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Noções de Administração
Módulo II
• Contém uma previsão das diversas receitas a serem arrecadadas pelo Poder
Público;
Atenção para este ponto: no tocante às despesas, o orçamento apenas fixa seu
limite máximo. Assim, diz-se que o orçamento é autorizativo.
Tipos de Orçamento
a) Orçamento Tradicional
Assim, o Estado Liberal que surgia naquela época passava a contar com um
mecanismo de disciplina e controle das ações do poder executivo, visando manter o
equilíbrio financeiro nas contas públicas, limitando o crescimento exagerado dos
gastos e reduzindo a possibilidade de aumentos excessivos da carga tributária.
tinham um caráter “neutro” sobre a vida econômica. Era preciso somente mantê-las
sobre controle, para evitar que o Estado afetasse a economia de modo indesejável.
b) Orçamento Moderno
5. Não há uma preocupação com sistemas de 5. Ocorre uma utilização sistemática de indicadores e
acompanhamento e medição do trabalho, bem como padrões de medição do trabalho e dos resultados
dos resultados. alcançados.
b) Princípio da Universalidade
De acordo com este princípio, o orçamento deve conter a totalidade das receitas do
Estado, sejam elas provenientes de tributos, rendas diversas, etc. Igualmente deve
conter a totalidade das despesas a cargo da administração pública.
d) Princípio da Unidade
e) Princípio da Exclusividade
As despesas devem ser classificadas de forma detalhada, para facilitar sua análise e
compreensão. A especificação se refere não somente à identificação dos recursos e
dos gastos, mas também à localização desses dentro dos órgãos da administração
pública, nos programas, subprogramas, atividades ou projetos, e setorizados de
acordo com a situação geográfica ou regional. Indicam-se as fontes de receita, os
elementos de despesa e os bens e serviços que serão adquiridos e colocados à
disposição da coletividade.
A Lei 4.320/64, no seu art. 5°, dispõe que "a lei orçamentária não consignará
dotações globais destinadas a atender indiferentemente a despesas de pessoal,
material, serviços de terceiros, transferências ou quaisquer outras".
No seu art. 15, estabelece que "na lei orçamentária a discriminação da despesa far-
se-á, no mínimo, por elementos", entendidos estes, como "pessoal, material, serviços
e obras e outros meios que se serve a administração pública para a consecução de
seus fins".
g) Princípio da Flexibilização
h) Princípio da Clareza
Esse princípio complementa o da publicidade, uma vez que dita que o orçamento
deve ter uma linguagem clara e compreensível, não só aos técnicos, mas a todas as
pessoas que precisam consultá-lo.
Nos tempos atuais, ganha cada vez mais força a idéia da Transparência nas contas
públicas, no sentido de que o poder público deve buscar cada vez mais dar acesso à
população às informações pertinentes ao montante de receitas arrecadadas e a sua
respectiva aplicação nas despesas públicas distribuídas nos diversos programas do
orçamento.
• O que, por sua vez, gera pressões deficitárias ainda maiores, e assim por
diante.
A Lei Complementar no. 101/2000 – Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) prevê uma
série de mecanismos que objetivam trazer para a própria elaboração e execução do
orçamento a busca pelo equilíbrio nas contas públicas, impondo limites para as
despesas diante das receitas, e sanções para os entes públicos que desrespeitarem
tais limites.
j) Princípio da Publicidade
Esse princípio determina que o conteúdo do orçamento deve ser divulgado por
veículos oficiais de comunicação para conhecimento da sociedade e para eficácia de
sua validade. No caso específico do Governo Federal, a divulgação é feita através
do Diário Oficial da União. Note-se que este princípio é extensivo a todos os atos
oficiais da administração pública.
Sendo assim, o Plano Plurianual, a Lei de Diretrizes Orçamentárias e a Lei
Orçamentária Anual devem ser divulgadas por veículos oficiais de comunicação,
como o Diário Oficial. O mesmo princípio vale também para Estados e Municípios,
através de veículos próprios.
Esse princípio postula que as receitas públicas, em geral, não poderão ser reservadas
ou comprometidas para atender a determinados órgãos, objetivos ou gastos.
