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Centro de Treinamento

Técnico Automotivo

Eletricidade Básica
Centro de Treinamento ELE - 1
RBLA-AA/SDT3 Técnico Automotivo
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DOCUMENTAÇÃO DE TRABALHO

Curso : Eletricidade Básica

Data : de ...................... a.......................

Lugar : ....................................................

Nome : ....................................................
Informações gerais e segurança Geral
RBLA-AA/SDT3

....em relação à segurança.


Por favor, observe:
=> Proibido fumar É proibido fumar nas salas de aulas, na oficina e
banheiros.
Nas áreas externas observe as placas de proibição.
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=> Extintores de incêndio Identifique onde está pendurado o extintor mais


próximo.
Leia as instruções de uso impressas no mesmo.
Em caso de incêndio telefone para: 1444

=> Emergência Ao aviso de emergência dirija-se ao local de reunião


conforme instruções do seu instrutor de curso.

=> Primeiros socorros Em casos de ferimentos ou mal estar informe ao seu


instrutor de curso.
Em caso de acidente telefone para: 1222

=> Prevenção de acidentes Mantenha as mãos longe de peças giratórias.


Ligue o equipamento de teste somente com o
motor parado e com a ignição desligada.
Só funcionem os motores de combustão
em local ventilado ou com a aspiração de gases de
escape conectada.
Mantenha uma distância segura das peças
giratórias em equipamentos de testes como
bancadas, dinamômetro, etc.

=> Limpeza Jogue panos de limpeza e similares nos coletores


apropriados. Limpe imediatamente gasolina
derramada, óleo ou similares com um produto
adequado.
=> Normas da empresa Atente para as normas da empresa. Deixe na
portaria toda e qualquer bagagem, máquinas
fotográficas, filmadoras e gravadores.
Equipamentos de informática, CD e disquete,
informem-se na portaria para liberar a entrada.
Equipamentos, e ferramentas só poderão
entrar nas dependências da empresa com
autorização escrita.
Índice ELE 1
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1- Matéria
2- Molécula
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3- Átomo
4- Íons
5- Geradores
6- Associação de geradores
7- Descargas elétricas
8- Carga elétrica
9- Diferença de potencial
10- Corrente elétrica
11- Resistência elétrica
12- Materiais condutores
13- Materiais isolantes
14- Grandezas elétricas
15- Circuito elétrico
16- Voltímetro e Amperímetro (tensão e corrente)
17- Lei de Ohm
18- Potencia elétrica
19- Magnetismo
20- Eletromagnetismo
21- Fusíveis
22- Reles
23- Simbologia dos componentes de um circuito
24- Leitura e interpretação de esquemas elétricos
25- Resistores
26- Associação de resistências
27- Resistência equivalente
28- Capacitor
29- Materiais semicondutores
30- Diodo semicondutor
31- Multímetro digital
32- Multímetro automotivo
33- Osciloscópio
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1-MATÉRIA
Matéria é tudo aquilo que nos cerca e que ocupa um lugar no espaço. A matéria compõe-se de
moléculas e átomos.
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2-MOLÉCULA
Molécula é a menor partícula em que se pode dividir uma substância de modo que ela mantenha as
mesmas características da substância que a originou.

3-ÁTOMO
O átomo é a menor partícula em que se pode dividir um elemento e que, ainda assim, conserva as
propriedades físicas e químicas desse elemento.
O átomo é formado por uma parte central chamada núcleo e uma parte periférica formada pelos
elétrons e denominada eletrosfera ou órbita.
O núcleo é constituído por dois tipos de partículas: os prótons, com carga positiva, e os nêutrons,
que são eletricamente neutros. Os elétrons possuem carga negativa e ficam na eletrosfera ao redor
do núcleo.
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4-ÍONS
No seu estado natural, o átomo possui o número de prótons igual ao número de elétrons. Nessa
condição, dizemos que o átomo está em equilíbrio ou eletricamente neutro.
O átomo está em desequilíbrio quando tem o número de elétrons maior ou menor que o número de
prótons
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Íons negativos, ou seja, ânions são átomos que receberam elétrons.

Prótons = +8
Elétrons = -9_
Resultado = -1

Íons positivos, ou seja, cátions são átomos que perderam elétrons.

