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Carros A tomada da democracia norte-americana pelo setor


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Ciência e Saúde Noam Chomsky de 12x de
Cinema O dia 21 de janeiro de 2010 será lembrado como uma data sombria na história da democracia norte-americana e seu declínio. R$ 165,83
Naquele dia, a Suprema Corte dos EUA determinou que o governo não pode proibir as corporações de fazerem gastos políticos
Cotidiano durante as eleições – uma decisão que afeta profundamente a política do governo, tanto interna quanto externa.
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A decisão anuncia uma tomada ainda maior do sistema político dos EUA por parte do setor corporativo.
Economia Para os editores do The New York Times, a decisão “atinge o coração da democracia” ao “abrir caminho para que as
corporações usem seus vastos tesouros para dominar as eleições e intimidar as autoridades eleitas a cumprirem suas ordens”.
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Cosmo - O Portal do Fachada do prédio da Suprema Corte norte-americana, em Washington (EUA), de onde saiu a decisão sobre o
Interior Paulista financiamento de campanhas eleitorais por corporações dos mais variados tipos
Correio Popular -
O tribunal ficou dividida, 5 a 4, com os quatro juízes reacionários (equivocadamente chamados de “conservadores”) recebendo o
Campinas apoio do juiz Anthony M. Kennedy. O juiz chefe John G. Roberts Jr. selecionou um caso que poderia facilmente ter sido resolvido
Diário do Povo - em esferas mais baixas e manobrou o tribunal, usando-o para empurrar uma decisão de amplo alcance que derruba um século
Campinas de precedentes que restringiam as contribuições corporativas às campanhas federais.
Notícia Já Agora os gerentes corporativos podem de fato comprar as eleições diretamente, evitando meios indiretos mais complexos. É
Gazeta do Cambuí bem sabido o fato de que as contribuições corporativas, às vezes reempacotadas de formas complexas, podem influenciar em
Gazeta de Piracicaba peso as eleições, direcionando assim a política. O tribunal simplesmente deu muito mais poder ao pequeno setor da população
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Gazeta de Ribeirão que domina a economia.


