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PERFUSÃO POR RM

CEREBRAL/MAMÁRIA
Conceito

 O termo Perfusão refere-se à entrega de


sangue arterial e oxigénio aos tecidos e é um
parâmetro muito importante uma vez que
oferece informações patofisiologicas
relativas ao estado dos órgãos:
 condição de suprimento de sangue arterial ao
tecido
 identificação de áreas de elevada actividade
metabólica
Perfusão cerebral
 Aplicação Clínica
 AVC
 Agudo
 Subgudo
 Tumoral
 Linfomas
 Astrocitomas
 Meningiomas
 Outras
 Demência
 Vasoespasmo
 Trauma Cerebral
Técnicas de Perfusão usadas na
RM

Arteriasl Spin
Labeling(ASL)

Técnicas
RM
Perfusão

Dynamic Contrast
Dynamic Susceptibility
Enhancement
Contrast (DSC)
(DCE)
Perfusão

 Fluxo Hemodinâmico
 Passagem de sangue nos vasos Microcirculação)
 Fluxo : mL/100g de Tecido/min.

 Fuxo cerebral
 CBF( Cerebral Blood Flow), refere-se ao fluxo Sanguíneo Cerebral
(mL/100g de Tecido/min.)
 Hemodinânica Cerebral
 CBV( Cerebral Blood Volume), refere-se ao volume
sanguíneo cerebral dentro do espaço intra vascular.
mililitro (ml) por 100g
CBF e CBV

 Fluxo Tempo de circulação = Volume

 Referência da Substância Cinzenta


 Taxa 60ml/100mg/min
 Referência da Substância Branca
 Taxa 15ml/100mg/min
MTT( Mean Transit Time)

 Tempo Médio de Transito


É a média da quantidade de tempo que o sangue permanece na rede de
capilares. A unidade de medida é segundos (s). Valores para um cérebro
normal estão entre os 3 e os 5s, enquanto áreas com enfarte cerebral agudo
têm o MTT aumentado

 É definido :
 MTT=CBV/CBF
 Refere-se ao Tempo de Circulação do Fluxo
Sanguíneo
Valores de CBF,CBV e MTT

Parâmetro Valores na Matéria cinzenta


CBF 50 ml/100g/min

CBV 4ml/100ml de Tecido

MTT 5 segundo

Sorensen AG, Reimer P. Cerebral MR Perfusion Imaging Principles and Current Applications. NEW YORK: Georg Thieme
Verlag; 2000
Outros Valores

 Time to peak/ Tempo até ao pico máximo


(TTP)
 É o tempo que o sangue demora a alcançar a máxima intensidade, desde que
se dá o inicio da injecção do bólus até ao pico máximo de concentração do
contraste.
 No caso de hipoperfusão o seu tempo aumenta, como é o das lesões
Isquémicas .

 Arterial Input Function (AIF)


 É a concentração do agente de contraste, usado como marcador, no plasma,
ao longo do tempo.
Outros Valores

TPP
TPP
CBV MTT
Barreira Hemato-Encefálica

 BHE
 Protege o Parênquima Cerebral de substância
Tóxicas
 A barreira está danificada o quelato de gadolíneo irá ser
transportado para o espaço extravascular extracelular.
 Diminuição do relaxamento T1 e T2* deste tecido .
 Quebras da BHE
 Hipertensão arterial
 Hiperosmolaridade
 Radiação
 Infecção
 Trauma, Isquemia, Inflamação e etc.
T1 /T2 Vs Gad

 Intra Vascular
 T1 Curto
 T2 Curto

 Rotura da BHE
 Equilibro no Espaço intra e extra Vascular
 Má definição de cada fase hemodinâmica
 Gad no Tecido Extra Vascular aumenta o efeito
de T1 em 96%, não existe uma diminuição para
o efeito da Susceptibilidade magnética.
Considerações gerais
parâmetros técnicos

 Na aquisição de imagem por DSC e


DCE

 Uso de produto de contraste _ gadolíneo,


com a aquisição rápida ( 1ª passagem)

 Aquisição T2 ; T2* ou T1
Técnica de Perfusão

 Uso de Gad
 Contraste Exógeno
 Usa o Efeito de Susceptibilidade magnética
 Aproveita o feito T2* provocado pelo Gad
 (T2 ou T2*)
 Calculo em cada Pixel ao longo do Tempo
 CBF, CBV e do MTT
Sinal Vs Tempo
Concentração

S vs T Concentração
Protocolo Recomendado
Sequências Usada

 EPI
 T2*
 Spin eco ou
Gradiente Eco
 SPGR
 T1*
Sequências de Spin Eco e
Gradient Eco
Vantagens das SE Vantagens das GRE

 Permitem uma excelente sensibilidade para o A medição de variação de sinal é melhor com GRE do
efeito de susceptibilidade produzido por capilares que com SE.
de 5μm .
São usualmente mais sensíveis a vasos de diâmetro
superior a 7 μm, mas o seu decaimento é sensível não
 São mais sensíveis para pequenos vasos do só para a microvasculatura mas também para a macro,
que para grandes vasos. Sendo estas selectivamente incluindo grandes artérias e veias da superfície cerebral
mais sensíveis à microvasculatura do que as GE . .