Prótons = +8
Elétrons = -7_
Resultado = +1

5-GERADORES

Os dispositivos que transformam em energia elétrica as outras formas de energia,


denominam-se geradores. Os geradores movimentam as cargas livres de um condutor
mantendo uma diferença de potencial (ddp) ou tensão entre dois pontos quaisquer de um
condutor.
Para a produção de eletricidade, alguma forma de energia deve ser usada para acionar os
elétrons. Esta energia é chamada de força eletromotriz = F. E. M.
As seis fontes básicas de energia que podem ser utilizadas são: fricção, pressão, calor, luz,
magnetismo e ação química.
Eletricidade Básica ELE - 1
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Fricção
Quando certas substâncias diferentes como vidro, madeira, seda, ebonite, etc, são atritadas
e depois separadas, ficam eletricamente carregadas. Isto é eletricidade estática.

Efeito Termoelétrico (Calor)


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Se dois metais diferentes forem colocados de modo a formar um circuito fechado, e se um


dos pontos de contato estiver mais frio ou mais quente do que outro, haverá passagem de
uma corrente no circuito fechado. A quantidade de corrente dependerá da diferença de
temperatura e do tipo de metais em contato.
Alguns materiais que fazem termos-junção comuns são: BISMUTO, o NÍQUEL, a PLATINA,
a PRATA e o ANTIMÔNIO.

Pressão (Efeito Piezelétrico)


Alguns tipos de cristais naturais e cerâmicas artificiais, geram uma força eletromotriz, quando
sujeitos a tensões mecânicas. Alguns materiais comumente usados com tal finalidade são:
o cristal de rocha, o sal de ROCHELLE e a turmalina.

Efeito Foto Elétrico (Luz)


Certos materiais geram uma força eletromotriz, quando expostos à luz. Alguns compostos
de germânio, selênio e silício têm essa propriedade. Um fotômetro, usado em fotografia
para medir a intensidade da luz existente na cena a fotografar, faz uso desse efeito fotoelétrico.
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Efeito Magnetismo
Funciona baseado no princípio físico de que um condutor que se move através de um
campo magnético admite uma corrente elétrica.
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Ação Química
Exemplo: Na bateria de automóvel, os materiais ativos reagem quimicamente para produzir
a energia elétrica sempre que forem ligados os consumidores de energia nos terminais.

Pilhas / Baterias
Quando dois condutores de materiais diferentes são mergulhados parcialmente em uma
solução eletrolítica, surge uma tensão entre eles. Se ligarmos os dois condutores por meio
de um fio metálico, este será percorrido por uma corrente elétrica que se mantém durante
um certo intervalo de tempo.

6-ASSOCIAÇÃO DE GERADORES

Geradores associados em serie


Neste caso, a tensão nos terminais do resistor é igual à soma das F.E.M. dos geradores.
Isto é:
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Geradores associados em paralelo


Dois ou mais aparelhos elétricos estão ligados em paralelo quando todos os seus terminais
de entrada estão ligados entre si, bem como os terminais de saída, ficndo, portanto, todos
eles com a mesma ddp, que é a própria ddp da associação.
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7-DESCARGAS ELÉTRICAS
Sempre que dois corpos com cargas elétricas contrárias são colocados próximos um do outro, em
condições favoráveis, o excesso de elétrons de um deles é atraído na direção daquele que está com
falta de elétrons, sob a forma de uma descarga elétrica.

8-CARGA ELÉTRICA
Como certos átomos são forçados a ceder elétrons e outros a receber elétrons,
é possível produzir uma transferência de elétrons de um corpo para outro.
Quando isso ocorre, a distribuição igual das cargas positivas e negativas em cada átomo deixa de
existir. Portanto, um corpo conterá excesso de elétrons e a sua carga terá uma polaridade negativa
(-). O outro corpo, por sua vez, conterá excesso de prótons e a sua carga terá polaridade positiva
(+).
9-DIFERENÇA DE POTENCIAL
A diferença de potencial elétrico entre dois corpos eletrizados também é denominada de tensão
elétrica, importantíssima nos estudos relacionados à eletricidade e à eletrônica.

