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Bom Curso!
Mônica Passarinho.
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Neste material de apoio você irá encontrar:
Esse material foi composto por várias mãos, mentes e corações. Com destaque a Tatiane
Floresti, Mariana Breim, Mônica Passarinho, Juliana Araujo, Milena Paes e Henrique Veloso.
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Vendo como Vemos
Uma oportunidade para a transformação pessoal, social e global!
À medida que o século XXI se desdobra, torna-se cada vez mais evidente que
os principais problemas do nosso tempo - energia, degradação do meio
ambiente, mudança climática, segurança alimentar e financeira, violência,
excesso de medicalização e desequilíbrios emocionais - não podem ser
compreendidos isoladamente. São problemas sistêmicos, e isso significa que
todos eles estão interconectados e são interdependentes. Em última análise,
esses problemas precisam ser considerados como facetas diferentes de uma
única crise, que é, em grande medida, uma crise de percepção.
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planeta e meio; em outras palavras, atualmente utilizamos
50% mais recursos que o nosso planeta é capaz de
regenerar para satisfazer nossas necessidades atuais de
consumo. Em consequência, um terço de toda a terra fértil
do planeta desapareceu nos últimos 40 anos. Lençóis
freáticos cada vez mais exauridos nos levarão à escassez
de alimento. Espera-se que os preços dos alimentos
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dobrem até 2030.”
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Scharmer, Otto. Liderar a partir do futuro que emerge. – 1a ed – Rio de Janeiro:
Elsevier, 2014.
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cenários patológicos responsáveis pelas três grandes desconexões, como
mostram as figuras acima.
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próprios pensamentos em um ambiente sem julgamento e que possam estar
abertas aos pontos de vista dos outros.
Senge nos ensina que os modelos mentais são as estruturas generativas que
moldam nossos padrões de comportamento. Portanto, para haver mudança de
comportamento é necessária uma mudança de estrutura. E essa transformação
só é possível, segundo ele, se houver aprendizagem.
Para tal, devemos compreender aprendizagem como algo que reflete uma
mudança ou alteração fundamental, ou de forma mais profunda,
transcendência da mente. Um entendimento bem diferente do significado
contemporâneo de aprendizagem que tem sido usado como sinônimo de
“interiorização de informações”.
O mergulho interno que faz com que seja possível o reconhecimento das
estruturas sistêmicas às quais fazemos parte, nos leva ao aprendizado de que
temos o poder de alterar as estruturas dentro das quais operamos e, assim,
deixar de nos sentir compelidos a agir de determinadas formas.
Desta maneira, convidamos você a se empoderar do seu potencial de
transformação e participar de um processo de mudança de modelo mental,
enxergando o mundo com novos olhos!
Reflexões
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Senge, Peter. A quinta disciplina: arte e prática da organização que aprende. – 31a ed
– Rio de Janeiro: Best Seller, 2016.
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O que significa dizer que as estruturas geram determinados padrões de
comportamento?
Como essas estruturas controladoras podem ser reconhecidas?
Como esse conhecimento poderia nos ajudar a ter mais sucesso em um
sistema complexo?
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Do EGO ao ECO
Enxergando o mundo com novos olhos
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“Lamentavelmente, ao separar o fato do sentido e a
quantidade da qualidade, a ciência mecanicista
inadvertidamente teve seu papel nesses desastres: a
bomba atômica, a agricultura intensiva, o buraco de ozônio
e a mudança climática são exemplos das consequências
involuntárias, mas seriamente prejudiciais dessa
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superestimação da mente racional”
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HARDING, Stephan. Terra Viva: ciência, intuição e a evolução de Gaia. Para uma nova
compreensão da vida em nosso planeta. São Paulo: Cultrix. 2008.
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emergentes surgem a partir de todas as relações entre as partes gerando a
compreensão da realidade em função de uma totalidade que é integrada.”
Segundo Capra, a compreensão sistêmica da vida baseia-se na aprendizagem
de três fenômenos básicos: o padrão básico de organização da vida é o da
rede ou teia; a matéria percorre ciclicamente a teia da vida; todos os ciclos
ecológicos são sustentados pelo fluxo constante de energia proveniente do sol.
