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Nuova 14/03 – Faro – 1
forma muito rígida a ponto de me fazer sofrer.
Meu pai passa grande parte do dia fora. E ganha muito pouco. O trabalho
de minha mãe prejudica muito sua saúde. Por conta de tudo isso, é em nós, os
filhos, que os dois descarregam o estresse.
Eu gostaria de sair mais, viver a minha vida de adolescente, me divertindo
e convivendo com os amigos, porém meus pais não permitem. Eu acho que esse
comportamento é efeito do estresse que eles enfrentam no diaadia. O que vocês
acham desta situação?
Uma adolescente
diante dos vários desafios que a vida coloca, como a questão do trabalho e da
educação dos filhos. Mas, como não estou respondendo aos seus pais, e sim a
você, permitame fazer algumas observações.
sou eu?” – assim como é comum o desejo de estar em grupo.
Uma árvore cresce um pouco mais a cada dia e nós também. Na etapa da
circunstâncias: em casa, no clube, na escola. E isso, algumas vezes, confunde,
surpreende e amedronta os adultos, que acabam colocando “trancas” na casa. É
preciso compreendêlos.
Veja, na adolescência a nossa conduta está dominada pela ação, e o fato
fase. Sentimos a necessidade de começarmos a fazer parte do mundo adulto;
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contudo não nos sentimos totalmente preparados para enfrentar esse novo
universo. Queremos ser adultos, mas não queremos perder “as regalias” da fase
anterior, a infância.
Nesta fase é fundamental sabermos negociar com nossos pais. Desde a
nossos pais, e essas semelhanças podem servir de ponte para nos ligar
para puxar um papo com eles, quando eles estiverem mais descansados, e aí
expor o que sentimos com relação àquilo de que necessitamos. Talvez durante a
semana fica difícil sair, mas nos finais de semana, quem sabe? Trazer os amigos
em casa para que os pais os conheçam também ajuda.
O grupo – os amigos – com certeza pode proporcionar segurança e estima
potencialidades, e é também no grupo que podemos construir ideais e ações em
andamos”, podemos nos machucar e fazer experiências traumatizantes. É aqui
que os pais podem ajudar bastante.
Sentimos o desejo de estar sempre juntos com alguns amigos e amigas,
mas nem sempre é possível. Podemos então arranjar outros meios de nos
intervalos das aulas.
Por fim, é preciso ter paciência e esperar a árvore crescer mais um pouco
ainda de lembrar que também Jesus na sua adolescência teve necessidade de
dar suas “fugidinhas”. Lembra do encontro dele aos doze anos de idade, com os
sacerdotes, no Templo de Jerusalém? Também os pais dele tiveram dificuldades
para entender a sua atitude. Mas Jesus explicou os seus motivos: era preciso
tratar dos “negócios”, de seu Pai, dos seus grandes ideais. Depois, Jesus
obedeceu aos pais, voltou para casa, e a tranqüilidade retornou para aquela
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família.
Afonso Vieira
Namoramos há alguns anos e queremos nos preparar seriamente para o
ternura”. Mas o que significa viver a ternura neste momento particular da nossa
vida?
Francisco e Rosa
Uma idéia muito difundida entre os jovens é que, depois do casamento,
casamento depende da realização sexual.
desfazem – até mesmo muito cedo – apesar da grande liberalização sexual.
As causas dessa situação certamente são muitas, mas gostaríamos de nos
deter um pouco numa dessas causas que, na nossa opinião, está entre as mais
importantes: a incapacidade que o casal enfrenta para exprimir o amor inclusive
através de gestos de ternura.
Mas o que é a ternura? Muitas vezes a confundimos com um excesso de
sentimentalismo, com um relacionamento feito só de emoções, com um amor
atitude madura, que faz com que se esteja atento às riquezas do outro e faz com
que se participe, com todo o calor da própria sensibilidade, das suas emoções e
cordialidade, atenção aos pequenos gestos de afeto…
A ternura é, por exemplo, saber valorizar o outro (“Como você está bem
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com esse vestido!” “Como você falou bem hoje pela manhã!”), responderlhe com
um sorriso, evitar levantar a voz, mesmo nos momentos difíceis, saber escutar e
surpreender o outro com um beijo ou com uma carícia. Em suma, a ternura é
um contínuo esforço para fazer o outro feliz através de mil gestos que nascem
da fantasia do amor.
A ternura é também aquilo que faz com que a sexualidade passe da sua
dimensão exclusivamente instintiva para uma dimensão realmente humana. De
fato, a ternura enriquece de amor o desejo pelo outro e preenche de alegria e
gratuidade o relacionamento sexual, ajudando a conservar o seu frescor como
um acontecimento sempre cheio de novidade, e impedindo, assim, que ele se
torne monótono e repetitivo. Sem a ternura a linguagem sexual será, a longo
prazo, esvaziada de seu significado e será cada vez menos capaz de comunicar
prazer e alegria.
Por outro lado, pode haver muitos momentos na vida de casal nos quais
corpo? Aqui é a ternura que pode ajudar, porque ela é capaz de preencher de
significado até um simples beijo, uma carícia, um abraço…
Neste sentido o período do namoro pode ser um período privilegiado para
descobrir e aprofundar sempre mais a arte da ternura.
genitalidade, para concentrarse na linguagem da ternura, esse período pode se
relacionamento de casal e para uma sexualidade conjugal madura e gratificante.