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Diferentes tipos de situações que causam sofrimento acontecem no mundo, tais como guerras,
desastres naturais, acidentes, incêndios e violência pessoal (por exemplo, violência sexual).
Indivíduos, famílias e comunidades inteiras podem ser afetadas. As pessoas podem perder suas
casas ou entes queridos, serem separadas da família ou da comunidade ou podem testemunhar
violência, destruição ou morte.
Apesar de cada pessoa ser afetada de alguma forma por esses eventos, existe uma grande
variedade de reações e sentimentos que cada pessoa pode sentir. Muitas pessoas podem se sentir
sobrecarregadas, confusas ou muito desorientadas sobre o que está acontecendo. Elas podem se
sentir amedrontadas, ansiosas, anestesiadas ou insensíveis. Algumas podem ter reações leves,
enquanto outras podem ter reações mais severas. O modo como as pessoas reagem depende de
muitos fatores, incluindo:
Toda pessoa tem forças e habilidades para lidar com os desafios da vida. Entretanto, algumas
pessoas são particularmente vulneráveis em situações de crise e podem precisar de mais ajuda,
incluindo pessoas que podem estar em risco ou que precisem de apoio adicional em virtude de
sua idade (crianças e idosos), em razão de problemas físicos ou mentais.
Os PCP destinam-se a pessoas muito abaladas e que foram recentemente expostas a uma situação
de crise grave. Você pode oferecer apoio para crianças e adultos. Entretanto, nem todas as
pessoas que passam por situações de crise precisam ou querem ter acesso aos PCP. Não force
ajudar a quem não queira, mas esteja inteiramente à disposição daqueles que possam querer
apoio.
Pode existir situações nas quais as pessoas precisem muito mais de assistência especializada do
que apenas PCP. Reconheça seus limites e peça ajuda de outras pessoas e profissionais.
• Pessoas com lesões sérias, que corram risco de morte, as quais necessitem de cuidados
médicos de emergência.
• Pessoas que estejam tão abaladas a ponto de não conseguirem cuidar de si ou dos
próprios filhos.
• Pessoas que podem ferir a si mesmas.
• Pessoas que podem ferir outras pessoas.
O QUE FAZER
• Seja honesto e confiável.
• Respeite o direito das pessoas decidir por si mesmas.
• Esteja atento sobre suas preferências e preconceitos e coloque-os
de lado.
• Deixe claro para as pessoas que mesmo que elas não queiram
ajuda agora, elas poderão recebê-la posteriormente.
• Respeite a privacidade e mantenha a história da pessoa em sigilo,
caso seja apropriado.
• Comporte-se apropriadamente, considerando a cultura, a idade e o
gênero da pessoa.
As pessoas podem reagir de várias maneiras a uma situação de crise. Alguns exemplos de
reações psicológicas a uma crise estão listadas abaixo:
• sintomas físicos (por exemplo: tremores, dores de cabeça, cansaço intenso, perda de
apetite, dores);
• choro, tristeza, humor deprimido, pesar;
• ansiedade, medo;
• ficar “na defensiva” ou “agitado”;
• preocupação de que algo muito ruim irá acontecer;
• insônia, pesadelos;
• irritabilidade, raiva;
• culpa, vergonha (por exemplo, por ter sobrevivido ou por não ter ajudado ou salvo
outros);
• confusa, emocionalmente anestesiada ou sentindo que a situação é irreal ou que está
delirando;
• alheamento ou muito quieta (sem se movimentar);
• não responder às pessoas, ficar calada;
• desorientação (por exemplo, não saber o próprio nome, de onde é ou o que aconteceu);
• não ser capaz de cuidar de si mesma ou dos próprios filhos (por exemplo, não comer ou
beber, não ser capaz de tomar decisões simples).
