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Número de jovens inadimplentes atinge 4,81

milhões de negativados entre 18 e 24 anos,


mostra SPC Brasil

Centro-Oeste e Sul são as regiões que apresentam a maior participação dos


jovens no total de inadimplentes. 45% das dívidas são de bancos

Nos últimos dois anos, a desaceleração da inadimplência ganhou intensidade. Os


indicadores continuavam a crescer, mas a taxas menores do que as verificadas
anteriormente. Em março de 2017, o número de consumidores negativados
registrou a primeira queda na comparação anual. Mesmo com as quedas
observadas em alguns meses, o ano passado terminou com um crescimento de
1,27% no número de negativados. Esse crescimento não foi homogêneo, no
entanto, e uma diferença relevante é encontrada na evolução da inadimplência
por faixa etária. De acordo com o Indicador de Inadimplência do Serviço de
Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e da Confederação Nacional de Dirigentes
Lojistas (CNDL), o número de negativados mais jovens, com idade entre
18 e 24 anos, recuou 21,96% em janeiro 2018. Em contraste, na faixa etária
de 65 a 84 anos, o número de negativados avançou 6,19%.

O indicador mostra que diante das consecutivas quedas, a participação dos mais
jovens no total de devedores caiu de 13,60%, em janeiro de 2010, para 6,12%
em janeiro de 2018. Em termos absolutos, o SPC Brasil estima que, em janeiro,
havia 4,81 milhões de consumidores negativados com idade entre 18 a
24 anos. A cifra representa 20,14% dos jovens dessa faixa etária.

Centro-Oeste e Sul são as regiões que apresentam a maior participação


dos jovens no total de inadimplentes

É na região Centro-Oeste em que se observa a maior proporção de consumidores


jovens com contas em atraso. Do total de devedores da região, 7,8% têm idade
entre 18 e 24 anos. Em seguida aparece a região Sul, com 7,6%; o Norte, com
uma proporção de 7,4%; Nordeste (5,7%) e o Sudeste, com 5,0%, a menor
proporção de jovens negativados entre as regiões do país.

Em todas essas regiões, a inadimplência entre os jovens vem recuando a taxas


expressivas.
Número de jovens negativados – Variação Anual

Fonte: SPC Brasil

Número de dívidas dos jovens cai 23,45% em janeiro

Os dados de dívidas em atraso também confirmam a queda da inadimplência na


população com idade entre 18 e 24 anos. Nesse caso, a retração foi de 23,45%
em janeiro, na comparação com o mesmo mês do ano anterior. A participação
das pendências de jovens no total de dívidas passou de 13,37%, em janeiro de
2010, para 6,74% em janeiro de 2018.

Para a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti, a retração dos


indicadores de inadimplência da população mais jovem reflete a menor presença
desses brasileiros nos níveis de ocupação do país. “De acordo com o IBGE, o nível
de ocupação da população com idade entre 18 e 24 anos caiu de 57,9%, no
primeiro trimestre de 2012, para 51,2%, no terceiro trimestre de 2017. Fora do
mercado de trabalho pelas mais diversas razões, seja estudo, desemprego ou
por opção, muitos desses brasileiros acabam ficando também fora do mercado
de crédito, reduzindo o contingente de potenciais inadimplentes”, explica
Kawauti. “Mesmo em caso de desemprego, o risco de ficar inadimplente é menor
quando se é jovem e ainda se pode contar com o apoio dos pais”.

45% das dívidas dos jovens são de bancos

A abertura das dívidas por setor credor mostra que 44,8% das pendências dos
mais jovens tem como credor os bancos. Em seguida, aparecem o comércio, com
29,9% do total de pendências; o setor de comunicações (14,7%); e de água e
luz (1,8%).
Na população como um todo, as pendências com água e luz somam 7,8% do
total; já as pendências com comércio somam 18,5% e, com os bancos, 50,8%.

Metodologia

O indicador de inadimplência do consumidor sumariza todas as informações


disponíveis nas bases de dados às quais o SPC Brasil (Serviço de Proteção ao
Crédito) e a CNDL (Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas) têm acesso. As
informações disponíveis referem-se a capitais e interior das 27 unidades da
federação. A estimativa do número de inadimplentes apresenta erro aproximado
de 4 p.p., a um intervalo de confiança de 95%.

Baixe a íntegra do indicador e a série histórica em:

https://www.spcbrasil.org.br/imprensa/indices-economicos

Imprensa

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