10-CORRENTE ELÉTRICA
A corrente elétrica consiste em um movimento orientado de cargas, provocado pelo desequilíbrio
elétrico tensão entre dois pontos .
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Para que haja corrente elétrica, é necessário que haja tensão e que o circuito esteja fechado. Logo,
pode-se afirmar que existe tensão sem corrente, mas nunca existirá corrente sem tensão. Isso
acontece porque a tensão orienta as cargas elétricas.
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Corrente continua
A corrente elétrica é o movimento de cargas elétricas. Nos materiais sólidos, as cargas que se
movimentam são os elétrons; nos líquidos e gases o movimento pode ser de elétrons ou íons
positivos. Quando o movimento de cargas elétricas formadas por íons ou elétrons ocorre sempre
em um sentido, a corrente elétrica é chamada de corrente contínua e é representada pela sigla CC.
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Corrente alternada

A tensão alternada muda constantemente de polaridade. Isso provoca nos circuitos um fluxo de

corrente ora em um sentido, ora em outro.


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11-RESISTÊNCIA ELÉTRICA

Resistência elétrica é a dificuldade que um material oferece o fluxo de corrente elétrica.


Átomos que liberam elétrons livres entre si com facilidade, têm a resistência elétrica pequena e
átomos que não liberam elétrons livres entre si com facilidade, tem a resistência elétrica grande.

A resistência elétrica de um condutor depende fundamentalmente de quatro fatores a saber:


1. Material do qual o condutor é feito;
2. Comprimento (l) do condutor;
3. Área de sua seção transversal (s);
4. Temperatura no condutor.
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12-MATERIAIS CONDUTORES
São denominados condutores elétricos os materiais em que há facilidade de deslocamento
dos elétrons das suas órbitas. Ex: Ouro, Prata, Cobre e Alumínio.O quadro a seguir mostra, em
ordem crescente, a resistência elétrica de alguns materiais condutores.
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13-MATERIAIS ISOLANTES
Os materiais que não conduzem (ou conduzem muito pouco) a corrente elétrica, são
chamados isolantes ou dielétricos. Nestes materiais, os elétrons estão firmemente ligados
eletricamente aos seus átomos e não têm facilidade de se movimentar entre um átomo e
outro, como no caso dos condutores. Ex: Óleo, Água pura, Borracha, etc.

14-GRANDEZAS ELÉTRICAS
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15-CIRCUITO ELÉTRICO
O circuito elétrico é o caminho fechado por onde circula a corrente elétrica.
O circuito elétrico mais simples que se pode montar constitui-se de três componentes:
• Fonte geradora;
• Carga;
• Condutores.
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Sentido da corrente elétrica


Foi estabelecido por convenção, que a corrente elétrica fluía do pólo positivo para o pólo negativo
da fonte geradora. (sentido convencional da corrente).
Com o progresso dos recursos científicos, foi possível verificar mais tarde, que a corrente elétrica se
constitui de elétrons em movimento do pólo negativo para o pólo positivo. (sentido real da
corrente).
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16-VOLTÍMETRO E AMPERÍMETRO (TENSÃO E CORRENTE)

A TENSÃO (DDP) se mede diretamente com o VOLTÍMETRO sobre o componente (em PARALELO), não
sendo necessário abrir o circuito.

A CORRENTE (I) se mede inserindo o AMPERÍMETRO em SÉRIE no circuito, sendo necessário a


abertura do circuito (exeto em medições executadas com PINÇA AMPERIMÉTRICA).
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17 - LEI DE OHM
A Lei de ohm estabelece uma relação entre as grandezas elétricas tensão, corrente e resistência em
um circuito.

Equação matemática da Lei de ohm.


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Para tornar mais simples a utilização da equação da Lei de Ohm costuma-se usar um “triângulo”.
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Através do triângulo obtêm-se as seguintes expressões:


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Quando se deseja determinar a intensidade da corrente (I) que flui em um circuito, coloca-se o dedo
sobre a letra I do triângulo. Com a letra I (Corrente) coberta, o triângulo fornece a equação que deve
ser usada para calcular a corrente do circuito.
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Quando for necessário determinar a resistência (R) de um circuito deve-se cobrir a letra R do
triângulo e a equação necessária será encontrada.
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Da mesma forma, pode-se determinar a tensão aplicada em um circuito quando se conhece a


corrente e a resistência.

Observação:
Quando os valores de um circuito estiverem expressos em múltiplos ou submúltiplos das unidades,
estes devem ser convertidos para as unidades fundamentais (Volt, Ampère e Ohm) antes de serem
usados nas equações.
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18- POTENCIA ELÉTRICA


O trabalho de transformação de energia elétrica em outra forma de energia é realizado pelo
consumidor ou pela carga. Ao transformar a energia elétrica, o consumidor realiza um trabalho
elétrico.

