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Subsaúde – Fazendo bem a quem faz um DF melhor


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Subsaúde – Fazendo bem a quem faz um DF melhor
PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO – POP

ACIDENTE EM SERVIÇO

Janeiro de 2016

Elaboração: Angélle Aragonez Essado Jácomo


Joyce Pessoa Ferro
Milena Câmara Fernandes Rodrigues
Saulo Veras Machado

Revisão: Rosylane Nascimento das Mercês Rocha

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APRESENTAÇÃO

A Subsecretaria de Segurança e Saúde no Trabalho (Subsaúde), órgão vinculado à


Secretaria de Planejamento, Orçamento e Gestão (Seplag), lança a publicação
Procedimento Operacional Padrão - Acidente em Serviço.

O guia dá continuidade à série de cartilhas de orientação da Subsaúde para padronizar


os procedimentos de avaliação da saúde do servidor para uniformizar o atendimento e
os registros de investigação daqueles que sofreram algum acidente durante sua
jornada de trabalho.

Composto por 23 páginas, o guia traz o passo a passo a ser seguido pelo servidor
acidentado e demais setores envolvidos no processo de investigação de Acidente em
Serviço. Detalha, ainda, as principais siglas, referências e formulários que irão auxiliar a
comissão de sindicância no processo de apuração do acidente em serviço.

Todos os procedimentos previstos estão de acordo com padrões internacionais, além


de esclarecimentos a respeito dos direitos e deveres do servidor, no intuito de
estabelecer o diálogo com as demais áreas de gestão.

Assim como a primeira cartilha lançada pela Subsaúde – o Guia Prático para Utilização
da Perícia Médica Oficial – a escolha do tema do segundo guia sobre acidente em
serviço foi baseado nas principais dúvidas dos servidores e gestores.

A elaboração dos guias faz parte do compromisso assumido pela secretaria,


responsável pela centralização do atendimento de todos os servidores do governo de
Brasília, desde a publicação do decreto nº 36.561, publicado em junho de 2015, que
unificou a política integrada de atenção à saúde do servidor.

As medidas corretivas nos ambientes laborais preveem a padronização dos serviços de


saúde, ações de prevenção ocupacional e a garantia de acesso igualitário a todos os
servidores no que diz respeito à saúde no trabalho.

No caso de dúvidas ou tenha interesse em outro tema na área, entre em contato com
a Subsaúde pelo site www.seplag.df.gov.br.

LEANY BARREIRO DE SOUSA LEMOS


SECRETÁRIA DE PLANEJAMENTO, ORÇAMENTO E GESTÃO

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Sumário
INTRODUÇÃO............................................................................................................................... 6
PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO DO SERVIDOR QUE SOFRE ACIDENTE EM SERVIÇO.... 7
DEFINIÇÕES/SIGLAS....................................................................................................................... 8
DEFINIÇÃO DE ACIDENTE EM SERVIÇO ......................................................................................... 9
EQUIPARA-SE AO ACIDENTE EM SERVIÇO .................................................................................... 9
REFERÊNCIAS ............................................................................................................................... 10
ANEXOS ....................................................................................................................................... 10

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INTRODUÇÃO
Procedimento Operacional Padrão (POP) é uma descrição detalhada de todas as
operações necessárias para a realização de uma atividade. Expressa o planejamento e os
critérios pré-estabelecidos para que todos os profissionais possam, apesar de estarem lotados
em diversos postos de trabalho, sistematizar o fluxo dos serviços na busca da padronização
cujo objetivo final é a qualidade.

O presente POP visa uniformizar os registros de investigação e de atendimento dos


Acidentes em Serviço, no âmbito da Administração Direta, Autárquica e Fundacional do
Distrito Federal.

Os agravos à saúde do trabalhador no Brasil apresentam grande relevância e tem


desafiado as políticas públicas e a atuação do Estado, exigindo uma ação mais ampla e
coordenada, de modo a reduzir os danos aos trabalhadores, ao orçamento da Seguridade
Social e à economia do país. As principais estatísticas brasileiras na área de segurança e saúde
do trabalhador são consolidadas pelo Ministério da Previdência Social, a partir da comunicação
de acidente do trabalho – CAT, exigível de todos os empregadores em relação aos
trabalhadores sob regime de Consolidação das Leis do Trabalho – CLT, que sofreram doença ou
acidente do trabalho. As doenças e acidentes ocorridos com servidores públicos que não
integram o regime da CLT e também com os trabalhadores do chamado mercado informal não
integram essas estatísticas.

Esta cartilha torna-se um instrumento de extrema importância após o Decreto n°


36.561 de 22/06/2015 que veio implantar a Política Integrada de Atenção à Saúde do Servidor
– PIASS, legitimando o processo de unificação da saúde do servidor do Governo do Distrito
Federal. É de vital interesse da gestão, além de promover a saúde e segurança do servidor,
gerar estatística no âmbito da Administração Direta, Autárquica e Fundacional do Distrito
Federal. Ao oferecer este instrumento, propiciamos ao gestor segurança e legitimidade, bem
como apoio institucional que gera informação ao servidor, sua chefia imediata, e toda a rede
de servidores, informação antes restrita aos trabalhadores da saúde ocupacional.

