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MAIS QUE PROJETOS.

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PROJETO ELÉTRICO Nº 548

Rua Emílio Marquardt


Testo Central – Pomerode – SC

MEMORIAL DESCRITIVO

Proprietário: _____________________________________________
NETZSCH EQUIPAMENTOS DE MOAGEM

Resp. Técnico: ______________________________________


MARLIZE VOIGTLAENDER
Engª Eletricista / Engª Segurança
CREA 052.363-3

REV DESCRITIVO DATA


0 Emissão inicial 19/06/2013
1 Revisão para Projeto Executivo 15/05/2014
1 SUMÁRIO

1 SUMÁRIO................................................................................................................ 2
2. GENERALIDADES ................................................................................................ 3
3. ENTRADA DE ENERGIA....................................................................................... 4
4. CAIXAS DE PASSAGEM E TAMPAS ................................................................... 6
5. SUBESTAÇÃO/MEDIÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA .........................................10
5.1. DADOS GERAIS .............................................................................................10
5.2. MEDIÇÃO AT ..................................................................................................11
5.3. PROTEÇÃO E TRANSFORMADORES ..........................................................12
5.4. SISTEMA PREVENTIVO - SUBESTAÇÃO TRANSFORMADORA ................17
5.5. SISTEMA DE ATERRRAMENTO ...................................................................18
6. GRUPO GERADOR ..............................................................................................20
7. BANCO AUTOMÁTICO DE CAPACITORES .......................................................25
8. QUADROS GERAIS DE BAIXA TENSÃO – QGBT´S .........................................26
9. CABOS DE BAIXA TENSÃO ...............................................................................32
10. QUADRO DE CARGAS / CALCULO DE DEMANDA.....................................37
11. INSTALAÇÃO DE BAIXA TENSÃO ...............................................................38
12. VERIFICAÇÃO FINAL ....................................................................................41
13. CONSIDERAÇÕES GERAIS ..........................................................................45
14. RELAÇÃO DE MATERIAIS ............................................................................48
15. PROTEÇÃO SECUNDÁRIA – SELETIVIDADE E COORDENAÇÃO ............48

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PROJETIVA ENGENHARIA ELÉTRICA
Prestação de serviços na área de engenharia elétrica como Subestações, Projetos Elétricos Industriais, Sistemas Preventivos.
Estudos de Proteção de Curto circuito, Seletividade e Coordenação. Assessoria para implantação de NR10.
R. Getúlio Vargas, 260 –S. 51-Cep 89010-140 / Centro- Blumenau/SC - Fone(47)3326-4433 / 3037-4433
2. GENERALIDADES

O presente memorial descritivo refere-se ao projeto elétrico para instalação da uni-


dade industrial da NETZSCH Indústria e Comércio de Equipamentos de Moagem
Ltda, localizada na Rua Emílio Marquardt, Testo Central, no município de Pomerode
- SC.

O escopo do projeto refere-se a uma entrada de energia elétrica em alta tensão na


classe de tensão de 25kVca, com medição da concessionária de energia CELESC –
Centrais Elétricas de Santa Catarina.

Para elaboração deste projeto foram observadas as normas:


 ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas:
o Norma Técnica NBR 5410 – Instalações Elétricas de Baixa Tensão,
versão 2004;
o Norma Técnica NBR 14039 – Instalações Elétricas de Média Tensão
de 1,0 kV a 36,2 kV, versão 2004;
 CELESC – Companhia de Eletricidade do Estado de Santa Catarina:
o Norma Técnica de Fornecimento de Energia Elétrica em Alta Tensão
NT 01 – AT, versão 2001 (adendo 2005);
o ET-DT-ENG-2009-NE135E – Tampão para redes subterrâneas;
o INSTRUÇÃO DE SERVIÇO Nº 002/2009 – Conexão de gerador parti-
cular em unidade consumidora ligada a rede de distribuição;
 Ministério do Trabalho e Emprego:
o Norma Regulamentadora NR 10, versão 2004, publicada pela Portaria
no 598, do dia 07.12.2004 (DOU 08.12.2004);
 Entre outras pertinentes às características deste projeto;

O projeto compreende os seguintes itens:


1. Entrada de energia elétrica em alta tensão em rede aérea a partir da deriva-
ção com concessionária da Rua Emílio Marquardt;

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2. Medição e subestação em alta tensão - SE;
3. Sistema de Geradores;
4. Instalações elétricas de baixa tensão do prédio industrial e administrativo.

Características da instalação:
- Atividade industrial = fabricação de máquinas e equipamentos mecânicos destina-
dos à produção de máquinas de beneficiamento para a indústria química, alimentí-
cia, mineração e de tintas.
- Nível de tensão nominal primária = 23.100Vca
- Nível de tensão primária de isolamento = 25.000Vca
- Nível de tensão secundária = 220/380Vca
- Freqüência industrial = 60Hz
- Potência de transformação SE = 1500kVA
- Demanda contratada = 850kW
- Níveis de curto circuito no ponto de entrega = Icc3ØASS = 1.960A
Icc3ØSIM = 1.875A
Icc1ØASS = 1.472A
Icc1ØSIM = 1.401A
Icc1ØMIN = 291A

3. ENTRADA DE ENERGIA

A entrada de energia em alta tensão compreende um conjunto de equipamentos,


condutores e acessórios, instalados desde o ponto de derivação da rede de distribu-
ição de energia elétrica existente da CELESC até a subestação, inclusive.

A entrada de energia elétrica será em alta tensão por lance subterrâneo trifásico
com cabos na bitola 4#35mm² (3F + 01 reserva) com isolação para classe 25kV e
isolamento em EPR – 90ºC. O condutor neutro deverá ser na bitola #25mm² com
isolação para 1kV e isolamento em PVC na cor azul clara. Para os cabos de fase
deverá ser previsto um cabo por fase mais um condutor reserva, ligados a linha da

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concessionária por conectores adequados com uma distância aproximada de 18
(dezoito) metros considerando o ponto de derivação junto ao poste da concessioná-
ria, conforme planta nº 548-E01. Os cabos do ramal de entrada de energia elétrica
em alta tensão não poderão ter emendas.

O poste de derivação será instalado ao lado do muro de divisa do terreno da unida-


de consumidora. Para tanto deverá ser executada melhoria e extensão de rede da
concessionária. Para tanto deverá ser verificado o projeto de derivação específico da
concessionária.

No poste de derivação do ramal particular junto à rede da concessionária será insta-


lada uma chave seccionadora tripolar do tipo faca 100A - 25kV instalada em cruzeta
de concreto.

A proteção contra sobre tensões e descargas atmosféricas será efetuada através da


instalação de um conjunto pára-raios tipo válvula com desligamento automático, com
ruptura de 10kA, 21 kV – NA em óxido de zinco. Estes para raios serão instalados
junto à ancoragem do ramal aéreo na subestação conforme apresentado no projeto
e esquema unifilar.

Não será permitida a existência de mais de um ramal de ligação para uma mesma
unidade consumidora.

A tensão de entrada será na classe de 25kV e a secundária 380/220V - freqüência


industrial 60Hz.

Os cabos de alta tensão no trecho de instalação do poste até na subestação serão


instalados em eletroduto subterrâneo PEAD 2”. No ramal subterrâneo, desde o
poste de derivação da concessionária, onde deverá ser instalada uma caixa de pas-
sagem afastada 70 centímetros do mesmo, serão instalados eletrodutos do tipo
PEAD conforme descrito abaixo até na caixa de passagem localizada junto ao prédio
da subestação. Em toda a extensão do ramal subterrâneo deverá ser instalada fita
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de sinalização de condutor de energia elétrica a no mínimo 30cm acima dos dutos
de energia elétrica.

Na vala do ramal subterrâneo deverá ser prevista a instalação de:


04 eletrodutos tipo PEAD 2” = exclusivos para os cabos de alta tensão
01 eletroduto tipo PEAD 2” = exclusivo para o neutro contínuo
01 eletroduto tipo PEAD 2” = reserva

4. CAIXAS DE PASSAGEM E TAMPAS

No ramal subterrâneo, junto ao poste de derivação subterrâneo deverá ser instalada


uma caixa de passagem afastada em 500mm (mínimo) do poste. Na descida junto
ao poste será instalado eletroduto de ferro galvanizado FG 6” com luva conforme
NBR 5598 e descrito no item anterior.

As caixas de passagem deverão ser construídas em concreto, de preferência pré-


moldadas, conforme medidas e arranjos constantes em planta, devendo ser providas
de tampas de ferro fundido, com acabamento externo betumado, contendo inscrição
conforme orientação abaixo.

As tampas devem ser instaladas de modo a não servir de meio para eventuais tro-
peços de pessoas.

As valas deverão ser escavadas sobre a linha demarcada no terreno, com paredes
desbastadas na perpendicular até atingir a profundidade necessária, considerando
as indicações do projeto e as dimensões que foram padronizadas para as valas.

O fundo da vala deverá ser uniformemente nivelado e compactado.

Deverá ser prevista a perfeita drenagem em todas as caixas de passagem de ener-


gia elétrica, de modo a evitar o acúmulo de águas pluviais nas mesmas. A tubulação
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deverá ser instalada com desnível mínimo de 1% com o objetivo de evitar acúmulo
de água no interior da mesma.

Em terrenos de baixa capacidade de sustentação e nos casos em que a vala foi pre-
enchida dever-se-á nivelar e compactar bem o seu fundo.

A camada de areia a ser superposta como leito de acomodação aos eletrodutos, de-
verá ter uma espessura uniforme de 100mm, ser repousada no fundo da vala e estar
completamente isenta de poças de água, umidade, detritos e restos de vegetação.

Quando da modificação da direção, os raios de curvatura da vala, tanto vertical co-


mo horizontal, deverão ser de 20 vezes o diâmetro externo do cabo a ser instalado,
a fim de não serem causados danos à isolação e integridade elétrica dos mesmos.
Se instalada na pista de rolamento, a vala deverá ter uma profundidade mínima de
1000mm (um metro) e ser apiloada com máquina compactadora de percussão. Nes-
tes casos, os dutos deverão ser envelopados em concreto conforme detalhe especí-
fico.

Já nos casos de instalação sob calçadas de pedestres, estas poderão ter profundi-
dade mínima de 800mm (oitenta centímetros), devendo ser apiloadas com máquina
compactadora de placa, ou ainda, com maço (“malho”) manual de madeira.

A acomodação dos eletrodutos no interior da vala deverá se efetuada manualmente,


com muito cuidado, sobre uma camada de areia na espessura mínima de 100mm.

Os dutos deverão ser do tipo corrugado, flexível, fabricado em PEAD (polietileno de


alta densidade), desenvolvendo-se helicoidalmente no sentido do eixo longitudinal e
com passo constante.

Todos os eletrodutos devem conter arame de aço galvanizado revestido em PVC, os


quais devem ficar inseridos no interior dos dutos, para se destinar ao posterior pu-
xamento primário da corda ou cabo de aço. O cabo de aço deverá suportar carga de
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ruptura mínima de 500N.

Foi previsto o uso de fita de aviso tipo filme plástico em polietileno de baixa densida-
de - PEBD, na cor amarela com largura de 100mm e comprimento de 50 metros, e
trazer os dizeres conforme detalhe específico na cor vermelha de forma legível e
indelével, em intervalos de 50 centímetros, em toda a sua extensão; destinada à si-
nalização da instalação e proteção contra futuras escavações.
Os dutos corrugados e acessórios devem ser identificados externamente com as
seguintes informações mínimas, marcadas de forma LEGÍVEL e indelével:
 Nome e/ou marca comercial do fabricante;
 A sigla PEAD, correspondente à identificação da resina à base de polietileno
de alta densidade;
 Diâmetro nominal;
 Data (mês/ano) de fabricação;
 No caso do duto corrugado, as informações acima descritas devem ser mar-
cadas em intervalos regulares de 1m. Admite-se a ocorrência de no máximo
03 ausências da marcação não subseqüências a cada 25m.

No encaminhamento do ramal de entrada em alta tensão, deverá ser instalada, em


paralelo, tubulação específica com eletroduto tipo PEAD para o reserva. Quantidade
de diâmetro conforme projeto.

As caixas de passagem de eletricidade não podem ser usadas para outros tipos de
instalações e finalidades.

Característica das tampas:


As tampas das caixas de passagem deverão ser de material ferro fundido classe
mínima B125 (125kN) para aplicação em vias onde não há circulação de veículos,
ruas acostamentos e estacionamento para todos os tipos de veículos com acaba-
mento betumado; fabricadas de acordo com a NBR10160.

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Identificação das tampas:
Tampas e aros devem apresentar no mínimo as seguintes marcações de forma legí-
vel e indelével:
1. Número da norma correspondente (NBR10160);
2. Material empregado na fabricação;
3. Classe ou classes no caso de aros, que podem ser aplicados em locais cujas
classes podem ser distintas;
4. Nome e/ou marca do fabricante;
5. Mês e ano de fabricação (mês/ano);
6. Outras marcações que o fabricante julgar necessária;
7. “ENERGIA”;
8. “PERIGO ELETRICIDADE”;
9. “Desenho do raio Típico” de identificação da eletricidade;

A tampa deve ter as marcações 4, 5 e 6 realizadas na face inferior.

O aro deve ter as marcações dos itens 1 e 3 realizadas de forma que permane-
çam visíveis após sua instalação.

A face superior da tampa deve conter obrigatoriamente as inscrições dos itens 7,


8 e 9.

Não é permitida a inscrição de nome ou logomarca de distribuidores.

A profundidade mínima de encaixe da tampa no aro deve ser de no mínimo 50mm.

As caixas de passagem deverão ser instaladas com sistema de dreno para evitar o
acúmulo de água no interior das mesmas.

As caixas de passagem deverão ser construídas em concreto com base e tampas


de ferro fundido nodular padrão CELESC, em conformidade com a NBR 10160.

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5. SUBESTAÇÃO/MEDIÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA

5.1. DADOS GERAIS

A subestação de energia elétrica que comporta a medição de energia elétrica da


concessionária em alta tensão será construída em alvenaria (dois pavimentos) es-
pecificamente para esta finalidade.

No pavimento inferior está prevista a instalação dos geradores e quadros de distribu-


ição e no pavimento superior está prevista a instalação dos equipamentos de alta
tensão da medição, proteção e transformação e sala de painéis gerias de baixa ten-
são. Conforme desenhos 548-E03, E04, E05, E06, E07, E08, E09, E10. A medição
será executada conforme padrões da norma vigente da concessionária de energia
elétrica local – CELESC.

Para o fornecimento de seus equipamentos sempre deverão ser observados os pa-


drões aprovados desta concessionária.

Conforme desenhos 548-E03 à E09 a medição/subestação será construída em área


específica para este fim em prédio em alvenaria, anexo ao prédio industrial. Está
prevista a instalação de uma porta exclusiva para restrição de acesso somente a
pessoas autorizadas e para acesso da concessionária para efetuar a leitura mensal.

Para tanto, a unidade consumidora vai instalar um cadeado entregando uma cópia
da chave à concessionária na assinatura do contrato de fornecimento de energia
elétrica.

A subestação compreende um cubículo para entrada de energia elétrica com a me-


dição em alta tensão, um cubículo para proteção através de disjuntor de alta tensão
tripolar tipo a vácuo, dois cubículos para os transformadores.

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O acesso dos equipamentos está previsto através de portas de acesso frontal para
entrada e saída dos equipamentos como transformadores, disjuntor.

Para acesso de equipamentos menores (como TPs, TCs, para raios) e acesso para
leitura será executada a instalação da escada lateral locada em planta. Esta escada
deverá ser construída conforme normativa vigente com largura mínima de 1,20m e
corrimão.

Conforme projeto, deverá ser prevista a instalação de janelas de ventilação, bem


como janelas de vidro aramado para auxiliar na iluminação natural do ambiente. A-
inda conforme projeto, está prevista a instalação de exaustores e ventiladores para
auxiliar na dissipação de calor do ambiente.

5.2. MEDIÇÃO AT

O cubículo de medição em alta tensão da concessionária está projetado para insta-


lação de cavalete padrão Celesc para instalação de 03 TC’s e 03 TP’s para medição
e faturamento da concessionária. O fornecimento dos TC’s e TP’s e o medidor são
de responsabilidade da concessionária. Este cubículo deverá possuir dispositivo pa-
ra lacre da concessionária.

No cubículo de medição deverá ser instalado chapa com bucha de passagem na


saída dos barramentos deste cubículo conforme planta 548-E04 e E09.

O medidor de energia elétrica será instalado em caixa tipo sobrepor - QM, que será
instalada na parede lateral do prédio, conforme planta baixa 548-E04. Para abrigar o
equipamento para medição de energia elétrica está prevista a instalação de uma
caixa padrão CELESC nas dimensões 680x550x250mm abrigando o medidor tipo
horosazonal, sendo o medidor de fornecimento da concessionária.

Para interligação entre os equipamentos de transformação TPs e TCs e o quadro do

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medidor deverá ser executado com eletroduto de PVC rígido cinza 1”, instalado
sobre o piso.

5.3. PROTEÇÃO e TRANSFORMADORES

No cubículo de manobra e proteção de AT será instalado um disjuntor a vácuo


In=800A motorizado com acionamento de abertura e fechamento à distância com as
seguintes características:

No cubículo de proteção será instalado um disjuntor a vácuo com as seguintes ca-


racterísticas:
 Tensão Máxima de Operação (kV): 25
 Tensão Suportável Nominal de Impulso Atmosférico (kV): 95
 Tensão Suportável Nominal à Frequência Indl. -1 Min. (kV): 34
 Frequência (Hz): 60
 Corrente Suportável Nominal de Curta Duração (kA/1s): 12,5
 Valor de Crista da Corrente Suportável (kA): 50
 Ith = 25kA
 Id= 63kA
 Corrente Nominal do Barramento Principal (A): 480
 Entrada(s) / Acoplamento(s) Longitudinal (is): 800
 Saída(s): 800
 Tensões Auxiliares (Fontes externas):
 Comando e Sinalização 115 Vca (Fontes externas)
 Motor do disjuntor 115 Vca (Fontes externas)

O disjuntor deverá possuir características para desligamento e religamento a distân-


cia através de botoeira a ser instalada no painel de comando QPS localizado na
subestação. Ver detalhe em planta.