Determinação da potência de um consumidor em CC


A potência elétrica (P) de um consumidor depende da tensão aplicada e da corrente que circula nos
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seus terminais. Matematicamente, essa relação é representada pela seguinte fórmula: P = U . I.

19- MAGNETISMO
O magnetismo é uma propriedade que certos materiais têm de exercer uma atração sobre materiais
ferrosos.
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IMÃS
Alguns materiais encontrados na natureza apresentam propriedades magnéticas naturais. Esses
materiais são denominados de ímãs naturais. Como exemplo de ímã natural, pode-se citar a
magnetita.
Pólos magnéticos de um ímã
Externamente, as forças de atração magnética de um ímã se manifestam com maior intensidade nas
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suas extremidades. Por isso, as extremidades do ímã são denominadas de pólos magnéticos.

Cada um dos pólos apresenta propriedades magnéticas específicas. Eles são denominados de pólo
sul e pólo norte.

Interação entre ímãs


Quando os pólos magnéticos de dois ímãs estão próximos, as forças magnéticas dos dois ímãs
reagem entre si de forma singular. Se dois pólos magnéticos diferentes forem aproximados (norte
de um, com sul de outro), haverá uma atração entre os dois ímãs.
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Se dois pólos magnéticos iguais forem aproximados (por exemplo, norte de um próximo ao norte
do outro), haverá uma repulsão entre os dois.
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Campo magnético - linhas de força


O espaço ao redor do ímã em que existe atuação das forças magnéticas é chamado de campo
magnético. O formato característico das limalhas sobre o vidro, denominado de espectro
magnético, é representado na ilustração a seguir.

20- ELETROMAGNETISMO
Eletromagnetismo é um fenômeno magnético provocado pela circulação de uma corrente elétrica.
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RBLA-AA/SDT3 0017

Campo magnético em um condutor


A circulação de corrente elétrica em um condutor origina um campo magnético ao seu redor.
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Para o sentido convencional da corrente elétrica, o sentido de deslocamento das linhas de força é
dado pela regra da mão direita.

A intensidade do campo magnético ao redor do condutor depende da intensidade da corrente que


nele flui. Ou seja, a intensidade do campo magnético ao redor de um condutor é diretamente
proporcional à corrente que circula neste condutor.
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CAMPO MAGNÉTICO DE UMA BOBINA (ou solenóide)


Para obter campos magnéticos de maior intensidade a partir da corrente elétrica, basta enrolar o
condutor em forma de espiras, constituindo uma bobina.
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21- FUSÍVEIS

É importante observar que os fusíveis são elementos de fusão encapsulada em material isolante,
portanto, mais fracos (de seção reduzida), que são propositalmente intercalados no circuito, para
interrompê-lo sob condições anormais.
Considerando-se que todo o circuito elétrico, com sua fiação, elementos de proteção e de manobras
foi dimensionado para uma determinada corrente nominal, dada pela carga que se pretende ligar, é
imediata a conclusão de que os fusíveis dimensionados para o circuito não devem ser nunca
substituídos por outros de maior corrente nominal, em geral esse dimensionamento é de cerca de
25% a mais da corrente nominal do circuito.

Características elétricas dos fusíveis


Corrente nominal é a corrente máxima que o fusível suporta continuamente sem provocar a sua
destruição.
Corrente de curto-circuito é a corrente máxima que pode circular no circuito e que deve ser
interrompida instantaneamente.
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22- RELES

Relês são chaves comutadas magneticamente. Ao circular uma corrente em uma bobina (onde
ligamos o positivo e negativo) esta é energizada e cria um campo magnético que retrai os contatos.
De uma maneira genérica podemos dizer que existem reles N/A, N/F e combinados. N/A são
"normalmente abertos", ou seja, sem contato quando não estão energizados e ao circular corrente
pela bobina ele atrai as laminas. Os relés NF são exatamente o contrário ou seja; são normalmente
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fechados, ao energizar a bobina ele "abre" o circuito.


Existem relés específicos para cada tipo de aplicação, e no invólucro sempre tem gravado sua
capacidade (10 A, 15A, 30A, 40A etc...)
Um rele simples possui normalmente quatro pontos de ligação, sendo dois para a corrente de
comando (linhas 85 e 86) e dois para a corrente de trabalho (linhas 30 e 87)
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23- SIMBOLOGIA DOS COMPONENTES DE UM CIRCUITO


Por facilitar a elaboração de esquemas ou diagramas elétricos, criou-se uma simbologia para
representar graficamente cada componente num circuito elétrico.
A tabela a seguir mostra alguns símbolos utilizados e os respectivos componentes.
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RBLA-AA/SDT3 0021

24- LEITURA E INTERPRETAÇÃO DE ESQUEMAS ELETRICOS

*funcionamento e representação dos componentes suas funções e as interligações conforme as


normas estabelecidas.
*permitir uma visão analítica das partes ou do conjunto.
*permitir a rápida localização física dos componentes.