A exigência de que as receitas não sofram vinculações é mais uma questão de bom-
senso administrativo, pois a princípio elas sempre são destinadas a atender às
despesas conforme as necessidades e prioridades da coletividade. Na prática a sua
observância foi sempre complicada, quer pela sua relação direta com a prestação de
certos serviços, a exemplo das taxas, quer devido a pressões de determinados
grupos de interesse.
A Constituição Federal de 1988 estabelece, em seu art. 167, IV, que são vedados "a
vinculação de receita de impostos a órgão, fundo ou despesa, ressalvadas:
n) Princípio da Programação
O orçamento tradicional, com ênfase nos "meios", tinha como papel principal servir
para a autorização e fiscalização legislativa. Na atualidade, ele vai além, na medida
em que expressa os objetivos, programas, metas e respectivos custos.
Disposições Constitucionais:
Na União, o prazo para envio do projeto de Lei da LDO pelo Executivo ao Legislativo
é até o dia 15 de abril do exercício anterior ao da Lei Orçamentária Anual. A sessão
legislativa ordinária não será interrompida até que o projeto de Lei da LDO seja
aprovado. Vale lembrar que, conforme a Emenda Constitucional nº 50, de
14/02/2006, a sessão legislativa vai do período de 02 de fevereiro a 17 de julho, e de
1º. de agosto a 22 de dezembro.
A composição da Lei Orçamentária Anual está prevista na CF/88, art. 165, § 5°:
As emendas ao projeto de LOA ou aos projetos que o modifiquem terão que ser
compatíveis com o PPA e com a LDO, para serem aprovadas. O prazo para envio do
projeto da LOA ao Poder Legislativo é até 31 de agosto.
Uma vez que a cada exercício será preciso uma nova Lei Orçamentária Anual,
verifica-se que o processo orçamentário se dá na forma de um verdadeiro ciclo, com
quatro fases bem distintas:
Congresso Nacional, sendo exigido apenas maioria simples para sua aprovação.
Após a devida aprovação da LOA, com ou sem emendas, o Poder Legislativo devolve
para o Poder Executivo, para sanção ou veto. Sendo sancionada pelo Presidente da
República, a LOA agora será promulgada, e com sua publicação no Diário Oficial da
União, estará produzindo os seus devidos efeitos legais.
c) Execução Orçamentária
Esta fase transcorre durante todo o exercício financeiro, pois consiste na efetiva
arrecadação, por parte do Governo, das diversas receitas previstas, bem como a
realização das despesas programadas para o período. Veremos mais adiante as
diversas fases que as receitas e as despesas públicas irão atravessar durante sua
execução.
d) Controle e Avaliação.
O controle se inicia junto com a execução do orçamento, uma vez que o próprio
Governo, através dos seus órgãos de controle interno ou de controle externo, iniciam
a fiscalização sobre os gestores públicos, com relação à legalidade dos
procedimentos executados.
Créditos Orçamentários
a) Créditos Suplementares
b) Créditos Especiais
Os créditos especiais são sempre autorizados por lei específica e abertos por decreto
do Executivo. A sua vigência é no exercício em que forem autorizados, salvo se o ato
autorizativo for promulgado nos últimos quatro meses (setembro a dezembro) do
referido exercício, caso em que, é facultada sua reabertura no exercício subseqüente,
nos limites dos respectivos saldos, sendo incorporados ao orçamento do exercício
financeiro subseqüente (CF, art. 167, § 2°).
c) Créditos Extraordinários
Essa distinção é importante pelo fato de que alguns ingressos financeiros no caixa do
Poder Público têm um caráter transitório, extemporâneo, não podendo ser
utilizadas pelo Estado na sua programação normal de despesas. Exemplos são
cauções, depósitos, etc... Equivalem esses ingressos à chamada Receita Pública
Extra-orçamentária.
São aquelas cobradas pelo Estado, por força do seu poder de império, sobre as
relações econômicas praticadas pelos particulares, pessoas físicas ou jurídicas, ou
sobre seus bens.
São exemplos mais significativos das receitas derivadas os tributos que se encontram
estabelecidos na Constituição Federal nos termos do art. 145:
Receitas Orçamentárias
São todos os ingressos financeiros de caráter não transitório auferidos pelo Poder
Público. Se subdivide ainda nas seguintes categorias econômicas: receitas correntes
e receitas de capital.