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Antes do disjuntor deverá ser instalada uma chave seccionadora do tipo manobra
sob carga 25kV - 400A com comando para manobra manual. Chave seccionadora
rotativa de 02 posições: LIG-DES. A manobra da chave seccionadora deverá possuir
dispositivo para aplicação de bloqueio mecânico (cadeado) e indicação através de
sinalização clara de LIGADO e DESLIGADO nas cores LIGADO=VERMELHO e
DESLIGADO=VERDE conforme NR-10.

Nos dois cubículos seguintes da subestação encontra-se instalado um transformador


de 1500kVA e um espaço reserva, destinado a alimentar as cargas da indústria. Jun-
to ao cubículo de cada transformador encontra-se instalada uma chave seccionado-
ra do tipo manobra sob carga, com extinção de arco elétrico, 25kV-400A com co-
mando para manobra manual com fusível HH 75A e desligamento automático pela
queima de qualquer um dos fusíveis. Chave seccionadora rotativa de 02 posições:
LIG-DES. A chave seccionadora do transformador futuro será instalada somente
quando ocorrer a instalação do segundo transformador.

A manobra da chave seccionadora deverá possuir dispositivo para aplicação de blo-


queio mecânico (cadeado) e indicação através de sinalização clara de LIGADO e
DESLIGADO nas cores LIGADO=VERMELHO e DESLIGADO=VERDE conforme
NR-10.

Os fusíveis limitadores de corrente para alta tensão deverão ser do tipo HH pesado,
ter capacidade de interrupção mínima de 30kA e serem dotados de pino percursor
para acionamento da chave seccionadora.

Os equipamentos de alta tensão serão interligados com barramento redondo (verga-


lhão) 5/8” de cobre, suportados por isoladores pedestais classe 25 KV.

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Os barramentos de alta tensão deverão ser identificados nas cores:
Fase R = vermelho
Fase S = branco
Fase T = marrom
Terra = verde

CARACTERÍSTICAS DO TRANSFORMADOR:
Instalação: abrigada
Altitude máxima de instalação [m]: 1000
Atmosfera: Não Agressiva
Temperatura máxima do ambiente [ºC]: 40
Freqüência [Hz]: 60
Número de fases: 3
Grupo de ligação: Dyn1
Forma construtiva: sem conservador
Tipo: a seco
Buchas de alta tensão: saída lateral
Buchas de baixa tensão: saída lateral invertida (barramento virado para baixo)
Pintura de acabamento: conforme fabricante

ACESSÓRIOS
Termômetro do enrolamento: Sim
Monitor de temperatura: Sim
Transdutor de temperatura: Sim
Centelhadores para alta tensão: Não
Centelhadores para baixa tensão: Não
Motoventiladores: Não
Apoios para macaco: Sim
Ganchos de suspensão: Sim
Caixa de circuitos auxiliares: Sim
Placa de identificação: Sim (em alumínio)
Placa diagramática: Sim
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Conector de aterramento: Sim
Base para arraste ou apoio: Sim (apoio)
Rodas: Sim (bidirecionais, lisas)
Fiação dos acessórios: Sim
Conectores de alta tensão (fase): Sim
Conectores de alta tensão (neutro): Não
Conectores de baixa tensão (fase): Sim
Conectores de baixa tensão (neutro): Sim
Para raios para alta tensão: Não
Para raios para baixa tensão: Não

Conforme norma da ABNT, NBR 14039, a distância mínima entre o barramento e a


grade deverá ser de no mínimo 300mm, para a classe de tensão de 25kV, tensão
suportável nominal de impulso atmosférico (valor de pico) de 95kV. (fig. 7 e tabelas
19 e 21).

O aterramento interno será em barramento de cobre chato de 20x3mm conectados


na carcaça de equipamentos e ferragens que não estiverem sobtensão.

A proteção física dos equipamentos e proteção contra contatos diretos dos profissio-
nais autorizados será executada por grade de ferro galvanizado e pintada com tela
tipo malha determinando grau de proteção IP3X conforme determina a NBR14039 e
NBR IEC60529.

Na porta de entrada e nas celas da subestação será fixada uma placa de advertên-
cia padrão CELESC com os seguintes dizeres “PERIGO DE MORTE! ALTA
TENSÃO” conforme detalhe em planta.

Nas portas principais de acesso da subestação e da sala de geradores deverá ser


fixada uma placa com os dizeres “ACESSO PERMITIDO SOMENTE A PESSOAS
AUTORIZADAS” conforme detalhe em planta.

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Todo o fornecimento dos painéis (fabricação, montagem) deve atender rigorosamen-
te ao que dispõem a NR10 assim como as Normas técnicas Brasileiras Registradas
(NBR) e na ausência destas as normas internacionais.

O proponente deverá incluir em seu fornecimento o treinamento dos profissionais da


contratante para uso, manobra e segurança dos novos equipamentos. O proponente
deverá incluir ainda um data-book de todo o seu fornecimento em duas vias em idi-
oma PORTUGUÊS Brazil.

Na subestação, sala de geradores e na sala de painéis deverá ser prevista a instala-


ção de iluminação artificial com luminárias para lâmpadas tipo fluorescentes 2x32W
com características a prova de tempo - IP 40 com instalação de interruptor com IP-
65 (tipo Aquatic) junto às portas de acesso principais no lado externo conforme plan-
ta específica.

Na subestação deverá ser prevista a instalação de moldura para fixação do esque-


ma unifilar de alta e baixa tensão para o primeiro e segundo pavimento respectiva-
mente.

Deverá ser previsto ainda a instalação de armário para armazenamento dos EPIs
mínimos exigidos como: óculos de segurança, capacete de segurança, um par de
luvas classe 00 - 500V, um par de luvas classe III - 25kV, conjunto de aterramento
temporário 50kA, detector de tensão classe 25kV (alta tensão), detector de tensão
CAT IV-600V, vestimenta tipo FR categoria de risco 4, capuz tipo carrasco categoria
de risco 4, bala clava, capacete com viseira FR. O armário deverá ser fornecido
completo com todos os EPIs, EPCs e ferramentas citadas acima.

A porta principal de acesso de pessoas da subestação no pavimento inferior e supe-


rior deverá ser do tipo com barra anti-pânico interna e fechadura pelo lado externo.

Na entrada dos condutores de alta tensão na subestação, na passagem dos cabos


de baixa tensão da sala dos transformadores para a sala de painéis e na saída de
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baixa tensão da sala de painéis para distribuição dos prédios, recomendamos a ins-
talação de proteção passiva de cabos. Deverá obter a utilização de barreira corta
fogo evitando risco de propagação de incêndio, fumaça e gases ou alastramento das
chamas de um ambiente para outro.

5.4. SISTEMA PREVENTIVO - SUBESTAÇÃO TRANSFORMADORA

Deverá ser prevista a instalação de equipamento para iluminação de emergência


através de bloco autônomo com 02 projetores de 55W cada com autonomia mínima
de 02 horas conforme projeto preventivo elétrico.

Está prevista a instalação de sensores de fumaça do tipo óptico conjugado com o


sensor do tipo termo-velocimétrico para proteção contra incêndio na sala da subes-
tação e sala de painéis. Para instalação dos sensores deverá ser utilizado eletroduto
vermelho de PVC – conforme NBR15465.

Não será permitida a utilização de eletroduto caracterizado e identificado como


eletroduto tipo LEVE.

Para complementar o sistema preventivo deverá ser instalado o acionador de emer-


gência do sistema de alarme composto de um acionador para o pavimento superior
conforme projeto preventivo elétrico na planta 548-E06. Para instalação dos aciona-
dores deverá ser utilizado eletroduto vermelho de PVC – conforme NBR15465. Não
será permitida a utilização de eletroduto caracterizado e identificado como eletroduto
tipo LEVE.

O fabricante/fornecedor dos eletrodutos deverá comprovar que o seu produto foi cer-
tificado em laboratório credenciado sendo aprovado nos ensaios de chama e tempe-
ratura.

No projeto elétrico estão locados os extintores de incêndio para o local; porém esta

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quantidade e tipo de extintor deverão ser ratificados pelo engenheiro civil respon-
vel pelo projeto preventivo hidráulico da unidade industrial.

Para informações complementares e características técnicas dos componen-


tes do sistema preventivo elétrico deverá ser verificado o memorial descritivo
específico.

5.5. SISTEMA DE ATERRRAMENTO

O sistema é um conjunto de condutores e acessórios com os quais se executa o a-


terramento de uma instalação elétrica. A malha de aterramento é um conjunto de
hastes e condutores interligados no solo, para obter-se uma ligação elétrica a terra,
a fim de reduzir o valor da resistência de aterramento a níveis recomendáveis.

O sistema de aterramento da subestação consistirá em uma malha de hastes do tipo


copperweld diâmetro 5/8”x2400mm alta camada (254 microns) em atendimento a
NBR 13571, interligados entre si por cabo de cobre nu #95mm atendendo a NBR
6524 (formação máxima 07 fios) e conectores adequados instaladas no solo da edi-
ficação. Não será possível formar um anel em torno da subestação, pois o prédio de
alvenaria da subestação está encostado no prédio da fábrica; porém a malha geral
da SE deverá ser interligada com a malha do sistema de proteção contra descargas
atmosféricas (SPDA) e o aterramento dos para raios de alta tensão do poste.

A malha de aterramento deverá ser instalada com um afastamento mínimo de 01


(um) metro em relação a qualquer fundação da edificação, conforme NBR5419.

O condutor de aterramento deverá ser firmemente ligado aos eletrodos e a caixa de


equipotencialização, por meio de conectores especiais de aperto sob pressão com
parafusos de inox, sendo vedado o emprego de solda de estanho.

O condutor de aterramento dos pára-raios internos da subestação será ligado à ma-


lha do sistema de aterramento geral por cabo de cobre nu 35mm². O neutro da
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CELESC também deverá ser interligado ao sistema de aterramento geral.
O conjunto será composto pelos seguintes sistemas:
#35mm² - Pára- raios tipo válvula instalados na ancoragem do ramal aéreo.
#50mm² – Neutro do sistema da CELESC;
#50mm² – Malha aterramento para raios no poste de derivação;
#95mm² – Malha aterramento geral;

Conforme planta 548-E05, na área da subestação deverá ser previsto a interligação


(aterramento) das ferragens da edificação com a malha de aterramento. Esta interli-
gação com a malha de terra deverá ser feita com cabo de cobre nu #50mm através
da utilização de solda exotérmica quando este cabo for diretamente interligado com
a malha ou através de conector mecânico quando conectado na haste de terra.

BEP – Barramento de equipotencialização


Conforme NBR5410, toda instalação elétrica deverá executar a equipotencialização
de baixa tensão; para tanto todas as tubulações metálicas (como, por exemplo, de
água, esgoto, sistema de ar condicionado, de gases industriais, de ar comprimido,
vapor, rede de hidrantes, etc.), deverão estar solidamente aterradas e interligadas
ao BEP ou BEL mais próximo.

Este barramento de equipotencialização (BEP) será instalado na sala de painéis da


subestação conforme previsto em planta 548-E05. No BEP todos os condutores de-
verão ser devidamente identificados quanto a sua origem com etiqueta indelével.

O sistema de equipotencialização da edificação deverá ser interligado a malha do


sistema de proteção contra descargas atmosféricas que forma um anel em torno da
edificação conforme mostra planta nº 548-E05 em planta baixa e detalhe T da mes-
ma planta.

A caixa de inspeção do sistema de aterramento deverá estar localizada na haste que


interliga o sistema de proteção contra descargas atmosféricas com o cabo de interli-
gação e aterramento do BEP.
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Sugere-se um valor de resistência de terra em torno de 10 ohms em qualquer época
do ano. Não sendo atingido este valor deverá ser instalado em paralelo tantas has-
tes de terra quantas forem necessárias.

Caso seja necessário ampliar-se a malha de aterramento, as novas hastes serão


colocadas seguindo disposição análoga à especificada no desenho n° 548-E05. A
distância entre as hastes de aterramento deverá ser de no mínimo 3 (três) metros.

6. GRUPO GERADOR

Para suprir a falta de energia da concessionária ou mesmo para reduzir a demanda


contratada de ponta, está previsto a instalação de um grupo gerador na potência de
625kVA com motor diesel refrigerado por radiador com pré-aquecimento e regula-
gem eletrônica de velocidade com as demais características abaixo:

O projeto elétrico/civil foi concebido para instalação de quatro máquinas de gerador


a diesel. Na primeira fase será instalado um gerador com a capacidade nominal pre-
vista em 650/500kVA com funcionamento intermitente /contínua na tensão de servi-
ço em 220/380Vca – 60Hz para atendimento da demanda atual.

Alternador síncrono tipo “Brushless” trifásico com regulador eletrônico de tensão.

A instalação dos grupos geradores deverá atender a Instrução de serviço nº


002/2009 – revisão 2011 da Celesc distribuição S.A.

Unidade de supervisão da corrente alternada tipo microprocessada com proteções


50/51, 50/51N (sobrecorrente), 67 (direcional de fase), 62 (temporização), 32 (potên-
cia reversa), 27 (subtensão), 62 (temporização) (USCA).

Chave de transferência por disjuntores tripolares a ar com comando motorizado a-

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través de molas pré-carregadas montada em painel (QTA) localizado na sala de pai-
néis do pavimento superior.

Acessórios diversos:
- Conjunto de baterias chumbo ácida com cabos de interligação.
- Conjunto de apoios elásticos, silenciadores, tanque de combustível, etc.

Fornecimento de materiais necessários ao isolamento térmico da tubulação de es-


capamento. Fornecimento de materiais necessários ao isolamento acústico do equi-
pamento.

São exigências gerais aplicáveis a esta instalação determinadas pela concessioná-


ria:
a) O sistema de geração particular para atendimento às situações de emergência
ou no horário de ponta, em nenhuma hipótese poderá operar em regime perma-
nente de paralelismo com o sistema elétrico da Celesc;
b) O sistema de geração particular não poderá provocar qualquer problema técnico
ou de segurança na operação do sistema elétrico da Celesc e/ou às outras uni-
dades consumidoras;
c) A proteção dos equipamentos e sistema de geração particular da unidade con-
sumidora é de responsabilidade do consumidor. A Celesc não se responsabiliza-
rá por qualquer eventual dano no sistema de geração particular motivado por
qualquer causa;
d) É da responsabilidade do consumidor a instalação, operação e manutenção dos
seus equipamentos que permitem o estabelecimento das condições de sincro-
nismo por ocasião de cada manobra de execução do paralelismo de seus gera-
dores com a Celesc. Os relatórios das manutenções devem ser conservados pe-
lo consumidor e disponibilizados para consulta da Celesc;
e) Disjuntores, contadores, chaves de transferência e/ou qualquer outro equipa-
mento de manobra que permita o paralelismo sem supervisão do relé de sincro-
nismo deve possuir intertravamentos que não permitam o fechamento de parale-
lismo por esses equipamentos;
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f) No sistema de 13,8, 23,1 e 34,5 kV os transformadores de potência da unidade
consumidora pertencentes ao sistema de geração particular devem ser ligados
em Delta no enrolamento primário (lado Celesc) e em estrela aterrado no enro-
lamento secundário (lado gerador), de forma a isolar o gerador do sistema elétri-
co de distribuição da Celesc;
g) O sistema de geração particular deverá ser trifásico e operar em freqüência de
60 Hz;
h) O sistema de geração particular poderá operar em regime de paralelismo mo-
mentâneo ou de forma isolada com relação ao fornecimento da Celesc.

Os relés secundários destinados diretamente à proteção do sistema elétrico da Ce-


lesc deverão ser alimentados por transformadores para instrumentos instalados no
mesmo ponto elétrico do disjuntor de interligação e exercer a atuação sobre este.

