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PRIMEIRO PLANO DE ATIVIDADE SEMIPRESENCIAL

Dia 27/08/2010
Disciplina: Direito Processual Civil IV - Execuções
Professor: Ana Manuela Rampazzo
Aluno: ANTONIO SANTANA NESTORIO

TEMA: Elaborar individualmente uma resenha


abordando os títulos judiciais e extrajudiciais

I - PREAMBULO

1. O titulo executivo é uma situação de direito. Trata-se de uma situação de direito


expressamente prevista em lei, cuja ocorrência autoriza a pratica de atos executivos
independentemente da vontade judicial.

1.1. Natureza do titulo executivo

Importante discussão doutrinária. Dividem-se em duas teorias:

a) Teoria do ato. Estabelece que o título deve ser analisado em seu aspecto substancial, ou
seja, ele vale o que ele representa.

b) Teoria do documento. Estabelece que o titulo deve ser analisado em seu aspecto formal,
isto é, o titulo vale o que ele é (papel).

O Brasil adotou as duas teorias, como diz Araken de Assis. Assim, no Brasil as vezes opta pela
teoria do ato, e outras pela teoria do documento. Prevalece em larga escala no Brasil de que a
maioria dos títulos são emitidos com base na teoria do Ato.

Exemplo:

CPC, Art. 585. São títulos executivos extrajudiciais:

I - a letra de câmbio, a nota promissória, a duplicata, a debênture e o cheque; Teoria do


documento

II - a escritura pública ou outro documento público assinado pelo devedor; o documento


particular assinado pelo devedor e por duas testemunhas; o instrumento de transação
referendado pelo Ministério Público, pela Defensoria Pública ou pelos advogados dos
transatores; Teoria do ato
P: Pode-se executar um cheque por copia? R: Não, pois só é titulo executivo o próprio
documento que o representa.

Pode-se executar um contrato por cópia? R: Sim, pois é o ato que interessa sobre a forma.

2. Caracteres do Título Executivo

CPC, Art. 586. A execução para cobrança de crédito fundar-se-á sempre em título de obrigação
certa, líquida e exigível.

Correção na legislação pertinente ao caput, onde antigamente constava em titulo certo,


liquido e exigível, passando a adotar corretamente que a obrigação é que deve ser certa,
liquida e exigível.

A ausência de qualquer desses requisitos, descaracteriza o documento como título executivo.

a) Certeza: é a indicação precisa dos seguintes elementos da obrigação:

- Partes - Quem deve?

- Prestação (dar, fazer e não fazer) – O que deve?

- Modo de cumprimento (forma de pagamento, local, data, etc) – Como deve?

Se responder essas três questões, temos a certeza.

A certeza pode ser afastada através de embargos e impugnação. A certeza não deve ser
analisada em investigação profunda pelo magistrado, trata-se apenas de uma investigação
formal. A analise profunda é feita através de embargos, pelo devedor.

b) Liquidez: É a determinação da extensão da obrigação. É um estado de determinação do


valor da obrigação sem a necessidade de busca de elementos externos.

A liquidez é a resposta para a pergunta: quanto deve?

Se o título judicial é ilíquido, tem-se uma chance para poder resolver o problema: liquidação
de sentença.

Se se tratar de titulo extrajudicial, a falta de liquidez torna imprestável o título.

c) Exigibilidade: É a atualidade da dívida. A exigibilidade trata-se de um aspecto intimamente


relacionado com o interesse processual, isto é, se a obrigação não está sujeita a termo, ou
condição.

A exigibilidade é a resposta para a pergunta: venceu?

II - GENERALIDADES A CERCA DE TITULOS EXECUTIVOS

O título é essencial a qualquer execução (nulla executio sine titulo). O credor (ou pretenso
credor) que proponha a execução sem título dela é carecedor por falta de interesse de agir,
porque só o título torna adequado o processo de execução e suas medidas executivas. É certo
que para a execução é preciso também a exigibilidade do título, além dos requisitos formais
ligados à propositura da ação, mas é nele que a lei concentra a força de liberar a coação estatal
em favor do credor para a satisfação da obrigação.

