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PECULIARIDADES DO
RESGATE AQUÁTICO
Intempéries climáticas
Relevo/ marés/ movimentação da água
Conhecimento técnico
Condicionamento físico
Controle emocional
Treinamento
EPIDEMIOLOGIA
 500 mil mortes/ano no mundo;
 No Brasil, 2ª causa de óbito 01 a 09 anos, 3ª de 10
a 19 anos, 4ª de 20 a 25 anos;
 A cada 84 min morre 1 brasileiro;
 Homens morrem 6 vezes mais que as mulheres;
 Ocorrem 6000 mortes/ano e mais de 100.000
incidentes não fatais por afogamento ;
 75% dos óbitos ocorrem em rios, lagos e represas;
 Fora a perda da vida, cada óbito gera um custo de
R$ 210 mil, estimativa de 1,2 bilhões ao ano.
TERMINOLOGIA

 OMS:
 “Afogamento é a dificuldade respiratória durante o
processo de imersão ou submersão em líquido”
 Afogamento não fatal
 Afogamento fatal
 Resgate
TERMINOLOGIA
Devem Ser Evitados...

 Quase afogamento;
 Ativo ou passivo;
 Afogado seco.
PRINCÍPIOS BÁSICOS NA CENA DO
ACIDENTE
 AVALIAÇÃO DA CENA

 BIOPROTEÇÃO
BIOSSEGURANÇA

 AJUDA ESPECIALIZADA
PREVENÇÃO
CORRENTE DE RETORNO

VALA
RECONHECIMENTO
CHAME AJUDA EFETIVA
PROMOVER FLUTUAÇÃO
SUPORTE BÁSICO DE VIDA
SUPORTE AVANÇADO DE VIDA
FISIOPATOLOGIA
Líquido engolido
Tenta Apneia
ou cuspido

Quantidade Vontade de respirar


líquido é aspirada aumenta

Tosse como Perda da consciência


resposta reflexa por hipoxemia

Taquicardia evolui
Assistolia-AESP
para bradicardia

Todo este processo ocorre em segundos a


alguns minutos
Podendo durar até 1h em água gelada
FISIOPATOLOGIA
 O líquido aspirado
 Inativação do surfactante e lavagem do alvéolo;
 Água doce ou salgada = lesão
  permeabilidade alveolocapilar
 Edema pulmonar
  complacência
  shunt pulmonar – atelectasias – broncoespasmo.
 RCP + HIPOTERMIA
 menor consumo de oxigênio pelo cérebro e menor
depleção de ATP.
PREVENÇÃO E ASSISTÊNCIA
• Áreas com salva-vidas
• 6% destes necessitam de atendimento médico,
destas apenas 0,5% de RCP.
• Resgate por leigos
• 30% necessitam RCP, muitos se afogam junto.
• Técnicas como
• Alcançar e arremessar, devem ser ensinadas em
cursos básico de resgate aquático.
PREVENÇÃO E ASSISTÊNCIA
 ILCOR e SOBRASA:
 Em afogados administrar RCP na sequência
ABC com 5 insuflações de resgate (mantido o
ver, ouvir e sentir),
 1 socorrista 30 x 2
 Se 2 socorristas, 15 x 2 independente
da idade.
A B C ou C A B?
 A (airway) – VIA AÉREA
 B (breathing) – RESPIRAÇÃO
 C (circulation) – CIRCULAÇÃO / COMPRESSÕES

COMPRESSÕES - VIA AÉREA - RESPIRAÇÃO


C A B
SEQUÊNCIA DO ATENDIMENTO
AJUDA A B

C
decúbito lateral
DECÚBITO LATERAL DIREITO???

DECÚBITO LATERAL DIREITO


DESFIBRILADOR EXTERNO
AUTOMÁTICO (DEA)
UTILIZAÇÃO DO DEA
Desfibrilador Externo Automático
UTILIZAÇÃO DO DEA
Desfibrilador Externo Automático
Cuidados na
Emergência

• M.O.V.
• Gasometria
arterial
• Sondagens
• Hemograma
completo ... Se permanência de inconsciência,
considerar investigações toxicológicas,
• Raio X de tórax TC de crânio e coluna.
Classificação do Afogado –Resgate

Sem tosse ou espuma na boca ou nariz


mortalidade - 0%

Libere para casa do próprio local, sem


necessidade de continuidade da
assistência.
Classificação do Afogado – Grau 1

Tosse, sem espuma na boca ou nariz


Mortalidade - 0%

Repouso, aquecimento e tranquilização.


