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Ensino de Física no Brasil

No entanto, o ensino de Física, nos dias de hoje, baseia-se fundamentalmente


em metodologias tradicionais centradas no professor, aborda conteúdos do
século XIX e foca-se, principalmente, na preparação de estudantes para as
provas.
O resultado, bastante conhecido, é que os estudantes não gostam de Física ,
cursando-a apenas quando são obrigados e, então, seu objetivo resume-se a
passar nos exames.

A carga horária semanal que chegou a 6 horas-aula por semana, hoje é de 2


ou menos. Aulas de laboratório praticamente não existem. Faltam
professores de Física1 nas escolas e os que existem são obrigados a treinar
os alunos para as provas, para as respostas corretas, ao invés de ensinar
Física. A interdisciplinaridade e a transdisciplinaridade são confundidas com
não disciplinaridade e tiram a identidade da Física. Os conteúdos curriculares
não vão além da Mecânica Clássica e são abordados da maneira mais
tradicional possível, totalmente centrada no professor, baseada no modelo de
narrativa. O resultado desse ensino é que os alunos, em vez de
desenvolverem uma predisposição para aprender Física, como seria esperado
para uma aprendizagem significativa, geram uma indisposição tão forte que
chegam a dizer, que “odeiam” a Física.

Física Moderna
Estamos no século XXI, mas a Física ensinada não passa do século XIX

A Física está na base da maioria das tecnologias contemporâneas.

O ensino de Física nas escolas de ensino médio vem a cada ano se tornado
desvinculado com a sociedade moderna e tomando rumos que não tem
acompanhado os avanços tecnológicos que estão presentes no cotidiano de
nossos alunos. Vivenciamos uma era de onde grande parte da base tecnológica
está fundamentada em temas de Física Moderna

Fazer com que nossos alunos sintam motivação para aprender Física, tem sido
desafiador para nós professores, pois a maioria deles enxergam a Física como
um emaranhado de fórmulas que servem apenas para resolver problemas de
movimentos retilíneos uniformes e variados, aplicações das leis de Newton,
termologia, óptica e circuito simples.

Apesar de ser do início do século XX, a Física Moderna, ainda não é muito
difundida nas aulas de física no ensino médio. Com um currículo desatualizado
nas escolas de nível médio, os professores de Física têm usado suas aulas
para aprofundar em temas como cinemática, aplicações da leis de Newton ,
termologia e circuitos simples.

Os alunos do ensino médio, mostram-se motivados a conhecer como funciona


algumas tecnologias que estão presentes no seu dia a dia, na qual podemos
destacar algumas delas como o GPS, a computação quântica, sensores
fotoelétricos, entre outros. Todos esses exemplos necessitam da compreensão
dos conceitos fundamentais de FMC e de sua importância para a sociedade de
uma forma geral.

A inserção da Física Moderna no currículo de Física do Ensino Médio (EM)


no sentido de despertar a curiosidade e a motivação dos alunos em sala de
aula. Essa curiosidade advém do fato de que estudos de FMC permitiram o
advento da tecnologia que faz parte do cotidiano dos alunos, o que viabiliza
que eles façam “a ponte entre a física da sala de aula e a física do cotidiano”
O uso de FMC no EM pode, ainda, levar os alunos a reconhecerem “a Física
como um empreendimento humano e, portanto, mais próxima a eles” A
viabilidade do ensino de FMC no Ensino Médio, “tanto do ponto de vista do
ensino de atitudes quanto de conceitos. É um engano dizer que os alunos
não têm capacidade para aprender tópicos atuais. A questão é como
abordar tais tópicos”. Nesse sentido, é fundamental que se produzam
materiais didáticos associados aos temas de FMC que sejam “acessíveis aos
professores e aos alunos de Nível Médio”
Metodologias Ativas
A dinâmica do aprendizado no contexto educacional tem passado por muitas
transformações, sobretudo devido à facilitação do acesso às informações. O
educador não é mais o único responsável pela exposição do conteúdo, a partir
de agora ele se torna um intermediador do processo de ensino-
aprendizagem.
As aulas expositivas correspondem a um modelo de ensino explorado por
muito tempo e por muitas escolas. Dessa maneira, o professor é o único
responsável por conduzir a aula e os alunos participam de forma passiva. O
principal impasse nesse cenário é fazer com que os alunos mantenham-se
motivados, interessados e engajados.