Ouvir adequadamente as pessoas que estão sendo auxiliadas é essencial para entender a situação
em que estão, bem como do que necessitam, para ajudá-las a se sentirem calmas e para que se
lhes possa oferecer a ajuda apropriada. Aprenda a escutar com seu(s):
Olhos ›› proporcionando à pessoa atenção exclusiva para seu caso;
Ouvidos ›› ouvindo verdadeiramente suas preocupações;
Coração ›› com carinho e respeito.
• Entre um terço e metade da população pode vir a sofrer alguma manifestação psicológica
• Alteração do sono (insônia)
• medo de morrer
• ansiedade (seja por comida, pensamentos negativos)
• o aumento da perda de emprego gera um estresse, sobrecarga emocional
O papel do psicólogo tem sido auxiliar a população a compreender quais são as reações
que são esperadas, ou, “entre as reações normais” para um evento que é considerado
anormal.
Infelizmente as pandemias não são recorrentes ao longo do processo
quais são as reações mais frequentes?
• é esperado ter medo, bastante medo nesse primeiro trimestre
• medo de adoecer e morrer;
• perder as pessoas que amamos;
• perder os meios de subsistência ou não poder trabalhar durante o isolamento e ser
demitido;
• ser excluido socialmente por estar associado à doença;
• ser separado de entes queridos e de cuidadores devido ao regime de quarentena;
• não receber um suporte financeiro;
• transmitir o vírus a outras pessoas.
• irritabilidade;
• angústia;
• tristeza.
Quando nós consiguimos acolher essas emoções é muito maior a chance da gente não
desenvolver um estresse pós-traumático ou um adoecimento a curso médio e longo prazo.
Essas emoções mais frequentes envolvem ainda alterações e distúrbios de apetite (MUITA
VONTADE DE COMER e ou POUCA VONTADE), alterações ou distúrbios do sono
(INSÔNIA, PESADELO, ACORDAR NO MEIO DA NOITE), conflitos interpessoais (com
familiares, equipes de tabalho...)
É importante lembrar que todas essas reações são consideradas reações esperadas e normais para
essa fase que nós estamos vivendo, principalmente os primeiros 3 meses da fase de resposta a
uma pandemia
A ideia é que nós possamos entender o que se passa, acolher essa dor e esse sofrimento e
transformar isso em uma forma de enfrentamento e não de fuga ou de adoecimento.
O nosso papel nesse momento é servir como uma ponte. Assim nós fizemos uma ponte do que
nós sentimos agora, do que a pessoa que nós estamos cuidando/atendendo está sentindo nesse
momento.
Esperamos ainda como parte dessas estratégias investir em exercícios que auxiliem na redução
do nível de estresse agudo. Os exercícios não são apenas para a gente colocar o corpo em
movimento.
Mas quando nós propomos, quando nós oferecemos estratégias de cuidado com os
exercícios físicos é uma das estratégias para que a pessoa comece a ter a sensação de
retomar do controle da própria vida.
As pessoas agora tem a sensação de que perderam o controle sobre a própria vida e sobre a
rotina de vida. Entao a ideia agora é propor estratégias e exercícios que deem a sensação de
auto-controle.
Quais são os efeitos tardios mas que são recorrentes no momento de uma pandemia?
• luto patológico
• depressão
• transtornos de adaptação
• manifestações de estresse pós-traumático
• abuso do álcool e outras substâncias que causam dependência e transtornos
psicossomáticos.
Primeiramente é preciso ter clareza que a ansiedade, a tristeza e o medo vão ser sintomas
normais a essa situação anormal que a gente está vivendo com o COVID19
sintomas não são transtornos e a avaliação da severidade da duração desses sintomas vai ser
ainda mais imperativa nesse momento.
• exercícios de respiração
• de meditação
• centramento do pensamento no momento presente
• acolhimento da rede socioafetiva (família)
• conectar com o momento presente e com a vida
• exercícios que influenciam na diminuição do estresse agudo:
• momento de pausa
comos saber de a ansiedade é uma reação esperada nessa situação que estamos vivendo?
As reações de ansiedade muitas vezes vem associada com outras coisas geralmente vem com o
medo súbido, medo iminente de morte.