 Em altos campos as sequências SE-EPI são GE–EPI é a melhor escolha em baixos campos devido
aconselhadas devido à elevada razão sinal ruído e à sua elevada perda de sinal, em combinação com o
aos mínimos efeitos de susceptibilidade . facto dos efeitos de susceptibilidade magnética serem
menores em baixos campos .
SE Vs SPIN ECO

Técnicas de SE e Gradiente ECO


GE e SE
ADMINISTRAÇÃO DO MEIO DE
CONTRASTE

 Compostos de Gadolíneo são os mais usados, devido a sua


capacidade de difusão para o espaço espaço extravascular
extracelular
 Administrado por via intravenosa com um cateter de 16 ou 18 Gauge

 Injecção deverá ser feita com o auxilio de um injector automático

 Dose de 0,1mmol/kg de peso do doente quando se usam sequências


GRE e 0,2mmol/kg para sequências SE

 A injecção deve ter uma velocidade elevada de cerca de 5 a 10 ml/s, e


deve ser imediatamente seguido de uma injecção salina de 20 a 30 ml
com a mesma velocidade
Valores Físicos da Sequências
Factores a considerar
Valores Físicos da Sequências
Factores a considerar
Valores Físicos da Sequências
Factores a considerar
Valores Físicos da Sequências
Factores a considerar
Paciente
Avaliação da perfusão cerebral

 Concentração Vs Tempo
 Pelação linear Visualizada em T2
 Delta(1/t2)=Delta R2

Sorensen AG, Reimer P. Cerebral MR Perfusion Imaging Principles and


Current Applications. NEW YORK: Georg Thieme Verlag; 2000.
Delta(1/t2)=Delta R2
Analise das Curvas

Sorensen AG, Reimer P. Cerebral MR Perfusion Imaging Principles and


Current Applications. NEW YORK: Georg Thieme Verlag; 2000
Mapas de CBV

 Volume de sangue Cerebral


Medição do CBF

 Enfarte Cerebral
 AIF ( arterial input function)
 Fornece o tempo de passagem arterial numa
determinada área.

Ft é o fluxo do tecido

R(t) é a função residual vascular

Ca(t) é o input arterial do marcador

Cvoi á concentração do marcador num


volume de interesse
Analise das Curvas CBF
Injecção de GAD
Criação dos Mapas MTT

 CBF = CBV/MTT

Salvolini U, Scarabino T. High-Field Brain MRI: Use in Clinical Practice.


NEW YORK: Springer; 2006
Aplicações clínicas

 Doença Cérebro Vasculares


 Enfarte Cerebral Agudo
 CBV, CBF e MTT
 CBV- correlaciona melhor a área de enfarte
DYNAMIC CONTRAST ENHANCEMENT

 Dinamic Contrast Enhancement


 Permite efectuar a aquisição de imagens durante uma

injecção intravenosa em bólus de um agente de contraste


que permite obter informações sobre determinadas
características vasculares dos tecidos .
 O aumento de sinal depender de várias características físicas e
fisiológicas
 Considerações técnicas:
 Sequências 2D ou 3D em GR Eco T1

 Pulso de inversão selectivo ou Pré Pulso

 FA baixo, de forma a minimizar o feito do fluxo


DYNAMIC CONTRAST ENHANCEMENT

 Parâmetros da Sequência:

 TR menor possível

 TE eco mínimo

 FA intermédio( 30º a 60º)


Aplicações clínicas da DCE

 Perfusão Mamária
 Avaliação pré-operativa de pacientes com
neoplasias mamárias
 Diagnóstico de lesões suspeitas sem necessidade
de realização de biopsia ( técnica mais sensível)
 Monitorização da evolução da doença após
tratamento ( quimioterapia)
Curvas na DCE
 Washin de contraste
 Aumento de sinal devido ao contraste

 Washout
 “lavagem” rápida do contraste, características de
lesões malignas
 Steady-State
 Relacionada com lesões benignas