O Código de Processo Civil, em seu art. 618, para reforçar a idéia da indispensabilidade do
título, inquina de nula a execução se o título não for líquido, certo e exigível. Nestes casos,
porém, perante a teoria do processo, a hipótese não é de nulidade processual, mas de carência
da ação.

SÃO TÍTULOS EXECUTIVOS JUDICIAIS:

I - A sentença condenatória proferida no processo civil. Este é o título judicial mais comum e
típico. Ao aplicar a vontade concreta da lei a uma controvérsia que lhe é submetida, se o
pedido se refere à imposição coativa de uma obrigação, a sentença tem força condenatória e
consequentemente efeito executório. As sentenças meramente declaratórias valem por si
mesmas, pelo preceito que contêm, declarando a existência ou inexistência de uma relação
jurídica; as sentenças constitutivas ou também provocam por si mesmas as alterações no
mundo jurídico ou se cumprem através de mandado ao registro competente (sentença de
separação judicial, p. ex.). Já a sentença condenatória, a despeito de impor coativamente o
cumprimento de uma obrigação, pode ainda encontrar a inércia ou resistência do devedor
quanto à sua satisfação, necessitando, então, ser executada através da ação e do processo de
execução. A sentença condenatória é a única, portanto, que enseja a execução propriamente
dita. As demais não se executam; em sentido estrito, se cumprem.

Há sentenças que têm seu dispositivo ou parte conclusiva complexa, ou seja, parte
condenatória e parte declaratória ou constitutiva. Cada parte se efetivará pelo meio próprio,
como se se tratassem de sentenças separadas. É o que ocorre, por exemplo, com a sentença
que julga improcedente a ação (declaratória, portanto, quanto ao pedido inicial), mas que
condena o autor ao pagamento das despesas processuais e honorários advocatícios. O réu é o
credor desse título e poderá executá-lo contra o ex-autor, agora devedor de despesas e
honorários.

Há, ainda, sentenças de conteúdo condenatório com relação às quais a lei exclui o processo de
execução, cumprindo-se por ordem do juiz (per officium iudicis), como a sentença que decreta
o despejo. Neste caso, diz-se que a execução é imprópria.

II - A sentença penal condenatória transitada em julgado. O Código, dirimindo antigo dissídio


doutrinário, instituiu claramente a sentença penal condenatória como título executivo judicial.
Com isso não eliminou a possibilidade da ação civil, ex delicto, autônoma em relação ao
processo penal e independente do encerramento deste. Trata-se de uma opção do ofendido:
aguardar o resultado da ação penal e seu trânsito em julgado ou propor imediatamente a ação
civil de conhecimento. Se a primeira hipótese tem a vantagem de partir de um título executivo
judicial e, portanto, indiscutível, na segunda é possível incluir outro eventual responsável,
como, por exemplo, a empresa de que o agente criminoso é preposto nos casos de acidente de
veículo. A sentença penal condenatória é exeqüível exclusivamente contra o réu da ação
penal, podendo ser de nenhuma valia se o réu for pobre.
O credor do título de sentença penal condenatória é o ofendido, seu representante legal ou
seus herdeiros (CPP, art. 63), independentemente de quem tenha promovido a ação penal
(pública ou privada) ou de ter participado como assistente do Ministério Público. Se o titular
do direito à reparação do dano for pobre, a execução da sentença penal condenatória ou a
ação civil será promovida, a seu requerimento, pelo Ministério Público (CPP, art. 68). Trata-se
de caso de substituição processual, legitimação extraordinária por disposição legal, que
completa o art. 566, II, quanto à possibilidade de o Ministério Público promover a execução.

A sentença penal condenatória torna certo o dever de reparação do dano ainda que não o diga
expressamente e é certamente ilíquida, devendo ser liquidada através do processo próprio
previsto nos arts. 603 e s. Não é possível a execução provisória da sentença penal
condenatória, a qual deve sempre estar transitada em julgado.