Para a interpretação dos circuitos elétricos, três aspectos básicos são importantes:
*os caminhos da corrente ou os circuitos que se estabelecem desde o inicio até o fim do processo de
funcionamento.
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*a função de cada componente no conjunto, sua dependência e independência em relação a outro


componente.
*a localização física dos elementos

Principais linhas de ligação

Outras linhas de ligação


Eletricidade Básica ELE - 1
RBLA-AA/SDT3 0022

MONTAGEM DOS ESQUEMAS ELÉTRICOS (fig.1)

*os bornes 30 e 15, são representados por linhas continuas na parte superior do esquema e o borne
31 na parte inferior. (esquema tipo varal)
*os componentes do sistema estão desenhados entre as linhas e unidos com o positivo e negativo
através de circuitos de corrente.
*os circuitos individuais de corrente são designados por coordenadas, representadas por uma
numeração continua, abaixo da linha 31.
*os esquemas elétricos podem ser divididos em tantos esquemas elétricos parciais forem
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necessários ou ser apresentado em um esquema único.


*Com auxilio das coordenadas, os vários esquemas parciais podem ser agrupados sem problema e o
destino das ramificações entre os esquemas parciais, indicados com precisão.

REPRESENTAÇÃO DOS COMPONENTES ELÉTRICOS (BOSCH) (fig.2)

1- Contornado com linha continua e grossa: conector de unidade de comando


2- Contornado com linha continua e fina: conexão no chicote ou componente que seja somente
representado por um símbolo de conversão de grandeza (ex-sensor Hall)
3- Contornado com linha traço ponto: componente cuja carcaça não esta ligada à massa.
4- Contorno com linha tracejada; componente cuja carcaça esteja ligada à massa.
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Eletricidade Básica
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ELE - 1
Eletricidade Básica ELE - 1
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RBLA-AA/SDT3

TÉCNICA DE INDICAÇÃO DOS ESQUEMAS ELÉTRICOS


• Ramificações para outro circuito ou um componente que não esteja representado neste esquema elétrico,
são representadas, no fim do circuito por caixas de indicação. Estas caixas se compõem de dois campos
• *No caso de ramificações para outro circuito é indicado no campo superior da caixa o endereço
(coordenada) e no campo inferior o componente de destino.
• No caso de ramificações para um componente que não esteja no esquema elétrico do sistema é indicado
no campo superior o componente de destino e no campo inferior o borne de ligação do componente.

Exemplo abaixo:
A caixa (25/Y1) esta posicionada na coordenada 4, e indica que a continuidade deste ponto esta na
coordenada 26 ligando ao componente B2, se observarmos a coordenada 26 veremos a caixa (1/M2)
indicando que este ponto do circuito, tem continuidade, na coordenada 4 ligando ao componente Y1.
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Eletricidade Básica
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ELE - 1
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ELE 1
Eletricidade Básica ELE 1
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RBLA-AA/SDT3

CONCEITO IMPORTANTE (Terra – Massa – Negativo)


Existe uma interpretação errônea sobre o conceito elétrico do que é ligação “terra”.
Terra: não se aplica a circuitos elétricos automotivos, pois é utilizado como ligação ao solo de
instalações prediais.
Massa: o borne negativo da bateria esta ligado à carroceria do veículo e toda ligação feita na
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estrutura do veículo é massa.


Negativo: certos componentes elétricos não podem ser ligados à massa, por exemplo, no sistema de
injeção eletrônica o módulo é ligado à massa e o injetor é ligado ao módulo, então se considera
como negativo.

25- RESISTORES
Os resistores são componentes utilizados nos circuitos com a finalidade de limitar a corrente
elétrica.
A figura abaixo mostra alguns resistores.

