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Resumo
O presente artigo tem a finalidade de discutir a respeito de uma visão global que se tem acerca
do tripé da sustentabilidade, abordando os fatores ambientais, econômicos e sociais em meio a
pandemia do covid-19. A partir deste tema foi desenvolvida a seguinte indagação: Quais são as
perspectivas sustentáveis de reeducação nos âmbitos econômicos, ambientais e sociais a partir
do contexto da pandemia? Formulado o tema e o problema, dividimos da seguinte maneira: 1.
Uma visão global acerca da temática sustentabilidade; 2. Os pressupostos da sustentabilidade
como um viés interpretativo, e por fim; 3. As lições de reeducação econômica e socioambiental
no contexto da pandemia do Covid-19. Com os resultados adquiridos através das pesquisas,
chegamos ao objetivo geral, onde identificamos mudanças sustentáveis nos âmbitos sociais,
econômicos e ambientais a partir da pandemia do Covid-19.
1. Introdução
O presente artigo trata da visão global acerca do tripé da sustentabilidade, abordando, então, os
fatores ambientais, econômicos e sociais, sendo estes, mencionados em meio a pandemia do
momento, o covid-19. Tendo em vista que a sustentabilidade precisa desses fatores econômicos,
ambientais e sociais bem integrados para que ela aconteça de fato, achamos de suma
importância abordar este tema que é significativo no mundo globalizado em que vivemos, ainda
mais em meio à crise pandêmica do novo vírus, que está em escala global mexendo com
algumas esferas importantes da sociedade mundial. Não menos importante, ao tratar de
sustentabilidade neste artigo, achamos necessário trazer sua etimologia que vem do latim
(sustentare) que significa defender, sustentar, apoiar favorecer, cuidar e conservar. Bem como
2
Por fim, elencamos os pontos negativos, do fator ambiental, percebemos que pode
haver um aumento na geração de resíduos domiciliares que não receberão um destino adequado
entre outros a ser abordados ao longo dos capítulos. No entanto o fator que mais se sobressaiu
positivamente em nossa pesquisa foi o do meio ambiente, vimos uma melhora significativa
no meio ambiente, como por exemplo, a diminuição dos impactos ambientais provocados pelas
indústrias e também provocados pela utilização dos automóveis. Um desses efeitos é a redução
de emissão de gases que afetam a camada de Ozônio.
Portanto, chegamos ao nosso objetivo geral de estudo, onde a partir dos pontos positivos
de cada fator do tripé sustentável, enxergamos uma perspectiva para a reeducação sustentável
em meio a pandemia do covid-19.
Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum
do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à
coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações.
(Constituição Federal, 1988, Art. 225)
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Na reunião conhecida como Rio-92, Eco-92 ou Cúpula da Terra - que ocorreu 20 anos
após a primeira conferência em Estocolmo, na Suécia, os países reconheceram o conceito de
desenvolvimento sustentável e começaram a moldar as atividades com uma meta ambiental.
Desde então, foram discutidas propostas para harmonizar o progresso com a natureza,
garantindo a qualidade de vida das gerações presentes e futuras do planeta.
Após vinte anos da Conferência Rio 92, países renovaram seus compromissos com o
desenvolvimento sustentável e a Conferência da Organização da Nações Unidas aprovou o
Documento “O Futuro que queremos”. Com isso a Assembleia Geral da ONU solicitou a
Cúpula Rio + 20, que confirmasse um novo compromisso político com o desenvolvimento
sustentável, analisando o progresso e as lacunas na implementação dos maiores resultados da
cúpula de desenvolvimento sustentável e o enfrentamento a novas e emergentes dificuldades.
potencial humano, para entender a complexidade e magnitude dos fenômenos que ameaçam o
meio ambiente
Em ambos os casos, é necessário a colaboração e conscientização pessoal para que haja
de fato progresso e melhora, tendo como objetivo a preservação da natureza através de fatores
socioeconômicos e ambientais, muito importantes para o desenvolvimento, como veremos mais
a frente, de forma que se tenha uma mudança de hábitos visando o bem comum a todos e ao
próprio meio ambiente, o qual nos fornece todo o sustento para que a vida seja possível. No
entanto, é muito difícil obter uma mudança de atitude e hábitos como consumidor em uma
sociedade de consumista, para todos, especialmente para os mais jovens. Campanhas
publicitárias, impulsionadas e estimuladas pela necessidade corporativa de produção e vendas
em todo o mundo, exclusivamente para fins de lucro, gerando padrões globais de consumo e
comportamento hedonista1, e a pressão e as tentações do consumidor estão aumentando a cada
dia.
