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FACULDADE MATO GROSSO DO SUL

CURSO DE ENFERMAGEM

ESTEPHANY CARLA PEREIRA DE ANDRADE

ESTÁGIO CURRICULAR – SAÚDE PUBLICA


UNIDADE DE SAÚDE FAMILIAR ( USF) ANA MARIA DO COUTO

CAMPO GRANDE - MS
2021
1. SISTEMAS DE SAÚDE

1.1 SISREG

O Sistema público disponibilizado pelo Ministério da Saúde a estados e


municípios para apoiar as atividades dos complexos reguladores, desenvolvido em
2001 pela Secretaria de Atenção à Saúde em parceria com o Datasus. Foi
desenvolvido considerando a necessidade de estabelecer uma política nacional de
regulação assistencial, para apoiar os gestores na função de regulação do acesso.
O SISREG é um sistema on-line, disponibilizado pelo Datasus para
gerenciamento e operação das centrais de regulação. O programa (software)
funciona por meio de navegadores instalados em computadores conectados à
Internet e é composto por dois módulos independentes: a Central de Marcação de
Consultas (CMC) e a Central de Internação Hospitalar (CIH). (Conass, 2011)
Segundo Mendes (2015), Os sistemas informatizados do complexo regulador
devem ter como objetivo: a transparência da utilização de recursos de saúde para a
população própria e referenciada; viabilizar a distribuição dos recursos assistenciais
disponíveis de forma regionalizada e hierarquizada; acompanhar dinamicamente a
execução dos tetos pactuados entre as unidades e os municípios; permitir a
referência em todos os níveis de atenção nas redes de prestadores públicos e
privados; identificar as áreas de desequilíbrio entre a oferta e a demanda; subsidiar
as repactuações na programação; e permitir o acompanhamento da execução, por
prestador, das programações feitas pelo gestor.
As funcionalidades gerais de um sistema de regulação do acesso à atenção à
saúde abrangem: a permissão ao controle de acesso das pessoas usuárias ao
sistema informatizado, especialmente pelas equipes de APS; configurar o perfil do
estabelecimento de saúde no que se refere à sua natureza de executante ou
solicitante, à oferta e à complexidade da mesma; configurar a programação das
ações e serviços de saúde para a população própria e referenciada, sua validade e
controle financeiro; configurar a oferta por estabelecimento, por validade e controle
financeiro; permitir a hierarquização entre as centrais de regulação; interagir com
outros bancos de dados do SUS; gerar arquivos para base de dados nacionais; e
gerar relatórios operacionais e gerenciais (Conass, 2011).
O sistema é composto de três módulos: Ambulatorial (marcação de consultas
e exames especializados), Internação Hospitalar e Autorização de Procedimentos de
Alta Complexidade/Custo (APAC).
Módulo I: Central de Regulação Ambulatorial – tem como funcionalidades:
Disponibilizar informações sobre a oferta de consultas e exames especializados,
controlar as agendas dos profissionais de saúde, controlar o fluxo dos usuários no
sistema – solicitação, agendamento e atendimento. Detectar a ocorrência de
cancelamentos, não execução por motivo definido e impedimentos de agendas.
Controlar os limites de solicitação e execução dos procedimentos especializados por
estabelecimento de saúde solicitante e executante.
Módulo II: A Central de Internação Hospitalar – tem como funcionalidades:
Acompanhar a alocação de leitos (urgência e eletiva), acompanhar a disponibilidade
de leitos em tempo real, encaminhar e autorizar internações de urgência. Agendar e
autorizar as internações eletivas, controlar o fluxo dos pacientes nos hospitais
(admissão, período da internação e alta), controlar limites de solicitação de
procedimentos hospitalares por estabelecimentos de saúde solicitantes, controlar
limites de execução dos estabelecimentos de saúde executantes. Controlar as
emissões e autorizações das AIH. disponibilizar informações sobre internações para
o faturamento das AIH.
Módulo III: A Autorização de procedimentos de alta complexidade – APAC –
acompanha os processos envolvidos nos encaminhamentos de procedimentos de
alta complexidade/custo, permitindo aos administradores seguir todas as etapas,
desde a requisição até a autorização e execução.

