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Estatística e Probabilidade
Importante:
Essa atividade abrange o conteúdo da Unidade 4:
Capítulos 9 e 10 do livro texto base: MONTGOMERY, Douglas C, RUNGER,
George C. Estatística aplicada e Probabilidade para Engenheiros. 4ª
edição. Rio de Janeiro: LTC, 2009.
Anotações de aula da Unidade 4
Questão 1: O calor liberado, em calorias por grama, de uma mistura de cimento tem
distribuição aproximadamente normal. A média deve ser 100 e o desvio-padrão 2.
Deseja-se testar H 0 : 100 vs H1 : 100 , com uma amostra de 9 espécimes. Se a
região de aceitação for definida como 98,5 ≤ x ≤ 101,5, então a probabilidade do erro tipo
I ( ) é aproximadamente:
a) 3,0%
b) 2,4%
c) 5,0%
d) 6,4%
Solução:
Seja, X : calor liberado em calorias/grama ; X ~ N (100; 2)
9
E z z 1,5 2,25
Mas,
2 n 2 2
Tem-se que P(Z < -2,25) = P(Z > 2,25) = 0,5 – P(0 < Z , 2,25) = 0,5 – 0,4878 = 0,0122;
Questão 2: O calor liberado, em calorias por grama, de uma mistura de cimento tem
distribuição aproximadamente normal. A média deve ser 100 e o desvio-padrão 2.
Deseja-se testar H 0 : 100 vs H1 : 100 , com uma amostra de 9 espécimes. Seja
região de aceitação definida como 98,5 ≤ x ≤ 101,5. O poder ou a potência do teste,
probabilidade de se rejeitar corretamente uma hipótese nula falsa, considerando o caso
em que o verdadeiro calor liberado seja de 103, é aproximadamente:
a) 98,8%
b) 95,0%
c) 90,0%
d) 96,7%
Solução:
Com as considerações da questão anterior:
Temos que a probabilidade do erro tipo II, será
P(98,5 x 101,5; quando 103)
98,5 103 101,5 103
P Z
2 2
9 9
= P(-6,75 ≤ Z ≤ -2,25) = P( Z ≤ -2,25)- P(Z ≤ -6,75) = 0,0122 – 0,0 ≈ 0,0122
Solução:
Seja, X : resistência da solda, em psi ; X ~ N ( ; )
O valor crítico será o percentil de uma t-Student com 19 graus de liberdade e nível de significância
decidido pelos engenheiros. Suponha que os engenheiros queiram um nível de significância de
5%, ou seja, a probabilidade máxima de erro tipo I = 0,05, pois não vale a pena trabalhar com
probabilidade superior a essa.
Dessa maneira, o valor crítico a ser considerado é t0,05;19 = 1,729.
Comparando a estatística observada, tem-se tobs =1,46 < t0,05;19 = 1,729, logo a indicação do teste
é a não rejeição de H0
Conclusão: os engenheiros ficam apreensivos, pois a resistência da solda não é superior a 150
psi, com 95% de confiabilidade, ou seja, o projeto não atende às especificações ao nível de
significância de 5%.
Questão 4: Uma fábrica de automóveis anuncia que seus carros consomem, em média,
11 litros por 100 km, com desvio-padrão de 0,8 litro. Uma revista decide testar essa
afirmação e analisa 35 carros dessa marca, obtendo 11,4 litros por 100 km, como
consumo médio. Admitindo que o consumo tenha distribuição normal, ao nível de
significância de 1%, a revista poderá concluir:
a) Que o consumo é maior que 11 litros por 100 km, pois o teste indica a aceitação da
hipótese nula.
b) Que o consumo não é diferente de 11 litros por 100 km, pois o intervalo de 90% de
confiança para a média amostral é aproximadamente de 11,18 a 11,62 litros por
100 km.
c) Que o consumo é diferente de 11 litros por 100 km, pois o valor do zobservado é
menor que o zcrítico
d) Que o consumo é maior que 11 litros por 100 km, pois o p-valor = 0,002.