O valor ôhmico dos resistores e sua tolerância podem ser impressos no corpo do componente,
através de anéis coloridos.
Eletricidade Básica ELE 1
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RBLA-AA/SDT3

Resistores de 5 anéis

Em algumas aplicações são necessários resistores com valores mais precisos, que se situam entre os
valores padronizados.
Estes resistores têm o seu valor impresso no corpo através de cinco anéis coloridos.
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Nestes resistores, os três primeiros anéis são dígitos significativos, o quarto anel representa o
número de zero (fator multiplicativo) e o quinto anel é a tolerância.
Eletricidade Básica ELE 1
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RBLA-AA/SDT3

RESISTOR DE VALOR ALTERÁVEL

É um resistor que possui um controle para alteração de sua resistência.


Os resistores de valor alterável classificam-se em:
• resistor variável
• resistor ajustável

• RESISTOR VARIÁVEL
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Símbolos

• RESISTOR AJUSTÁVEL

Símbolos

RESISTOR ESPECIAL

É um resistor cuja resistência é estabelecida por fenômenos físicos como a luz, temperatura,
tensão elétrica, pressão e outros.
Os resistores especiais classificam-se geralmente quanto ao fenômeno físico em: LDR,
PTC, NTC, VDR, Strain gage.

• LDR (LIGHT DEPENDING RESISTOR)


É um resistor com resistência dependente da luz.

Símbolos
Eletricidade Básica ELE 1
0031
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• PTC (POSITIVE TEMPERATURE COEFICIENTE)


Denominado também como Termistor PTC. É um resistor com resistência dependente da
temperatura e com coeficiente de variação positivo.
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Símbolo

• NTC (NEGATIVE TEMPERATURE COEFICIENTE)


Denominado também como Termistor NTC. É um resistor com resistência dependente da
temperatura e com coeficiente de variação negativo. (Ex. sensor de temperatura da água e/ou ar)

Símbolo

• V DR (VOLTAGE DEPENDING RESISTOR)


Denominado também como Varistor.

Símbolo

• STRAIN GAGE
Denominado também como Tira Extenso métrica. O Strain Gage é um resistor constituído de
um filme resistivo que contém nas suas extremidades terminais para conexão. (Ex. sensor de
pressão do coletor)

Símbolo
Eletricidade Básica ELE 1
0032
RBLA-AA/SDT3

26- ASSOCIAÇÃO DE RESISTÊNCIAS


Associação de resistências é uma reunião de duas ou mais resistências em um circuito elétrico,
considerando-se resistência como qualquer dificuldade à passagem da corrente elétrica.

Tipos de associação
As resistências podem ser associadas de modo a formar diferentes circuitos elétricos, conforme
mostram as figuras a seguir.

Associação em serie
Nesse tipo de associação, as resistências são interligadas de forma que exista apenas um caminho
para a circulação da corrente elétrica entre os terminais.
Circuito série é aquele cujos componentes são ligados um após o outro. Num circuito série, o valor
da corrente é sempre o mesmo em qualquer ponto do circuito.

Associação em paralelo
Trata-se de uma associação em que os terminais das resistências estão interligados de forma que
exista mais de um caminho para a circulação da corrente elétrica.
O circuito paralelo é aquele cujos componentes estão ligados em paralelo entre si. No circuito
paralelo, a corrente é diferente em cada ponto do circuito porque ela depende da resistência de cada
componente à passagem da corrente elétrica e da tensão aplicada sobre ele. Todos os componentes
ligados em paralelo recebem a mesma tensão.
Eletricidade Básica ELE 1
0033
RBLA-AA/SDT3

Associação mista
É a associação que se compõe por grupos de resistências em série e em paralelo.
No circuito misto, os componentes são ligados em série e em paralelo. No circuito misto, o
componente R1 ligado em série, ao ser atravessado por uma corrente, causa uma queda de tensão
porque é uma resistência. Assim sendo, os resistores R2 e R3 que estão ligados em paralelo,
receberão a tensão da rede menos a queda de tensão provocada por R1.
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27- RESISTÊNCIA EQUIVALENTE


Quando se associam resistências, o valor da resistência elétrica entre os terminais é diferente dos
valores das resistências individuais. Por essa razão, a resistência de uma associação de resistências
recebe uma denominação específica: resistência total ou resistência equivalente (Req).