O paralelismo momentâneo do sistema de geração particular da unidade consumido-


ra com o sistema elétrico da Celesc será permitido, observando os seguintes aspec-
tos:
a) Instalação de disjuntor de média tensão ou contator de baixa tensão supervi-
sionado por reles de check de sincronismo e monitorado por um sistema de
supervisão, comando, proteção e controle de transferência de carga em ram-
pa, no qual as cargas são transferidas ininterruptamente de forma automática
da rede da Celesc para o sistema de geração particular, e vice-versa, garan-
tindo um tempo máximo de 30 segundos de paralelismo;
b) Após o funcionamento em regime momentâneo, o sistema de geração particu-
lar da unidade consumidora deverá assumir a carga total do circuito definido,
sem ocorrer à alimentação parcial de cargas em paralelo com o sistema elé-
trico da Celesc;
c) O sistema de geração particular não poderá induzir, no ponto de conexão com
o sistema elétrico da Celesc, o aparecimento de potência de curto-circuito si-
métrico superior a 250 MVA quando o fornecimento for na tensão de 13,8 kV
ou de 500 MVA quando o fornecimento for na tensão de 34,5 kV, no intervalo
de tempo em que houver o funcionamento em paralelo;
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d) Na ocorrência de uma falta na rede da Celesc, durante a operação em parale-
lo, o sistema de supervisão deverá abrir o disjuntor ou contator de interligação
e isolar o sistema de geração particular da unidade consumidora, antes do
primeiro religamento do circuito alimentador da Celesc;
e) Nos circuitos pertencentes ao sistema de geração particular não poderá ser
instalado qualquer equipamento com religamento automático;

Para operar em regime de paralelismo momentâneo, o sistema de geração particular


deverá ser provido, no mínimo, de equipamentos que desempenhem as seguintes
funções de proteção auxiliares;
a) Função de sobrecorrente (50/51, 50/51N), com ajustes de curvas que aten-
dam às normas ANSI ou IEC pertinentes e ajustes das correntes de disparo,
referencialmente, com gravação de todos os eventos em memória não volátil,
que deverá atuar quando ocorrer faltas internas na unidade consumidora;
b) Função de sobrecorrente direcional de fase (67), que deverá atuar nos casos
em que o sistema de geração particular possa alimentar uma falta na rede da
Celesc;
c) Função de potência inversa (32) com temporização (62), para atuar nos casos
em que ocorrer fluxo reverso para a rede da Celesc, durante o tempo permiti-
do de paralelismo;
d) Função de subtensão (27) com temporização (62), para atuar nos casos em
que ocorrer ausência de tensão na rede da Celesc, inibindo o fechamento do
disjuntor de interligação e quando do retorno da tensão puder iniciar a transfe-
rência de carga do gerador para a rede da Celesc;
e) Função de check de sincronismo (25), para verificação do sincronismo das
fontes;
f) Limitador de controle de tempo de rampa (troca de fontes): a taxa de rampa
(kW/seg) deve ser parametrizada de tal forma que a transferência ininterrupta
não ultrapasse a 15 segundos.
g) Em nenhuma hipótese a rede de distribuição da Celesc que estiver fora de
operação poderá ser energizada. Caberá ao consumidor toda a responsabili-
dade legal sobre os eventuais danos materiais e pessoais decorrentes do fa-
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to;
h) As instalações deverão ser dotadas de relés de tensão que inibam o fecha-
mento do disjuntor de interligação, quando a rede da Celesc estiver desener-
gizada;
i) As funções de proteção da conexão deverão ter parametrização que permita
uma adequada coordenação com as demais funções de proteção da rede.

Segue abaixo a configuração BÁSICA do sistema de geração própria adotado


na instalação:

Conforme instrução de serviço nº 02 da CELESC:


5.2.3.2. Geração Própria interligada na Baixa Tensão:
5.2.3.2.1. Instalação com um disjuntor geral em média tensão (instalações com po-
tência de transformação superior a 300 kVA ou com mais de um transformador) e
utilização de um disjuntor geral em baixa tensão e 2 contatores de interligação no
lado da fonte Celesc e no lado da fonte gerador, para sincronismo e transferência de
carga.
Proteções mínimas necessárias:
a) Funções 50/51 e 50/51N - no disjuntor geral em alta tensão;
b) Funções 27, 32 e 67 no disjuntor geral em baixa tensão;
c) Check de sincronismo (25) e USC (unidade de supervisão e controle de rampa)
deverão atuar sobre os contatores de BT.

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Conforme modelo de gerador adquirido e conforme fabricante, o reservatório de óleo
diesel é na base do próprio gerador; não necessitando de reservatório individual ex-
terno. A capacidade do reservatório na base do gerador é de 500litros.

É de responsabilidade da NETZSCH / NEM a instalação do tanque pulmão para a-


bastecimento do gerador.

É de responsabilidade da NETZSCH / NEM a contratação da mão de obra e materi-


ais necessários para a instalação do gerador.

Para detalhes técnicos verificar o esquema unifilar geral da planta 548-E02;

7. BANCO AUTOMÁTICO DE CAPACITORES

A correção do fator de potência através de um banco automático resulta em um con-


trole aproximado da energia reativa necessária nos equipamentos, sem necessidade
de um operador para controlar o fator de potência, ligando ou desligando manual-
mente os capacitores. Tem-se assim um controle automático do fator de potência
conforme as flutuações do fator correspondente.

Além disso, resulta em um melhor desempenho dos equipamentos da instalação,


pois a tensão da linha torna-se mais estável.

Os bancos automáticos serão compostos de armário modular com porta frontal,


permitindo a instalação de 18 estágios inteligentes totalizando 450kVAr.

Cada módulo deverá ser equipado com chave com fusíveis para extração simultâ-
nea modelo ABB, contatores de chaveamento com filtros para proteção contra pos-
síveis transientes gerados pelas bobinas dos contatores, prejudicando os funciona-
mentos de equipamentos digitais.

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Os capacitores terão o dielétrico de polipropileno metalizado, à seco, auto-
regenerativo, acondicionados em invólucros de alumínio montados em base móvel
instalada no interior do painel.

As unidades terão dispositivos de segurança na ocorrência de sobrecargas ou em


casos de sobre pressões internas. As unidades deverão ser montadas em módulos
trifásicos padronizados na tensão de 380V – 60Hz.

Os bancos de capacitores foram calculados considerando a correção preliminar nas


cargas pelos fornecedores dos equipamentos.

Caso haja necessidade de correção complementar esta deverá ser ajustada posteri-
ormente após o início de funcionamento de todos os equipamentos da unidade in-
dustrial.

A correção do fator de potencia deverá ser efetuada conforme os bancos de capaci-


tores mencionados no esquema unifilar desenho nº 548-E21 com controladores au-
tomáticos e inteligentes corrigindo adequadamente caso não atinja o valor mínimo
de 92%.

Não foi prevista a instalação de filtros desintonizantes nos bancos de capacitores


para evitar a ressonância em caso de alto percentual harmônico.

8. QUADROS GERAIS DE BAIXA TENSÃO – QGBT´s

O quadro de distribuição geral de baixa tensão – QGBT será instalado no segundo


pavimento, ao lado da sala de transformadores.

O quadro geral de distribuição de baixa tensão deverá ser fabricado conforme NBR
IEC 60439-1 na forma construtiva 2B.

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Na baixa tensão, a proteção contra sobretensões e descargas atmosféricas deverá
ser efetuada por meio da instalação de DPS – Dispositivo de Proteção contra Surtos
no quadro geral e nos quadros intermediários de cada setor conforme dimensiona-
mento e especificação nos esquemas unifilares.

Os quadros devem ser instalados de forma a não permitirem acesso involuntário do


público. Caso sejam localizados em ambientes acessíveis ao público, devem possuir
meios que permitam a execução de manobras apenas por pessoal BA4 ou BA5,
conforme a NBR 5410.

Os quadros de distribuição devem possuir indicações claras das funções dos diver-
sos dispositivos elétricos, bem como das posições aberta e fechada das diversas
chaves.

Todos os painéis deverão possuir placas de identificação quanto à nomenclatura do


painel, placa de identificação clara do máximo nível de tensão constante no painel e
placa com informação quanto à restrição de acesso conforme desenhos específicos.

O fabricante dos painéis deverá fornecer a documentação pertinente. O escopo de


fornecimento deve abranger a seguinte documentação:
 Manuais de operação e manutenção dos equipamentos em português.
 Desenhos de detalhes.
 Desenhos dimensionais dos equipamentos e listas de peças de reposição
com referência comercial.
 Esquema elétrico de instalação com detalhes.
 Todos os ensaios que comprovem a concepção do painel TTA ou PTTA;

Nos quadros gerais de baixa tensão os bornes deverão ser instalados de forma que
fiquem separados da parte de potência.

Na sala de painéis está prevista a execução de uma base (mureta) sobre o piso de

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10 a 15cm de altura formando uma canaleta para a instalação (apoio) dos painéis de
baixa tensão conforme planta 548-E09. Nas salas de painéis dentro do prédio indus-
trial e administrativo/laboratório onde os painéis a instalar são do tipo armário, esta
mesma base (mureta) para apoio dos painéis e entrada/saída de cabos.

Todas as canaletas para cabos instaladas no piso onde não tiver painéis instalados
deverão ser cobertas com chapa de cobertura do tipo xadrez, por exemplo, na sala
de geradores.

Forma de instalação dos cabos foi considerada conforme NBR5410: B1 – em cana-


leta ventilada no piso ou em leito.

Os cabos de baixa tensão a partir do transformador são transferidos para o leito de


cabos instalado na parte inferior da laje piso utilizando os rasgos no piso para cone-
xão com o transformador e com os painéis elétricos.

Não é permitida a instalação de leitos, eletrocalhas ou perfilados sobre os painéis


elétricos. Exceção poderá ser feita se a distância entre a parte mais alta do painel e
o leito, eletrocalha ou perfilado for maior que 200cm (2metros). Mesmo neste caso
deverá ser obtida autorização formal da empresa Netzsch Equipamentos de Moa-
gem e consultado o projetista responsável pelo projeto.

Especificações técnicas dos Painéis de baixa tensão:

Os painéis elétricos de baixa tensão devem ser totalmente testados e aprovados


(TTA), de acordo com a norma NBR IEC 60439-1.

Os protocolos de ensaios de tipo realizados deverão ser entregues com a oferta da


proposta comercial.

Os painéis devem ser constituídos de cubículos, fabricados de chapas de aço com


estrutura 12 usg e fechamentos 14 usg de modo a formar uma estrutura rígida, auto-
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suportável, com possibilidade de ampliação em ambas às extremidades.

Os requisitos de desenho (desing) e critérios de construção devem atender a NR-10


na sua plenitude (no que tange a painéis de baixa tensão), para isso devem atender
grau de duração Icw de 80kA / 1s. Nível de curto circuito 50kA.

Os painéis devem ser compartimentados conforme a Forma 2b, descrita na NBR IEC
60439-1.

Todos os barramentos deverão ser prateados e isolados com termocontrátil, exceto


em suas conexões, ter as fases, neutro e terra, identificados com fitas coloridas nas
cores padrões da ABNT.

Todas as coordenações de partida deverão ser tipo 2 segundo norma IEC60947-4-1.

Os isoladores deverão ser do tipo não inflamáveis e anti-higroscópicos.

A chaparia interna deverá ser zincada branca sem pintura para facilitar o aterramen-
to. O sistema de vedação das portas deverá ser de borracha do tipo neoprene ex-
pandido, assegurando a proteção IP54 durante toda a vida útil dos painéis.

Os equipamentos elétricos de baixa tensão deverão ser fabricados de acordo com a


norma IEC 60947-2, aferidos a 40 graus centígrados. O fabricante do painel será
responsável por qualquer decisão de alteração técnica dos produtos orientados, no-
tadamente nos cálculos de desclassificação técnica, ou seja, não será aceito em ne-
nhuma hipótese que a performance do painel seja inferior as intensidades nominais
exigidas no projeto.

O disjuntor de caixa aberta do quadro geral deverá ser completo com todos os aces-
sórios para manobra a distância (acionamento motorizado, bobinas de abertura e
fechamento, etc.). O relé de proteção do disjuntor geral da baixa tensão deverá ser
eletrônico com proteção do tipo LSIG.
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Prestação de serviços na área de engenharia elétrica como Subestações, Projetos Elétricos Industriais, Sistemas Preventivos.
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Cada cubículo de entrada com disjuntor caixa aberta deverá dispor de multimedidor
de grandezas elétricas.

Os painéis deverão ser fabricados considerando a seguinte classificação:


Grau de proteção= IP30 (NBRIEC 60529)
Para classificação de temperatura= AA5 (interno na edificação)
Condições climáticas= AB5
Altitude= AC1
Presença de água= AD1
Presença de corpos sólidos= AE4
Presença de substâncias corrosivas ou poluentes= AF1
Solicitações Mecânicas= AG2
Vibrações= AH2
Presença de flora e mofo= AK1
Presença de fauna= AL1

Influencias Eletromagnéticas, Eletrostáticas ou Ionizantes


Harmônicas e inter-harmônicas= AM1-2
Tensões de sinalização= AM2-2
Variações de amplitude da tensão= AM3-2
Desequilíbrio de tensão= AM4
Variação de freqüência= AM5
Tensões induzidas de baixa freqüência= AM6
Componentes contínuas de redes c.a.= AM7
Campos magnéticos radiados= AM8-1
Campos elétricos= AM9-1

Fenômenos Eletromagnéticos de Alta Freqüência Conduzidos, Induzidos ou Radia-


dos (contínuos ou transitórios).
Tensões ou correntes induzidas oscilantes= AM21
Transitórios unidirecionais conduzidos, na faixa do nanossegundo= AM22-3
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Transitórios unidirecionais conduzidos, na faixa do micro ao milissegundo= AM23-1
Transitórios oscilantes conduzidos= AM24-1
Fenômenos radiados de alta freqüência= AM25-2
Descargas eletrostáticas= AM31-1
Radiações ionizantes= AM41-1
Radiação solar= AN2
Descargas atmosféricas= AQ3
Movimentação do ar= AR1
Vento= AS1
Competência de pessoas= BA4/BA5
Resistência do corpo humano= BB2
Contato das pessoas com o potencial da terra= BC3
Condições de fuga das pessoas em emergência= BD1
Natureza dos materiais processados ou armazenado= BE2
Construção das edificações
Material de construção= CA1
Estrutura da edificação= CB1

ATENÇÃO:
Os painéis elétricos em projeto denominados:
QD4.1= controle laboratório de teste
QD4.2 = controle laboratório de teste
QD5 = Compressor
QD11 = Bombas reservatório elevado
QD12 = ETE

NÃO estão inclusos no fornecimento deste escopo. Os mesmos serão fornecidos


pelos fornecedores do sistema e/ou terceiros.
Até a data da emissão executiva deste memorial, não estavam confirmadas as po-
tências destes fornecedores. Caso haja alterações na potência instalada, os circuitos
deverão ser redimensionados pela engenharia.

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9. CABOS DE BAIXA TENSÃO

Para dimensionamento dos cabos foram levados em consideração os seguintes pa-


râmetro:
a) Influências externas;
b) Tensão nominal = 220/380Vca;
c) Corrente nominal da carga;
d) Freqüência industrial = 60Hz;
e) Potência nominal;
f) Compatibilidade eletromagnética;

A seção dos condutores foi determinada de forma a que sejam atendidos, no míni-
mo, todos os seguintes critérios:
a) A capacidade de condução de corrente dos condutores deve ser igual ou su-
perior à corrente de projeto do circuito, incluindo as componentes harmônicas,
afetada dos fatores de correção aplicáveis (ver item 6.2.5 da NBR 5410);
b) A proteção contra sobrecargas, (conforme item 5.3.4 e 6.3.4.2 da NBR5410);
c) A proteção contra curtos-circuitos e solicitações térmicas, (conforme item
5.3.5 e 6.3.4.3 da NBR 5410);
d) A proteção contra choques elétricos por seccionamento automático da alimen-
tação no esquema de aterramento TN-S;
e) Os limites de queda de tensão, (conforme item 6.2.7 da NBR 5410);
f) As seções mínimas (conforme indicado no item 6.2.6.1.1 da NBR 5410);

Para dimensionamento dos condutores foram levados em consideração os seguintes


parâmetros:
- Tipo de instalação;
- Capacidade de condução de corrente;
- Queda de tensão;
- Fator de agrupamento;
- Fator de correção de temperatura;
- Presença de harmônicas no sistema elétrico;
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Para dimensionamento dos condutores foi considerado uma queda de tensão máxi-
ma de 7% a partir dos terminais AT/BT do transformador de propriedade da unidade
consumidora.

Conforme item 6.2.9.4.3 da NBR 5410 não se admite linhas elétricas no interior de
dutos de exaustão de fumaça ou de dutos de ventilação.

Qualquer condutor isolado, cabo unipolar ou veia de cabo multipolar utilizado como
condutor neutro deve ser identificado conforme essa função. Em caso de identifica-
ção por cor, deve ser usada a cor azul-clara na isolação do condutor isolado ou da
veia do cabo multipolar, ou na cobertura do cabo unipolar.

Qualquer condutor isolado, cabo unipolar ou veia de cabo multipolar utilizado como
condutor de proteção (PE) deve ser identificado de acordo com essa função. Em
caso de identificação por cor, deve ser usada a dupla coloração verde-amarela ou a
cor verde (cores exclusivas da função de proteção), na isolação do condutor isolado
ou da veia do cabo multipolar, ou na cobertura do cabo unipolar.

Qualquer condutor isolado, cabo unipolar ou veia de cabo multipolar utilizado como
condutor de fase deve ser identificado de acordo com essa função. Em caso de i-
dentificação por cor, poder ser usada qualquer cor, observadas as restrições estabe-
lecidas em 6.1.5.3.1, 6.1.5.3.2 e 6.1.5.3.3 da NBR 5410.

Conforme nota da NBR 5410, por razões de segurança, não deve ser usada a cor de
isolação exclusivamente amarela onde existir o risco de confusão com a dupla colo-
ração verde-amarela, cores exclusivas do condutor de proteção.

Neste projeto a identificação dos cabos de baixa tensão para distribuição de força
deverá ser executada através das cores:
Fase = vermelha/ branca/preta
Neutro = azul clara
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Terra = verde;

O condutor neutro não pode ser comum a mais de um circuito.

O condutor neutro de um circuito monofásico deve ter a mesma seção do condutor


de fase. Quando, num circuito trifásico com neutro, a taxa de terceira harmônica e
seus múltiplos for superior a 15%, a seção do condutor neutro não deve ser inferior à
dos condutores de fase, podendo ser igual à dos condutores de fase se essa taxa
não for superior a 33%.

Como não se obteve a informação quanto à taxa de distorção harmônica gerada pe-
los equipamentos industriais a serem instalados, o critério de projeto estabelecido
para dimensionamento da bitola de neutro será sempre igual à fase.

Recomendamos que a unidade consumidora realize medições dos níveis de distor-


ção harmônica quando a instalação entrar em funcionamento normal. Neste caso, se
as medições apresentarem que um circuito trifásico com neutro ou num circuito com
duas fases e neutro, a taxa de terceira harmônica e seus múltiplos for superior a
33%, pode ser necessário um condutor neutro com seção superior à dos condutores
de fase. E neste caso deverá ser executado um redimensionamento nos condutores
de neutro.