Esses três fenômenos básicos são exatamente o que as crianças vivenciam,
exploram e reconhecem por meio de experiências diretas com o mundo natural.
Além desses aprendizados, por meio dessas vivências, também tomamos
consciência de que nós mesmos somos parte da teia da vida e, com o passar
do tempo, a experiência da ecologia na natureza nos proporciona um senso do
lugar a que pertencemos. Despertamos para consciência de como estamos
inseridos em um ecossistema, em uma paisagem com plantas e animais
característicos, em um determinado sistema social e cultural.
Existem muitas maneiras de conhecer a Natureza e aprender com sua
sabedoria. Um dos espaços educadores que descobrimos em nossa
experiência na Escola da Toca, que é especialmente apropriado para
comunidades escolares, é a área de Agrofloresta.
As agroflorestas carregam em si todos os princípios ecológicos encontrados
nas florestas, além de reconectar crianças e educadores aos fundamentos
básicos da comida, ao mesmo tempo que integra e enriquece praticamente
todas as atividades escolares e ainda contribui para a transformação da
paisagem como um cinema vivo, repleto de fenômenos.
Quando a escola se abre para viver a experiência de produzir seu próprio
alimento, ou parte dele, a partir de uma agricultura que imita as tecnologias da
Natureza, nós tomamos a diversidade como um valor, compreendemos o ciclo
de vida de cada elemento, reconhecemos a relação intrínseca entre plantas,
animais, fungos, bactérias e reino mineral; aprendemos que o solo fértil é o
solo vivo que contém em cada centímetro cúbico bilhões de organismos vivos.
Ter uma agrofloresta no quintal e manejá-la de forma coletiva nos coloca no
protagonismo de nossa espécie, ou seja, o entendimento de que, segundo
Ernst Götsch, "não somos os seres inteligentes mas fazemos parte de um
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sistema inteligente, onde o que rege todas as relações inter e intraespecíficas é
o amor incondicional e a cooperação". Além disso, fica nítido que a agrofloresta
da escola, em sua totalidade, está embutida em sistemas maiores que também
são teias vivas com os seus próprios ciclos.
Plantio, cultivo, colheita, manejo, culinária, compostagem e reciclagem. Os
ciclos alimentares se cruzam com esses ciclos maiores – o ciclo da água, o
ciclo das estações e assim por diante - , todos eles formando conexões na teia
de vida planetária.
Toda essa interação, repleta de descobertas a cada instante, torna a
agrofloresta um lugar mágico para as crianças. Um mundo cheio de
oportunidades para o protagonismo da infância se manifestar na linguagem do
brincar e no silêncio atencioso do observar.
É desta forma que cultivamos a empatia por todas as formas de vida. Fazendo
as pazes com a dinâmica da natureza, redescobrindo e dando forma concreta a
uma estrutura mental, emocional e de atitudes que tornem a nos conectar com
um profundo senso de participação em um universo que pulsa a inteligência
viva da natureza. Fomentando uma atitude de reverência por nossa casa
planetária, a Terra.
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ESCOLA: UM LUGAR QUE É UM ORGANISMO
"A escola é um tipo especial de lugar, no qual jovens seres humanos são
convidados a expandir mentes, sensibilidades e sensos de pertencimento
a uma comunidade mais ampla (...), uma comunidade de aprendizado onde
mente e sensibilidade são compartilhados. É um lugar de aprendizagem
comum sobre o mundo real e sobre os mundos possíveis da imaginação".
Assim como integramos três autores para traduzir nossa visão de escola,
buscamos a integração na prática – porque para nós, escola é coletividade.
Ela é construída pelas crianças, pelos professores, pelos familiares, pela
comunidade, através de cocriações e trocas constantes que impulsionam o
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crescimento, o desenvolvimento, a construção e o compartilhamento de
conhecimentos. Como a Peo diz, escola é...
SER CRIANÇA É…
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EIXOS FILOSÓFICOS
SER INTEGRAL
A educação deve compreender o ser humano integralmente, observando seus
aspectos cognitivos, físicos, emocionais e espirituais.
CULTURA DA INFÂNCIA
A criança é um ser completo, e o brincar, uma linguagem universal. O exercício
de ser deve ser respeitado, assim como os tempos e os processos de cada um.