SECRETARIA DE ESTADO DE PLANEJAMENTO, ORÇAMENTO E GESTÃO


Leany Lemos

SUBSECRETARIA DE SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO


Luciane Kozicz Reis Araújo

DIRETORIA DE SEGURANÇA E PROMOÇÃO À SAÚDE DO SERVIDOR


Rosylane Nascimento Mercês da Rocha

GERÊNCIA DE PROMOÇÃO À SAÚDE DO SERVIDOR


Joyce Pessoa Ferro

Endereço:
SCS-B, Quadra 09, Ed. Parque Cidade Corporate, Torre A, 1º Subsolo, Asa Sul,
Brasília-DF.
Telefone: 3344-8732

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PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO DO SERVIDOR QUE SOFRE ACIDENTE EM
SERVIÇO

Procedimentos a serem seguidos pelo servidor acidentado e setores da


Administração Direta, Autárquica e Fundacional do Distrito Federal envolvidos no
processo de investigação de Acidente em Serviço:

1° Passo: O servidor acidentado, de imediato, deverá procurar


assistência médica e solicitar documento comprobatório do 1° local de atendimento
(COM DESCRIÇÃO DETALHADA DA LESÃO) após o acidente (por exemplo: GAE,
Relatório ou Laudo médico) e comunicar à chefia imediata ou o responsável pela
unidade.

2° Passo: O servidor deverá preencher o Requerimento de


Investigação de Acidente em Serviço em 3 (três) vias (1. Processo; 2. Prontuário e
3.Servidor) e coletar a assinatura da chefia imediata ou o responsável pela unidade
caso houver afastamento. Este documento pode ser solicitado no Setor de Gestão de
Pessoas da regional do órgão.

3° Passo: Se for necessário afastamento, independente do número de


dias de licença médica, o servidor deverá comparecer à Perícia Médica
(SUBSAÚDE/SEPLAG) em até 48 horas (quarenta e oito) úteis após o acidente para
homologar o atestado médico. Em caso de impossibilidade do acidentado comparecer
à Unidade de Perícia Médica, o mesmo poderá utilizar-se de terceiros ou da chefia
imediata munidos de relatório médico que justifique sua ausência.

4° Passo: Caso não ocorra afastamento ou o acidente tenha sido com


material biológico, após a assistência médica devida, o servidor deverá solicitar à
chefia imediata ou o responsável pela unidade o preenchimento da primeira parte da
Comunicação de Acidente em Serviço (CAS). Para os servidores da Secretaria de Estado
de Saúde (SES) e da Secretaria de Estado de Educação (SEE), cabe à chefia imediata ou
o responsável pelo setor, enviar a CAS via malote para o Núcleo de Segurança, Higiene
e Medicina do Trabalho (NSHMT) da Regional de Saúde de referência ou para a
Regional de Saúde mais próxima no prazo máximo de 48 horas (quarenta e oito) úteis
após o acidente para agendamento pelo NSHMT das avaliações médicas (0, 30 e 180
dias), que serão realizadas pelo Médico do Trabalho. No decorrer das avaliações, o
acidentado poderá receber alta médica ou ser orientado a assinar o requerimento para
abertura de processo de Investigação de Acidente em Serviço. Os servidores das
demais secretarias, por exemplo, Secretaria de Cultura, Secretaria de Justiça,
Secretaria da Criança, Secretaria de Desenvolvimento Humano e Social, cabe à chefia
imediata ou o responsável pela unidade enviar a CAS via malote para a
GEPSS/DISPSS/SUBSAÚDE/SEPLAG para agendamento das avaliações médicas (0, 30 e
180 dias), que serão realizadas pelo Médico do Trabalho.

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5° Passo: Em caso de afastamento, a chefia imediata ou o responsável
pela unidade assina o Requerimento de Investigação de Acidente em Serviço e
encaminha para o Protocolo/RH (Abertura do processo).

6° Passo: O Protocolo/RH abre o processo para Investigação e


encaminha para a Comissão de Investigação de Acidente em Serviço. Se não houver
uma comissão permanente, a chefia indica 3 (três) nomes de servidores para formar a
comissão que vai apurar o acidente. Tal comissão deve ser publicada em DODF.

7° Passo: A Comissão de Investigação de Acidente em Serviço (CIAS)


apura os fatos conforme Decreto nº 34.023/2012, elabora a Ata de Confirmação e
encaminha à Junta de Acidente em Serviço (JAS) para realização do Nexo Causal.

8° Passo: A JAS responde os quesitos pré-determinados da Portaria


55/2012 e Decreto 34.023/2012 e avalia os dados do processo, realiza exame físico,
verifica a capacidade laboral e existência de sequelas ou não e estabelece ou exclui o
nexo causal. Após conclusão, restitui o processo para Comissão de Investigação de
Acidente.