Os cabos unipolares e multipolares devem atender às seguintes normas:


a) os cabos com isolação de EPR, à ABNT NBR 7286;
b) os cabos com isolação de XLPE, à ABNT NBR 7287;
c) os cabos com isolação de PVC, à ABNT NBR 7288 ou à ABNT NBR 8661;

Os cabos do tipo cabos e cordões flexíveis não são admitidos nas maneiras de ins-
talar previstas na tabela 33, tendo em vista que tais cabos destinam-se tão somente
à ligação de equipamentos.

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Os condutores isolados com isolação de PVC de acordo com a ABNT NBR NM 247-
3 devem ser não-propagantes de chama. Os cabos não-propagantes de chama, li-
vres de halogênio e com baixa emissão de fumaça e gases tóxicos devem atender à
ABNT NBR 13248.

Os cabos não-propagantes de chama, livres de halogênio e com baixa emissão de


fumaça e gases tóxicos podem ser condutores isolados, cabos unipolares e cabos
multipolares.

Os condutores de cobre sem isolação (fios e cabos nus ou com cobertura protetora)
devem atender a ABNT NBR 6524.

Todos os condutores terão suas superfícies limpas, isentas de talhos e esmagamen-


tos da isolação.

Na curvatura dos cabos serão respeitados os valores máximos de raios fornecidos


pelo fabricante.

Todos os cabos, antes de serem utilizados, serão inspecionados, sendo verificada a


resistência de isolamento e continuidade do condutor.

Todos os cabos em eletrocalhas, canaletas ou perfilados deverão ser instalados e


amarrados na configuração de trifólio/quadrifólios quando adotado sistema 3F+N ou
3F+N+T.

Todos os cabos para alimentação dos painéis deverão ser com isolação do tipo
EPR-FLEX-90C e isolamento para 1000Vca.

Para distribuição dos circuitos está prevista a utilização de cabos com isolação do
tipo EPR-FLEX-90C e isolamento mínimo para 750Vca.

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Os cabos multipolares só devem conter os condutores de um e apenas um circuito
e, se for o caso, o condutor de proteção respectivo. Para condutores múltiplos tam-
bém deverá ser atendido identificação de cores conforme NBR5410.

As conexões prensadas devem ser realizadas por meio de ferramentas adequadas


para o tipo e tamanho de conector utilizado, de acordo com as recomendações do
fabricante do conector.

A bitola mínima permitida para os circuitos de força (alimentação de quadros, moto-


res e bombas) é de # 2,5 mm² e para os circuitos de iluminação #1,5 mm². É permiti-
da a utilização de outras bitolas inerentes ao equipamento, desde que consideradas
no processo de certificação.

Os cabos que interligam o transformador de 1500kVA até o QTA e até o Quadro Ge-
ral de Baixa Tensão – QGBT-01 respectivamente serão instalados em leito e dimen-
sionados conforme descrição abaixo:

Transformador 1 – 1500kVA – In= 2279A


Fase = 04 cabos de cobre por fase #300mm – isolamento 1000V – isolação EPR -
cor preta/vermelha/branca.
Neutro = 04 cabos de cobre #300mm – isolamento 1000V – isolação EPR – cor azul
clara.
Considerações:
Capacidade nominal do cabo = 703A
FA = 0,82
Forma de instalação: F – em leito
Disjuntor geral = 1.500A – ajustado em 1.400A

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10. QUADRO DE CARGAS / CALCULO DE DEMANDA

A carga instalada será de acordo com os esquemas unifilares dos quadros, confor-
me desenhos específicos e resumo abaixo.

Potência Ins- Demanda no Demanda no


Painel Local
talada (kW) painel (kW) QGBT (kW)
QDL-1 Iluminação Indústria 122 104 104
QD-2 Usinagem 823 494 494
QD-3 Montagem 370 265 265
QD-4 Área de Testes 184 184 184
QD-5 Compressor 56 56 56
QD-6 Laboratório 350 215 215
QD-7 Restaurante/Vestiários 75 50 50
QD-8 Administrativo Inferior 55 50 50
QD-9 Administrativo Superior 44 30 30
QD-10 Ar Condicionado 122 116 116
QD-11 Reservatório Elevado 12 12 12
QD-12 ETE 37,5 37,5 37,5
- Cargas Reservas - - 159,5

Total geral 2.250,5 kW 1.613,5 kW 1.773 kW


F.P 0,85 2.086 kVA
Demanda 850 kW
F.P 0,95 (corrigido) 924 kVA

Cálculo da Queda de Tensão:


Circuito primário = 5%
Circuito secundário= 2%
Queda de tensão total permitido = 7%

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Ramal de distribuição
Considerando o circuito alimentador com queda de tensão de 5% do quadro de dis-
tribuição com maior distância de cabo entre o QGBT e o QD. Distância considerada
de 120 metros, carga 50kW=90A

3xIxLx100 3x90 x120 x100


%   3,45%
UxxS 380 x57 x 25

Pelo critério de queda de tensão o cabo alimentador deste painel está dimensionado
para 3#25mm2 – EPR-1kV.

11. INSTALAÇÃO DE BAIXA TENSÃO

As instalações elétricas devem atender ao estabelecido em projeto, lista de


materiais e memorial descritivo. Qualquer alteração somente será aceita pela
fiscalização de obra mediante autorização por escrito do projetista e/ou res-
ponsável pela engenharia da NEM.

A partir dos transformadores os cabos de baixa tensão serão instalados em leito pe-
la laje piso da subestação até o quadro de transferência do gerador e/ou ao quadro
geral de baixa tensão (QGBT). A partir deste quadro até os quadros de distribuição
localizados na fabrica os cabos serão instalados em eletrocalhas perfuradas com
tampas.

Todos os leitos e eletrocalhas deverão ser de ferro galvanizado. NÃO serão aceitos
materiais de leitos, eletrocalhas e perfilados com galvanização eletrolítica.

As eletrocalhas com dimensões de 100mm ou 200mm de largura deverão possuir


chapa mínima 16mm.

Eletrocalhas de 400mm ou superior deverão possuir chapa mínima de 16 ou 14mm

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com tampa conforme especificado em projeto.

A partir da subestação, os leitos e eletrocalhas serão instalados no espaço destina-


do a instalação dos serviços auxiliares, pelo lado externo do prédio industrial utili-
zando o nicho formado pela estrutura metálica, conforme detalhe específico. Todas
as demais utilidades serão instaladas neste espaço. Sendo que a elétrica deverá
utilizar a máxima altura possível permitindo a instalação do sistema de hidrantes à
jusante da rede elétrica. O limite inferior das utilidades está definido pela altura das
portas. As ferragens necessárias para fixação dos leitos e eletrocalhas entre colunas
devem ser previstas no fornecimento da instalação elétrica.

Todas as tubulações externas subterrâneas definidas como reserva deverão ser ins-
taladas com arame guia.

A localização exata dos pontos de força localizados no prédio industrial, inclusive no


piso; assim como os comprimentos de cabos deverão ser confirmados in loco no
momento de sua instalação com a fiscalização de obra. Em função da localização
exata e característica da máquina a interligação entre eletroduto de piso e máquina
deverá ser previsto com eletroduto flexível (modelo da SPTF ou similar) com conec-
tor macho/fêmea nas extremidades; não sendo permitida a utilização da mangueira
de PVC corrugada destinada a uso enterrado no solo. Para os cabos multipolares
será permitida a utilização de prensa cabos nas duas extremidades sem a utilização
de mangueira corrugada com conector macho/fêmea.

Atenção especial deve ser dada a instalação elétrica da áreas do Laboratório, Depó-
sito de Inflamáveis e selo por tratar-se de área com risco de explosão e desta forma
tratada como área EX. O memorial descritivo do projeto elétrico deverá ser acompa-
nhado do relatório de classificação de área elaborado pela empresa Herco sob nú-
mero 11741 e datado de 28/08/2013. Este relatório foi elaborado considerando a
primeira versão de layout. Ou seja, para execução da instalação elétrica o mesmo
necessita ser revisado pois o layout destas áreas sofreu alterações. A execução da
obra deverá solicitar esta revisão a NETZSCH.
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Conforme este relatório a área do Laboratório Químico e Depósito de Inflamáveis
toda a área ficou classificada como EX, ou seja, qualquer instalação elétrica nestas
áreas deverá ser EX. nas demais áreas a classificação EX se restringe ao equipa-
mento ou interior do equipamento.

Os painéis elétricos relativos a área do Laboratório estão localizados na área do me-


zanino criada sobre o Laboratório. Além do painel de distribuição, todos os pinéis
elétricos dos equipamentos estão previstos para instalar nesta área. Deverá ser ob-
jeto de acordo entre a empresa responsável pela execução da instalação elétrica a
transferência destes painéis uma vez que alguns equipamentos são existentes e ou-
tros novos vem com seus painéis acoplados ao próprio equipamento.

Para verificar a altura de instalação das eletrocalhas ver planta 548-E36 onde consta
um detalhe em perspectiva de todas as eletrocalhas. Incluindo a eletrocalha do sis-
tema de TI para compatibilização.

A instalação elétrica do sistema de ar condicionado da área administrativa está pre-


vista com todas as máquinas localizadas na laje de cobertura do prédio com layout
conforme planta 548-E38. O painel de alimentação destas máquinas – QD-10, está
localizado no segundo pavimento de onde segue a infraestrutura com eletrocalhas
para alimentar as condensadoras. O esquema unifilar com as respectivas cargas
está baseado na relação de cargas e planta baixa recebidas da NETZSCH.

Está prevista a instalação de um sistema de aquecimento de água com boiler. O cir-


cuito de alimentação do boiler está previsto no QD-7 (refeitório). A localização do
boiler precisa ser definida pela NTZSCH.

O alimentador do QD-8.1 (painel da portaria) deriva do painel QD-8, correspondente


ao painel do prédio administrativo – pavto. Inferior.

No prédio administrativo deverão ser previsto dois pontos de força para alimentação
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da placa de identificação da unidade industrial. Este ponto de energia deverá ser
considerado no segundo pavimento próximo a laje superior com cabo de cobre
#2,5mm2 com um comprimento aproximado de 20m.

Para execução da iluminação externa fixada na estrutura metálica do prédio indus-


trial poderão ocorrer ajustes nos detalhes de fixação/instalação devido a configura-
ção do fabricante desta estrutura.

A infraestrutura de fixação das eletrocalhas em todo perímetro do prédio industrial é


de responsabilidade da NETZSCH e será confeccionada de forma a compartilhar
com as demais utilidades como hidráulica, ar comprimido, águas e TI. O espaço su-
perior desta infra deverá ser reservado para elétrica, as demais utilidade serão insta-
ladas a jusante. A fixação das eletrocalhas no prédio administrati-
vo/refeitório/laboratório assim como infraestrutura enterrada no solo são de respon-
sabilidade da empresa responsável para execução da instalação elétrica.

12. VERIFICAÇÃO FINAL

Qualquer instalação nova, ampliação ou reforma de instalação existente deve ser


inspecionada e ensaiada, durante a execução e/ou quando concluída, antes de ser
colocada em serviço pelo usuário, de forma a se verificar a conformidade com as
prescrições das normas técnicas.

Durante a realização da inspeção e dos ensaios devem ser tomadas precauções


que garantam a segurança das pessoas e evitem danos à propriedade e aos equi-
pamentos instalados.

Em caso de ampliação ou reforma futura, deve ser verificado se ela não compromete
a segurança da instalação existente assim como o comprometimento do dimensio-
namento original do projeto.

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As verificações devem ser realizadas por profissionais qualificados, com experiência
e competência em inspeções. As verificações e seus resultados devem ser docu-
mentados em um relatório.

Deverá ser prevista a inspeção visual que deve preceder os ensaios e ser efetuada
normalmente com a instalação desenergizada. A inspeção visual é destinada a veri-
ficar se os componentes que constituem a instalação fixa permanente:
a) são conforme as normas aplicáveis (isto pode ser verificado por marca de con-
formidade, certificação ou informação declarada pelo fornecedor);
b) foram corretamente selecionados e instalados de acordo com esta Norma;
c) não apresentam danos aparentes que possam comprometer seu funcionamento
adequado e a segurança.

A inspeção visual deve incluir no mínimo a verificação dos seguintes pontos:


a) medidas de proteção contra choques elétricos;
b) medidas de proteção contra efeitos térmicos;
c) seleção e instalação das linhas elétricas;
d) seleção, ajuste e localização dos dispositivos de proteção;
e) presença dos dispositivos de seccionamento e comando, sua adequação e loca-
lização;
f) adequação dos componentes e das medidas de proteção às condições de influ-
ências externas existentes;
g) identificações dos componentes;
h) presença das instruções, sinalizações e advertências requeridas;
i) execução das conexões;
j) acessibilidade.

Todos os itens deverão ser inspecionados conforme recomendação da NBR5410


específica para cada item acima descrito.
Os seguintes ensaios devem ser realizados, preferivelmente, na seqüência apresen-
tada:
a) continuidade dos condutores de proteção e das eqüipotencializações principal e
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suplementar;
b) resistência de isolamento da instalação elétrica;
c) resistência de isolamento das partes da instalação em extra baixa tensão;
d) seccionamento automático da alimentação;
e) ensaio de tensão aplicada;
f) ensaios de funcionamento.

A periodicidade da manutenção deve ser determinada pela unidade consumidora e


adequada a cada tipo de instalação. Por exemplo, essa periodicidade deve ser tanto
menor quanto maior a complexidade da instalação (quantidade e diversidade de e-
quipamentos), sua importância para as atividades desenvolvidas no local e a severi-
dade das influências externas a que está sujeita.

As verificações e intervenções nas instalações elétricas somente poderão ser execu-


tadas somente por pessoas devidamente autorizadas pela contratante de acordo
com a resolução 598 do MTE que regulamenta a norma regulamentadora de número
dez – NR10.
As verificações de rotina e manutenção preventiva, sempre que possível, devem ser
efetuadas com a instalação desenergizada. Invólucros, tampas e outros meios desti-
nados a garantir proteção contra contatos com partes vivas podem ser removidos
para fins de verificação ou manutenção, mas devem ser completa e prontamente
restabelecidos ao término destes procedimentos.

Os condutores devem ser inspecionados quanto ao estado da isolação dos conduto-


res e de seus elementos de conexão, fixação e suporte, com vista a detectar sinais
de aquecimento excessivo, rachaduras e ressecamentos, verificando-se também se
a fixação, identificação e limpeza se encontram em boas condições.

Quanto aos painéis de distribuição deverá ser verificada a estrutura dos quadros e
painéis, observando-se seu estado geral quanto à fixação, integridade mecânica,
pintura, corrosão, fechaduras e dobradiças. Deve ser verificado o estado geral dos
condutores e cordoalhas de aterramento.
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Prestação de serviços na área de engenharia elétrica como Subestações, Projetos Elétricos Industriais, Sistemas Preventivos.
Estudos de Proteção de Curto circuito, Seletividade e Coordenação. Assessoria para implantação de NR10.
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No caso de componentes com partes móveis, como contatores, relés, chaves sec-
cionadoras, disjuntores etc., devem ser inspecionados, quando o componente permi-
tir, o estado dos contatos e das câmaras de arco, sinais de aquecimento, limpeza,
fixação, ajustes e calibrações. Se possível, o componente deve ser acionado umas
tantas vezes, para se verificar suas condições de funcionamento.

No caso de componentes sem partes móveis, como fusíveis, condutores, barramen-


tos, calhas, canaletas, conectores, terminais, transformadores, etc., deve ser inspe-
cionado o estado geral, verificando-se a existência de sinais de aquecimento e de
ressecamentos, além da fixação, identificação e limpeza.

No caso de sinalizadores, deve ser verificada a integridade das bases, fixação e lim-
peza interna e externa.

O reaperto das conexões deve ser feito no máximo 90 dias após a entrada em ope-
ração da instalação elétrica e repetido em intervalos regulares.
Ao término das verificações, deve ser efetuado um ensaio geral de funcionamento,
simulando-se pelo menos as situações que poderiam resultar em maior perigo.

Deve ser verificado se os níveis da tensão de operação estão adequados.

Toda instalação ou parte que, como resultado das verificações indicadas, for consi-
derada insegura deve ser imediatamente desenergizada, no todo ou na parte afeta-
da, e somente deve ser recolocada em serviço após correção dos problemas detec-
tados.

Toda falha ou anormalidade constatada no funcionamento da instalação ou em


qualquer de seus componentes, sobretudo os casos de atuação dos dispositivos de
proteção sem causa conhecida, deve ser comunicada a uma pessoa devidamente
autorizada conforme critérios da NR10, providenciando-se a correção do problema.