1.2 E-SUS AB
O e-SUS Atenção Básica (e-SUS AB) é uma estratégia do Ministério da
Saúde através do Departamento de Atenção Básica (DAB) para reestruturar as
informações da atenção primária à saúde (APS), modernizando sua plataforma
tecnológica com o objetivo de informatizar as unidades básicas de saúde, oferecer
ferramentas para ampliar o cuidado e melhorar o acompanhamento da gestão.
Pretende-se com o e-SUS AB, reduzir a carga de trabalho empenhada na
coleta, inserção, gestão e uso da informação na APS, permitindo que a coleta de
dados esteja dentro das atividades já desenvolvidas pelos profissionais, e não uma
atividade em separado.
Dentre as principais premissas do e-SUS, destacam-se: Reduzir o retrabalho
de coleta dados; Individualização do Registro; Produção de informação integrada;
Cuidado centrado no indivíduo, na família e na comunidade e no território;
Desenvolvimento orientado pelas demandas do usuário da saúde.
O e-SUS AB oferece dois desenhos de implementação:
• E-SUS AB CDS - Software para Coleta de Dados Simplificada: permitiria o
registro integrado e simplificado através de fichas de cadastro do domicílio e dos
usuários, de atendimento individual, de atendimento odontológico, de atividades
coletivas, de procedimentos e de visita domiciliar, informações estas que vão
compor o SISAB.
• E-SUS AB PEC - Software com Prontuário Eletrônico do Cidadão: permitiria
a gestão do cadastro dos indivíduos no território, organizar a agenda dos
profissionais da AB, realizar acolhimento à demanda espontânea, atendimento
individual e registro de atividades coletivas.
A ferramenta, que é gratuita, permitirá aos municípios brasileiros que suas
Unidades Básicas de Saúde (UBS) mantenham prontuários eletrônicos com os
dados de seus usuários, com isso será possível reduzir o tempo de espera dos
pacientes por atendimento. Com a sua implantação, as informações estarão
disponíveis de forma mais acessível aos profissionais da assistência.

1.3 HIGIA
Software de gestão desenvolvido para automatizar processos e promover a
integração entre as unidades de saúde da rede pública. O sistema também realiza a
informatização de clínicas universitárias.
Desta forma, garante mais eficiência para a gestão da saúde, com redução de
filas e atendimento humanizado. Com prontuário eletrônico universal, informatização
do Samu, módulos para gestão de farmácia.
Humanização e eficiência: Eficiência a otimização dos recursos disponíveis
em unidade de saúde. Menos esperas devido organizações e redução de filas para
agilizar atendimento ao paciente. Melhor avaliação do paciente, prontuário eletrônico
apresenta quadro clinico completo do paciente. Economia controle de recursos que
visa o combate a fraudes, agilidade com gestão adequada em um grande número de
paciente e tomadas de decisão, integração de informações para agilizar as tomadas
de decisão.
Mais praticidade e qualidade de vida para pacientes o Hygia propicia ganho
em eficácia no atendimento médico, o que resulta em mais qualidade de vida para
os pacientes. O sistema contribui para o agendamento de exames e consultas, a
redução de filas de espera, além do controle de estoque e distribuição de
medicamentos.
Um software de gestão viabiliza a prestação eficiente de serviços,
beneficiando tanto pacientes quanto profissionais de saúde, com urgência e
emergência, regulação, atenção especializada, prontuário único, exames,
medicação, atenção básica, DATASUS.

1.4 SISCOLO
O Sistema de Informação do Câncer do Colo do Útero - SISCOLO foi
desenvolvido pelo INCA em 1999, em parceria com o Departamento de Informática
do SUS (Datasus), como ferramenta de gerência das ações do programa de controle
do câncer de colo do útero. Os dados gerados pelo sistema permitem avaliar a
cobertura da população-alvo, a qualidade dos exames, a prevalência das lesões
precursoras, a situação do seguimento das mulheres com exames alterados, dentre
outras informações relevantes ao acompanhamento e melhoria das ações de
rastreamento, diagnóstico e tratamento.
O sistema está implantado nos laboratórios de citopatologia que realizam o
exame citopatológico do colo do útero pelo Sistema Único de Saúde (módulo do
prestador de serviço) e nas coordenações estaduais, regionais e municipais de
detecção precoce do câncer (módulo de coordenação). 

1.5 SISMAMA
Sistema de Informação do Câncer de Mama, implantado nacionalmente em
junho de 2009. O objetivo é destacar sua importância para o gerenciamento
das ações de detecção precoce do câncer de mama. O SISMAMA é um
subsistema de informação do Sistema de Informação Ambulatorial (SIA)/SUS,
instituído pelo Ministério da Saúde para monitoramento das ações de detecção
precoce do câncer de mama (Portaria nº 779/SAS, dezembro de
2008).
O Sistema é composto pelo módulo do prestador de serviço, utilizado pelos
serviços de radiologia mamária e patologia para cadastro dos exames, emissão de
laudos e avaliação de desempenho dos serviços; e pelo módulo de coordenação,
utilizado pelos gestores estadual, regional e municipal para gerenciamento das
ações de detecção precoce do câncer de mama e seguimento das mulheres com
exames alterados.
As informações do SISMAMA começam a ser geradas na Unidade Básica de
Saúde. O profissional de saúde identifica as pessoas que devem fazer mamografia
de rastreamento ou diagnóstica e solicita o exame. Com o formulário de requisição
de mamografia, o usuário é encaminhado para realizar o exame na unidade
radiológica. Neste serviço é feita a digitação das informações coletadas pelo
profissional da unidade requisitante e das geradas no serviço de radiologia.
Além da emissão eletrônica de laudo padronizado, o Sistema permite ao
gerente dos serviços de radiologia e patologia avaliar o desempenho dos
profissionais (produção e adequação técnica), o perfil da população atendida e
acompanhar outros indicadores por meio dos relatórios gerenciais.