Receitas Extra-Orcamentárias
Correspondem aos valores provenientes de toda e qualquer arrecadação que não
figuram no orçamento público, por não pertencerem de fato ao Governo. São os
recebimentos transitórios de recursos, a exemplo de cauções, depósitos, retenções,
etc.
Efetivas
São aquelas em que os ingressos de disponibilidades de recursos não foram
precedidos de registro de reconhecimento do direito e não constituem obrigações
correspondentes. Por isso, aumentam a situação líquida patrimonial. Exemplos:
Receita Tributária, Receita Patrimonial, Receita de Serviços, etc.
Não-Efetivas
São aquelas em que os ingressos de disponibilidades de recursos foram precedidos
de registro de reconhecimento do direito. Por isso, não alteram a situação líquida
patrimonial. Exemplos: alienação de bens, operações de crédito, amortização de
empréstimo concedido no passado, cobrança de dívida ativa, etc.
Receitas Ordinárias
Receitas Extraordinárias
Próprias
De Transferências
Financiamentos
Receitas Correntes
Receitas de Capital
a) Previsão
c) Arrecadação
É o ato pelo qual o Estado recebe os tributos, multas e demais créditos, sendo
distinguida em;
d) Recolhimento
Consiste na entrega do numerário, pelos agentes arrecadadores, públicos ou
privados, diretamente ao Tesouro Público ou ao banco oficial. O recolhimento de
todas as receitas deve ser feito com a observância da princípio de unidade de
tesouraria, vedada qualquer fragmentação para a criação de caixas especiais. (art.
56 da Lei 4.320/64).
• Por isto se diz que a Contabilidade Pública adota o Regime Misto: de caixa
para as receitas e de competências para as despesas.
Questões de Concursos
04. (PFN / ESAF) Sob pena de crime de responsabilidade, nenhum investimento cuja
execução ultrapasse um exercício financeiro poderá ser iniciado sem prévia inclusão:
a) Na lei de diretrizes orçamentárias
b) No plano plurianual
c) Na lei orçamentária anual
d) Em crédito especial para a época do pagamento
e) No Caixa Único da União
05. (TCU-ESAF) O Poder Legislativo não poderá aprovar emendas ao projeto de lei de
diretrizes orçamentárias, senão quando:
a) Aprovadas por maioria absoluta dos congressistas.
b) Compatíveis com a programação plurianual.
c) Tiverem parecer favorável da Comissão Técnica competente.
d) Indicarem recursos provenientes da anulação de despesas.
e) Tiverem parecer favorável emitido pela Comissão Mista do Congresso.
06. (AGU-ESAF) A prescrição legal de que a lei orçamentária deve conter todas as receitas,
inclusive as de operações de crédito autorizadas, em lei, consubstancia o princípio
orçamentário da:
a) Universalidade
b) Unidade
c) Especialização
d) Uniformidade
e) Anualidade
07. (AFCE/TCU-93) Quando se diz que as receitas e despesas devem constar na lei de
orçamento, sem quaisquer deduções, isto decorre da aplicação do princípio:
a) Da universalidade;
b) Da exclusividade;
c) Do orçamento bruto;
d) Da exatidão;
e) Da totalidade.
d) Exclusividade
e) n.d.a.
12. As despesas são classificadas, como um nível de desdobramento tal que facilite a
análise por parte das pessoas. Esse enunciado é relativo ao princípio da:
a) Universalidade
b) Anualidade
c) Especificação
d) Exclusividade
e) n.d.a.
13. O Orçamento aprovado deve conter todas as receitas e despesas relativas aos Poderes
da União, Estados e Municípios, seus fundos, Órgãos e entidades da administração direta e
indireta, inclusive as fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público. Esse enunciado é
defendido pelo princípio da:
a) Universalidade
b) Anualidade
c) Especificação
d) Exclusividade
e) n.d.a.
