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Descartes - Ficha -

Racionalismo e Filosofia do
Conhecimento
por Pedro Mota, em 10.03.13

UNIDADE 2
A RACIONALIDADE CIENTÍFICO-TECNOLÓGICA
CAPÍTULO 2
TEORIAS EXPLICATIVAS DO CONHECIMENTO

FICHA 1
O racionalismo cartesiano
Questões de escolha múltipla

1 — Identifique a afirmação verdadeira.


a) Descartes é céptico porque parte da dúvida.
b) Descartes não é céptico porque a dúvida é
metódica.
c) Descartes é céptico porque não procura a
verdade e a encontra por acaso.
d) Descartes não é céptico porque não consegue
duvidar de tudo.

R: b) Descartes não é céptico porque a dúvida é


metódica.

2 – Identifique a afirmação errada.


a) O principal problema de Descartes é o de
encontrar a garantia de que o nosso conhecimento é
absolutamente seguro.
b) A condição necessária para que algo seja
declarado conhecimento absolutamente seguro é
resistir completamente à dúvida.
c) Basta resistir à dúvida hiperbólica para que
qualquer conhecimento seja declarado
absolutamente seguro.
d) O primeiro conhecimento absolutamente seguro
é a existência do sujeito que tem consciência de
que os sentidos e o entendimento o podem enganar.

R: c) Basta resistir à dúvida hiperbólica para que um


conhecimento seja declarado absolutamente
seguro.
Ainda falta a garantia de que Deus não engana. Só o
Cogito e a distinção alma-corpo são excepções.

3– Identifique a afirmação errada.


a) A dúvida é hiperbólica porque a sua regra de
aplicação é duvidar do que for claramente
duvidoso.
b) A dúvida tem graus de aplicação porque se
exerce do mais fácil de pôr em causa para o mais
difícil de pôr em causa.
c) A dúvida é metódica porque segue a regra
metódica que identifica o verdadeiro com o
absolutamente indubitável.
d) A dúvida é a forma de separar absolutamente o
verdadeiro do falso.

R: a) A dúvida é hiperbólica porque a sua regra de


aplicação é duvidar do que for claramente
duvidoso.
Não é preciso que algo seja obviamente duvidoso
para ser posto em causa. Basta que haja uma leve
suspeita para que algo possa parecer duvidoso e
desde logo declarado falso.

4 – Identifique a afirmação errada.


a) Descartes usa a dúvida metódica para ver se há
verdades acerca das quais não possamos de modo
algum estar errados.
b) A dúvida metódica é hiperbólica porque é
despropositada.
c) A dúvida destina-se a mostrar que os cépticos
estão enganados, ou seja, que a justificação das
nossas crenças é possível.
d) A dúvida, separando o verdadeiro do falso de
forma absoluta, vai mostrar que há uma crença
verdadeira que se autojustifica e que será o
fundamento de todo o conhecimento.

R: b) A dúvida metódica é hiperbólica porque é


despropositada.

5- Identifique a afirmação verdadeira:


a) O primeiro nível de aplicação da dúvida é aquele
em que Descartes põe em causa a existência de
objectos sensíveis.
b) O primeiro nível de aplicação da dúvida é aquele
em que Descartes reserva o título de conhecimentos
verdadeiros aos conhecimentos matemáticos.
c) O primeiro nível de aplicação da dúvida é aquele
em que Descartes rejeita que o conhecimento do
mundo tenha uma base empírica.
d) O primeiro nível de aplicação da dúvida é aquele
em que Descartes encontra um fundamento
absolutamente seguro para o saber.
R: c) O primeiro nível de aplicação da dúvida é
aquele em que Descartes rejeita que o
conhecimento do mundo tenha uma base empírica.

6 - Identifique a afirmação verdadeira.

a) A concepção do método defendida por Descartes


inspira-se na perspectiva empirista.
b) A concepção do método defendida por Descartes
inspira-se num ideal de certeza representado pelas
matemáticas.
c) Por assim ser, as matemáticas serão um modelo
de certeza nunca questionado.
d) É em nome de um ideal de certeza rigoroso que é
característico das matemáticas que Descartes
critica o saber do seu tempo.

R: b) A concepção do método defendida por


Descartes inspira-se num ideal de certeza
representado pelas matemáticas.