É possível que após o trânsito em julgado da sentença penal venha o réu a ser absolvido
através de revisão criminal. Várias são as alternativas possíveis: se a execução civil da sentença
não foi iniciada, não mais poderá sê-lo porque desapareceu o título; se a sentença penal está
com execução em andamento, extinguir-se-á a execução pela mesma razão; se a execução já
se consumou com o pagamento do credor-ofendido, a situação pode variar conforme o
fundamento e conteúdo da sentença proferida na revisão: se na revisão foi julgada extinta a
punibilidade ou decidido que o fato imputado não constitui crime, não desaparece a
responsabilidade civil, e o pagamento, a despeito de obtido agora com meio inidôneo
(execução com título extinto), não poderá ser repetido; se a absolvição teve por fundamento a
legítima defesa, tal circunstância elimina a responsabilidade, cabendo, pois, a repetição (CC,
art. 1.540), permanecendo, porém, a responsabilidade se outra for a causa que considere o
crime justificável.

III - A sentença homologatória de laudo arbitral, de conciliação ou de transação, ainda que


esta não verse questão posta em juízo. Conforme foi comentado quanto ao art. 269, o ato do
juiz que homologa a transação, em qualquer fase do processo, ou a conciliação é sentença de
mérito. Lógico, pois, que tenha força executiva. Não é ela, portanto, sentença meramente
homologatória, fazendo coisa julgada material, como, aliás, se depreende do art. 485, VIII,
referente à ação rescisória. Como, todavia, pode ser questionada a sua natureza de sentença
condenatória, fez bem o legislador em esclarecer a sua natureza de título e de título executivo
judicial.

Caberá aos magistrados: a) supervisionar os acordos, homologando-os somente se claros


quanto aos efeitos a serem produzidos no caso de descumprimento; b) decretar a carência do
pedido executivo se não houver clareza quanto à providência jurisdicional a ser adotada, ou
seja, se não corresponder a um modelo típico legal.

IV - A sentença estrangeira homologada pelo Supremo Tribunal Federal. A sentença de


homologação não acrescenta eficácia diferente à sentença estrangeira, de modo que somente
será executada a sentença estrangeira condenatória. As constitutivas cumprem-se como as
sentenças brasileiras da mesma natureza, independentemente de processo de execução. As de
divórcio, por exemplo, depois de homologadas, basta que sejam, por mandado, averbadas no
registro civil do casamento.
A execução das sentenças estrangeiras homologadas pelo Supremo Tribunal Federal é da
competência da Justiça Federal da Capital do Estado do domicílio do devedor, obedecidas as
regras normais para a execução de julgado nacional da mesma natureza.

A execução de títulos extrajudiciais estrangeiros não depende de homologação. Para terem


eficácia tais títulos devem satisfazer os requisitos de formação exigidos pela lei do lugar de sua
celebração e indicar o Brasil como o lugar do cumprimento da obrigação. A execução, nesse
caso, não é da competência da Justiça Federal, obedecendo-se às regras gerais de
competência comum.

V - O formal e a certidão de partilha. O formal de partilha é o documento extraído do


inventário com as formalidades do art. 1.027 e que assegura a transmissão da herança. O
formal pode ser substituído por certidão do pagamento do quinhão hereditário, se este não
exceder cinco vezes o salário mínimo vigente na sede do juízo.

O formal ou a certidão, porém, não significam necessariamente a entrega dos bens


componentes do quinhão, de forma que pode haver necessidade de executá-los contra quem
os detenha. A força executiva, porém, do formal ou da certidão atua apenas contra o
inventariante, os herdeiros e os sucessores a título universal ou singular. Se os bens estiverem
em mãos de terceiros, os quais não foram parte no inventário, o caso não é de execução, mas
de ação de conhecimento para a reivindicação do bem.

A execução do formal ou da certidão obedecerá às regras da execução comum, não se


tratando, pois, de uma execução especial. A natureza da obrigação cuja prestação o herdeiro
tem direito determinará se se trata de execução para entrega de coisa, execução de quantia
etc. Se, porém, o quinhão consistir em parte ideal de imóvel, impossível será a execução
imediata. Indispensável será primeiro a ação divisória ou de extinção do condomínio.

OS TÍTULOS EXECUTIVOS EXTRAJUDICIAIS.