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O SER INTEGRAL
Era uma vez uma jovem que, deitada no parque, admirando a imensidão do
céu, se pegou pensando na fase que estava vivendo. Tudo estava mudando
em sua vida e ela parecia não conseguir acompanhar esse movimento. O
trabalho estava difícil: ela ainda não tinha muita experiência e se sentia
estagnada. Queria expandir seus conhecimentos, testar coisas novas, criar
algo realmente inovador e significativo para o mundo, mas não sabia como
fazer isso. Seu corpo tinha mudado e ela recém tinha reparado – curiosamente,
se deu conta de que nunca tinha prestado muita atenção nele... Ela seguia com
bastante dificuldade de falar sobre as suas emoções, de pedir ajuda e, ao
mesmo tempo, não sabia ouvir muito bem – quando escutava de outra pessoa
alguma coisa sobre si, ficava reativa, especialmente se fosse sobre algo que
precisava melhorar. Passando os pés pela grama, sentindo a sutileza daquele
toque, pensou que precisava ficar mais perto da natureza, de que tanto
gostava. E que, de alguma forma, queria ter alguma espiritualidade na sua
vida, algo que a ajudasse a lidar melhor com aquele turbilhão de sentimentos.
A vida era estranha! Naturalmente, sem se dar conta, ela desabafou em voz
alta, para si mesma: "Bem que a escola podia ter me preparado melhor para
tudo isso!"
Essa historinha explicita uma verdade que todos sabem, mas sobre a qual
poucos param para pensar, inclusive na Educação: o ser humano é complexo,
feito de múltiplas dimensões que merecem ser igualmente nutridas, e seu
crescimento pleno está muito além do saber intelectual. Nós, humanos,
somos seres plurais, nutridos de uma capacidade infinita de aprendizagem –
somos mente, corpo, emoções e espírito, capazes de desenvolver múltiplas
inteligências a partir do exercício de múltiplas linguagens.
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fomos buscar na Teoria Integral do filósofo e cientista Ken Wilber a nossa
inspiração.
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Kenneth Earl Wilber II nasceu na cidade de Oklahoma (EUA), em 31 de janeiro de
1949, e se auto define "um contador de histórias que tratam de perguntas universais".
Sua obra concentra-se com afinco na integração das mais diversas áreas do
conhecimento, unindo ciência e religião – apoiando-se em sua própria experiência e
na de mestres de todas as grandes tradições de sabedoria ocidentais e orientais.
Atualmente, vive em Denver, Colorado
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Entendendo a criança como um ser que manifesta suas múltiplas inteligências
por meio de comportamentos espirituais, físicos, emocionais e cognitivos
(quadrantes 1 e 2) e que pertence a uma comunidade sociocultural –
determinada pela complexidade das organizações macrossociais (quadrantes 3
e 4) –, trabalhamos na tentativa de desenvolvê-la nestas múltiplas formas do
existir, proporcionando uma ampliação da perspectiva de seu modo de ser,
estar e se relacionar no mundo.
“Você pode observar qualquer evento do ponto de vista do 'eu' (ou como eu,
pessoalmente, vejo e sinto o evento); do ponto de vista do 'nós' (como não
apenas eu, mas também os outros vêem o evento); e como um 'isto' (ou os
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fatos objetivos do evento). Portanto, uma conduta integralmente informada
levará em conta todas essas dimensões e, com isso, chegará a uma
abordagem mais abrangente e eficiente – que inclui o 'eu', o 'nós' e o 'isto' – ou
o eu, a cultura e a natureza" – Ken Wilber.
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Estas quatro dimensões não precisam estar presentes na construção de cada
uma das aulas realizadas com as crianças, necessariamente – podem estar
distribuídas ao longo da rotina. É assim que acontece na Escola da Toca, onde
são percorridas durante o dia, através de experiências diversas.
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tarde, na vida” – Gudrun Burkhard, médica e
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terapeuta brasileira da corrente antroposófica .