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13. CONSIDERAÇÕES GERAIS

a) Na divergência entre cota e escala, prevalecerá a cota.

b) A construção civil, os cálculos de vigas, pilares e paredes para a sustentação


dos equipamentos, serão de responsabilidade do construtor civil.
c) Toda tubulação não utilizada deverá ser provida de arame guia galvanizado.

d) Nas conexões de eletrodutos com os quadros e caixas deverão ser utilizadas


buchas e arruelas apropriadas.

e) Todos os rasgos que por ventura vierem a ser feitos em caixas e quadros de-
verão ser executados com brocas e/ou serra copo apropriadas para o diâme-
tro de tubulações. As imperfeições do corte devem ser esmerilhadas de forma
a evitar elementos cortantes.

f) Não será admitido qualquer acréscimo ou redução no dimensionamento dos


circuitos, sem o prévio conhecimento do projetista.

g) Utilizar condutores que possuam a Marca Nacional de Conformidade do


INMETRO. Os condutores deverão obedecer ao seguinte código de cores:
Rede Comum em corrente alternada (380/220 Volts):
Fase: Preto/Vermelho/Branco;
Neutro: Azul Claro;
Terra: Verde, Verde/Amarelo
Retorno - cinza
Controle – branco;

h) Não serão admitidas emendas de fios e cabos elétricos no interior das tubula-
ções. Estas deverão estar localizadas em caixas ou quadros apropriados.

i) Todos os circuitos deverão ser identificados nos QD’s (Quadro de distribui-


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ção), utilizando-se identificadores plásticos com tampa de acrílico removíveis
colados ou rebitados no espelho de proteção.

j) Todos os painéis elétricos deverão ser identificados com nomenclatura ado-


tada em projeto;

k) Todos os painéis elétricos deverão possuir placa de sinalização indicando o


máximo nível de tensão constante no mesmo;

l) Todos os painéis elétricos deverão possuir placa de sinalização com os se-


guintes dizeres “ACESSO PERMITIDO SOMENTE A PESSOAS
AUTORIZADAS”;

m) As ligações dos eletrodutos às caixas e quadro de distribuição deverão ser


executadas por meio de buchas e arruelas, rosqueadas e fortemente aperta-
das, evitando rebarbas que venham prejudicar a enfiação dos condutores.

n) As marcas e fabricantes citados neste projeto estão sendo colocados como


exemplo e pôr serem conhecidos tecnicamente, não sendo obrigatório o seu
uso na execução. A sua substituição é permitida por outro material
EQUIVALENTE, ou seja, com exatamente as mesmas características técnicas
das especificadas em projeto.

o) O Engenheiro responsável pôr este Projeto se exclui de qualquer responsabi-


lidade civil ou criminal, caso seja feito qualquer mudança na execução deste
projeto sem o consentimento por escrito do Responsável Técnico.

p) É totalmente proibida a reprodução parcial ou total deste projeto sem a prévia


autorização dos autores. Todos os direitos reservados.

q) A construção civil é de inteira responsabilidade do engenheiro civil.

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r) A tubulação subterrânea deverá possuir inclinação para evitar acumulo de
água. Da mesma forma que todas as caixas de passagem deverão possuir
dreno de água.

s) Recomenda-se que as tampas das caixas de passagem sejam pintadas de


branco com inscrição de sua finalidade conforme detalhe em planta.

t) Todos os serviços, atividades e intervenções no sistema elétrico devem aten-


der ao disposto na NR10 – Norma Regulamentadora de Segurança em Servi-
ços com Eletricidade; portaria 598 do MTE publicada na forma de lei no DOU
no dia 08/12/2004 entrando em vigor parcialmente desde então e integral-
mente a partir do mês de dezembro de 2006. Cabe a unidade consumidora,
aqui denominada de contratante, na aquisição de serviços para instalações
novas e/ou manutenção contratar somente mão de obra devidamente capaci-
tada, qualificada ou habilitada e devidamente autorizada para cumprimento da
legislação. Recomendamos que a verificação da condição de atendimento a
legislação seja feita antes do início das atividades através da solicitação por
parte da contratante, de todos os documentos que comprovem a realização
dos treinamentos realizados (previstos na portaria 598), da qualificação, habi-
litação ou capacitação e da autorização de serviço junto à contratada.
Caso este item não seja atendido na íntegra; conforme item 10.13.1 da Norma
regulamentadora de nº 10 – NR10 a contratante responde legalmente através
da responsabilidade solidária pelos profissionais da contratada.
Segue abaixo cópia na íntegra do capítulo da referida norma que trata das
responsabilidades:

10.13 – RESPONSABILIDADES

10.13.1 As responsabilidades quanto ao cumprimento desta NR são solidárias aos contra-


tantes e contratados envolvidos.

10.13.2 É de responsabilidade dos contratantes manter os trabalhadores informados so-


bre os riscos a que estão expostos, instruindo-os quanto aos procedimentos e medidas
de controle contra os riscos elétricos a serem adotados.

10.13.3 Cabe à empresa, na ocorrência de acidentes de trabalho envolvendo instalações


e serviços em eletricidade, propor e adotar medidas preventivas e corretivas.

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10.13.4 Cabe aos trabalhadores:

a) zelar pela sua segurança e saúde e a de outras pessoas que possam ser afetadas por
suas ações ou omissões no trabalho;

b) responsabilizar-se junto com a empresa pelo cumprimento das disposições legais e


regulamentares, inclusive quanto aos procedimentos internos de segurança e saúde;

c) comunicar, de imediato, ao responsável pela execução do serviço as situações que


considerar de risco para sua segurança e saúde e a de outras pessoas.

14. RELAÇÃO DE MATERIAIS

Em anexo.

15. PROTEÇÃO SECUNDÁRIA – SELETIVIDADE E COORDENAÇÃO

Em anexo.

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GARANTIA DE SEGURANÇA!
Site: www.projetivaengenharia.com.br
E_mail: engenharia@projetivaengenharia.com.br

PROJETO ELÉTRICO Nº 548

Rua Emílio Marquardt


Testo Central – Pomerode – SC

CÁLCULO E PARAMETRIZAÇÃO DA
PROTEÇÃO SECUNDÁRIA

Proprietário: _______________________________________
Nem Ind. e Com. de Equipamentos de Moagem Ltda
CNPJ 07.389.050/0003-13

Resp. Técnico: _________________________________


Marlize Voigtlaender
Engª Eletricista / Engª Segurança
Crea 052.363-3

REV DESCRITIVO DATA


0 Emissão inicial 07/11/2013
01 – Generalidades

Esta memória de cálculo tem como objetivo apresentar os cálculos para parametriza-
ção da proteção secundária efetuada através dos relés secundários para proteção do
sistema para a obra da unidade consumidora industrial da NEM INDUSTRIA E
COMERCIO DE EQUIPAMENTOS DE MOAGEM LTDA conforme projeto específico,
localizado à Rua Emilio Marquardt, Teso Central – Pomerode/ SC.

A proteção geral de alta tensão é efetuada por um disjuntor tripolar a vácuo de 800A –
12,5kA classe 25KV, motorizado, fixo com carrinho com comando frontal, bloqueio me-
cânico e relés secundários de sobrecorrente incorporados no próprio disjuntor que atua
diretamente sobre este disjuntor.

Para sinal de corrente do relé secundário deverão ser instalados 03 Tcs 50x100/5A
incorporados no próprio disjuntor.

Para sinal de tensão do relé secundário deverá ser instalado 01 TP 23,1kV/115V. Este
TP deverá ser instalado antes da chave seccionadora localizada no mesmo cubículo do
disjuntor.

O relé micro processado deve incorporar no mínimo as funções 50/51 (função instantâ-
nea e temporizada respectivamente para a fase), 50/51N (função instantânea e tempo-
rizada respectivamente para o neutro).

Para o estudo e cálculo dos parâmetros foi considerada a corrente de atuação do neu-
tro como sendo 33% da corrente de fase.

A corrente nominal foi calculada a partir da demanda contratada e de acordo com o


projeto considerando um fator de potência de 92%.

A corrente de partida do relé foi considerada como 1,4In considerando-se uma margem
de tolerância de 40% conforme exigência da concessionária.
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O ponto de suportabilidade térmica ST e STD (Ansi) do transformador foi determinado
a partir da impedância do transformador com tempo de duração de 1,0 segundos para
fase e 1,0 segundo para o neutro.

O TC foi dimensionado com dupla relação para atender a unidade consumidora com a
demanda atual e aos aumentos de demanda futuros. Evitando desta forma a necessi-
dade da sua substituição a cada aumento de demanda.

O TC instalado possui relação de 50x100/5A.

NUNCA deixar o secundário do TC aberto.

02 – Resumo dos Cálculos para a Parametrização de Relé Secundária

Capacidade de transformação instalada = 1.500kVA

CORRENTE IMPEDÂN CORRENTE CORRENTE


TRAFO POTÊNCIA Tipo Ponto ST
NOMINAL CIA MAGNETIZA ST
(kVA) (A)
(A) (Z%) ÇÃO (A) (A)
01 1500 Seco 37,65 5 527 20 753 / 3seg

Total 1.500 37,65 527

Demanda calculada = 850kW


Fator de Potência = 92%
Tensão de Base = 23kV
Curva = MI (Muito Inversa)

Subestação Celesc = PRE


Localização da proteção = PRE-02
Equipamento= Religador
Modelo = Cooper

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Tipo = Eletrônico

Correntes de curto circuito no ponto de conexão: Icc3Ø ASSIM= 1.960A


Icc3Ø = 1.875A
IccFT ASSIM = 1.472A
IccFT = 1.401A
IccFT MIN = 291A

Parâmetros Calculados

 1.500kVA 
In (trafo)     37,65 A  38 A
 23000 3 

 850kW 
In ( Demanda)     23A

 23000 3  0,92 

Ip  1,4  In( D)  1,4  23,0  32,5 A  32 A

Calculo do TC

Corrente máxima secundária = 5A (padrão adotado)

Corrente demanda atual

5 --------- Xn
2,5 --------- 23,0

Xn  46 A

Corrente máxima = capacidade de transformação

5 --------- Xt
2,5 --------- 38

Xt  76

46 76
 RTC 
5 5

9,2  RTC15,2 (Calculado)

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RTC escolhido = 10x20 (padrão de fabricação e aumento de demanda futura)

TC = 50x100/5A

Verificação da Corrente de Curto

Icc (max)  1875A


Icc (max) doTC( RTC  10)  3kA

Observação:
Maior que o Icc3Ø = 1.875A dados no ponto de derivação como curto circuito possível
máximo. O TC deverá possuir relação de transformação de 10 vezes, com fator térmico
de 1,2 e suportar uma corrente de curto circuito de 3kA.
TC escolhido = 50x100/5A

O transformador de potencial – TP instalado será para tensão nominal de


23.000V/115V – 500VA – 0,3P75 para alimentação do relé micro processado.

Verificação da Corrente Mínima do TC.

RTC=10

I (min)  10  0,5

I (min)  5 A

CARACTERÍSTICAS DO TC

Normas Aplicáveis: NBR 6821 e NBR 6856


Classe de Temperatura: B (130ºC)
Classe de Tensão: 25kV
Tensão de referência: 23kV
Corrente Primária: 50x100A
Corrente Secundária: 5A
Fator Térmico: 1,2
Classe de exatidão para proteção
Carga do relé: 0,6VA
Condutores: 3,5VA

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TOTAL: 4,1VA
Valor considerado (mínimo) = 10B50

CÁLCULOS DAS CORRENTES DE AJUSTE DO RELÉ


Tensão primária = 23.000Vca
Potência transformação = 1.500kVA – In=38A
Demanda = 850kW – In=23A
1,4 x IDEMANDA = 32,5A  32A
Fator de Potência = 92%

CORRENTES DE PROTEÇÃO TEMPORIZADA


FUNÇÃO ANSI 51 e 51N
Corrente de partida Fase= 32A
Corrente de partida Neutro = 10A

CORRENTES DE PROTEÇÃO INSTANTÂNEA


FUNÇÃO ANSI 50 e 50N
In proteção instantânea Fase = 960A
In proteção instantânea Neutro = 300A

Irush
Irush  14  Inmáx  1 In
n

Irush Fase = 532A – 0,1seg


Irush Neutro = 175A – 0,1seg

ST/STD (Ansi)
ST  In / Z
ST Fase = 760A – 1,0seg

ST  33%ST
ST Neutro = 250A – 1,0seg

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CURVAS DE PARTIDA (Fase e Neutro) – Muito Inversa

IpF  32 A

IpN  10 A

Dt  0,2s

 K 
t     dt
 M 1

I (ent)
M 
Ip

K  13,5  1

dt  0,2s (em função da corrente de magnetização do transformador)

Tabela de ajustes calculados (teóricos)

M I FASE (A) tFASE (s) INEUTRO(A) TNEUTRO (s)


1 32 14,5 10 13,5
2 64 2,70 20 2,7
3 96 1,35 30 1,35
4 128 0,90 40 0,90
5 160 0,68 50 0,68
6 192 0,54 60 0,54
7 224 0,45 70 0,45
8 256 0,38 80 0,38
10 320 0,30 100 0,30
12 384 0,24 120 0,24
15 480 0,19 150 0,19
20 640 0,14 200 0,14
30 960 0,09 300 0,09

NOTAS:
1) Ocorrendo aumento de demanda ou alterações nos transformadores este estudo
deverá ser revisado estabelecendo os novos parâmetros de ajuste do relé;
2) Para ajuste das demais funções do relé deverá ser observado o tipo, modelo e
fabricante do relé;

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R. Getúlio Vargas, 260 –S. 51-Cep 89010-140 / Centro- Blumenau/SC - Fone(47)3326-4433 / 3037-4433
Parametrização RELÉ
CURVAS DE AJUSTE DE FASE Curva Muito Inversa
1.000,00
1 - CURVA AJUSTE RELIGADOR
2 - CURVA AJUSTE RELÉ (MI)
3 - Icc (3ØSim) = 1.875A
4 - Icc (3ØAss) = 1.960A
5 - Irush = 532A/0,1seg.
6 - ST (Ansi) = 760A/1,0seg.
7 - Ip DO RELÉ = 32A
50 = INSTANTÂNEO
51 = TEMPORIZADO

100,00

7
32A
10,00
1

400A
Tempo (s)

2
1,00
51 6

0,10 5 3 4

50

0,01
1,00 10,00 100,00 1.000,00 10.000,00

Corrente (A)
Parametrização RELÉ
CURVAS DE AJUSTE DE NEUTRO Curva Muito Inversa
1.000,00
1 - CURVA AJUSTE RELIGADOR
2 - CURVA AJUSTE RELÉ (MI)
3 - Icc FT (sim) = 1.401A
4 - Icc FT (mim) = 291A
5 - Irush = 175A/0,1seg.
6 - ST (Ansi) = 250A/1,0seg.
7 - Ip DO RELÉ = 10A
50 = INSTANTÂNEO
51 = TEMPORIZADO

100,00

1
50A

7
10A
10,00
Tempo (s)

51

1,00
6

0,10 5 4 3

50

0,01
1,00 10,00 100,00 1.000,00 10.000,00

Corrente (A)
2013
RELATÓRIO DE CLASSIFICAÇÃO DE ÁREAS

Netzsch
Nº 11741
29/08/2013
CLIENTE:
NETZSCH Ind. e Com. de Equip.de Moagem
UNIDADE:
Pomerode
ESCOPO:
Prédio industrial (Projeto)
CLASSIFICAÇÃO DE ÁREAS
O.S.: N° HERCO:
2.201.307.02 11741
RESP. TÉCNICO: CREA N°:
André Augusto Pfuetzenreiter 74.772-5

CONTROLE DE REVISÕES

Rev. 0 - EMISSÃO ORIGINAL

REVISÃO REV. 0 REV. 1 REV. 2 REV. 3 REV. 4 REV. 5 REV. 6


DATA: 26/08/2013
ANÁLISE CRÍTICA: Fabricio
DATA: 22/08/2013
EXECUTADO POR: Fabricio
DATA: 22/08/2013
VERIFICADO POR: André
DATA: 23/08/2013
VALIDADO POR (Cliente): Antônio
DATA: 30/08/2013
AS INFORMAÇÕES DESTE DOCUMENTO SÃO PROPRIEDADE DA NETZSCH, SENDO PROIBIDA A UTILIZAÇÃO FORA DA SUA FINALIDADE.
LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1 – Representação das simulações .............................................................................................39

Quadro 1 – Equipe Técnica ....................................................................................................................37


LISTA DE TABELAS

Tabela 1 – Definição para os tipos de Zona ...........................................................................................16


Tabela 2 - Grupos de equipamentos elétricos para atmosferas explosivas ............................................17
Tabela 3 – Subdivisões do grupo II.........................................................................................................17
Tabela 4 – Subdivisões do Grupo III .......................................................................................................17
Tabela 5 - Limites de classe de temperatura ..........................................................................................18
Tabela 6 - Características das substâncias avaliadas ............................................................................21
Tabela 7 - Características das substâncias avaliadas (poeiras) .............................................................22
Tabela 8 - Relação de desenhos das áreas classificadas ......................................................................26
Tabela 9 – Matriz de utilização dos tipos de proteção em função da Zona.............................................34
Tabela 10 – Relação entre níveis de proteção de equipamento (EPL) e zonas. ....................................34
Tabela 11 - Matriz de utilização (Poeiras) ...............................................................................................35
Tabela 12 – Relação entre níveis de proteção de equipamento (EPL) e zonas .....................................36
SUMÁRIO

1 SUMÁRIO EXECUTIVO ................................................................................................................ 4


2 INTRODUÇÃO .............................................................................................................................. 5
3 TERMOS E DEFINIÇÕES ............................................................................................................. 6
4 DOCUMENTOS DE REFERÊNCIA ............................................................................................... 10
5 METODOLOGIA............................................................................................................................ 11
5.1 ESTIMATIVA DAS ÁREAS CLASSIFICADAS (GASES E VAPORES) ....................................... 12
5.2 ESTIMATIVA DAS ÁREAS CLASSIFICADAS (POEIRAS COMBUSTÍVEIS) ............................. 13
5.3 CONSIDERAÇÕES ..................................................................................................................... 14
5.4 DESIGNAÇÕES PARA ÁREAS CLASSIFICADAS ..................................................................... 16
5.4.1 Tipo de Zona ............................................................................................................................ 16
5.4.2 Grupo........................................................................................................................................ 17
5.4.3 Classe de Temperatura ............................................................................................................ 18
5.4.4 Temperatura de superfície máxima permissível para equipamentos em atmosfera de poeira . 18
5.4.4.1 Limitações de temperatura devidas a presença de nuvens de poeira ................................. 18
5.4.4.2 Temperatura de ignição da substância em camadas ........................................................... 19
6 ESTUDO DE CLASSIFICAÇÃO DE ÁREAS ................................................................................ 21
6.1 DADOS CLIMATOLÓGICOS ...................................................................................................... 21
6.2 LISTA DE PRODUTOS AVALIADOS .......................................................................................... 21
6.2.1 Gases e Vapores ...................................................................................................................... 21
6.2.2 Poeiras Combustíveis ............................................................................................................... 22
6.3 LISTA DE DADOS PARA CLASSIFICAÇÃO DE ÁREAS ........................................................... 23
6.4 PLANTAS DE CLASSIFICAÇÃO DE ÁREAS ............................................................................. 26
7 CLASSIFICAÇÕES ADICIONAIS ................................................................................................. 27
8 OBSERVAÇÕES ........................................................................................................................... 28
9 DESCLASSIFICAÇÕES ................................................................................................................ 29
10 RECOMENDAÇÕES E POSSIBILIDADES DE MELHORIA......................................................... 31
11 EQUIPAMENTOS E INSTALAÇÃO .............................................................................................. 33
11.1 ÁREAS CLASSIFICADAS COM PRESENÇA DE POEIRAS COMBUSTÍVEIS .......................... 34
11.2 CERTIFICAÇÃO DE EQUIPAMENTOS ELÉTRICOS PARA ATMOSFERAS EXPLOSIVAS ..... 36
12 EQUIPE TÉCNICA ........................................................................................................................ 37
ANEXO A - Resultados das Simulações .................................................................................... 38
1 SUMÁRIO EXECUTIVO

O estudo de classificação de áreas tem como objetivo atender requisitos legais definidos nas
Normas Regulamentadoras NR-10 (Instalações e Serviços em Eletricidade) e NR-20 (Segurança e
Saúde no Trabalho com Inflamáveis e Combustíveis), além de proporcionar maior segurança às
pessoas e ao patrimônio da empresa.