Todo título executivo extrajudicial para a cobrança de crédito deve ser líquido, certo e exigível.
Em se tratando de sentença, título judicial, se ilíquida, deve esta ser antes liquidada através do
procedimento próprio que adiante será estudado. Para o título extrajudicial, porém, a liquidez
e a certeza são requisitos do próprio título executivo. Faltando liquidez e certeza, o documento
de crédito deixa de ser título executivo, obrigando à propositura de processo de conhecimento
para a obtenção de uma sentença.

A certeza é a ausência de dúvida quanto à existência do crédito; a liquidez é a definição certa


do valor. Não retira a liquidez do título o pagamento parcial desde que anotado no próprio
título ou reconhecido expressamente pelo credor, bem como a incidência de encargos legais,
como juros e correção monetária.

O maior número de títulos executivos extrajudiciais tem por objeto o pagamento de quantia
em dinheiro. Aliás, no sistema original do Código, os títulos executivos extrajudiciais referiam-
se exclusivamente a pagamento de quantia ou coisa fungível. Para a entrega de coisa
infungível e no caso de obrigação de fazer ou não fazer, somente era admissível título judicial,
exigindo-se, portanto, o processo de conhecimento para obtê-lo.

A redação do inc. II do art. 585, a seguir comentado, dada pela Lei nº 8.953/94, todavia, passou
a admitir título executivo extrajudicial com qualquer conteúdo, inclusive obrigação de entregar
coisa infungível e de fazer ou não fazer.

SÃO TÍTULOS EXECUTIVOS EXTRAJUDICIAIS:

I - A letra de câmbio, a nota promissória, a duplicata, a debênture e o cheque. A despeito da


divergência doutrinária, a tendência atual é a de que o prazo prescricional da chamada ação
cambiária, variável conforme o título e previsto na legislação própria, extingue o título como
tal e, portanto, sua executividade, não obstante a propositura da ação ordinária de cobrança,
devendo o autor provar com o título e outros meios de prova a obrigação de pagamento em
dinheiro.

Quanto à duplicata não aceita, sua executividade decorre da legislação específica (Lei nº
5.474/68), contanto que tenha sido protestada e esteja acompanhada de documento hábil
comprobatório da entrega da mercadoria. A duplicata não aceita insere-se entre os títulos
executivos previstos em legislação especial e, portanto, no inc. VII do art. 585 do Código:
"todos os demais títulos, a que, por disposição expressa, a lei atribuir força executiva". A
duplicata a que se refere o inc. I é a aceita.

Para os títulos cambiários completos o protesto não é requisito para sua exequibilidade. Eles
se tornam exigíveis e, consequentemente, exeqüíveis, com o vencimento. O protesto, porém,
é necessário para o requerimento de falência.

II - A escritura pública ou outro documento público assinado pelo devedor; o documento


particular assinado pelo devedor e por duas testemunhas; o instrumento de transação
referendado pelo Ministério Público, pela Defensoria Pública ou pelos advogados dos
transatores. Três são os títulos referidos neste inciso: a escritura pública ou outro documento
público assinado pelo devedor; o documento particular assinado pelo devedor e por duas
testemunhas; e o instrumento de transação referendado pelo Ministério Público, pela
Defensoria Pública ou pelos advogados dos transatores.

De um lado, a ampliação dá maior efetividade aos negócios jurídicos privados e,


consequentemente, à atuação judicial, mas, de outro, corre-se o risco de serem esses negócios
inexeqüíveis, quando lhes faltar clareza, por exemplo, ou abusivos, quando realizados entre
partes em desequilíbrio econômico.

III - Os contratos de hipoteca, penhora de anticrese e de caução, bem como de seguro de


vida e de acidentes pessoais de que resulte morte ou incapacidade. Os quatro primeiros são
direitos reais de garantia sobre a coisa alheia (CC, arts. 755 e s.). A hipoteca sobre imóveis, o
penhor sobre imóveis, a anticrese sobre os frutos e a caução, assemelhada ao penhor, são
sobre títulos públicos ou de crédito pessoal.
Todos eles são contratos garantidores de um pagamento em dinheiro resultante de mútuo ou
outro negócio jurídico. Observe-se que o penhor civil é privativo, em monopólio, da Caixa
Econômica Federal. O penhor agrícola (hoje chamado rural) está regulado em lei especial.