7 - Identifique a afirmação errada.


a) O segundo nível de aplicação da dúvida é
aquele em que Descartes põe em causa as
informações dos sentidos sobre as propriedades
dos objectos existentes.
b) Neste nível, Descartes torna a dúvida ainda mais
excessiva e põe em causa algo que, do ponto de
vista do senso comum, não parece razoável
questionar.
c) Ainda que muitíssimo improvável, não é
impossível que, dada a dificuldade de distinguir
sonho de realidade, as imagens que tenho da
realidade não correspondam a nada real fora de
mim.
d) Neste nível, Descartes mostra mais uma razão
para desconfiar dos sentidos porque, se a prova que
temos da existência de realidades exteriores é a
intensidade das sensações, então entre sonho e
realidade não há uma distinção absolutamente
clara.

R: a) O segundo nível de aplicação da dúvida é


aquele em que Descartes põe em causa as
informações dos sentidos sobre as propriedades dos
objectos existentes.

8 - Identifique a afirmação errada.


a) A aplicação da dúvida destina-se a minar os
fundamentos nos quais muitas crenças erradas se
baseavam.
b) O seu carácter é propositadamente hiperbólico
porque é preciso separar de forma absolutamente
clara o verdadeiro do falso.
c) Um conhecimento ou é absolutamente verdadeiro
ou então é falso, pelo que aquilo que, por pouco
que seja, pareça duvidoso é descartado como falso.
d) O que Descartes mostrou foi que basear a nossa
crença na existência do mundo físico ou corpóreo
nos sentidos nos conduz a duvidar dessa existência
e) Todas as afirmações são falsas.
R: e) Todas as afirmações são falsas.

9 – Identifique a afirmação verdadeira.


a) No terceiro nível de aplicação da dúvida,
Descartes considera que verdades tão claras como
as matemáticas possam sofrer alguma suspeita de
falsidade ou de incerteza.
b) No terceiro nível de aplicação da dúvida,
Descartes considera que seguir as regras
fundamentais do raciocínio correcto basta para que
os resultados das nossas operações intelectuais
sejam correctos.
c) Neste nível a dúvida exerce-se num plano
puramente intelectual porque nem os erros dos
sentidos nem o argumento dos sonhos podem fazer-
nos duvidar de que, por exemplo, 2 + 2 = 4.
d) Não temos razão para duvidar das verdades
matemáticas porque o nosso entendimento
orientado por um método rigoroso é infalível.

R: c) Neste nível a dúvida exerce-se num plano


puramente intelectual porque nem os erros dos
sentidos nem o argumento dos sonhos podem fazer-
nos duvidar de que, por exemplo, 2 + 2 = 4.

10 - Identifique a afirmação errada.


a) O argumento de um hipotético Deus enganador
ou perverso justifica-se porque era necessária uma
hipótese sumamente excessiva para pôr em causa
proposições que o entendimento considera
naturalmente inquestionáveis.
b) O argumento de um hipotético Deus enganador
ou perverso tem como função transformar os
resultados das operações do entendimento de
verdadeiros em provavelmente verdadeiros.
c) O argumento de um hipotético Deus enganador
ou perverso corresponde a uma radicalização da
dúvida.
d) O argumento de um hipotético Deus enganador
ou perverso – que Descartes considera muito
metafísico ou radical – destina-se a lançar a
suspeita de que sempre que faço cálculos e
demonstrações matemáticas posso enganar-me por
o meu entendimento estar, sem eu o saber, a tomar
o falso por verdadeiro e o verdadeiro por falso.
R: b) O argumento de um hipotético Deus enganador
ou perverso tem como função transformar os
resultados das operações do entendimento de
verdadeiros em provavelmente verdadeiros.

11 - Identifique a afirmação verdadeira.


a) Atingido o momento em que conseguiu pôr em
causa todos os conhecimentos que constituíam a
base do saber do seu tempo, Descartes dá razão aos
cépticos.
b) Terminada a aplicação da dúvida, Descartes
convence-se de que tudo é falso e nada é
verdadeiro.
c) Terminada a aplicação da dúvida, Descartes
convence-se de que há uma proposição que supera
o teste da dúvida metódica/ hiperbólica.
d) Terminada a aplicação da dúvida, Descartes
convence-se de que os argumentos cépticos
anteriormente apresentados são invencíveis.

R: c) Terminada a aplicação da dúvida, Descartes


convence-se de que há uma proposição que supera
o teste da dúvida metódica/ hiperbólica.

12 - Identifique a afirmação verdadeira.


a) O Cogito, abreviatura de «Penso, logo existo» é
uma verdade indutiva.
b) O Cogito é uma proposição resultante de um
raciocínio dedutivo.
c) O Cogito é uma certeza que se descobre por
meio do raciocínio, mas não se infere de outra
proposição.
d) O Cogitoé uma evidência racional que se impõe
ao pensamento no próprio acto em que este se
exerce, mesmo que esse acto seja duvidar de que
há proposições verdadeiras.