A classificação de áreas consiste no mapeamento de todos os pontos (locais) com a


possibilidade de formação de atmosferas explosivas decorrentes de condições normais de processo ou
vazamentos de substâncias inflamáveis (seguindo as orientações das normas NBR IEC 60079).

Com o mapeamento das respectivas áreas de risco, a NETZSCH poderá tomar ações
preventivas para a redução do risco de explosão, como por exemplo, através da instalação de
equipamentos adequados, da elaboração de procedimentos de trabalhos, da avaliação de riscos em
novos projetos e de melhorias na planta industrial.

Esse estudo permite ainda a otimização dos custos com instalação e manutenção de
equipamentos elétricos, uma vez que serão especificados equipamentos corretos para as
características de cada área.

As áreas de risco são apresentadas através da Lista de Dados de Classificação de Áreas


(item 6.3), juntamente com observações pertinentes a cada cenário avaliado. Para um entendimento
mais claro das áreas de risco, o item 0 apresenta os desenhos com o mapeamento das áreas
classificas.

Estudo de Classificação de Áreas – nr. 11741– rev. 0 4


2 INTRODUÇÃO

Os equipamentos elétricos, por sua própria natureza podem constituir fontes de ignição
quando operando em uma atmosfera potencialmente explosiva. Essa fonte de ignição pode ser
ocasionada por centelhamento normal devido à abertura e/ou fechamento de contatos, ou ainda por
superaquecimento de algum componente elétrico devido ao próprio funcionamento deste, ou ainda,
provocado por correntes de defeito.

Porém, a utilização de equipamentos elétricos é indispensável na indústria e requer especial


atenção para que possam cumprir seu papel sem constituir o risco de desencadear incêndios ou
explosões. Sendo assim, os equipamentos e dispositivos elétricos devem possuir características
inerentes que os tornem capazes de operar, também, em atmosferas potencialmente explosivas, com o
mínimo risco de causarem a inflamação do ambiente onde estão instalados. Para isto é necessário
identificar as áreas sujeitas à formação de atmosfera explosiva e consequentemente definir
equipamentos/dispositivos elétricos que possuam características construtivas com tipo de proteção
adequado, de forma a reduzir o risco de explosão e/ou incêndio provocado pela sua operação.

Além dos equipamentos elétricos, os equipamentos não elétricos (mecânicos) devem ser
observados, pois podem constituir fontes de ignição como, por exemplo, no caso de aquecimento de
partes que sofrem atrito ou descargas por eletricidade estática.

Neste estudo serão definidos os locais onde, em condições normais de operação do


equipamento de processo, há possibilidade de formação de atmosferas potencialmente explosivas,
seguindo as orientações das normas NBR IEC 60079-10-1 (Atmosferas explosivas - Parte 10-1:
Classificação de áreas – Atmosferas explosivas de gás) e NBR IEC 61241-10 (Equipamentos elétricos
para uso na presença de poeiras combustíveis - Parte 10: Classificação de áreas onde poeiras
combustíveis estão ou podem estar presentes).

Estudo de Classificação de Áreas – nr. 11741– rev. 0 5


3 TERMOS E DEFINIÇÕES

Para os efeitos deste estudo, aplicam-se os seguintes termos e definições, conforme normas
NBR IEC 60079-10-1 e NBR IEC 60079-10-2.

 Atmosfera explosiva: mistura com o ar, sob condições atmosféricas, de substâncias inflamáveis
na forma de gás, vapor, névoa ou poeira, na qual, após ignição, inicia-se uma combustão
autossustentada através da mistura remanescente.

 Área classificada: área na qual está presente uma atmosfera explosiva de gás ou poeira, ou
ainda é esperada estar presente, em quantidades tais que requeiram precauções especiais
para a construção, instalação e uso de equipamentos.

 Área não classificada: área na qual não é esperado ocorrer à presença de uma atmosfera
explosiva de gás ou poeira, em quantidades tais que requeiram precauções especiais para a
construção, instalação e uso de equipamentos.

 Condições atmosféricas (condições de entorno): condições que incluem variações de pressão


e temperatura acima e abaixo dos níveis de referência de 101,3 kPa (1.013 mbar) e 20 ºC (293
K), assegurando que tais variações têm efeito desprezível nas propriedades explosivas da
poeira combustível.

 Densidade relativa de um gás ou vapor: (densidade de um gás ou vapor em relação à


densidade do ar na mesma pressão e na mesma temperatura ar é igual a 1,0)

 Extensão da zona: distância em qualquer direção da fonte de risco ao ponto onde a mistura
gás/ar ou poeira/ar tenha sido diluída pelo ar para um valor abaixo do limite inferior de
inflamabilidade.

 Equipamento (para atmosferas explosivas): termo genérico que inclui equipamentos,


acessórios, dispositivos, componentes e aqueles utilizados como parte de, ou em conexão
com, uma instalação elétrica em uma atmosfera explosiva.

 Fonte de risco: ponto ou local no qual um gás, vapor, líquido inflamável ou poeira combustível
pode ser liberado para a atmosfera de modo a possibilitar a formação de uma atmosfera
explosiva de gás.

 Fonte de risco de grau contínuo: uma liberação que é contínua ou que se espera que ocorra
frequentemente ou por longos períodos.

Estudo de Classificação de Áreas – nr. 11741– rev. 0 6


 Fonte de risco de grau primário: uma liberação que se espera que ocorra periodicamente ou
ocasionalmente durante operação normal.

 Fonte de risco de grau secundário: uma liberação que não se espera que ocorra em operação
normal e, se ocorrer, é pouco frequente e por curtos períodos.

 Gás ou vapor inflamável: gás ou vapor que, quando misturado com o ar em determinadas
proporções, forma uma atmosfera explosiva de gás.

 Gás liquefeito inflamável: material inflamável que é armazenado ou manuseado como um


líquido e que na temperatura ambiente e na pressão atmosférica é um gás inflamável.

 Graus de risco: há basicamente três graus de risco, conforme listado abaixo, em ordem
decrescente em relação à probabilidade de formação de uma atmosfera explosiva de gás:
NOTA Áreas classificadas são divididas em zonas baseadas na freqüência e duração da
ocorrência da mistura explosiva poeira/ar.
- Grau contínuo;
- Grau primário;
- Grau secundário.
Uma fonte de risco pode dar origem a um dos três graus de risco, ou a uma combinação de
mais de um deles.

 Líquido inflamável: líquido capaz de produzir vapor inflamável sob qualquer condição de
operação previsível.

 Limites de explosividade.
NOTA Os termos “limite de explosividade” e “limite de inflamabilidade” são equivalentes.
Material inflamável (substância inflamável): material que é inflamável por si mesmo ou que é
capaz de produzir um gás, vapor ou névoa inflamável.

 Limite inferior de inflamabilidade (LII): concentração de gás ou vapor inflamável no ar, abaixo
da qual a atmosfera de gás não é explosiva.

 Limite superior de inflamabilidade (LSI): concentração de gás ou vapor inflamável no ar, acima
da qual a atmosfera de gás não é explosiva.

 Mistura híbrida: mistura de substâncias inflamáveis em diferentes estados físicos, com o ar.
NOTA Um exemplo de mistura híbrida é uma mistura de metano, poeira de carvão e ar.

Estudo de Classificação de Áreas – nr. 11741– rev. 0 7


 Material inflamável (substância inflamável): material que é inflamável por si mesmo ou que é
capaz de produzir um gás, vapor ou névoa inflamável.

 Névoa inflamável: gotículas de líquido inflamável, dispersadas no ar, de modo a formar uma
atmosfera explosiva de gás.

 Operação anormal: falha no processo, previsível e que não ocorre frequentemente.

 Operação normal: situação em que o equipamento está operando dentro de seus parâmetros
de projeto.

NOTA Liberações de poeira em pequena quantidade que possam formar uma nuvem ou
camada (por exemplo, a partir de filtros), podem ocorrer em operação normal.
 Poeira: termo genérico incluindo as poeiras e partículas combustíveis em suspensão.

 Poeira combustível: pequenas partículas sólidas, de tamanho nominal de 500 µm ou menor,


que podem estar suspensas no ar, que se depositam sob o efeito de seu próprio peso, e que
podem queimar ou se incandescer no ar, e pode formar misturas explosivas com o ar sob
condições normais de temperatura e pressão.

NOTA 1 Esta definição pode também incluir poeira e partículas, como definido na ISO 4225.
NOTA 2 O termo “partículas sólidas” é destinado a especificar partículas na fase sólida e não
nas fases de gás, vapor ou líquida, mas não exclui partículas ocas.
 Poeira condutiva: poeira combustível com resistividade elétrica igual ou menor que 10³ Ω.m.

 Ponto de fulgor: menor temperatura na qual um líquido, sob determinadas condições


padronizadas, libera vapor em quantidade suficiente para formar uma mistura inflamável
ar/vapor.

 Ponto de ebulição: temperatura na qual um líquido entra em ebulição à pressão ambiente de


101,3 kPa (1013 mbar).

NOTA O ponto de ebulição inicial que deve ser utilizado para misturas de líquidos para indicar
o mais baixo valor do ponto de ebulição da gama dos líquidos presentes, como determinado
em laboratório de destilação padrão sem fracionamento.
 Pressão de vapor: pressão exercida quando um sólido ou um líquido está em equilíbrio com
seu próprio vapor. Ela é função da substância e da temperatura.

 Contenção de poeira: compartimentos dos equipamentos de processo, destinadas a manipular,


processar, transportar ou armazenar materiais em seu interior, de forma a evitar a liberação de
poeira combustível para a atmosfera ao seu redor.

Estudo de Classificação de Áreas – nr. 11741– rev. 0 8


 Fonte de liberação de poeira: ponto ou local a partir do qual a poeira combustível pode ser
liberada para a atmosfera.

NOTA Esta pode ser a partir da contenção de poeira ou de uma camada de poeira.
 Taxa de liberação: quantidade de gás ou vapor inflamável emitida por unidade de tempo pela
fonte de risco.

 Temperatura de ignição de uma atmosfera explosiva de gás: a mais baixa temperatura de uma
superfície quente na qual, sob condições específicas, irá ocorrer a ignição de uma substância
inflamável na forma de mistura de gás ou vapor com o ar.

 Temperatura mínima de ignição de uma camada de poeira: menor temperatura de uma


superfície quente na qual ocorre a ignição de uma camada de poeira de espessura
especificada sobre esta superfície quente.

NOTA A temperatura de ignição de uma camada de poeira pode ser determinada pelo método
de ensaio fornecido na IEC 61241-2-1.
 Temperatura mínima de ignição de uma nuvem de poeira: temperatura mínima da parede
interna quente de um forno na qual ocorre a ignição de uma nuvem de poeira no ar contida
dentro do forno.

NOTA A temperatura de ignição de uma camada de poeira pode ser determinada pelo método
de ensaio fornecido na IEC 61241-2-1.
 Ventilação: movimento do ar e sua renovação com ar fresco devido aos efeitos de vento,
gradiente de temperatura ou meios artificiais (por exemplo, ventiladores ou exaustores).

 Zonas: áreas classificadas são divididas em zonas, baseadas na frequência da ocorrência e


duração de uma atmosfera explosiva de gás, conforme descrito no item 5.4.1.

 Prontuário das instalações: conjunto de documentos mostrando a conformidade de instalações


e equipamentos elétricos.

NOTA Requisitos para o “prontuário das instalações” são fornecidos na ABNT NBR IEC 60079-
14.

Estudo de Classificação de Áreas – nr. 11741– rev. 0 9


4 DOCUMENTOS DE REFERÊNCIA

Para elaboração deste estudo foram consideradas informações passadas por operadores e
engenheiros da NETZSCH, bem como a utilização dos seguintes documentos e normas:

 NBR IEC 60079-0 - Atmosferas explosivas - Parte 0: Equipamentos - Requisitos gerais.


 NBR IEC 60079-10-1 – Atmosferas explosivas - Parte 10-1: Classificação de áreas –
Atmosferas explosivas de gás.
 NBR IEC 60079-14 - Atmosferas explosivas - Parte 14: Projeto, seleção e montagem de
instalações elétricas.
 NBR IEC 60079-20-1 - Atmosferas explosivas - Parte 20-1: Características de substâncias para
classificação de gases e vapores - Métodos de ensaios e dados.
 NBR IEC 60079-10-2 – Atmosferas explosivas - Parte 10-2: Classificação de áreas –
Atmosferas de poeiras combustíveis.

Estudo de Classificação de Áreas – nr. 11741– rev. 0 10


5 METODOLOGIA

Este trabalho tem como objetivo à “Classificação de Áreas” que apresentam o risco de
formação de atmosferas inflamáveis, que em contato com uma fonte de ignição, podem vir causar
incêndios e/ou explosões, levando em consideração o tipo de substância inflamável e os limites da área
na qual existe a probabilidade de formação de atmosfera explosiva.

A estimativa destas áreas e a elaboração do estudo são realizadas conforme orientações das
normas relacionadas no item 4 deste estudo. As principais etapas deste trabalho são:

 Identificação dos produtos utilizados, e caracterização de suas propriedades físico-químicas


quanto à inflamabilidade;
 Situação do produto em relação ao processo (fases do processo);
 Locais de armazenamento (pontos frágeis em relação ao meio ambiente);
 Avaliação das áreas de riscos;
 Avaliação das áreas passíveis de desclassificação mediante pequenas alterações;
 Plotagem das áreas classificadas;
 Orientação para a aquisição de equipamentos elétricos nas áreas classificadas, quanto ao tipo
e grau de proteção.

O trabalho de Classificação Elétrica está baseado em simulações de situações reais na


NETZSCH em caso de vazamentos e/ou desprendimentos de produtos inflamáveis.

Para tanto utilizamos um software (PHAST - Process Hazard Analysis Software Tools) que
realiza tais cálculos de dispersão.

Estudo de Classificação de Áreas – nr. 11741– rev. 0 11


5.1 ESTIMATIVA DAS ÁREAS CLASSIFICADAS (GASES E VAPORES)

Os cenários identificados “in loco” serão utilizados para quantificar através de modelagens
matemáticas, a área sujeita ao Limite Inferior de Inflamabilidade (mínima concentração na qual a
mistura se torna inflamável) dos produtos inflamáveis processados, manuseados e/ou armazenados na
planta.

Obs.: A representação dos resultados dos principais cenários utilizados como base para
classificação das áreas é apresentado de forma gráfica no Anexo II deste relatório.

Os equipamentos e instalações a serem considerados nas simulações, são aqueles que


manipulam de forma constante produtos inflamáveis. Abaixo citamos os principais pontos a serem
avaliados:

 Tanques de processo ou de armazenagem;


 Áreas de pintura;
 Reatores, agitadores ou acumuladores;
 Fornos ou aquecedores;
 Bombas de processo ou de recalque;
 Válvulas de dreno ou de alívio;
 Tubulações.

Portanto, não fazem parte desta análise equipamentos móveis, como cilindros, caminhões ou
carretas, circulando pelas instalações da empresa. Estes cenários podem ser apenas avaliados, se o
equipamento for considerado como fixo.

Estudo de Classificação de Áreas – nr. 11741– rev. 0 12


5.2 ESTIMATIVA DAS ÁREAS CLASSIFICADAS (POEIRAS COMBUSTÍVEIS)

Os cenários identificados “in loco” serão utilizados para quantificar a área sujeita a formação
de nuvens, formando uma mistura poeira-ar em concentrações ideais para combustão, bem como as
áreas onde existe o acúmulo de camadas de poeira nas quais possam em decorrência de algum tipo
de turbulência inadvertida (vento, movimentação de equipamentos, etc.) formando nuvens explosivas.

O produto resultante da identificação destas áreas, plotadas sobre as plantas do local, será
utilizado como base para estabelecer critérios de segurança para a instalação, montagem, operação e
manutenção de equipamentos/componentes elétricos e não elétricos.

Para identificação e avaliação da extensão das zonas para atmosferas explosivas de pó


foram seguidas as orientações estabelecidas na norma NBR IEC 60079-10-2 – (Atmosferas explosivas.
Parte 10-2: Classificação de áreas – Atmosferas de poeiras combustíveis), onde foram avaliados os
seguintes aspectos:

 Produto (granulometria, temperatura de ignição e resistência elétrica);


 Umidade;
 Forma de armazenamento e manipulação;
 Inventário;
 Dimensões do equipamento (silo, correia transportadora, etc.);
 Elevação do equipamento em relação ao solo;
 Pressão no interior do equipamento;
 Localização (área externa ou interna);
 Condições para formação de nuvem (desprendimento de equipamentos, turbulência em
camadas de poeira, etc.);
 Limpeza das áreas com presença de poeiras combustíveis.