O contrato de seguro que tem força executiva, conforme expresso texto da lei, é apenas o de
vida e de acidentes pessoais e desde que ocorra o resultado morte ou a incapacidade. Os
demais contratos de seguro, como, por exemplo, o de danos materiais em suas diversas
modalidades, não admitem execução, dependendo de prévio processo de conhecimento. A lei
quis, no caso, privilegiar a situação mais grave para o beneficiário, qual seja a morte ou a
incapacidade do segurado.

IV - O crédito decorrente de foro, laudêmio, aluguel ou renda de imóvel, bem como encargo
de condomínio, desde que comprovado por contrato escrito. Foro e laudêmio são créditos
decorrentes do contrato de enfiteuse. O foro é uma prestação anual que o foreiro ou
enfiteuta, titular do domínio útil, paga ao titular da propriedade pura (CC, art. 678); o laudêmio
é o pagamento devido pelo enfiteuta quando transfere o domínio útil. Tais valores são certos e
líqüidos, daí ser natural a sua inclusão entre os créditos com força executiva, mesmo porque
também provados documentalmente.

A falta de pagamento de alugueres pode permitir a ação de despejo com esse fundamento;
decretado o despejo e efetivada a desocupação, é adequada a execução para a cobrança dos
alugueres e demais despesas. Observe-se, porém, que, mesmo que, na ação de despejo, o
cálculo do débito total seja feito pelo contador e homologado pelo juiz, os alugueres
continuam como título executivo extrajudicial e não judicial, porque sua cobrança não é objeto
da ação de despejo e, portanto, não se torna indiscutível pela coisa julgada.

V - O crédito de serventuário de justiça, perito, intérprete ou de tradutor quando as custas,


emolumentos ou honorários forem aprovados por decisão judicial. Trata o dispositivo de
créditos de auxiliares da justiça que eventualmente não tenham sido pagos junto com a
execução do principal da condenação ou adiantados pelo autor no curso da demanda. A
despeito de os créditos serem aprovados por decisão judicial, não são títulos judiciais e sim
extrajudiciais. A decisão que os fixa ou aprova é meramente homologatória, não é sentença
ditada em contraditório e, por isso, não tem força de coisa julgada. O requisito da aprovação
judicial é para dar-lhes certeza e liquidez.

VI - A certidão da dívida ativa da Fazenda Pública da União, Estado, Distrito Federal,


Território e Município corresponde aos créditos inscritos na forma da lei. Hoje a execução da
dívida ativa da Fazenda Pública está regulada por lei especial, a Lei nº 6.830, de 22 de
setembro de 1980.

VII - Todos os demais títulos, a que, por disposição expressa, a lei atribuir força executiva.
Um número significativo de diplomas legais atribui força executiva a títulos extrajudiciais.
Alguns deles, até, estabelecem normas próprias relativas à execução, criando verdadeira
execução especial. Outros, simplesmente, atribuem força executiva a certos créditos ou
documentos, como a duplicata não aceita, desde que protestada e acompanhada da prova da
entrega da mercadoria, e os créditos dos órgãos controladores de exercício profissional, etc.
É preciso, porém, fazer uma ressalva quanto a diplomas legais que instituíram executividade
de títulos ou créditos antes da vigência do Código de Processo Civil. Nestes casos somente
persiste a executoriedade se o título cumpre os requisitos do art. 586, ou seja, que seja líquido,
certo e exigível; caso contrário, deve entender-se o dispositivo legal como revogado.

A finalidade da execução é satisfativa, ou seja, a de satisfazer a obrigação consagrada num


título. Para tanto, o Poder Judiciário determina atos concretos cogentes que vão culminar com
a entrega da coisa, com o pagamento do credor etc. Para que tal ocorra e se extinga a
execução é preciso que o título seja definitivo, ou seja, sentença transitada em julgado ou
título extrajudicial.

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