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GestaoOperacoesLogistica Aula02
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Logística
O ciclo de vida do produto
Analisando a curva 80-20
Características e embalagens
Produto Logístico
Produto Logístico
Autoria: Kétnes G. Lopes / Adaptado por: Aguiar Ribeiro de Almeida Junior
Apresentação
Mas afinal, porque estudar Produto Logístico? Primeiramente porque o produto é o princi-
pal foco de qualquer sistema logístico, já que ele representa o objeto que se movimenta
na cadeia de suprimentos, e, em segundo porque ele é o principal gerador das receitas
da empresa.
Eis o principal objetivo deste módulo: apresentar-lhe os conceitos e métodos que vão
auxiliá-lo na elaboração de um correto planejamento de melhores soluções para sua
empresa, no que tange às decisões relacionadas ao Produto Logístico!
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste módulo você deverá ser capaz de:
• Entender o ciclo de vida do produto.
• Analisar a curva 80-20.
Sabe-se que os produtos não geram seu maior volume de vendas imediatamente ao seu
lançamento no mercado, nem tampouco mantêm indefinidamente um volume de pico de
vendas. É característico que os produtos sigam um padrão de volume de vendas com o
passar do tempo, que pode ser dividido em cinco estágios: desenvolvimento, lançamento,
crescimento, maturidade e declínio. A figura abaixo mostra a curva generalizada do ciclo
de vida do produto, identificando os lucros e as vendas em cada um dos cinco estágios.
importante
Sabe-se que o problema logístico de qualquer empresa é a soma dos problemas de cada um
dos seus produtos. A linha de artigos de uma empresa é composta por variados produtos que
se encontram em diferentes estágios de seu ciclo de vida e que possuem diferentes graus de
sucesso em matéria de vendas. A qualquer momento no tempo cria-se um cenário tendencial
muito útil para o planejamento logístico. Este cenário se aproxima da conhecida Curva 80-20
ou Curva ABC. Este conceito é baseado em observações de padrões de vendas de produtos
na empresa e percebe-se que a maior parte das vendas é gerada a partir de um conjunto
relativamente pequeno de produtos. Raramente se observa uma proporção exata 80-20, mas
a desproporção entre as vendas e o número de produtos é geralmente verdadeira!
Desta forma, o objetivo maior da Curva 80-20 é separar os poucos produtos da empresa
que são vitais, dos muitos produtos que são triviais. A partir destes dados, pode-se adotar
estratégias diferenciadas para cada tipo de produto, ora elevando o nível de serviço aos
clientes, ora minimizando os custos da empresa.
Quociente Peso-Volume
O quociente peso-volume expressa a densidade do produto, ou seja, seu peso divi-
dido por seu volume. Sabe-se que os produtos densos, aqueles que possuem alto
quociente peso-volume, apresentam boa utilização dos equipamentos de trans-
porte e das facilidades de armazenagem. Tanto os custos de transporte como
os de armazenagem tendem a ser baixos. Exemplos deste tipo de produto:
bobina de aço, material impresso, alimentos enlatados.
Já os produtos com baixa densidade, aqueles que possuem baixo quociente peso-
-volume, proporcionam o preenchimento da capacidade volumétrica do equipamento
de transporte antes de seu limite de carregamento em peso ser atingido. Desta forma,
os custos de manuseio e de espaço tendem a ser elevados comparados ao preço de
venda. Exemplos deste tipo de produto: bolas de praia infladas, botes, batata frita.
atenção
Em outras palavras, se temos dois produtos, Produto 1 e Produto 2, com o mesmo peso, mas
com volumes diferentes, sendo V1 < V2, logo temos a densidade do Produto 1 maior que
do Produto 2. Podemos então dizer, que os percentuais dos custos de transporte e de arma-
zenagem embutidos nos preços de venda do Produto 1 são menores que os do Produto 2.
Quociente Valor-Peso
O quociente Valor-Peso expressa o valor financeiro da movimentação do produto, atra-
vés da divisão de seu valor monetário pelo seu volume. Produtos com baixo quociente
Os efeitos dos variáveis quocientes Valor-Peso sobre os custos logísticos são apresen-
tados na Figura abaixo. À medida que o quociente Valor-Peso aumenta, os custos de
transporte diminuem e os custos de estocagem aumentam como percentual do preço de
venda. Isto significa dizer, que quanto mais “caro” for o produto (em relação a seu peso),
menor o percentual dos custos de transporte no seu preço de venda e por outro lado,
maior o percentual dos custos de armazenagem no seu preço de venda! Em outras pala-
vras, se temos dois produtos, Produto 1 e Produto 2, com o mesmo valor monetário, mas
com pesos diferentes, sendo P1 < P2, logo temos o quociente Valor-Peso do Produto 1
maior que do Produto 2. Podemos então dizer, que os percentuais dos custos de transpor-
te embutidos nos preços de venda do Produto 1 são menores que os do Produto 2. Mas,
em compensação os custos de armazenagem embutidos nos preços de venda do Produto
1 são maiores que os do Produto 2.
Custos logísticos como percentual
do preço de venda dos produtos
Custos totais
Custos de transporte
Custos de estocagem P1 P2
$1 $2
P1 < P2
$1 = $2 = $
$ $
P1 P2
Agora cuidado com os conceitos aqui apresentados! Não se quis dizer que o custo de
transporte de produtos de baixo Valor-Peso como a areia, por exemplo, é elevado, o que
se quis dizer é que a participação dos custos de transporte da areia no seu preço de venda
é elevada! No entanto, quando se trata de um produto de alto quociente Valor-Peso, por
exemplo, um colar de diamante, este panorama muda, ou seja, a participação dos custos
de transporte de um produto deste tipo é pequena, comparada com seu preço de venda!
Substituibilidade
Diz-se que o produto é altamente substituível quando o consumidor compra uma segunda
marca caso a primeira não esteja disponível. São produtos de alta substituibilidade, aque-
les nos quais os clientes encontram pouca ou nenhuma diferença entre os produtos da
empresa e os dos concorrentes. A principal estratégia de distribuição é a de disponibilizar
o produto num nível tal que os consumidores não precisem selecionar um produto substi-
tuto. Exemplos deste tipo de produto: produtos alimentícios e farmacêuticos.
Características de Riscos
As características de riscos referem-se a fatores como perecibilidade, inflamabilidade,
valor, tendência a explodir e facilidade de ser roubado. Quando qualquer produto mostra
alto risco em um ou mais desses itens, é natural que se imponham determinadas restri-
ções sobre o sistema de distribuição e conseqüentemente, os custos de armazenagem e
de transporte tornam-se mais elevados.
Caso você tenha interesse em se aprofundar no estudo de Embalagens, sugiro que passe
na biblioteca, onde poderá encontrar um artigo interessante sobre o assunto.
Referências
BALLOU, R. H. (2006). Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos – planejamento, orga-
nização e logística empresarial. Porto Alegre: Bookman.
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