RESISTÊNCIA EQUIVALENTE – Associação em serie


Matematicamente, obtém-se a resistência equivalente da associação série pela seguinte fórmula:

Req = R1 + R2 + R3 + ... + Rn

RESISTÊNCIA EQUIVALENTE - Associação em paralelo (até 02 resistores)


Matematicamente, obtém-se a resistência equivalente da associação paralela até 2 resistores pela
seguinte fórmula:

R1 x R2
Re q =
R1 + R2

RESISTÊNCIA EQUIVALENTE – Associação em paralelo (acima de 03 resistores)


Matematicamente, obtém-se a resistência equivalente da associação paralelo acima de 3 resistores
pela seguinte fórmula:

1
Req =
1 1 1
+ + ... +
R1 R 2 Rn
Eletricidade Básica ELE 1
0034
RBLA-AA/SDT3

28-CAPACITORES
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Armazenador de carga elétrica e, consequentemente, de energia elétrica. Consiste de, no mínimo,


duas camadas ou placas condutivas, separadas entre si por camadas isolantes denominadas
dielétrico. O valor característico mais importante do capacitor é a sua capacitância. A unidade de
medida da capacitância é o farad.
Eletricidade Básica ELE 1
0035
RBLA-AA/SDT3

29-MATERIAIS SEMICONDUTORES

São materiais que podem apresentar características de isolante ou de condutor, dependendo da


forma como se apresenta a sua estrutura química.
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Um exemplo típico de material semicondutor é o silício.

Dependendo da forma como os átomos do silício se interligam, o material formado pode se tornar
condutor ou isolante.

A figura a seguir apresenta a configuração de dois átomos que dão origem a materiais
semicondutores.
Os átomos que tem quatro elétrons na última camada têm tendência a se agruparem segundo uma
formação cristalina.
O silício e o germânio puros são materiais semicondutores com característica isolante quando
agrupados em forma de cristal.

DOPAGEM
A dopagem é um processo químico que tem por finalidade introduzir átomos estranhos a uma
substância na sua estrutura cristalina.
A própria natureza executa um processo de dopagem propiciando a existência de “impurezas” na
estrutura química dos cristais que se instalam durante a sua formação.
A dopagem pode também ser realizada em laboratórios, com um objetivo mais específico:
• Colocar no interior da estrutura de um cristal uma quantidade correta de uma determinada
impureza, para que o cristal se comporte conforme as condições necessárias em termos
elétricos.
A dopagem pode ser classificada segundo o tipo de impureza.
Eletricidade Básica ELE 1
0036
RBLA-AA/SDT3
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Os íons nas proximidades da junção formam a “barreira de potencial”, impedindo que ocorra
novas recombinações.
Nos cristais semicondutores (germânio e silício, principalmente) a dopagem é realizada para atribuir
ao material certa condutibilidade elétrica.

Formação do diodo - junção PN


O diodo se constitui na junção de duas pastilhas de material semicondutor: uma de material N e uma
de material P.

30-DIODO SEMICONDUTOR
Eletricidade Básica ELE 1
0037
RBLA-AA/SDT3

Elemento semicondutor com duas conexões. Sua característica essencial é permitir a passagem da
corrente elétrica apenas em um sentido, bloqueando-a no sentido oposto. É usado para transformar
corrente alternada em corrente contínua.
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31-MULTÍMETRO DIGITAL

É um equipamento capaz de medir tensão, corrente e resistência elétrica. Nas medidas de tensão e
corrente, ele trabalha tanto em sinais contínuos como alternados.
Eletricidade Básica ELE 1
0038
RBLA-AA/SDT3

Medida de tensão alternada e continua


Para medirmos tensão, devemos sempre conectar o multímetro em paralelo com o componente ou
circuito alimentado. Observar também a capacidade máxima da tensão do instrumento. (fig.7)
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Medida de resistência elétrica


Para medirmos resistência, devemos sempre conectar o multímetro em paralelo com o componente
ou circuito. Nunca se deve medir resistência com o circuito ou componente alimentado, pois se
pode danificar o instrumento. (fig.9)
Eletricidade Básica ELE 1
0039
RBLA-AA/SDT3

Medida de corrente alternada e continua


Para medirmos corrente, devemos sempre conectar o multímetro em série com o componente ou

circuito. Nunca se deve medir corrente em paralelo, pois podemos danificar o equipamento,

observar também a capacidade máxima da corrente do instrumento. (fig.11).