2. LEVANTAMENTO DE DIAGNÓSTICOS DA COMUNIDADE - PERFIL


EPIDEMIOLÓGICO AGENTE COMUNITÁRIO DE SAÚDE (ACS).

A Unidade de Saúde da Família deve atuar a partir da definição de um


território de abrangência, que significa nada mais, que a área que está sob sua
responsabilidade. Uma Unidade de Saúde pode servir de sede para uma ou mais
equipes de saúde, dependendo do número de famílias a ela vinculadas, da
capacidade instalada da unidade, do enfrentamento dos determinantes do processo
saúde - doença e da integralidade da atenção.
No âmbito de abrangência de uma Unidade, recomenda-se que uma equipe
seja responsável por uma área que compreenda de 600 a 1.000 famílias, não
ultrapassando o limite máximo de 4.000 habitantes, sendo a média recomendada de
3.000 habitantes. E a cada Agente Comunitário de Saúde convencionou estipular o
limite máximo de 750 pessoas para acompanhar, ou ainda, o limite de 250 famílias.
Traçar o perfil epidemiológico da população consiste de um detalhado
levantamento das características sociais e demográficas, ocorrência de
morbimortalidade, condições ambientais e de consumo coletivo, e de controle social.
Essa análise tem por objetivo elaborar o chamado “diagnóstico de saúde”. Apesar de
ser uma prática antiga, nas últimas décadas foi, aos poucos, deixada de lado, e
somente a partir da instituição da Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) é
que houve um maior incentivo para o retorno da utilização dos indicadores de saúde.
Os estudos epidemiológicos aplicados aos serviços e sistemas de saúde
precisam considerar, portanto, as análises das vulnerabilidades das situações de
saúde e seus contextos, além da difusão de informações que possibilitem a
incorporação de inovações tecnológicas e, principalmente, de inovações sociais que
contribuam para o aumento local da resiliência.
Sesau unidade de saúde familiar (USF) Ana Maria do Couto – Para abranger
toda sua área dividiu em 3, assim denominando: equipe 191, equipe 155 e equipe
023.

Equipe 191 - Com reconhecimento do ambiente e na população, a equipe


contatou que naquela área a população é de classe alta, sendo que a maioria
procura mais atendimento particular ou através de convênios, porem foi a área que o
numero de pessoas com câncer é maior que as outras.

Equipe 155 – A equipe nessa área através do reconhecimento, constatou que


essa área tem dois tipos de populações a de classe média e vulneráveis, que a
grande maioria e procura a unidade para atendimento. Ainda não tem classificado a
patologia mais evidente, sendo que tem varias gestante, hipertensos entre outros.

Equipe 23 – É área de grande vulnerabilidade e críticos, população carente e


em alto risco, a equipe já vem trabalhando com grandes números de paciente com
tuberculose, paciente com microcefalia, gestante na adolescência entre outras
patologias.
REFERÊNCIA

Brasil. Mistério da Saúde. Detecção precoce. Instituto Nacional de Câncer, Rio de


janeiro;2021. Disponível em: <https://www.inca.gov.br/es/node/1194>. Acesso em:
25 de fev. 2021.
Brasil. Mistério da Saúde. Informação para o avanço das ações de controle do
câncer de mama no Brasil. Instituto Nacional de Câncer, 2010. Disponível em:
<http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/inca/Sismama.pdf>. Acesso em: 25 de fev.
2021.

CONASS. Estratégia e-SUS Atenção Básica e Sistema de Informação em Saúde


da Atenção Básica – SISAB. Brasília; 2013.Disponível em: <
https://www.conass.org.br/biblioteca/wp-content/uploads/2013/01/NT-07-2013-e-SUS-e-
SISAB.pdf>. Acesso em: 25 de fev. 2021.

CONASS.O SISREG. Brasília; 2016. Disponível em: <


https://www.conass.org.br/guiainformacao/o-sisreg/>. Acesso em: 25 de fev. 2021.
EDUCAÇÃO, colunista portal. Perfil epidemiológico da área unidade de saúde da
família. Portal Educação. Disponível em:
<https://siteantigo.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/enfermagem/perfil-
epidemiologico-da-area-unidade-de-saude-da-familia/37931 >. Acesso em: 26 de fev. 2021.

Hygia. Sistema de gestão de saúde pública. São Paulo;2019. Disponível em:


<https://www.hygia.com.br/index>. Acesso em: 25 de fev. 2021.

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