Os produtos utilizados neste estudo foram selecionados com base em suas características e
nas informações fornecidas pela Netzsch sobre os produtos utilizados no processo.

Estudo de Classificação de Áreas – nr. 11741– rev. 0 13


Os equipamentos e instalações a serem considerados na classificação, são aqueles que
manipulam poeiras combustíveis de forma constante. Abaixo citamos os principais pontos a serem
avaliados:
 Silos de armazenagem;
 Moegas;
 Moinhos;
 Correias transportadoras;
 Filtros;
 Ciclones (sistemas de despoeiramento).

5.3 CONSIDERAÇÕES

Para a avaliação dos cenários analisados, são consideradas as condições normais de


operação do equipamento de processo, isto é, cuja liberação de produto para o meio externo somente
se daria em situações de falhas em cenários “previstos e/ou previsíveis” dos equipamentos de
processo (vasos, torres, trocadores de calor, silos de armazenagem, moinhos, bombas, compressores,
etc.), incluindo-se aí as tubulações, com suas válvulas, flanges, acessórios de tubulação, etc..

O termo “falhas previstas e/ou previsíveis” neste contexto tem o seguinte significado: refere-
se aquela operação em que a liberação de produto inflamável para o meio externo se dá de forma
controlada, em pequenas quantidades. Como exemplo, mencionamos: corrosão, vazamentos em
flanges ou gaxetas, fracionamento de substâncias inflamáveis, pontos de transferência, falha de filtros,
etc..

Portanto, excluem-se deste conceito aquelas situações catastróficas, que devem ser
contempladas nos planos de respostas à emergências. Por exemplo: ruptura total da tubulação,
explosão de um tanque, impactos mecânicos (como em carretas) etc..

Conforme o item 5.1 (Princípios de Segurança) da NBR IEC 60079-10-1, em condições de


parada de equipamentos para manutenção, devem ser tomadas medidas adicionais para redução dos
riscos de explosão. Visto ser essa uma atividade programada, medidas para controle do risco devem
ser tomadas, tais como interdição da área, purga de equipamentos, análise de riscos das atividades,
permissão de trabalho, desligamento dos equipamentos elétricos, etc.

Estudo de Classificação de Áreas – nr. 11741– rev. 0 14


As áreas classificadas neste estudo são válidas somente para as condições de processo
apresentadas neste estudo. Nos casos de alterações no processo, tais como novos equipamentos,
outros produtos envolvidos, ampliações, alteração de layout ou outras mudanças que alterem os
valores considerados neste estudo, deve-se realizar uma revisão neste estudo, considerando as novas
características do processo.

Este estudo está contemplando o projeto da nova unidade da NETZSCH moagem em


Pomerode. Tendo em vista que a nova unidade ainda está em fase de projeto e construção, os dados
de classificação de áreas serão aplicáveis somente nas condições especificadas neste documento.

As fotos apresentadas foram obtidas da unidade em operação na presente data. Estas estão
sendo apresentadas em caráter ilustrativo, pois a sua localização e condições de operação podem
mudar quando transferidos para a nova unidade.

Estudo de Classificação de Áreas – nr. 11741– rev. 0 15


5.4 DESIGNAÇÕES PARA ÁREAS CLASSIFICADAS

O presente estudo apresentará o mapa das áreas classificadas conforme denominação


adotada pela norma brasileira/internacional, sendo que a mesma apresenta as seguintes designações.

5.4.1 Tipo de Zona

Para designar o tipo de zona encontrado no local, as normas NBR IEC 60079-10-1 e a NBR
IEC 60079-10-2 baseiam-se na probabilidade e no tempo de duração da atmosfera explosiva no local,
conforme descrição abaixo:

Tabela 1 – Definição para os tipos de Zona


Área na qual uma atmosfera explosiva gasosa está presente continuamente ou por longos
ZONA 0
períodos ou frequentemente.
Área na qual uma atmosfera explosiva gasosa é provável de ocorrer em condições normais de
ZONA 1
operação ocasionalmente.
Área na qual uma atmosfera explosiva gasosa não é provável de ocorrer em condições normais
ZONA 2
de operação, mas, se ocorrer, irá persistir somente por um curto período.
Área na qual uma atmosfera explosiva, em forma de uma nuvem de poeira combustível em
ZONA 20 mistura com o ar, está presente continuamente, ou por longos períodos ou frequentemente por
curtos períodos.
Área na qual uma atmosfera explosiva, em forma de uma nuvem de poeira combustível em
ZONA 21
mistura com o ar, é esperada que ocorra em condições normais de operação.
Área na qual uma atmosfera explosiva, em forma de uma nuvem de poeira combustível em
ZONA 22 mistura com o ar, não é esperada que ocorra em condições normais de operação mas, caso
ocorra, persistirá apenas por um curto período.
Fonte: NBR IEC 60079-10-1 e NBR IEC 60079-10-2

Estudo de Classificação de Áreas – nr. 11741– rev. 0 16


5.4.2 Grupo

A norma NBR IEC 60079-0 classifica os equipamentos elétricos para atmosferas explosivas
em três grupos, conforme a característica do ambiente onde os mesmo serão instalados. A Tabela 3
apresenta da descrição desses grupos.

Tabela 2 - Grupos de equipamentos elétricos para atmosferas explosivas


Equipamento elétrico destinado para utilização em minas de carvão susceptíveis ao gás metano
GUPO I
(grisu).
Equipamento elétrico destinado para utilização em locais com uma atmosfera explosiva de gás
GRUPO II
outra que não minas susceptíveis ao grisu.
Equipamento elétrico destinado para utilização em locais com uma atmosfera explosiva de
GRUPO III
poeiras outras que não minas susceptíveis a grisu.
Fonte: NBR IEC 60079-0

O Grupo II é subdividido de acordo com a natureza da atmosfera explosiva de gás para o


qual é destinado, conforme exemplos na Tabela 3.

Tabela 3 – Subdivisões do grupo II


Grupo Substâncias
Amônia, Benzeno, Metano, Monóxido de Carbono, Naftaleno, Tolueno, Xileno, Acetona,
GUPO IIA Metanol, Isopropanol, Benzol, Butano, Gasolina, Hexano, Nafta, Gás Natural, Propano,
Acetaldeído, vapores de vernizes, ou gases e vapores de risco equivalente.
Etileno, Etanol, Ciclopropano, Éter Etílico, Sulfeto de Hidrogênio, Acroleína, Óxido de Eteno,
GRUPO IIB
Butadieno, Óxido de Propileno, ou gases e vapores de risco equivalente.
GRUPO IIC Atmosfera contendo Hidrogênio, Acetileno e Dissulfeto de Carbono.
Fonte: NBR IEC 60079-0

O Grupo III é subdividido de acordo com a natureza da atmosfera explosiva de poeira para o
qual ele é destinado, conforme apresentado na Tabela 4.

Tabela 4 – Subdivisões do Grupo III


GUPO IIIA Fibras combustíveis.
GRUPO IIIB Poeiras não condutoras.
GRUPO IIIC Poeiras condutoras.
Fonte: NBR IEC 60079-0

Estudo de Classificação de Áreas – nr. 11741– rev. 0 17


5.4.3 Classe de Temperatura

A classe de temperatura de um equipamento informa a máxima temperatura que a superfície


ou qualquer parte do equipamento pode atingir em operação normal ou de sobrecarga prevista,
considerando a temperatura ambiente máxima igual a 40ºC.

A designação adotada pela NBR IEC 60079-0 quanto à classe de temperatura (para gases e
vapores) é a apresentada na Tabela 5.

Tabela 5 - Limites de classe de temperatura

Classe de Temperatura Temperatura máxima de superfície (ºC)

T1 450
T2 300
T3 200
T4 135
T5 100
T6 85
Fonte: NBR IEC 60079-0

5.4.4 Temperatura de superfície máxima permissível para equipamentos em atmosfera de poeira

5.4.4.1 Limitações de temperatura devidas a presença de nuvens de poeira

Conforme a 60079-14 a temperatura máxima do equipamento é definida conforme a Equação 1


abaixo.
Tmáx = 2/3 TCL (Equação 1)

Onde: TCL é a temperatura de ignição mínima da nuvem de poeira (Retirada de bibliografias


e referências normativas).

Estudo de Classificação de Áreas – nr. 11741– rev. 0 18


5.4.4.2 Temperatura de ignição da substância em camadas

- Até 5 mm de espessura:

Conforme a 60079-14 a temperatura máxima do equipamento é definida conforme a Equação


2 abaixo.

Tmax = T5 mm – 75 °C (Equação 2)

Onde: T5 mm é a temperatura mínima de ignição de camada de poeira de 5 mm (Retirada de


bibliografias e referências normativas).

- Acima de 5 mm de espessura:

Onde existir a possibilidade de formação de camadas de poeira excedendo 5 mm sobre


equipamentos, a temperatura de superfície máxima permissível deve ser reduzida.

Em ambiente onde se observe essa condição, primeiramente devem ser avaliadas as causas
do acúmulo excessivo de poeira e implantadas medidas para eliminação ou redução da quantidade de
poeira no ambiente.

Dentre as diversas medidas para eliminação ou redução da quantidade de poeira no


ambiente, podem ser destacadas as seguintes:

 Intensificar a frequência de limpeza da área, evitando processos de limpeza que provoquem a


elevação de poeiras depositadas;
 Vedar pontos de vazamentos de pó existentes no processo (intensificar a manutenção dos
equipamentos);
 Utilização de sistemas de coleta em ponto de liberação de pó do processo.

Estudo de Classificação de Áreas – nr. 11741– rev. 0 19


Caso as medidas para redução da quantidade de poeira no ambiente não sejam suficientes
para manter as camadas de poeira com espessura de até 5 mm, a determinação da temperatura de
superfície máxima permissível dos equipamentos deverá seguir os requisitos estabelecidos na norma
NBR IEC 60079-14.

OBS: Para acúmulo de camadas de poeira com até 50 mm de espessuras, são utilizados
dados existentes em bibliografias e referências normativas como um guia semi-quantitativo para
determinação da Classe de Temperatura do equipamento. Em casos de acúmulos maiores que 50 mm,
são necessários testes laboratoriais para determinação da temperatura de ignição da substância, de
acordo com a norma NBR IEC 60079-14 - Atmosferas explosivas. Parte 14: Projeto, seleção e
montagem de instalações elétricas.

Utilizando as equações apresentadas acima, a classe de temperatura das poeiras


combustíveis é expressa na Tabela 8, como, por exemplo: “T250 °C”, sendo esta a máxima
temperatura de operação do equipamento.

Estudo de Classificação de Áreas – nr. 11741– rev. 0 20


6 ESTUDO DE CLASSIFICAÇÃO DE ÁREAS

6.1 DADOS CLIMATOLÓGICOS

As condições climatológicas têm influência na formação ou na presença de uma atmosfera


explosiva. Para a determinação destas atmosferas, foram consideradas condições críticas conforme
orienta NBR IEC 60079-10-1, de forma a se obter resultados mais conservativos.

6.2 LISTA DE PRODUTOS AVALIADOS

6.2.1 Gases e Vapores

Os produtos utilizados nas simulações foram selecionados com base em suas propriedades
físico-químicas e nas informações fornecidas pela NETZSCH sobre os produtos utilizados no processo.

A Tabela 6 apresenta as características e classificação das substâncias avaliadas com


relação as suas características de acordo com a NBR IEC 60079-20-1 (Atmosferas explosivas - Parte
20-1: Características de substâncias para classificação de gases e vapores - Métodos de ensaios e
dados) e FISPQ das substâncias.

Tabela 6 - Características das substâncias avaliadas


Produto Grupo Classe de Temperatura
Solventes1 IIA T3

1 Em função da natureza variada dos produtos manipulados na empresa, não é possível definir com precisão quais produtos serão
utilizados nas áreas avaliadas. Para definir o produto “Solvente” foram levados em consideração Aguarrás, Hexano, Tolueno e
Xileno, sendo escolhido conservativamente o grupo e classe de temperatura mais críticos destes produtos.

Estudo de Classificação de Áreas – nr. 11741– rev. 0 21


6.2.2 Poeiras Combustíveis

A Tabela 7 apresenta a classificação das substâncias avaliadas com relação as suas


características.
Tabela 7 - Características das substâncias avaliadas (poeiras)
Máxima Temperatura de operação do
Produto Grupo equipamento
Nuvem Camada (T5mm)
Produtos alimentícios2 IIIB T305 ºC T205 ºC

Obs.: Na aquisição de equipamentos para utilização em áreas sujeitas a presença de poeira


combustível, deve ser observada a temperatura de superfície máxima dos mesmos. Para determinação
dessa temperatura, atentou-se para o atendimento dos requisitos descritos no item 5.4.4 deste
relatório.

2 Em função da natureza variada dos produtos manipulados na empresa, não é possível definir com precisão quais produtos serão
utilizados nas áreas avaliadas. Para definir o produto “Produtos alimentícios” foram levados em consideração Farelo de Soja, Açúcar,
Leite em pó e Cacau, sendo escolhido conservativamente o grupo e classe de temperatura mais críticos destes produtos.

Estudo de Classificação de Áreas – nr. 11741– rev. 0 22


6.3 LISTA DE DADOS PARA CLASSIFICAÇÃO DE ÁREAS

A lista de dados para classificação de áreas apresenta os cenários avaliados, dados de


processo utilizados e descrição das áreas classificadas.

A Representação dos Resultados dos principais cenários utilizados como base para
classificação das áreas é apresentada de forma gráfica no Anexo A.

Estudo de Classificação de Áreas – nr. 11741– rev. 0 23


Lista de Dados de Classificação de Áreas com a Presença de Gases e Vapores
Equipamento de Processo Temp. (ºC) / Ventilação Fonte de Risco Extensão da Zona¹ (m)
Classe de
Produto Pressão Observação
o Temp. / Grupo
N Descrição (kgf/cm²) Grau Disponibilidade Descrição Grau Zona 0 Zona 1 Zona 2

SELO
Interior da
Bancada de lavagem de Lavagem de
1 Solventes Amb./Atm. Médio Satisfatória Primário - bancada e - T3/IIA -
peças peças
coifa

LABORATÓRIO QUÍMICO (ALIMENTOS)

Recipientes Contínuo / Interior dos


2 Misturador Solventes Amb./Atm. Médio Satisfatória Toda a sala - T3/IIA -
de mistura Primário recipientes
SALA DE ANÁLISE
Área não classificada em função da
Solventes
pequena quantidade de materiais
3 Bancada de testes produtos Amb./Atm. Médio Satisfatória Recipientes - - - - -/-
manipulada. Ver item 9 do relatório de
alimentícios
classificação de áreas.
DEPÓSITO DE INFLAMÁVEIS

Manipulação e Todo
4 Depósito Solventes Amb./Atm. Médio Boa Primário - - T3/IIA -
fracionamento depósito

¹ Distância considerada a partir do ponto de desprendimento. 24


Lista de Dados de Classificação de Áreas com a Presença de Poeiras Combustíveis
Equipamento de Processo Fonte de Risco Ventilação Formação Extensão da Zona(1) (m) (2)
Pó em Nível de M.T.O.
Produto de Observação
o Descrição Descrição Grau Grau Disponibilidade suspensão Limpeza Zona 20 Zona 21 Zona 22 (ºC) / Grupo
N Camadas
MOAGEM A SECO
Produtos Interior do
1 Triturador de alimentos Interior Contínuo Baixo Pobre Não C < 5mm Bom - - T205/IIIB -
alimentícios triturador

Contínuo / Interior Interior


Produtos
2 Filtro de mangas Interior Secundári Médio Satisfatória Não C < 5mm Bom - (Câmara (Câmara T205/IIIB -
alimentícios
o suja) limpa)

Produtos Interior do
3 Ciclones Interior Contínuo Baixo Pobre Não C < 5mm Bom - - T205/IIIB -
alimentícios ciclone
DEPÓSITO DE PRODUTOS AGUARDANDO TESTE

Área não classificada em


função da limpeza e
Produtos
4 Depósito - - Médio Satisfatória Não Não há Bom - - - -/- ventilação do local. Ver
alimentícios
item 9 do relatório de
classificação de áreas.

(1)
Distância considerada a partir do ponto de desprendimento.
(2)
Máxima Temperatura de Operação do equipamento para nuvem de poeira. 25
6.4 PLANTAS DE CLASSIFICAÇÃO DE ÁREAS

Com base nos resultados apresentados na lista de dados para classificação de áreas (item
23), foram elaboradas as documentações das áreas classificadas. A Tabela 8 apresenta a relação de
desenhos que ilustram as áreas classificadas.

Tabela 8 - Relação de desenhos das áreas classificadas


Nº Desenho Descrição
11824 Bancada de Lavagem de Peças
11825 Depósito de Inflamáveis
11826 Laboratório de Químico – Moagem a Seco

Os desenhos de classificação apresentados são resultantes da análise dos resultados, ou


seja, permitem uma visualização gráfica dos resultados tabelados na lista de dados para áreas
classificadas. Portanto, é de extrema importância a observação de todo o descritivo deste estudo.

Quando da indisponibilidade de algum desenho, as informações das áreas classificadas


encontram-se nos itens 6.3 e 7 deste estudo.

Estudo de Classificação de Áreas – nr. 11741– rev. 0 26


7 CLASSIFICAÇÕES ADICIONAIS

Em complementação a Lista de Dados apresentada no item 6.3, a seguir são descritas


classificações adicionais ao estudo:

- Todos os volumes no interior de equipamentos, como por exemplo, em tanques, tubulações ou


outros equipamentos similares que contenham produtos inflamáveis, são considerados Zona 0.
Da mesma forma, o volume interno de equipamento que operam com poeiras combustíveis,
como por exemplo, em silos, filtros ou outros equipamentos similares, são classificados como
Zona 20. O grupo e a classe de temperatura dessas áreas devem ser verificados no item 6.2
deste estudo, de acordo com o produto existente no equipamento.