1
Comportamento Hedonista consiste em uma doutrina moral em que a busca pelo prazer é o único propósito da
vida.
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Governos de todo o mundo decidiram congelar suas economias para frear a propagação
do Covid-19. O desabamento repentino da demanda causou uma onda de milhões de demissões,
a um ritmo sem precedentes, o que obrigou milhões de trabalhadores a recorrerem pela primeira
vez às ajudas do Estado e a deixarem de pagar suas contas.
No Brasil, está se enfrentando uma crise econômica há alguns anos e agora aumentou
um pouco mais devido a essa pandemia. Empresas fecharam, comércios pararam e o
desemprego voltou a rondar algumas cidades brasileiras. Além de casos políticos que também
afetam a economia de alguma forma. Há pesquisas que apontam uma melhoria na economia
para os próximos anos e que as pessoas poderão voltar a suas rotinas de trabalho, mas enquanto
isso não acontece muitos ainda padecem com esse déficit econômico.
- Sociedade:
Pesquisas apontam uma grande fragilidade da sociedade e de seu sistema econômico e social
em meio à pandemia do Covid-19. No momento em que estamos vivendo, a pandemia do
Covid-19 mostra seus efeitos pelo mundo, com milhões de casos confirmados, milhares de
mortes, milhões de pessoas desempregadas e sem renda, sistemas econômicos e sociais
ameaçados, resultando em bilhões de dólares em perdas econômicas. Este cenário
proporcionará uma das maiores crises sociais e econômicas da história do capitalismo e da
sociedade moderna.
A partir daí temos que toda a discussão está centrada ao combate do Covid-19, tais como
a busca de medicamentos e o desenvolvimento de vacinas. Em segundo plano tem-se a atenção
para as medidas que visam reduzir as perdas econômicas e garantir o emprego agora e no pós-
pandemia, como apresentado no tema acima, em relação à economia. O que ainda não tem sido
incluído na devida medida são as mudanças sociais e econômicas necessárias para recuperar e
proteger os ecossistemas.
E mesmo com tantas evidências e alertas, a sociedade tem se comportado de maneira
indiferente em relação aos ecossistemas e o papel que ele exerce na melhoria da qualidade de
vida. A sociedade precisa ser remodelada a parti da dimensão ecológica. Sem uma mudança
nesta relação, surtos infecciosos e desastres ambientais farão parte da rotina das pessoas. A
questão que implica essas evidências é que não temos uma sociedade e um sistema social e
econômico preparado para esta realidade.
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recessão, grade parte dos consumidores deixaram de consumir em todo o mundo, resultando
em um choque de oferta, onde podemos observar que a pandemia do corona vírus levará a
economia mundial ao seu pior desempenho em 2020 desde a Grande Depressão de 1929. Se
continuarmos a buscar incansavelmente o crescimento do produto interno bruto (PIB), apesar
de seu impacto negativo no meio ambiente e na sociedade, não aprenderemos nada com a crise
do COVID-19. O retorno ao "estado normal" deve ser considerado como um ambiente que
proporcionará novas oportunidades para que os seres humanos cuidarem de suas casas e
ecossistemas globais. No parágrafo 215 da LS 2 o Papa Francisco cita a Educação como forma
de se criar modelo de ser humano consciente e critica o modelo consumista que afeta a natureza.
A educação será ineficaz e os seus esforços estéreis, se não se preocupar também por
difundir um novo modelo relativo ao ser humano, à vida, à sociedade e à relação com
a natureza. Caso contrário, continuará a perdurar o modelo consumista, transmitido
pelos meios de comunicação social e através dos mecanismos eficazes do mercado.
(LS, Paulus, 2015, nº215)
Uma educação política que visa a uma participação cidadã na busca de soluções para
problemas ecológicos locais, regionais e mundiais. Essa participação do cidadão é
comprometida como a ação autônoma de indivíduos e grupos, no plano nacional e
mundial. (REIGOTA, 2003, p.38)
2
LS. Laudato Si’: Carta encíclica escrita pelo Santo Padre Papa Francisco sobre o cuidado da casa comum.
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5. Considerações finais
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Comissão Interministerial Brasileira para a Conferência do Rio 92.
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6. Referências
PHILIPPI JR., Arlindo. Educação Ambiental e Sustentabilidade. 2. ed rev. e atual. Barueri, SP:
Manole, 2014.