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A antroposofia, do grego "conhecimento do ser humano" pode ser definida como um
método de conhecimento da natureza do ser humano e do universo, que amplia os
conhecimentos obtidos através do método científico e prevê a sua aplicação em
praticamente todas as áreas da vida humana. Ela foi fundada no início do século XX
pelo austríaco Rudolf Steiner.
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Trabalhar intencionalmente a empatia e a resiliência é ensinar as crianças a se
observarem e a observarem ações concretas (que podem ou não afetar o seu
bem-estar), a aprenderem a separar os fatos de seus julgamentos pessoais, a
compreenderem quais são suas necessidades e as dos outros e a lidarem com as
frustrações. A controlarem seus desejos, fortalecerem sua autoestima, terem atitudes
positivas frente a situações adversas, a agirem de acordo com um entendimento
honesto, crítico, claro, interagindo com o próximo com respeito.
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● Tipos: nos ajudam a perceber as diferentes características de
personalidade e de papel – a exemplo do entendimento da porção
masculina e feminina que existe em todos, ou do fato de alguns
indivíduos serem mais visuais, auditivos ou sinestésicos, o que pode
influenciar os processos educativos.
● Estados de consciência: momentos de alterações na mudança de
percepção da realidade – razão pela qual valorizamos, por exemplo, o
sono como um estado no qual aprendizagens importantes também
acontecem.
● Níveis de consciência: estágios de desenvolvimento com graus
diferentes de complexidade, através das quais os sujeitos se relacionam
com o mundo – consideramos todo o tempo, especialmente nos
trabalhos de formação de nossa equipe de educadores (falaremos mais
sobre isso no capítulo 6).
Foi a esta compreensão que demos o nome de Ser Integral, um dos três eixos
filosóficos que conduzem a abordagem educativa da Escola da Toca. Porque
como diz David W. Orr, respeitado ambientalista norte-americano, nossa
meta… "Não é o mero domínio de matérias específicas, mas estabelecer
ligações entre a cabeça, a mão, o coração e a capacidade de reconhecer os
diferentes sistemas (...)."
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Natureza como Mestra
Alfabetização Ecológica
A linguagem da natureza
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que trata sobre “como viver à luz da verdade ecológica de que somos uma
parte inextricável da comunidade da vida, una e indivisível.”
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o mundo contemporâneo. Nosso objetivo ao inserir os canteiros agroflorestais
na escola é integrar saberes fragmentados tendo como eixo este conjunto de
princípios que descrevem os padrões e processos pelos quais a natureza
sustenta a vida. Esses conceitos - o ponto de partida para a criação de
comunidades humanas sustentáveis - podem ser chamados de princípios da
ecologia, princípios da sustentabilidade ou fatos básicos da vida. Estes fatos
são oito e, uma vez conhecidos, a ideia é procurar evidenciá-los nas mais
diversas iniciativas dentro do contexto escolar, que pode passar por uma horta
orgânica tradicional até propostas das mais diversas linguagens das artes –
visuais, dramáticas ou musicais – visto que dificilmente existe algo mais eficaz
do que as artes para desenvolver e aperfeiçoar a capacidade natural da criança
de reconhecer e expressar padrões.
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Os padrões ou Princípios Ecológicos
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Retirado do artigo Falando a Linguagem da natureza: princípios da Sustentabilidade.
Fritjof Capra.
Capra, Fritjof e outros. Alfabetização Ecológica: a educação das crianças para um
mundo sustentável. – São Paulo: Cultrix, 2006.
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Interdependência: A sustentabilidade das diferentes populações e a
sustentabilidade de todo o ecossistema são interdependentes. Nenhum
organismo individual pode existir isoladamente. A sustentabilidade
sempre envolve a comunidade em sua totalidade. As trocas de energia e
recursos em um ecossistema são mantidas pela cooperação de todos.
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desenvolvimento e o aprendizado se manifestam no desdobramento
criativo da vida ao longo da evolução.
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Goleman, Daniel. Bennett, Lisa Barlow, Zenobia. Ecoliterate: houw educators are
cultivating emotional, social and ecological intelligence. – San Francisco: Jossey-Bass.
