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CIVIL BRASILEIRO
Serie 5.0 BRA S I L I A N A Vol. 165
BIBLIOTECA PEDAGOGICA BRAS IL EIRA
NI NA R ODRIG UE S
O Alienado no Direito
Civil Brasileiro
3." ED I Ç,-,O
NC3tD. Se rie:
Advertencia 17
CAPITULO I
C APITULO II
A incapaci dn dc c ivil nos estados de insa nidt1de
men~l - 80
C APITULO III
CAPIT ULO IV
P rotcc ção legal nos t1 li enados . 177
AOVERTENCIA
A introducçáo e o te.v:io justificam os intuitos e a
razão de ser deste livro. Duas pa.lo.vras apenas dirão
agora do m odo por que foi feito.
E ste tr.:ibalho, - cm substancia simples reproduc-
ção de algumas lições que consa~rei este an no ao exame
do Projec(o Bevilaqua, 110 ponto de vista medicD•lcgal,
- teve de soffrcr modificações que o adaptassem á sua
forma actual. NeIJe supprimi , das ficções, a exposição
preliminar da doutrin;, mcdioo-leêal ela capacidnde civil,
indispensavel, no curso, para que os ülumnos podessem
seguir a analy:.e do Projecto, e, até certo ponto, conve•
niente á bôa explanação do assumpto. E m futura revisão
do trabalho, uma vez depurado pela critica1 das falhas e
defei tos que encerre, é possivel que Jhe venlíamos a res-
tituir o que hoje lhe supprimimos.
D o exame da phren.iatda forC!ns.e separei o das ou-
tras q uestões medico-Ie~aes que elucida vm codigo civil.
.Estas constituirão objecto de trabalho que destino a im-
portante revista do paiz.
Obrigado a soccorrer-m e da opinião e parecer de
muitas au toridades mediros e j uridicas, de animo deH-
bera do multipliquei, n este l ivro, as citações e transcri-
pç&!s. Já as fendo vertido para o portu/juez, r econside-
re;, no entanto, e resolvi transcrevê.las nos otit;inaes em
que as consultei. Duas razões motivaram esta deliberação.
Prim eira, o dever de rit1orosa fidelidade nas citações, em
obra que ;:ilimenfo a esperança de contribuir para a ela-
b oração de leis de a.Jcance de uma codificação civil. Se-
gunda, a impossibilidade em que me vi de con sultar di·
versos autores no original, e o receio que, ela traducção de
traducções, se podessem originar graves adulterações do
pensamento do autor citado.
Foi a razão por que lambem conservei, na Jint1ua dos
traductoces, as citaçiies dos Codigos que não pude con-
sultar no orit1inal. T endo sido dadas em notas as citações
de diversos Codigos, bastará mencionar aqui os que esca-
param áquella forma de indica.ç.ã.o. Ser.rimo-nos, para
o Codiao Civil allemão, do Code Civil allemand et loi
d'introductioo, Paris, 1897, de Raoul de la Grasserie;
para o Codigo Civil do Japão, do Code Civil d e l'Empire
duJapoo,Paris, 1898, de M otonoe Tomii; pnra o Codigo
hespanhol, do Code Civil Espagnol, Paris1 1890, de A.
Levé,· para o Codil!o hoJlandez, do Les Codes Neerlandais,
Paris, 1886,deG. Tripels;paraosCodit10s da Austria eda
Luiziana, do Concordance entre les codes civils étran-
gers et le code français, Bruxclles, 1842, d e Saint J oseph.
Cumpro um simples dever, a!Jradecendo a valiosa
coadjuvação que me prestaram diversos amigos que tive~
ram a éentileza de facilitar-me a consulta de obras jurídi-
cas, que deviam faltar naturalmente á minha m odesta
bibliotheca medico-leAal.
O desejo de que a publicação da obra se fizess e den-
tro do prazo marcado pela Gamara dos Deputados para a
apresenfilção dos pareceres por ella solicitados dos diver-
sos tribum1es e corporações juridicas, influiu para que
não tivesse sido apurado o trabalho de rev isão das pro-
va s typo/;raphic.is a que escaparam diversas incorrecçóes.
Limitei-me, todavia, a dar em errata apenas as que podem
alteri'Jr o sentido da pl1rasc, esperando da benevolencia do
leitor a correcção dos simples erros ortJ1of1raphicos.
NINA RODRIGUES.
INTRODUCÇAO
"Nous dcvons foirc obse n:cr que l'C:<e rcicc de ln méde-
cinc comprenJ <leu){ p:uties: lo m édocino prfrl:c, dont 1c
rôlc s'c:<:ercc d:ms un cercle discret ct n'autorise dcs d i~
v ulgations scicntifiquc9 qu'à. l'ndrl'! sse du corps médica!,
ct 111 médcci11e publique, qui se pratique au ~nmd iou r,
so us lc contróle inc~sant de la p r!!~C et nv«: des colln-
borntc urs étr.'l ngcrs ti. n otrc pro fé:.sion.
"Pou\'cns-nous i:-ur cc de m icr n\·oir ln prétention de
dictcr ou gr.:tnd public des ordrcs ou nom de lo scicnce
sa ns c n moti..-c r lcs roisons?
"Notre autorité ne ser.i·t-cllo pas $inguliCrcment accrue
si n aus dh•t!lp,ons nos prccédês de rccherche, :1vant d'cn
for m uler lc:<1 conclnsions, sou•,cnt inattcnduos, ct grosses
d<) conscqu cnccs prnti qucs? N aus pouvons tro uvcr u ne
réponsc prl·cis(! à ce3 qu(!Stions da n s l'é\·olution conte m-
poraine de Ia bronche de ln m édecinc p u b lique doot les
p ro;;rf! s s'affirment de lo fnçon Ta plus indiscutnbfo, je
vc:.ix p;ulcr dl' l'hygicne. Si l' imp orto.nce socíale de cc rte
science gnu:i di t de jour en jou r, il fa u t l'ot tribucr non
seulement 3 la vah!ur des travau:x, surtout mOOicaux, qui ,
dcpuis vingt ans, en ont ren ouvelê le c:i roctêre, mais oussi
;! l'intclligcnt c collaborotion q ui, sur cc tenoin, unit le
m6decin, lc chimiste, l'arch itectc ~ l' administrat eur et ou
pédor,.ogcc. La méd ecine 1égale doit entrer dans ln mêroe
,10ie, c t, de to utcs ses parties, lo m OOeci oa mcntnlc cst
cellc q ui nécessitc Ie p lus impé ri euscment ce gcnrc
d ' études."
H. CO UTAGNE: La folie au point do vue judidoitc
et administratit. Paris 1888, pg. 3_
Bdltôu ,fo
CO:\WA~HIA EDl'fOR.õ. NACIONAL
nu:i. dos GusmCíc:s. ll8/1.;o - São Paulo.