- Em áreas classificadas com produtos mais pesados que o ar, qualquer tipo de depressão
(canaletas, ralo, drenos, caixas de passagem no piso, etc.) existente nesta área, sendo esta
Zona 1 ou 2, deve ser classificado como Zona 1, devido a possibilidade de acúmulo de gás no
seu interior, sendo que o mesmo levará muito tempo para dispersar-se.

Canaletas no piso laboratório – alimentos (Unidade em processo de desativação)

Estudo de Classificação de Áreas – nr. 11741– rev. 0 27


8 OBSERVAÇÕES

A seguir são apresentadas as observações pertinentes ao estudo de classificação de gases e


vapores:

- Todos os produtos inflamáveis deverão ser armazenados e misturados/preparados no depósito


de inflamáveis externo à unidade.
O transporte destes produtos deve ser feito em recipientes específicos para este fim, de forma
a evitar vazamentos e acidentes.

Recipiente de transporte de produtos inflamáveis (imagem ilustrativa)

- No laboratório de químicos, é feita a manipulação de solvente em recipientes abertos nos


misturadores e em outros pontos do laboratório. Como não existe um local específico para
manter os recipientes abertos antes e depois do processo de mistura, bem como estes são
movimentados abertos no local, toda a sala é considerada zona 1.

Laboratório de químicos (Unidade em processo de desativação)

Estudo de Classificação de Áreas – nr. 11741– rev. 0 28


9 DESCLASSIFICAÇÕES

Dentre os cenários avaliados com aparente potencial de classificar uma área, abaixo são
descritos os cenários não classificados.

- O depósito de produtos aguardando teste é considerado desclassificado, visto que o ambiente


possui boa ventilação, as embalagens são armazenadas fechadas e não há manipulação de
produtos no local, impossibilitando desta forma a formação de atmosfera explosiva.
Apesar de ser uma área não classificada, o risco de incêndio no local é elevado, portanto,
medidas para controle de derramamentos acidentais e elementos de segurança relativos ao
risco de incêndios devem ser observados, tais como:

 Elaboração de procedimentos e medidas para limpeza do local;


 Treinamento dos trabalhadores da área quanto aos riscos associados ao
armazenamento e manipulação de materiais combustíveis e procedimentos para
execução dessas atividades;
 Treinamento dos trabalhadores da área sobre medidas de emergência a serem
tomadas em caso de incêndio;
 Evitar a instalação equipamentos elétricos na área e manter equipamentos elétricos
instalados afastados a uma distância mínima de 1,0m dos produtos armazenados;
 Disponibilizar equipamentos de combate a incêndios no local;
 Treinamento da equipe de brigadistas.

Depósito de produtos (Unidade em Processo de desativação)

Estudo de Classificação de Áreas – nr. 11741– rev. 0 29


- Na sala de análise, a manipulação de substâncias inflamáveis é feita em com pequenas
quantidades e mantidos fechados sempre que fora de uso. O local é considerado
desclassificado.
Apesar de desclassificado, devem ser mantidas as medidas para controle do risco de incêndio.
Essas medidas incluem:

 Treinamento dos trabalhadores no manuseio das substâncias para redução do risco de


derramamentos;
 Conscientização do risco de incêndio no local, e treinamento nas ações a serem
tomadas em casos de vazamentos ou derramamento;
 Prever meios para isolar / retirar equipamentos elétricos energizados no caso de
vazamento ou derramamento;
 Prever equipamentos adequados e treinamento para combate de pequenos incêndios;
 Supervisão de atividades onde ações imediatas podem ser necessárias para lidar com
qualquer tipo de liberação;
 Boa ventilação;
 Limitar a quantidade de substâncias inflamáveis / combustíveis armazenadas.

Sala de análise (Unidade em processo de desativação)

Estudo de Classificação de Áreas – nr. 11741– rev. 0 30


10 RECOMENDAÇÕES E POSSIBILIDADES DE MELHORIA

Avaliando os resultados desse estudo, podemos observar algumas situações específicas


(cenários, produtos e equipamentos) que podem levar a áreas não classificadas ou redução do risco
atual.
Observamos que as recomendações relacionadas a seguir visam orientar a NETZSCH com
relação à redução dos riscos relacionados a formação de atmosferas explosivas, no entanto, não
representam à íntegra ou a verdade absoluta. Portanto, as recomendações apresentadas não eximem
a NETZSCH de realizar, preliminarmente, uma análise técnico-financeira apropriada para cada uma
das não-conformidades identificadas.
A classificação de áreas tem caráter de ação preventiva, e a posterior participação da HERCO
na solução das recomendações poderá ser solicitada na forma de assessoria e consultoria.

- Em áreas com presença de poeira combustível, o acúmulo de poeira pode ocasionar riscos
como o de incêndio e até mesmo explosão, o que dependendo das características do local,
pode acarretar em mais áreas classificadas. Com o intuito de se evitar esses riscos adicionais,
recomenda-se que todas as áreas possuam programa de limpeza, objetivando a redução da
formação de camadas de poeira, principalmente sobre equipamentos que produzam
superfícies quentes. A limpeza deve ser realizada sem que haja a suspensão das partículas
depositadas, como uso de vassouras e ar-comprimido. A forma mais indicada é através da
aspiração da poeira.

- Conforme orienta a NBR 5410, em áreas onde há a possibilidade de presença de poeira,


mesmo as não classificadas, recomenda-se a utilização de equipamentos elétricos com grau
de proteção mínimo IP-5X. Esta recomendação visa evitar danos aos equipamentos instalados.

Estudo de Classificação de Áreas – nr. 11741– rev. 0 31


- Na área de lavagem (Selo) são utilizados solventes inflamáveis para a limpeza das peças.
Considerando que os únicos produtos responsáveis pela classificação do local são estes
solventes, recomenda-se avaliar a possibilidade de utilizar produtos não-inflamáveis (alto ponto
de fulgor) disponíveis no mercado. Ao se utilizar estes produtos, o local poderá ser considerado
desclassificado. Mesmo seguindo esta recomendação, o local ainda deverá dispor de medidas
de combate a incêndio já que estes solventes, ainda que não inflamáveis, são combustíveis.

Área de Lavagem (Unidade em processo de desativação)

- No laboratório de químicos, é feita a manipulação de quantidades consideráveis de solvente


em recipientes abertos nos misturadores. No projeto não há previsão de instalação de
exaustores na sala onde estes misturadores irão operar. Com o objetivo de reduzir a
possibilidade de formação de atmosfera explosiva no local, recomenda-se que sejam
instalados exaustores a fim de dissipar os vapores gerados durante manipulação de produtos
inflamáveis. Após estas providências, o estudo poderá ser revisto, para as devidas alterações.

Laboratório de químicos (Unidade em processo de desativação)

Estudo de Classificação de Áreas – nr. 11741– rev. 0 32


11 EQUIPAMENTOS E INSTALAÇÃO

Como resultado do estudo de classificação de áreas obtém-se a determinação dos locais


específicos onde existe o risco de formação de atmosfera potencialmente explosiva, desta forma os
equipamentos elétricos instalados nestes locais devem possuir proteções adequadas que evitem que
os mesmos proporcionem o contato de fontes de ignição - associadas ao seu funcionamento - com a
atmosfera explosiva.

Os tipos de proteções adequadas para a utilização em atmosferas explosivas possuem uma


denominação específica, relacionada ao funcionamento da proteção, e uma sigla com caracteres que
servem para identificar a proteção e diferenciá-la de equipamentos comuns. Esta sigla é constituída
dos caracteres “Ex” adicionada de uma letra que especifica o tipo de proteção. Com a sigla identifica-se
imediatamente o tipo de proteção sem necessidade da descrição da mesma.

Os principais tipos de proteção, acompanhados da sigla “Ex”, são os seguintes:

- Prova de Explosão (Ex-d)


- Segurança Aumentada (Ex-e)
- Proteção Combinada (Ex-de)
- Equipamentos Elétricos Imersos em Óleo (Ex-o)
- Equipamentos Pressurizados (Ex-p)
- Equipamentos Imersos em Areia (Ex-q)
- Equipamento Elétrico Encapsulado (Ex-m)
- Equipamentos e Dispositivos de Segurança Intrínseca (Ex-ia ou ib)
- Equipamento Elétrico Não Acendível (Ex-n)
- Proteção Especial (Ex-s)

Para cada tipo de proteção existem as Zonas nas quais estes podem ser instalados. Esta
classificação é determinada pela NBR IEC 60079-14 (Atmosferas explosivas - Parte 14: Projeto,
seleção e montagem de instalações elétricas), na qual apresenta os tipos de proteção pertinentes para
cada Zona e a maneira como estes equipamentos devem ser instalados.

A Tabela 9 apresenta de forma resumida os tipos de proteção e as Zonas onde estes podem
ser instalados:

Estudo de Classificação de Áreas – nr. 11741– rev. 0 33


Tabela 9 – Matriz de utilização dos tipos de proteção em função da Zona
Grau de Risco
Tipo de Proteção
Zona 0 Zona 1 Zona 2
Ex-d X X
Ex-e X X
Ex-de X X
Ex-ia X X X
Ex-ib X X
Ex-m X X
Ex-n X
Ex-o X X
Ex-p X X
Ex-q X X
*Ex-s X X X
* Caso seja aprovado por laboratório credenciado

A seleção de equipamentos para áreas classificadas também pode ser feita através do nível de
proteção de equipamentos (EPL). O nível de proteção EPL é atribuído ao equipamento baseado em
sua probabilidade de se tornar uma fonte de ignição.

A Tabela 10 apresenta a relação entre níveis de proteção de equipamento (EPL) e zonas.

Tabela 10 – Relação entre níveis de proteção de equipamento (EPL) e zonas.


Zona Níveis de proteção de equipamento (EPLs)
0 “Ga”
1 “Ga” ou “Gb”
2 “Ga”, “Gb” ou “Gc”
Fonte: NBR IEC 60079-14

11.1 ÁREAS CLASSIFICADAS COM PRESENÇA DE POEIRAS COMBUSTÍVEIS

A maior parte dos tipos de proteções existentes para equipamentos elétricos para instalação
em áreas classificadas por poeiras são os mesmos dos equipamentos para gases, porém a simbologia
do mesmo acompanha a letra “D”.

Estudo de Classificação de Áreas – nr. 11741– rev. 0 34


Os principais tipos de proteção existentes, conforme norma NBR IEC 60079-14 (Atmosferas
explosivas - Parte 14: Projeto, seleção e montagem de instalações elétricas) são os seguintes:

 Invólucros Protegidos Contra o Ingresso de Poeira (Ex-tD)


 Equipamentos Protegidos por Encapsulamento (Ex-mD)
 Invólucros Pressurizados (Ex-pD)
 Equipamentos de Segurança Intrínseca (Ex-iD)

Para cada tipo de proteção existem as Zonas nas quais estes podem ser instalados. A norma
brasileira que regulamente este tipo de instalação é a norma NBR IEC 60079-14 (Atmosferas
explosivas - Parte 14: Projeto, seleção e montagem de instalações elétricas), na qual apresenta os
tipos de proteção pertinentes para cada Zona e a maneira como estes equipamentos devem ser
instalados.

A Tabela 11 apresenta de forma resumida os tipos de proteção e as Zonas onde estes podem
ser instalados:

Tabela 11 - Matriz de utilização (Poeiras)


Grau de Risco
Tipo de Proteção
Zona 20 Zona 21 Zona 22
Ex-tD X X X
Ex-mD X X
Ex-pD X X
Ex-iD X X X

Para seleção do equipamento a ser instalado em áreas classificadas devido à presença de


poeiras combustíveis, é necessária uma avaliação quanto à possibilidade de acúmulo de poeira sobre o
equipamento, conforme orienta a norma NBR IEC 60079-14 (Atmosferas explosivas - Parte 14: Projeto,
seleção e montagem de instalações elétricas).

A seleção de equipamentos para áreas classificadas também pode ser feita através do nível de
proteção de equipamentos (EPL). O nível de proteção EPL é atribuído ao equipamento baseado em
sua probabilidade de se tornar uma fonte de ignição.

Estudo de Classificação de Áreas – nr. 11741– rev. 0 35


A Tabela 12, abaixo, apresenta a relação entre níveis de proteção de equipamento (EPL) e
zonas.

Tabela 12 – Relação entre níveis de proteção de equipamento (EPL) e zonas


Zona Níveis de proteção de equipamento (EPLs)
20 ‘‘Da’’
21 ‘‘Da’’ ou ‘‘Db’’
22 ‘‘Da’’, ‘‘Db’’ ou ‘‘Dc’’
Fonte: NBR IEC 60079-14

11.2 CERTIFICAÇÃO DE EQUIPAMENTOS ELÉTRICOS PARA ATMOSFERAS EXPLOSIVAS

Os equipamentos instalados em áreas classificadas devem ostentar a identificação de


Certificação do Sistema Brasileiro de Certificação – SBC, em conformidade com a Regra Especifica
para a Certificação de Equipamentos Elétricos para Atmosferas Explosivas e emitidos por Organismo
de Certificação Credenciado pelo INMETRO, conforme determina Portaria n. 179, de maio de 2010. O
certificado deve ser fornecido pelo fabricante do equipamento e mantido disponível no Prontuário de
Instalações Elétricas.

Por serem equipamentos especiais e estarem instalados em locais de alto risco, a manutenção
destes equipamentos deve ser realizada por profissionais capacitados, com treinamento sobre
Instalações e Manutenções em Atmosferas Explosivas e permissão para trabalho formalizada,
conforme determina a NR-10.

Estudo de Classificação de Áreas – nr. 11741– rev. 0 36


12 EQUIPE TÉCNICA

Assinatura
Nome Título

Fabricio Faustino Analista de Riscos

André Augusto Pfuetzenreiter Engenheiro Eletricista / Segurança

Quadro 1 – Equipe Técnica

Estudo de Classificação de Áreas – nr. 11741– rev. 0 37


ANEXO A - Resultados das Simulações

Estudo de Classificação de Áreas – nr. 11741– rev. 0 38


Conforme observado no item Erro! Fonte de referência não encontrada. deste estudo, os
cálculos para estimativa da extensão das áreas classificadas foram realizados com o auxílio de
software desenvolvido para esta aplicação.
Os resultados dos cálculos com a dispersão das substâncias inflamáveis avaliadas são
apresentados de forma gráfica.
Estes gráficos mostram a partir de uma vista lateral o comportamento da nuvem inflamável
gerada pela substância após um vazamento ou dispersão resultante do processo.
Na figura abaixo estão indicados os elementos que compõe o gráfico:

1
5

3
4

Figura 1 – Representação das simulações

Legenda:
1) Informações sobre o cenário avaliado.
2) Limite Inferior de Inflamabilidade da substância inflamável.
3) Altura considerada do vazamento em relação ao nível do solo.
4) Distância da nuvem inflamável em relação ao ponto de desprendimento.
5) Representação da nuvem inflamável vista lateralmente.

A seguir são apresentados os memoriais de cálculos dos principais cenários utilizados como
base para este estudo.
Havendo a identificação em campo de fontes de risco (cenários) com características idênticas
é apresentado apenas o gráfico de um dos cenários, com o objetivo de demonstrar/evidenciar o
resultado dos cálculos, visto que os demais cenários apresentarão os mesmos resultados.
Estudo de Classificação de Áreas – nr. 11741– rev. 0 39
A não apresentação das demais simulações, não compromete de nenhum modo as
distâncias das áreas classificadas.
Misturador

Estudo de Classificação de Áreas – nr. 11741– rev. 0 40


NOTAS GERAIS

deste estudo.
LEGENDAS

BANCADA
DE ZONA 0, IIA, T3
ZONA 1, IIA, T3
ZONA 2, IIA, T3

SELO

0 29/08/13 F.F A.A.P A.L.F

REV. DATA EXEC. VERIF. APROV.


DETALHE:
BANCADA DE
74.772-5
CONTRATO
2.201.307.02

CLIENTE
NETZSCH

PROGRAMA

Selo

PROJ. EXEC. VERIF.


R.P F.F A.A.P
APROV.
A.L.F DESENHO -
DATA ESCALA FOLHA
29/08/2013 1:75 01 de 01

A-3 11824
297 mm x 420 mm
CLIENTE
NETZSCH

74.772-5
CONTRATO
2.201.307.02
DATA
LEGENDA 11825 29/08/2013
ESCALA
1:50
ZONA 1, IIA,T3
REV.
00
ZONA 0, IIA, T3 ZONA 2, IIA,T3 FOLHA
01 de 01

REV. 0 REV. A REV. B REV. C REV. D REV. E REV. F REV. G


DATA 29/08/2013
PROJETO R.P
F.F
A.A.P
A-4
297 mm x 210 mm A.L.F
NOTAS GERAIS

LEGENDAS

WC WC ZONA 0, IIA, T4
Filtro
Tanque Tanque Tanque
de SALA ZONA 1, IIA, T4
mangas

Bancada
Filtro Ciclone
ZONA 2, IIA, T4
Mangas

Bancada
de

Bancada
granito
Ciclone
MATERIAL Microondas
Prateleira

Prateleira

Bancada

Bancada

Bancada
DE Triturador
TESTE Medidor NFT
SALA de -
Unidade
MOAGEM
A
SECO
Triturador

PU

075
PE

0 29/08/13 F.F A.A.P A.L.F

REV. DATA EXEC. VERIF. APROV .

74.772-5
CONTRATO
2.201.307.02

CLIENTE

NETZSCH

PROGRAMA

Moagem a seco

Misturadores / Triturador / Filtro


Mangas / Ciclones

PROJ. EXEC. VERIF. APROV.


R.P F.F A.A.P A.L.F
ESCALA FOLHA
1:75 DESENHO - 01 de 01
DATA
A1 29/08/2013 11826
841 mm x 594 mm

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