18. (Fiscal – SEFAZ / DF / 2001- FCC) - A Lei n° 4.320/64, ao estabelecer que em caso de
déficit, a Lei do Orçamento indicará as fontes de recursos que o Poder Executivo fica
autorizado a utilizar para atender a sua cobertura, teve em conta o princípio:
a) da anualidade
b) do orçamento bruto
c) do equilíbrio
d) da união
e) da discriminação ou especialização
19. (Contador – UNEB / BA) Um órgão governamental foi criado e como suas despesas
não estavam previstas foi preciso usar mão de:
a) Créditos adicionais de complementação
b) Créditos adicionais especiais
c) Créditos adicionais do tesouro nacional
d) Créditos adicionais extraordinários
e) Créditos adicionais suplementares
20. (Contador – UNEB / BA) São abertos por decreto do Executivo, com remessa ao
Legislativo os:
a) Créditos adicionais suplementares
b) Créditos adicionais do tesouro nacional
c) Créditos adicionais de complementação
d) Créditos adicionais extraordinários
e) Créditos adicionais especiais
21. (Contador – UNEB / BA) Por causa de uma calamidade pública, houve necessidade de
despesas urgentes e imprevistas, que podem ser solucionadas através de:
a) Créditos especiais do tesouro nacional.
b) Créditos especiais
c) Créditos adicionais extraordinários
d) Créditos adicionais suplementares
e) Créditos adicionais de complementação
24. (ESAF-DF) A importância recebida em dinheiro pelo Estado, relativa ao valor de caução
ou garantia recolhida por empresa, em virtude de exigência contratual, proporciona receita
denominada
a) Orçamentária
b) Extra-Orçamentária
c) Complementar
d) Contratual
e) Empresarial
c) Operações de crédito
d) Amortização de empréstimos
e) Alienação de bens
31. (Perito/PF) - Quanto à categoria econômica, a receita pública orçamentária pode ser
classificada em receitas correntes e de capital. A respeito dessas receitas, julgue os itens
seguintes.
a) São exemplos de receitas correntes: impostos, aluguéis de máquinas, equipamentos
ou veículos, dividendos, serviços de comercialização de produtos agropecuários e
receitas da dívida ativa não-tributária.
b) A receita corrente tributária é composta de impostos, taxas, contribuições sociais,
contribuições econômicas e contribuições de melhoria.
c) Juros de empréstimos é uma receita corrente de serviço resultante das taxas de
juros aplicadas a empréstimos concedidos, diíerenciando-se dos juros classificados
na receita corrente patrimonial, por se tratar de receita operacional das instituições
financeiras.
d) A venda de bens móveis é uma receita pública orçamentária, representando uma
característica das receitas de capital, mas também pode ser encontrada entre as
receitas correntes.
e) As operações de créditos e a amortização de empréstimos são itens da receita
pública orçamentária de capital, e em ambas as transações o governo assume a
posição de devedor
36. (TCE/RN) - No que diz respeito à receita pública, pode-se afirmar que:
a) as multas integram tanto a receita tributária quanto a de contribuições
b) os recursos provenientes de endividamento e da privatização de estatais constituem
receitas de capital
c) receitas originárias são as que provém da capacidade impositiva do Estado
d) as receitas extra-orçamentárias constituem excesso de arrecadação, a ser utilizado
na programação das despesas
e) as dotações orçamentárias podem ser utilizadas independentemente da existentes
de recursos nas respectivas fontes
40. (TRT- 4ªR) - No direito financeiro pátrio, a estimativa da receita orçamentária se baseia na:
a) Arrecadação havida no exercício anterior.
b) Receita executada nos dois últimos exercícios.
c) Arrecadação dos três últimos exercícios.
d) Projeção de receita para o exercício em que se executará a lei de orçamento.
e) Receita corrente apenas, pois a de capital é imprevisível.
Gabarito
01 – D 02 – D 03 – C 04 – B
05 – B 06 – A 07 – C 08 – E
09 – A 10 – E 11 – B 12 – C
13 – A 14 – D 15 – C 16 – B
17 – C 18 – C 19 – B 20 – D
21 – C 22 – E 23 – C 24 – B
25 – E 26 – D 27 – B 28 – B
29 – C 30 – C 31 – V, F, V, V, F 32 – D
33 – C 34 – C 35 – B 36 – B
37 – B 38 – D 39 – C 40 – C
Bibliografia Complementar
BRASIL. Lei nº. 4.320, de 17 de março de 1964. Estatui Normas Gerais de Direito
Financeiro para elaboração e controle dos orçamentos e balanços da
União, dos Estados, dos Municípios e do Distrito Federal.