Solução:
Seja, X : consumo dos carros de certo fabricante, em litros/100 km
X ~ N( ; 0,8)
11,4 11 0,4
O teste a ser aplicado é o teste Z, logo a estatística do teste é zobs 2,96
0,8 0,135
35
Ao nível de significância = 1% = 0,01, tem-se z = 2,58
2
O teste indica a rejeição de H0, pois zobs = 2,96 > z0,005 = 2,58
Distribution Plot
Normal; Mean=0; StDev=1
0,4
0,3
Density
0,2
0,1
0,005 0,005
0,0
-2,58 0 2,58 2,96
z
Conclusão: Com 99% de confiança o consumo desses carros é diferente de 11 litros/100 km.
Podemos utilizar a estatística do teste calculada para fazer o teste unilateral à direita, ou seja,
H0 : = 11 vs H1 : > 11
Para esse teste, o p-valor = P(rejeitar H0 | H0 é verdadeira) = P(Z > 2,96) = 0,0015 0,002
Conclusão: com 99% de confiança, p-valor = 0,002 < 0,01 , logo a indicação é que o consumo
desses carros é maior que 11 litros/100 km
Questão 5: O controle estatístico de certo processo estabeleceu que pelo menos 94%
dos produtos têm que estar sem defeitos. Para verificar a validade dessa afirmação, foi
coletada uma amostra de 150 produtos, obtendo uma proporção sem defeito igual a 92%.
A única afirmação verdadeira é:
Conclusão: Com confiabilidade de 90%, 95% ou 99%, o teste indica a não rejeição de H0, ou seja,
o processo está de acordo com o esperado pelo controle da empresa.
Questão 6: Dois tipos de plásticos são adequados para uso por uma fábrica de
componentes eletrônicos. A resistência à quebra desse plástico é importante. É sabido
que 1 2 = 1,0 psi. A partir de uma amostra aleatória de tamanho n1 = 10 e n 2 = 12,
foram obtidos x1 = 162,5 psi e x 2 = 155,0 psi. A companhia não adotará o plástico 1, a
menos que sua resistência média à quebra exceda aquela do plástico 2 por, no mínimo,
10 psi. Baseado na informação dessa amostra, e considerando um nível de significância
de 5%:
a) A fábrica deveria utilizar o plástico 1, pois a hipótese nula foi rejeitada.
b) A fábrica não deveria utilizar o plástico 1, pois estatisticamente sua média não
excede 10 psi da média do plástico 2.
c) A fábrica deveria utilizar o plástico 1, pois estatisticamente sua média excede 10
psi da média do plástico 2.
d) A fábrica deveria utilizar o plástico 1, pois a hipótese alternativa foi aceita.
Solução:
É informado que as variâncias das duas populações são conhecidas: 1 2 = 1,0 psi
São dados: n1 = 10 e x1 = 162,5 psi e n 2 = 12 e x 2 = 155,0 psi.
É requerido que 1 2 10
R.R. H0
0,05
1,64
Questão 7: Uma amostra de 150 lâmpadas da marca A apresentou vida média de 1.400
horas e o desvio-padrão de 120 horas. Uma amostra de 200 lâmpadas da marca B
apresentou vida média de 1.200 horas e desvio-padrão de 80 horas. Podemos concluir
que:
a) Ao nível de significância de 10% as vidas médias das duas marcas de lâmpadas
são iguais.
b) As vidas médias das duas marcas de lâmpadas são iguais, pois p-valor = 0,000
c) As vidas médias das duas marcas de lâmpadas são diferentes, pois p-valor = 1,0
d) Ao nível de significância de 10% as vidas médias das duas marcas de lâmpadas
são diferentes.
Solução:
Considerando o tamanho das amostras, podemos fazer o teste Z, por aproximação, pois
esse tamanho de amostra não vai fazer uma diferença significativa entre os teste Z ou T.
Por exemplo, o zobs = 17,68 e o tobs = 18,68, com 348 graus de liberdade!!!
O teste será o Z.