2012
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Esta prática emerge da compreensão de que os organismos não existem
isoladamente. A qualidade da rede de relacionamentos dentro de
qualquer comunidade determina sua capacidade coletiva para
sobreviver e prosperar. Ao aprender sobre as formas maravilhosas que
plantas, animais e outros seres vivos são interdependentes, os alunos
são inspirados a considerar o papel de interligação dentro de suas
comunidades e ver o valor do fortalecimento dessas relações, pensando
e agindo de forma cooperativa.
3. Tornar o invisível visível
Esta prática auxilia a reconhecer os inúmeros efeitos do comportamento
humano sobre as outras pessoas e sobre o meio ambiente. Os impactos
do comportamento humano têm se expandido exponencialmente no
tempo, espaço e magnitude, tornando os resultados difíceis, se não
impossíveis de serem compreendidos plenamente. Usando ferramentas
para ajudar a tornar visível o invisível podemos revelar as implicações
de longo alcance do comportamento humano, nos permitindo atuar em
mais maneiras de afirmação da vida.
4. Antecipar consequências indesejadas
Consiste no duplo desafio de prever as possíveis consequências de nossos
comportamentos da melhor maneira possível, e ao mesmo tempo aceitar
que não podemos prever todas as possíveis associações de
causa-e-efeito. Supondo-se que o objetivo final é melhorar a qualidade
de vida, os alunos podem adotar o pensamento sistêmico e o "princípio
da precaução", como orientações para cultivar um modo de vida que
defende, em vez de destruir a teia da vida. Em segundo lugar, construir
resiliência, apoiando a capacidade das comunidades naturais e sociais
de se recuperar a partir de consequências indesejadas de
comportamentos não intencionais.
5. Compreender como natureza sustenta a vida
É imperativo para que seja cultivada uma sociedade que leva em conta as
gerações futuras e outras formas de vida. A natureza tem apoiado com
sucesso a vida na Terra há bilhões de anos. Portanto, através da análise
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de processos da Terra, aprendemos estratégias que são aplicáveis à
concepção de empreendimentos humanos.
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Cultura da Infância
Que frase curiosa. Não dá um nó na cabeça? Não tem um sujeito claro, não
tem começo nem fim, não tem
nem tempo! Caminha por ele livremente, sem pressa. Parece até uma espécie
de determinação do universo: afinal, tem como não ser?
ser é brincar.
Quando brinca, a criança está focada no aqui e no agora, espaço e tempo que
exigem incessantemente que ela entenda o contexto ao seu redor, depreenda
relações entre coisas, pessoas e atos, dialogue com sua consciência, desperte
seus sentidos, construa identidade... Que descubra como viver. Encontrando,
assim, a própria natureza.
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Nossa grande inspiração, Peo, da Casa Redonda, gosta de dizer que brincar é
usar o fio inteiro da vida. É desenrolar o fio de sua pipa, deixá-la voar no céu e
desfrutar toda a gama de pensamentos, dúvidas, hipóteses, sensações e
intuições que aquela ação provoca. Quando brinca, a criança está ali inteira,
em constituição, passeando por diferentes graus de subjetividade. Está
percorrendo caminhos misteriosos e cheios de obstáculos que levam até
grandes revelações – conhecimentos, vínculos, emoções –, que vão se
acumulando e se interligando, alimentando seu acervo cultural.
[...]. Para que o cérebro da cabeça soubesse o que era pedra, foi preciso
primeiro que os dedos a tocassem, lhe sentissem a aspereza, o peso, a
densidade, foi preciso que se ferissem nela. Só muito depois, o cérebro
compreendeu que daquele pedaço de rocha se poderia fazer uma coisa a que
chamaria faca e uma coisa que se chamaria ídolo. O cérebro da cabeça anda
toda vida atrasado em relação às mãos, e mesmo nestes tempos, quando nos
parece que passou à frente delas, ainda são os dedos que têm de lhe explicar
as investigações do tacto, o estremecimento da epiderme ao tocar o barro [...]”
– José Saramago
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emoção da conquista, em que os limites e os medos são vividos e
ultrapassados a cada entrega à experimentação." – Peo
"O brincar é um ato que rompe o tempo e o espaço, inaugura um outro tempo e
um outro espaço. É uma conexão de vínculo: eu e o mundo. Porque a criança
não vive pra brincar. Brincar é viver" – Peo.
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