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“Práticas de conservação do solo e manejo de pragas e doenças do algodoeiro”.

Agronomia Semestre: 4º e
5º - PRODUÇÃO TEXTUAL INTERDISCIPLINAR EM GRUPO – PTG. 2021-01.

PREZADOS ALUNOS,
Sejam bem-vindos a este semestre!

A presente proposta de Produção Textual Interdisciplinar em Grupo (PTG) possui como temática “Práticas de conservação do solo
e manejo de pragas e doenças do algodoeiro”. Este tema foi escolhido para possibilitar a aprendizagem interdisciplinar dos
conteúdos desenvolvidos nas disciplinas deste semestre.
Contextualizando:
O algodoeiro (Gossypium hirsutum L.) pertence ao grupo de plantas dicotiledôneas, família Malvaceae. O algodoeiro herbáceo
pertence à raça Latifolium Hutch (SEAGRI, 2012).
A cultura do algodão herbáceo vem se mostrando uma atividade com alta rentabilidade e com grandes possibilidades de expansão,
principalmente nas regiões de fronteira agrícola. A pluma brasileira vem ganhando competitividade no mercado externo devido à
excelente qualidade de suas fibras e as altas produtividades. Em contrapartida, a cultura exige a utilização de técnicas e insumos de
alto desempenho que reduzem os riscos pertinentes à atividade (LIMA, 2011).
O algodoeiro herbáceo é considerado uma das culturas mais tradicionais do semiárido. Nos últimos anos, o Brasil tem se mantido
entre os cinco maiores produtores mundiais, ao lado de países como China, Índia, EUA e Paquistão. Ocupa o primeiro lugar em
produtividade em sequeiro. O Brasil tem figurado também entre os maiores exportadores mundiais. O cenário interno é promissor,
pois estamos entre os maiores consumidores mundiais de algodão em pluma. No ano safra de 2019/20 o Brasil apresentou 1.665,60
(ha x 1.000) de área plantada, com uma produção de pluma de 3.001,60 (ton X 1.000) (ABRAPA, 2020).
O estado do Mato Grosso é o maior produtor, com 66,2% da área cultivada, seguido pela Bahia, com 22,4%. A cultura do algodão já
teve grande importância na economia no Paraná, que respondia por metade da produção brasileira de algodão há aproximadamente
20 anos. Mas questões climáticas e comerciais, somadas à incidência de uma praga de difícil controle, o bicudo-do-algodoeiro,
Anthonomus grandis Boheman, 1843, impediram o sucesso de produção dos cotonicultores.
Atualmente este cenário vem se tornando diferente e motivador, de modo que a cultura do algodão está ressurgindo com uma nova
configuração técnica e tecnológica. E para essa transição, a Associação dos Cotonicultores Paranaenses (Acopar) vem realizando um
projeto, com apoio do Instituto Brasileiro de Algodão (IBA) e colaboração de diversas entidades estaduais, cooperativas e empresas,
para reinserir a cultura no agronegócio paranaense, uma vez que se trata de uma boa opção na rotação de culturas e provável
alternativa para a pós-colheita da soja no estado (REVISTA CULTIVAR, 2020).
Por estar situado em ambiente tropical, o Brasil tem algumas vantagens competitivas em relação às regiões produtoras de
ambiente temperado. Uma delas é a possibilidade de explorar economicamente a terra ao longo de todo ano, enquanto nas
regiões temperadas a agricultura é pouco significativa na estação fria. Outra vantagem é o ciclo reduzido das culturas que ocorre
de forma mais rápida devido às temperaturas elevadas. Por outro lado, a agricultura tropical possui desafios que não são
observados nas regiões temperadas. A intensidade e a severidade do ataque de pragas, de doenças e de plantas daninhas são
muito maiores no ambiente tropical do que no temperado, favorecendo, portanto, nessas condições, as pragas, as
quais podem causar perdas econômicas ao produtor (EMBRAPA, 2019).

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