculares Falta de ordem e interpretação no culto (línguas) Profetas falando sem controle Ao final, não havia edificação no culto. Dons no Culto – 12.1-31 Os Princípios empregados por Paulo
O Espírito glorifica a Cristo através dos dons, 12.1-3.
– A questão era: como reconhecer um “espiritual”? – Causa da pergunta: “espirituais” dizendo bobagens. – O princípio: O Espírito sempre exalta a Cristo A unidade dos dons: oriundos do Deus Triúno, 12.4-6. – Paulo deseja corrigir as disputas em torno dos dons – Os dons são diversos (dons, serviços e realizações) – Contudo, procedem do Deus Triúno (Espírito, Senhor e Deus) – Aquilo que devia nos unir é exatamente aquilo que mais nos separa! Dons no Culto – 12.1-31 O propósito dos dons: servir aos outros , 12.7-10. – Eles foram dados “... Visando um fim proveitoso”, v.7 – Observações sobre esta primeira lista de dons: A lista reflete a situação de Corinto Cada dons listado é dado para a edificação dos outros Cada um recebe diferentes dons “... a um ... a outro...” O mesmo Espírito concede estes dons “... mesmo Espírito” – O ponto: corrigir o uso egoísta dos dons. A soberania de Deus em distribuir os dons, 12.11 – Ele é o que com concede os dons espirituais – Ele faz isto “como lhe apraz” – Ele os distribui individualmente. – Paulo deseja corrigir a busca frenética pelos dons considerados mais espirituais. Dons no Culto – 12.1-31 O Espírito, pelos dons, promove a unidade da Igreja, 12.12-13. – A analogia do corpo, 12.12 – O batismo com o Espírito, 12.13 Todos os crentes verdadeiros já foram batizados com o Espírito: “...em um só Espírito, todos nós fomos batizados” Todos “beberam” deste Espírito Isto ocorreu quando foram incluídos no corpo de Cristo Precisamos dos dons dos outros, 12.14-26. – Nesta seção, Paulo enfatiza estes pontos: Todos somos necessários ao corpo de Cristo A variedade e a unidade no corpo de Cristo Dons no Culto – 12.1-31 A Igreja deve procurar os dons mais importantes, 12.27-31ª – Observações sobre a segunda lista de dons: Reflete a Igreja como corpo de Cristo (não igreja local). Os dons são colocados em ordem de importância Mostra que ninguém tem todos os dons. – “Procurai com zelo os melhores dons”, 12.31a. Ordem ou ironia? Os “melhores dons” são os primeiros da lista, que são os dons da Palavra, em contraste com o último, línguas. Há um caminho mais excelente, 12.31b. O Amor como Caminho Mais Excelente O Amor – 13.1-13 A Raiz dos Problemas no Culto em Corinto – Conceito errado de espiritualidade Ser espiritual estava associado às manifestações carismáticas Isto explica porque a igreja, mesmo cheia de problemas morais e doutrinários, se considerava espiritual. Perda do foco no que é principal O Princípio: O Amor é o Caminho mais Excelente – O amor é maior que os dons, 13.1-3. Línguas, 13.1 Profecia, conhecimento e fé milagrosa, 13.2 Contribuição e martírio, 13.3 O Amor – 13.1-13 – O amor resolve todos os problemas, 13.4-7 O que o amor é, 13.4ª O que o amor não faz, 13.4b—6a O que o amor faz, 13.6b-7 – O amor jamais acaba, 13.8-13 Dons vão acabar quando vier o perfeito, 13.8-10 – O fechamento do cânon? – A maturidade em amor? – A vinda de Cristo Duas ilustrações, 13.11-12 – De menino a homem – O espelho e a realidade O amor permanece para sempre, 13.13 Línguas e Profecia Línguas e Profecia – 14.1-25 O tema deste capítulo – Aqui Paulo retoma 12.31ª. “...Procurai com zelo os melhores dons”, 12.31a “ ...Procurai com zelo os dons espirituais, mas principalmente que profetizeis”, 14.1 – Se a igreja quer dons espirituais, que busque os melhores, ou seja, os dons da Palavra. – Para a edificação da igreja, o melhor é a profecia – não, línguas. – Paulo desenvolve vários princípios para firmar este ponto. Línguas e Profecia – 14.1-25 1) No culto temos que dar prioridade ao que edifica a Igreja, 14.1-5. O conceito de “edificação” – Conhecimento e aceitação da verdade – Passa necessariamente pelo entendimento O que são “[outras] línguas”? – Idiomas estrangeiros e não glossolalia – Voltadas para Deus e não para o homem O que Paulo entende por profecia – Ela edifica, exorta e consola (ver Atos 15.32). – Pregação ex tempore movida pelo Espírito Santo nas reuniões Por que profecia é superior às línguas Línguas e Profecia – 14.1-25 2) Para que sejam aproveitados, os dons têm que ser inteligíveis, 14.6- 12ª. Paulo se inclui nesta regra “se eu for ter convosco”... 14.6 A orquestra desafinada, 14.7 O trombeteiro confuso, 14.8-9 Os dois estrangeiros, 14.10-12ª. Línguas e Profecia – 14.1-25 3) A espiritualidade não é contrária ao entendimento, 14.12b-17 Progredir: procurar interpretar as línguas, 14.12 Não há edificação sem entendimento O interesse na edificação do outro Línguas e Profecia – 14.1-25 4) A prioridade do inteligível, 14.18-19 A opção do apóstolo inspirado 5) As línguas são sinal para os incrédulos, 14.20-22 A maldição do pacto, Deut 28.49 Confirmado por Isaías (28.11-12) Sinal da ira de Deus Línguas e Profecia – 14.1-25 6) É válido não parecermos loucos, 14.23-25 Caso imaginário: incrédulo entrando em culto em que todos estão falando línguas. As línguas não interpretadas não mostram que Deus está no meio da Igreja, mas sim, o profetizar. O efeito da profecia no coração do incrédulo Regras para o Culto – 14.26-40 Regra geral: fazer tudo para a edificação, 14.26. 1) Quanto às línguas, 14.27-28 – Quando houver, 14.27 – Quando não houver intérprete, 14.28 Regras para o Culto – 14.26-40 2) Quanto aos profetas, 14.29-33ª. – O número deles – A necessidade de julgamento – O critério: impulso divino – Todos podem profetizar – O auto-domínio do profeta Regras para o Culto – 14.26-40 3) Quanto às mulheres, 14.33b-35 – O que significa a ordem de silêncio? Proibição absoluta? Não falar em línguas? Não tagarelar? Não participar do julgamento dos profetas. – Harmoniza com 11.5 – Explica 14.35 Regras para o Culto – 14.26-40
4) Quanto à acatar a palavra de
Paulo, 14.36-38 5) Não procure, não proiba, 14.39 6) Princípio geral: ordem e decência, 14.40