Guilherme Freitas Dutra Silva, 8 anos, está em atendimento Terapêutico
Ocupacional, há 4 meses,por apresentar dificuldades de aprendizagem. Em avaliação a criança apresentou dificuldades nas funções executivas, fluência verbal, orientação espaço-temporal, calculo, abstração e atenção. Guilherme apresentou estrutura do pensamento pouco organizada, mostrando agitação corporal e ideias desordenadas, no entanto teve disposição para realizar todas as atividades. No aspecto psicopedagógico, Guilherme encontrou não realizou leitura. Não soube diferenciar números e símbolos matemáticos, não reconhece/nomeia algumas cores secundárias e mostrou ansiedade na realização da maioria das atividades propostas. Foi percebida desordem sensorial que afeta a aprendizagem (organização do espaço e audição). Não conseguiu seguir os comandos no ditado topológico, houve confusão nas atividades de repetição de sentença e discriminação auditiva. Não realiza atividades que necessitam percepção de realismo nominal, o fato de não ser alfabetizado interferiu na qualidade do resultado. Desenvolvimento psicomotor global satisfatório para a faixa etária. No entanto, apresentou dificuldades em consciência corporal, constância de percepção, reprodução de estruturas rítmicas, memória auditiva, estruturação de pensamento, posição no espaço e temporalidade. Em laudos anteriores, o menor foi diagnosticado com o CID 10 F90.0 (Distúrbios da atividade e da atenção) e F80.0 (Transtornos específicos do desenvolvimento da fala e da linguagem). Durante o período de intervenção Terapêutica Ocupacional foram trabalhadas com a criança atividades que possibilitem o domínio do próprio corpo, e do corpo no ambiente; evocar uma intenção e formular uma ideia, implícita a motivação; ativar a memória; dirigir, focar e sustentar a atenção; planejar, selecionar os materiais e estratégias para se chegar ao objetivo; inibir uma ação para priorizar a principal; habilidade para iniciar, prosseguir e finalizar ações sequenciais de modo integrado do seu corpo com o meio. É sabido que muitas destas habilidades são difíceis em crianças com sinais sugestivos de Disfunção de Processamento Sensorial e também estão presentes em algumas crianças com diagnóstico de Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), como a criança referida. É importante ressaltar que a terapia deve ser contínua, evitando interrupções, pois a descontinuidade do acompanhamento ocasiona rompimento nas habilidades estimuladas que estão em desenvolvimento e aprendizagem. Sendo assim, os atendimentos em Terapia Ocupacional deverão ser realiados por mais 6 meses, com frequência 2 vezes por semana, no qual a criança em questão será submetida à reavaliação (com os mesmos testes) para analisar seu progresso e a constância dos atendimentos.
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