As metodologias ativas consistem na mudança do paradigma


do aprendizado e da relação entre o aluno e o professor. O aluno passa
então a ser o protagonista e transformador do processo de ensino, enquanto
o educador assume o papel de um orientador, abrindo espaço para a interação
e participação dos estudantes na construção do conhecimento.

O principal objetivo deste modelo de ensino é incentivar os alunos para que


aprendam de forma autônoma e participativa, a partir de problemas e
situações reais. A proposta é que o estudante esteja no centro do processo de
aprendizagem, participando ativamente e sendo responsável pela construção
de conhecimento.
São muitos os benefícios ao trazer as metodologias ativas para dentro da sala
de aula. Entre os que pontuo a seguir, o principal é a transformação na forma
de conceber o aprendizado, ao proporcionar que o aluno pense de maneira
diferente (já ouviu falar em fora da caixa?) e resolver problemas conectando
ideias que, em princípio, parecem desconectadas.
É importante investir em conteúdos atrativos e interativos, sendo essencial
ter esse olhar para aprimorar os procedimentos utilizados para envolver os
alunos na aprendizagem.

As metodologias precisam acompanhar os objetivos pretendidos. Se


queremos que os alunos sejam proativos, precisamos adotar metodologias
em que os alunos se envolvam em atividades cada vez mais complexas, em
que tenham que tomar decisões e avaliar os resultados, com apoio de
materiais relevantes. Se queremos que sejam criativos, eles precisam
experimentar inúmeras possibilidades de mostrar sua iniciativa.

Arco de Maguerez

Surgiu no ano de 1970 na França por Charles Maguerez

Radio A Luz
LED
O LED é um componente eletrônico semicondutor, ou seja, um diodo
emissor de luz ( L.E.D = Light emitter diode ), mesma tecnologia utilizada
nos chips dos computadores, que tem a propriedade de transformar energia
elétrica em luz. Tal transformação é diferente da encontrada nas lâmpadas
convencionais que utilizam filamentos metálicos, radiação ultravioleta e
descarga de gases, dentre outras. Nos LEDs, a transformação de energia
elétrica em luz é feita na matéria, sendo, por isso, chamada de Estado sólido
( Solid State ).
O LED é um componente do tipo bipolar, ou seja, tem um terminal chamado
anodo e outro, chamado catodo. Dependendo de como for polarizado,
permite ou não a passagem de corrente elétrica e, consequentemente, a
geração ou não de luz.

LDR
Fotocelula ou fotoresistor
Tem uma resistência entre seus terminais ou seja é
um resistor só que é um resistor especial
A resistência do LDR Varia com a Luz é um resistor
dependente de Luz
Varia a resistência de acordo com a luminosidade
Quanto mais escuro maior e a sua resistência
Quanto mais claro menor será a sua resistência
O dispositivos transformam a energia luminosa em elétrica:
Outros dispositivos construídos a partir das propriedades dos
semicondutores são os LDRs (resistores dependentes da luz), em um LDR o
processo é oposto ao de um LED, quando a luz de frequência apropriada
incide neste dispositivo o material de que é feito, absorve fótons e a
energia recebida é usada pelos elétrons para transitarem da banda de
valência para a banda de condução criando assim pares elétron-buracos
possibilitando uma diminuição significativa na resistência do material que
na ausência de luz volta a apresentar alta resistência.

Considerações finais

A atividade experimental pode ser um ótimo recurso para as aulas de Física


ao despertar emoções positivas nos alunos, tal como a curiosidade e o
estranhamento, o que causa uma motivação inicial em aprender. O uso do
experimento em questão para abordar ondas eletromagnéticas, mediante
uma abordagem interativa e articulada com algumas aplicações
tecnológicas vivenciadas no cotidiano, pode despertar essas emoções, que,
se usadas de forma adequada pelo professor, podem manter a atenção
inicial despertada no aluno e a sua disponibilidade em aprender. Além
disso, a utilização dessas atividades pode tornar conceitos abstratos, como
os da Física Moderna, mais acessíveis aos alunos. O experimento “radio a
luz!” também permite ao professor abordar outros conteúdos, como
eletricidade (circuitos elétricos, corrente elétrica, resistores, geradores) e
ondas eletromagnéticas (infravermelho e outras formas de radiação). A
articulação entre diferentes áreas da Física é importante para trabalhar a
visão fragmentada que os alunos têm da disciplina e lhes mostrar que tudo
se inter-relaciona.

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