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Teste de continuidade
A continuidade é uma forma rápida de realizar um teste de resistência para verificar se um circuito
esta aberto ou fechado. Não é necessário olhar para o display pis o multímetro soara um
“beep”.(fig.12)
Eletricidade Básica ELE 1
0040
RBLA-AA/SDT3

Teste de diodo
Através das pontas de prova, o multímetro aplica uma pequena tensão, como o diodo permite
apenas um sentido de corrente, haverá uma queda de tensão do diodo e ao se inverter as pontas de
prova o display irá mostrar que não ocorreu queda de tensão. (fig.13)
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32-MULTÍMETRO AUTOMOTIVO

É um equipamento que além de medir tensão, corrente e resistência elétrica tem incorporado outras
variáveis de medição, para aplicação especifica na área automotiva.
Eletricidade Básica ELE 1
0041
RBLA-AA/SDT3

Ângulo de permanência (DWELL)


Função utilizada para medir o ângulo de permanência em sistemas de ignição Na prática Refere-se
ao tempo em graus, em que o primário da bobina fica ligado.
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Duty cycle (%)


È o ciclo de trabalho de um componente, ou seja, a porcentagem em que ele fica ligado e desligado,
o ciclo completo corresponde a 100%.

Tempo (ms)
Função utilizada para medir a freqüência de funcionamento em milisegundos.

Rotação (RPM)
Função utilizada para medir a rotação do motor.

Temperatura
Mede através de um termopar tipo K, temperatura nas escalas em centígrados °C e fahrenheit °F.

Freqüência
È a quantidade de ciclos de um sinal em um determinado período de tempo. A unidade utilizada é
Hertz (Hz) que corresponde à quantidade de ciclos em um segundo.

Capacitância
Teste para medir os valores de capacitância dos condensadores (platinado) e capacitores.

Função Hold
Congela os dados no diplay, para leitura posterior.

Range
È o ajuste da escala de forma manual.
Eletricidade Básica ELE 1
0042
RBLA-AA/SDT3

33-OSCILOSCÓPIO
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É um equipamento que permite a observação de variações de tensão elétrica em função do tempo


em forma de gráfico em uma tela.
Através do osciloscópio podem-se realizar pesquisas e análises de defeitos em circuitos eletrônicos
e elétricos como, por exemplo: pulsação do eletro injetor, sensor de rotação, secundário de ignição,
etc.

Através de movimentos simultâneos no sentido vertical e horizontal, as imagens formam-se na tela


do osciloscópio.

Forma de onda: é o aspecto da apresentação do gráfico, por exemplo: senoidal, quadrada, dente de
serra, etc.
Ciclo: é uma variação completa do sinal.
Período (T): é o tempo de duração de um ciclo em segundos.
Freqüência: é a quantidade de ciclos que ocorre em um segundo, a unidade usada é C/S
(ciclos/segundo) ou Hz (hertz).
Eletricidade Básica ELE 1
0043
RBLA-AA/SDT3

Amplitude (A): é o nível do sinal.


Trigger
È o momento em que se iniciam a captura e apresentação do sinal na tela com as opções:
*borda de subida: quando o sinal vai de um valor menor para um maior.
*borda de descida: quando o sinal vai de um valor maior para um menor.
*Pinça indutiva: quando o sinal de disparo é fornecido pela pinça indutiva colocada no cabo de vela.
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Nível do trigger
È o momento em que se iniciam a captura e apresentação do sinal na tela em volts.

Amostragem
Como o sinal digital é formado por pequenos pontos, deve-se determinar a quantidade. Quanto
maior a quantidade de pontos, maior é a freqüência de amostragem e melhor a qualidade da
imagem.

Buffer
É a memória destinada a armazenar os dados do sinal capturado Quanto maior o buffer, maior o
tempo de amostragens.

Range
Alterna o eixo de tensão (escala) da tela do osciloscópio de acordo com os limites apresentados na
medição do sinal. Na prática alterna o tamanho do sinal mostrado no sentido vertical.

Exemplos de sinais observados no osciloscópio

1-Sonda lambda
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RBLA-AA/SDT3

2-Secundário da ignição
2-Secundário da bobina, sensor de rotação e sensor de fase.
Eletricidade Básica
0044
ELE 1
Eletricidade Básica ELE 1
0045
RBLA-AA/SDT3

Análise do sinal do secundário


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1-Pico de tensão requerida pela vela: ocorre quando o sistema de ignição interrompe o primário da
bobina.

2-Linha de centelha: é a tensão durante o tempo da centelha. O aspecto desse sinal é muito
importante para a analise de cabos, supressores e velas.

3-Oscilação devido à interrupção brusca da centelha.

4-neste instante ocorre o fechamento do circuito primário (inicio do ângulo de permanência).

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