Usualmente não há necessidade de oxigênio
ou assistência posterior.
Classificação do Afogado – Grau 2

Pouca espuma na boca / nariz (estertores


de leve a moderado)
Mortalidade - 0.6%

1. Oxigênio - 5 litros/min via cânula nasal.


2. Repouso, aquecimento, e tranquilização.
3. Posição lateral de segurança sob o lado
direito ou cabeceira elevada.
4. Observação hospitalar por 6 a 48 h.
Classificação do Afogado – Grau 3

Grande quantidade de espuma na boca/nariz


(estertores difuso)
com pulso radial palpável
Mortalidade - 5.2%

1. Oxigênio via máscara facial a 15 litros/min.


2. Posição lateral de segurança sob o lado direito ou
cabeceira elevada
3. Avaliar necessidade de IOT + VM (USA precoce)
Classificação do Afogado – Grau 4
Grande quantidade de espuma na boca/nariz
(estertores difuso)
Sem pulso radial palpável
Mortalidade - 19.4%

1. Oxigênio via máscara facial a 15 litros/min.


2. Observe a respiração com atenção, pois pode
ocorrer parada.
3. Posição lateral de segurança sob o lado direito.
4. USA / IOT/ VM e infusão venosa de líquidos e
ou drogas.
5. Internação em hospital - UTI com urgência.
Classificação do Afogado – Grau 5

Parada Respiratória Isolada


Mortalidade - 44%

1. Inicie imediatamente a ventilação artificial de


emergência
2. Mantenha a ventilação artificial com 15l / O2
/até retorno espontâneo da respiração e cheque
o pulso regularmente.
3. Após retorno da ventilação trate como GRAU 4.
Classificação do Afogado – Grau 6

Parada Cardiorrespiratória
Mortalidade - 93%

1. RCP - até retornar a função cárdio pulmonar, ou


a chegada do SAV ou a exaustão do socorrista.
2. Use o desfibrilador automático se houver.
3. Não dar soco no precórdio - retarda o início das
manobras.
4. Não comprimir o abdome - 86% tem vômitos.
Classificação do Afogado – Grau 6

5. Mantenha a RCP até a temperatura Corporal


> 34º C.
5. Inicie a RCP sempre quando: submersão menor
que 1 hora ou desconhecido.
6. Após o sucesso da RCP, a vítima deve ser
acompanhada com cuidado, pois pode haver
outras PCRs, trate como GRAU 4.
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EQUIPAMENTOS
bote inflável
rescue tube
rescue can

rescue board

colete salva-vidas
bóia circular

outros: apito, binóculos, cabos, jet-sky,


lancha, aeronave, ...
ABORDAGEM SEM MATERIAL
NADO DE APROXIMAÇÃO
DISTÂNCIA SEGURA PARA ABORDAGEM
CRAW OLHANDO A VÍTIMA

REBOQUE - NADO
ESCARPAGEM (MERGULHO)
ABORDAGEM COM MATERIAL
APROXIMAÇÃO ABORDAGEM - MATERIAL

REBOQUE DA VÍTIMA
RESGATE UTILIZANDO NADADEIRAS
02 GUARDA-VIDAS
RETIRADA DA PISCINA
RETIRADA DA ÁGUA
VÍTIMA INCONSCIENTE
RETIRADA DA ÁGUA
VÍTIMA INCONSCIENTE
RETIRADA DA ÁGUA
RETIRADA DA ÁGUA
EXERCÍCIOS DE FLUTUAÇÃO
SALVAMENTO COM PRANCHA
SALVAMENTO COM PRANCHA
APOIO DE EMBARCAÇÃO
ABORDAGEM E REBOQUE DA VÍTIMA
COM 02 GUARDA-VIDAS
SALVAMENTO EM ÁGUAS COM
CORRENTEZA

vítima
ABORDAGEM COM MOTO AQUÁTICA
LESÕES ASSOCIADAS-TRM

FONTE: GOOGLE
LESÕES ASSOCIADAS - TRM
LESÕES ASSOCIADAS - TRM
VÍTIMA INCONSCIENTE
SUSPEITA DE TRM
ESTABILIZAÇÃO MANUAL
GIRO 180°
APOIO COM PRANCHA RÍGIDA
ESTABILIZAÇÃO MANUAL
HEAD BLOCK
PRANCHA COM APOIO DE FLUTUADORES
Sistema de Salvamento
Aeronave

Vitima Afogada

Moto-aquática Embarcação
Chame
por
ajuda

--
--
--
solicitação
Guarda-vidas
de ajuda
Início do Resgate
Guarda-Vidas USA
Suporte
médico
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BIBLIOGRAFIA
 http://www2.datasus.gov.br/DATASUS/index.ph;
 http://www.sobrasa.org/biblioteca/obitos_2009/Perfil;
 Szpilman D, Orlowski JP, Bierens J. Drowning. In: Vincent JL, Abraham E,
Moore AF, Kochanek P, Fink M(ed). Textbook of Critical Care, 6th edition -
Chapter 71; Pg 498-503; Elsevier Science 2011;
 Szpilman D, Tomáz N, Amoedo AR; Afogamento; “PNEUMOLOGIA”,
NEWTON BETHLEM; Editora Atheneu - 4a Edição - Cap 57, 903-19, 1995;
 Szpilman D, Goulart PM, Mocellin O, et al. 12 years of Brazilian Lifesaving
Society (Sobrasa): Did we make any difference? World Water Safety,
Matosinhos, Portugal 2007; Book of Abstracts, ISBN: 978- 989-95519-0-
9:207–8;
 http://www.revistaemergencia.com.br; setembro / 2012;
 Szpilman D, Bierens JJLM, Handley AJ, Orlowski JP. Drowning: Current
Concepts. N Engl J Med 2012;366:2102-10.

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