Dados informados:
Amostra n media dp
A 150 1400 120
B 200 1200 80
Questão 8: Em uma prova de estatística, 12 alunos de uma turma conseguiram média 7,8
e desvio-padrão de 0,6, ao passo que 15 alunos de outra turma, do mesmo curso,
conseguiram média 7,4 com desvio-padrão de 0,8. Considerando distribuições normais
para as notas, pode-se afirmar que:
a) A primeira turma não é superior à segunda ao nível de significância de 5%
b) A primeira turma é superior à segunda, pois p-valor = 0,000
c) A primeira turma não é superior à segunda, pois tobservado > tcrítico.
d) O rendimento das duas turmas é diferente ao nível de significância de 1%
Solução:
As populações são normais, a variância das populações não é informada e as amostras
são pequenas. Teste a ser utilizado é o T.
Dados informados:
Turma n media dp
A 12 7,8 0,6
B 15 7,4 0,8
Esse valor será comparado com o valor crítico de uma t-Student com 12+15-2 = 25 graus
de liberdade ao nível de significância de 5%, então = 5%, então com t0,05; 25 = 1,708
Conclusão: Com 95% de confiabilidade, a primeira turma não é superior à turma 2, pois a
hipótese nula não é rejeitada, dado que tobs < tcritico.
Questão 9: Uma pesquisa amostral entre 300 eleitores do distrito A e 200 eleitores do
distrito B indicou que 56% e 48%, respectivamente, foram a favor de determinado
candidato. (Obs.: lembrar teste de proporções similar ao teste entre médias). Pode-se
afirmar:
a) Ao nível de significância de 5%, existe diferença entre os eleitores desses dois
distritos.
b) Ao nível de significância de 10%, não existe diferença entre os eleitores desses
dois distritos.
c) Ao nível de significância de 5%, não existe diferença entre os eleitores desses dois
distritos.
d) Ao nível de significância de 1%, existe diferença entre os eleitores desses dois
distritos
Solução:
Dados informados:
Distrito n p̂ var( p̂ )
A 300 0,56 0,000821
B 200 0,48 0,001248
pˆ (1 pˆ )
Em que var( p̂ ) =
n
As hipóteses a serem testadas: H0 : p1 = p2 vs H1 : p1 ≠ p2
0,56 0,48 0,08
zobs 1,76
0,000821 0,001248 0,045486
Conclusão: Com 95% de confiabilidade não existe diferença entre os eleitores desses
dois distritos.
Observe que p-valor = 2P(Z > 1,76) (2)(0,0392) 0,0784 > 0,05
Questão 10: O QI de 16 estudantes de uma zona pobre de certa cidade apresenta média
de 107 com desvio-padrão de 10 pontos, enquanto os 14 estudantes de outra região rica
da cidade apresenta média de 112 pontos com desvio-padrão de 8 pontos. O QI em
ambas as regiões tem distribuição normal. Pode-se afirmar:
a) Existe diferença significativa entre os QIs médios dos dois grupos ao nível de 5% .
b) Não existe diferença significativa entre os QIs médios dos dois grupos ao nível de
5% .
c) Existe diferença significativa entre os QIs médios dos dois grupos ao nível de 10%
d) Existe diferença significativa entre os QIs médios dos dois grupos ao nível de 1%
Solução:
As populações são normais, a variância das populações não é informada e as amostras
são pequenas. Teste a ser utilizado é o T.
Dados informados:
Zona n media dp
1 = rica 14 112 8
2 = pobre 16 107 10
sc s c2 83,2857 9,126
x1 x 2 ( 1 2 ) 112 107 5
t obs 1,497
1 1 1 1 3,3398
sc 9,126
n1 n 2 14 16
Esse valor será comparado com o valor crítico de uma t-Student com 14+16-2 = 28 graus
de liberdade ao nível de significância de 5%, então = 5%, então com t0,025; 28 = 2,048
Conclusão: Com 95% de confiabilidade, não existe evidências para afirmar que os QI´s
dos estudantes das duas zonas são diferentes.