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UNIDADE IV • <Título da Unidade IV>

PSICOLOGIA, GÊNERO E SEXUALIDADE


CURSO: PSICOLOGIA
PROFESSOR (A): VANINA MIRANDA DA CRUZ

ENCONTRO 04: A QUESTÃO DA NORMA E DAS


NORMALIZAÇÕES/NORMATIZAÇÕES. SOCIEDADE PATRIARCAL E MACHISMO

1 Introdução

Olá, estudante! Tudo bem?

Sejam bem-vindas e bem-vindos à mais um encontro da Disciplina


Psicologia, Gênero e Sexualidade.
No encontro de hoje vamos abordar as normas, normalizações e
normatizações aticulando esses processos com os conceitos que estamos
trabalhando. Vamos também refletir sobre a sociedade patriarcal e o machismo.
Você pôde perceber, através dos debates traçados até aqui, o quanto é
importante a influência sócio-histórica na elaboração dos conceitos que lidamos
cotidianamente e muitas vezes, sem nem percebermos, naturalizamos tais
conceitos, como se eles viessem dados, prontos e não frutos do processo histório
que é dinâmico e, portanto mutável.
A ideia de norma é muito presente na Psicologia principalmente a partir da
investigação da Psicologia social que tenta compreender como as normas sociais
influenciam as atitudes e os comportamentos humanos. A literatura nos mostra que
uma norma pode ser vista como um valor, regra ou mesmo como costume social,
convenção ou tradição (DUBOIS; FRASER, 2003).
Assim é que uma norma social tende a ser compartilhada pela maioria das
pessoas e auxiliar no processo de organização das relações. Ocorre porém que a
ideia de norma também pode levar a normalizações – tornar “normal” ou normatizar
– criar regras rígicas ou fixas.
Esses processos podem, por vezes, levar a ideias pre-concebidas e,
portanto, preconceituosas e excludentes.

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Quando pensar no papel social que atribuímos a homens e mulheres, na


nossa sociedade, por exemplo, muitas vezes estão repletas de ideias advindas
dessas normas, onde por exemplo, acreditamos que a mulher já nasce com uma
tendência inata à maternidade. A reflexão sobre a construção dessas ideias nos
permite pensar que a maternidade também é construída e é uma das possibilidades
para as mulheres, dentre tantas, tanto que hoje temos um número elevado de
mulheres que não se sentem com desejo de exercer a maternidade e nem por isso
devem ser vistas como “anormais”.
Importante a gente pensar a influência das sociedades patriarcais – ou seja,
aquelas cuja organização social delimitou historicamente à mulher o lugar de
cuidado da casa, da maternidade e da família, enquanto ao homem o lugar de
provedor. Essas localidades sociais dentro dos contextos familiares implicam numa
ideia de relações de poder, as quais chamamos assimétricas, porque nesses
espaços as mulheres não ocupam espaços em pé de igualdade junto aos homens,
ao contrário elas vivenciam muitas exclusões.
Você sabia, por exemplo, que no Brasil a mulher só obteve o direito de votar
em 1932? Recente, concorda?
O sistema patriarcal ou patriarcado trouxe muitas consequências às relações
sociais mas o importante é que hoje estamos em vias de renovações dessas formas
de pensamento.
Basta lembrar que hoje que chefia a maioria das famílias são as mulheres!
Mas...você já parou para pensar em porque mesmo com tantos avanços ainda
percebemos um número crescente de violências contra as mulheres? Te convido a
ouvir o podcast desse encontro onde vamos aprofundar na temática da violência de
gênero.

REFERÊNCIAS:
DUBOIS, S.; FRASER, D. Defining and measuring success in wildlife rehabilitation,
Vancouver: University of British Columbia, 2003.

S.M.R.D.D.M. L. (orgs). Violência Doméstica e a Cultura da Paz. São Paulo: Grupo


GEN, 2013. 978-85-412-0296-1. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/97, 8-85-412-0296-1/. Acesso em:
07 Jan 2021 :

INDICAÇÃO DE LEITURA:

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S.M.R.D.D.M. L. (orgs). Violência Doméstica e a Cultura da Paz. São Paulo: Grupo


GEN, 2013. 978-85-412-0296-1. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/97, 8-85-412-0296-1/. Acesso em:
07 Jan 2021 :

Violência: o impacto na família, no casal e nos filhos. P47 a 52. Cynthia Ladvocat

Proposta de intervenção com casais e. M situação de violência domestica: é


possível no brasil? Patrícia Cristina barros gomes p. 122 a 125

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