 Plateau
 Esta curva é considerada como indeterminada
Aplicações clínicas da DCE

Glaßer S, Preim U, T K, Preim B. A visual analytics approach to diagnosis of


breast DCE-MRI data. Computers & Graphics. 2010 ;34602-611
PERFUSÃO MAMÁRIA

 Avaliação Cinética
 Pelas curvas de intensidade ao longo do
tempo dentro do ROI
 Pico de reforço de contraste (PE) – o valor máximo da curva de RE
 Time to peak (TTP) - o momento em que ocorre o PE
 Integral – a área aproximada abaixo da curva para todo o período de tempo
 Upslope – a subida excessiva da curva durante o washin
 Downslope – a descida excessiva da curva durante o washout
Aplicações clínicas da DCE
Perfusão Mamária
ARTERIAL SPIN LABELING

 Permite fazer uma medição quantitativa do CBF


 Através da marcação magnética dos protões da água do sangue
arterial, que são usados como um marcador endógeno em fluxo.
 Método não invasivo
 Usa a água como marcador de contraste endógeno dentro do
sangue

 Reprodutível
 Quantifica o CBF relativo em unidades fisiológicas (ml de
sangue/100g de tecido/min )
 Sensível a Macro e micro circulação vascular
ASL-Técnica

1. Marcação da água presente no sangue arterial através da inversão da magnetização com um pulso de 180º
2. Aquisição da Imagem de marca;
3. Repetição dos procedimentos sem marcação da água;
4. Aquisição da Imagem de Controlo
5. Subtracção: Imagem de Controlo – Imagem de marca
6. A diferença da magnetização é proporcional à quantidade de fluxo sanguíneo.

http://www.umich.edu/~fmri/asl.html
TÉCNICAS DE ASL

 Quantificação dos valores de


CBF
 Será necessário “marcar” o
sangue (α(t) tem que ser diferente Sendo T1app o tempo de relaxação
longitudinal agua

de zero) α(t) o grau de marcação


Subtracção das Imagens

- - - -
TÉCNICAS DE ASL
 Pulsed ASL (PASL)
 Pulsos de RF curtos (5-20ms)

 Inverte um numero de cortes relacionado com o plano marcado

 Único pulso de Inversão para marcação magnética dos spins

 Menor depósito de SAR

 Fraca definição dos limites do plano marcado

 EPISTAR(Signal Targeting with Alternating Radio-frequency)

 Pulso de Saturação de 90º no local da medição de perfusão

 Gradiente Spoiler ( desfasar a magnetização)

 Pulso para inversão ao corte proximal à área de medição da perfusão

 Um delay de 1s

 O controlo é feito da mesma forma mas sem pulso de marcação

 FAIR (Flow-sensitive Alternating Inversion Recovery)


TÉCNICAS DE ASL

 Continuous ASL (CASL)


 Pulsos de RF contínuos e longos (1-2s)
 Inversão constante dos Spins

 Sensibilidade Superior a PASL

Marcaç
ão

Control
o

Wolf RL, Detre JA. Clinical Neuroimaging Using Arterial Spin-Label Perfusion
http://www.umich.edu/~fmri/asl.html MR. Neurotherapeutics. 2008 ;4(3):346-359.
EPISTAR Vs FAIR

Paiva, Fernandes; Quantificação da perfusão sanguínea cerebral utilizando http://www.umich.edu/~fmri/asl.html


Arterial Spin Labeling; Universidade de São Paulo; São Carlos, 2008
Diagnóstico do AVC agudo
Courtesy of Geert Lycklama
Limiares de Fluxo Sanguíneo Cerebral

100
90
CBF
80
ml/100g/min Normal
70
60
50
40 Oligoemia
30 Hipoperfusão
20
Penumbra
10 Isquemia
Enfarte
0
Perfusão

. Alterações na perfusão precedem as


alterações na difusão

. Difusão normal nas primeiras horas após


inicio da sintomatologia, não exclui AVC
Casos de difusão negativa que
evoluíram para AVC
3,5h

M, 65A, afasia, parésia


facial esquerda

13h

4D
Difusão/Perfusão
. Perfusão = Difusão = enfarte

. Perfusão > Difusão = isquemia reversível = penumbra

. Perfusão < Difusão = reperfusão precoce


AVC ? CMdta?

ARM
CBV

AT MTT
AIF MTT
Enfarte Agudo
Afasia Motora
Enfarte ACMesq.
FSET2 DW DW 1 Dia após

rCBV rCBF MTT


AVC CMEsq
4 H, DWI 4 H, rCBV 4
4 hr, rCBF
H, MTT 17 DIAS, T2
Tumores

T1 +c
FSET2

DW
Tumores

CBV CBF

MTT

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