A “teoria do investimento na política” do economista político Thomas Ferguson faz um prognóstico muito eficaz da política do
Internacionais governo durante longos períodos. A teoria interpreta as eleições como ocasiões nas quais segmentos de poder do setor privado
se unem para investir com o objetivo de controlar o Estado.
BBC Brasil
A decisão de 21 de janeiro apenas reforça os meios para minar a democracia em funcionamento.
Cox News Service O pano de fundo é esclarecedor. Em seu argumento contrário, o juiz John Paul Stevens reconheceu que “há muito sustentamos
El País que as corporações estão cobertas pela Primeira Emenda” - a garantia constitucional para a liberdade de discurso, que incluiria o
Financial Times apoio aos candidatos políticos.
Hearst Newspaper No começo do século 20, teóricos de direito e tribunais implementaram a decisão do tribunal de 1886 de que as corporações –
International Herald essas “entidades legais coletivistas” - têm os mesmos direitos que as pessoas de carne e osso.
Tribune Este ataque contra o liberalismo clássico foi duramente condenado por um tipo de conservadores que está desaparecendo.
La Vanguardia Christopher G. Tiedeman descreveu o princípio como uma “ameaça à liberdade do indivíduo, e à estabilidade dos Estados norte-
Le Monde americanos enquanto governos populares”.
Morton Horwitz escreve em sua história legal que o conceito de “pessoa” corporativa evoluiu lado a lado com a mudança de
The Boston Globe
poder dos acionistas para os gerentes, e finalmente para a doutrina de que “os poderes do quadro de diretores (…) são idênticos
The New York Times aos poderes da corporação”. Anos depois os direitos corporativos foram expandidos bem além dessas pessoas, principalmente
TNYT News Service pelos equivocadamente denominados “acordos de comércio livre”. Por esses acordos, por exemplo, se a General Motors
USA Today estabelece uma fábrica no México, ela pode pedir para se tratada da mesma forma que as empresas mexicanas (“tratamento
nacional”) - bem diferente de um mexicano de carne e osso que busca “tratamento nacional” em Nova York, ou mesmo os
UOL Jornais direitos humanos mínimos.
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Há um século, Woodrow Wilson, na época um acadêmico, descreveu uns Estados Unidos em que “grupos comparativamente
ARQUIVO pequenos de homens”, gerentes corporativos, “exercem o poder e controlam a riqueza e os negócios do país”, tornando-se
“rivais do próprio governo”.
Home UOL Na realidade, esses “pequenos grupos” se tornaram cada vez mais os mestres do governo. O tribunal de Roberts deu a eles um
alcance ainda maior.
Coberturas Especiais A decisão de 21 de janeiro veio três dias depois de outra vitória da riqueza e do poder: a eleição do candidato republicano Scott
Brown para substituir o finado senador Edward M. Kennedy, o “leão liberal” de Massachusetts. A eleição de Brown foi retratada
Folha - texto integral como uma “virada populista” contra as elites liberais que comandam o governo.
Os dados da votação revelam uma história diferente.
Altos índices de participação nos subúrbios ricos, e baixos em áreas urbanas em grande parte democratas, ajudaram a eleger
RECEBA NOTÍCIAS Brown. “50% dos eleitores republicanos disseram que estavam 'muito interessados' na eleição”. Informou a pesquisa do The Wall
Street Journal/NBC, “comparado a 38% dos democratas”.
BOLETIM Então os resultados foram de fato uma virada contra as políticas do presidente Obama: para os ricos, ele não estava fazendo o
suficiente para deixá-los mais ricos, enquanto que para os setores pobres, ele estava fazendo demais para atingir esse fim.
CELULAR
A irritação popular é bastante compreensível, dado que os bancos estão prosperando, graças à ajuda do governo, enquanto o
CLIPPING desemprego aumentou para 10%.
Nas fábricas, uma em cada seis pessoas está sem trabalho – desemprego nos níveis da Grande Depressão. Com a
PODCAST financialização crescente da economia e o esvaziamento da indústria produtiva, as perspectivas são não trazem esperanças de
RSS recuperação dos empregos que foram perdidos.
Brown apresentou a si mesmo como o 41º voto contra o sistema de saúde – ou seja, o voto que poderia acabar com a maioria
WIDGETS no Senado dos EUA.
É verdade que o programa de saúde de Obama foi um fator importante na eleição de Massachusetts. As manchetes estão
corretas ao dizer que o público está se voltando contra o programa.
Os números da pesquisa explicam porquê: o projeto de lei não vai longe o suficiente. A pesquisa do The Wall Street Journal/NBC
descobriu que a maioria dos eleitores desaprova a forma como tanto Obama quanto os Republicanos estão lidando com o
sistema de saúde.
Esses números se alinham com as recentes pesquisas nacionais. A opção do sistema público foi apoiada por 56% dos
4 de 5

entrevistados, e a adesão ao Medicare aos 55 anos por 64%; ambos os programas foram abandonados.
Oitenta e cinco por cento acreditam que o governo deveria ter o direito de negociar os preços dos medicamentos, como
acontece em outros países; Obama garantiu à indústria farmacêutica que não perseguirá esta opção.
Grandes maiorias apoiam o corte de custos, o que faz bastante sentido: os custos per capita dos EUA com a saúde são cerca de
duas vezes maiores que os dos países industrializados, e os resultados da saúde são de má qualidade.
Mas o corte de custos não pode ser seriamente empreendido enquanto as companhias farmacêuticas são agraciadas, e o
sistema de saúde está nas mãos de seguradoras praticamente desreguladas – um sistema caro peculiar aos EUA.
A decisão de 21 de janeiro levanta novas barreiras significativas para superar a séria crise do sistema de saúde, ou para lidar com
assuntos críticos como as ameaçadoras crises do meio ambiente e da energia. O hiato entre a opinião pública e a política pública
cresce cada vez mais. E o prejuízo para a democracia norte-americana dificilmente pode ser superestimado.
Tradução: Eloise De Vylder

Noam Chomsky
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MELHORES LOJAS Noam Chomsky é um dos mais importantes linguistas do século 20. Seus textos oferecem um olhar alternativo sobre
as principais questões internacionais.
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