9° Passo: Após emitir a Ata de Encerramento e concluir o processo, a


Comissão de Investigação de Acidente encaminha ao Setor de Gestão de Pessoas para
publicação em DODF, anotação em ficha funcional, ciência do servidor e
arquivamento. É necessário preencher o formulário do SINAN e encaminhar para
Vigilância Epidemiológica (Portaria 104/2011 do Ministério da Saúde).

DEFINIÇÕES/SIGLAS

CAS: Comunicado de Acidente em Serviço


CIAS: Comissão de Investigação de Acidente em Serviço
DISPSS: Direção de Segurança e Promoção à Saúde do Servidor
DODF: Diário Oficial do Distrito Federal
GAE: Guia de Atendimento de Emergência
GP: Gerência de Pessoas
GEPSS: Gerência de Promoção à Saúde do Servidor
JAS: Junta de Acidente em Serviço
NSHMT: Núcleo de Segurança, Higiene e Medicina do Trabalho
POP: Procedimento Operacional Padrão
RH: Recursos Humanos
SEE: Secretaria de Estado de Educação
SES: Secretaria de Estado de Saúde
SEPLAG: Secretaria de Estado de Planejamento, Orçamento e Gestão
SINAN: Sistema de Informação de Agravos de Notificação
SUBSAÚDE: Subsecretaria de Saúde e Segurança do Trabalho

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DEFINIÇÃO DE ACIDENTE EM SERVIÇO

É aquele ocorrido no exercício do cargo, que se relacione, direta ou indiretamente,


com as atribuições deste, provocando lesão corporal ou perturbação funcional que
cause a perda ou redução, permanente ou temporária, da capacidade para o trabalho.

1. Acidente Típico: Aquele que ocorre no exercício do trabalho.


2. Acidente de Trajeto: Aquele que ocorre no percurso de casa para o trabalho
e vice-versa.
3. Doença Ocupacional:
Doença Profissional: É entendida como produzida ou desencadeada pelo exercício
do trabalho peculiar de determinada atividade.
Doença do Trabalho: É entendida como adquirida ou desencadeada em função de
condições especiais em que o trabalho é realizado e com ele se relacione diretamente.

EQUIPARA-SE AO ACIDENTE EM SERVIÇO

I – O acidente ligado ao serviço que, embora não tenha sido a causa única, tenha
contribuído diretamente para a redução ou perda da sua capacidade para o trabalho,
ou produzido lesão que exija atenção médica para a sua recuperação;
II – O acidente sofrido pelo servidor no local e no horário do trabalho, em
consequência de:
a) Ato de agressão, sabotagem ou terrorismo praticado por terceiro ou companheiro
de serviço;
b) Ofensa física intencional, inclusive de terceiro, por motivo de disputa relacionada
ao serviço;
c) Ato de imprudência, de negligência ou de imperícia de terceiro ou de companheiro de
serviço;
d) Ato de pessoa privada do uso da razão;
e) Desabamento, inundação, incêndio e outros casos fortuitos ou decorrentes de
força maior;
III – A doença proveniente de contaminação acidental do servidor no exercício do
cargo;
IV – O acidente sofrido pelo servidor, ainda que fora do local e horário de serviço:
a) Na execução de ordem ou na realização de serviço relacionado ao cargo;
b) Em viagem a serviço, inclusive para estudo, quando financiada pelo Distrito
Federal, dentro de seus planos para melhor capacitação da mão-de-obra,
independentemente do meio de locomoção utilizado, inclusive veículo de
propriedade do servidor;
c) No percurso da residência para o local de trabalho, ou deste para aquela, qualquer
que seja o meio de locomoção, inclusive veículo de propriedade do servidor.
OBSERVAÇÃO: Não será considerado acidente em serviço, os infortúnios ocorridos
durante atividades físicas, desportivas ou de competição não oficiais realizadas no
período destinado a refeições ou descanso, durante a jornada de trabalho.

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REFERÊNCIAS

Lei Complementar N° 840 de 23 de dezembro de 2011.


Decreto Nº 34.023, de 10 de dezembro de 2012.
Manual de Saúde e Segurança do Trabalho, Brasília, SEAP, 2012.
Portaria Nº 55, de 21 de maio de 2012.
Decreto Nº 36.651 de 22 de junho de 2015.
Avaliação do Dano Corporal Pós Traumático: Metodologia Européia Aplicada ao
Contexto Brasileiro, 2009.

ANEXOS

Anexo A: Requerimento de Investigação de Acidente em Serviço


Anexo B: Comunicação de Acidente em Serviço e Laudo Técnico-Pericial
Anexo C: Ata de Abertura
Anexo D: Mandado de Intimação
Anexo E: Termo de Depoimento
Anexo F: Formulário da Junta Médica de Acidente em Serviço
Anexo G: Ata de Confirmação do Acidente em Serviço
Anexo H: Termo de Encerramento e Remessa
Anexo I: Fluxograma Acidente em Serviço para a SES e SEE
Anexo J: Fluxograma Acidente em Serviço para outras secretarias

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