R: d) O Cogito é uma evidência racional que se


impõe ao pensamento no próprio acto em que este
se exerce, mesmo que esse acto seja duvidar de
que há proposições verdadeiras.

13 - Identifique a afirmação verdadeira.


a) O Cogito é uma ideia procedente da experiência.
b) O Cogito é uma proposição que só a hipótese de
Deus nos enganar pode pôr em causa.
c) O Cogito é uma verdade absolutamente evidente
porque, sendo a dúvida implacável na sua
aplicação, o que lhe resiste tem de ser
absolutamente verdadeiro.
d) A proposição Penso, logo existoé o suporte do
acto de duvidar.
R: c) O Cogito é uma verdade absolutamente
evidente porque, sendo a dúvida implacável na sua
aplicação, o que lhe resiste tem de ser
absolutamente verdadeiro.

14 - Identifique a afirmação errada.


a) O Cogito é a crença básica que, não se deduzindo
de nenhuma outra, constitui a consequência lógica
da premissa Tudo o que pensa existe.
b) O Cogito é o primeiro princípio do novo sistema
do saber que Descartes quer construir e nada mais é
do que a razão desligada de qualquer referência à
experiência empírica e a conhecimentos
estabelecidos sem radical análise crítica.
c) O Cogito corresponde à existência de um sujeito
que nada conhece acerca dos objectos e que, sem a
ajuda da experiência, nada poderá conhecer.
d) O Cogito é uma verdade absoluta, mas não é um
critério de verdade, porque é uma crença que se
descobre no momento em que duvidamos de tudo.

R: O Cogito é o primeiro princípio do novo sistema


do saber que Descartes quer construir e nada mais é
do que a razão desligada de qualquer referência à
experiência empírica e a conhecimentos
estabelecidos sem radical análise crítica.

15 – Identifique a afirmação errada.


a) No momento em que Descartes não sabe se o
mundo físico existe nem se o entendimento é digno
de confiança, só tem como seguro aquilo que a
dúvida nunca pôde pôr realmente em causa.
b) O sujeito é uma substância puramente pensante
ou racional – é uma razão pura – porque podemos
duvidar da existência do que é corpóreo, mas não
da existência da mente.
c) A alma é realmente distinta do corpo porque,
neste momento do percurso de Descartes, é possível
duvidar de que exista essa substância material a
que se chama corpo.
d) Só teremos a certeza de que a alma é realmente
distinta do corpo quando afastarmos a inquietante
hipótese de que Deus é um génio maligno que se
empenha em enganar-me.

R: d) Só teremos a certeza de que a alma é


realmente distinta do corpo quando afastarmos a
inquietante hipótese de que Deus é um génio
maligno que se empenha em enganar-me.

16 - Identifique a afirmação errada.


a) O Cogito é uma proposição ou uma crença
metafísica porque é uma proposição absolutamente
primeira.
b) O Cogito é um critério ou modelo de verdade
porque toda e qualquer proposição que se queira
verdadeira terá de se impor com clareza e distinção
absolutas.
c) A distinção alma-corpo é outra verdade
fundamental do sistema do saber porque se impõe
no momento em que o sujeito pensante reflecte
sobre que tipo de existência é a sua no momento
em que duvida da existência quer de coisas
sensíveis quer de objectos inteligíveis. Podemos
dizer que com o Cogitoforma outro dos pilares do
edifício do conhecimento.
d) Se tenho a certeza de que existo, mesmo que
mais nada exista, então sou um ser que criou a sua
própria existência.

R: d) Se tenho a certeza de que existo, mesmo que


mais nada exista, então sou um ser que criou a sua
própria existência.
17 - Identifique a afirmação errada.
a) Deus é o verdadeiro fundamento do
conhecimento certo e seguro porque só ele possui a
verdade.
b) Deus é o verdadeiro fundamento do
conhecimento certo e seguro porque só ele pode
garantir que não me engano quando penso clara e
distintamente.
c) Deus é o verdadeiro fundamento do
conhecimento certo e seguro porque, sendo
perfeito, não pode enganar-me quando penso clara
e distintamente.
d) Não podemos estar certos mesmo das ideias mais
simples apenas porque nos parecem claras e
distintas se não tivermos provado que Deus existe e
é perfeito, não podendo portanto ser confundido
com uma entidade enganadora e maliciosa.

R: a) Deus é o verdadeiro fundamento do


conhecimento certo e seguro porque só ele possui a
verdade.

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