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Nº 2, Agosto de 2017

Guia Prático de Atualização


Departamento Científico
de Aleitamento Materno

Doenças maternas infecciosas


e amamentação
Departamento Científico de Aleitamento Materno
Presidente: Elsa Regina Justo Giugliani
Secretária: Graciete Oliveira Vieira
Conselho Científico: Carmen Lúcia Leal Ferreira Elias, Claudete Teixeira Krause Closs,
Roberto Mário da Silveira Issler, Rosa Maria Negri Rodrigues Alves,
Rossiclei de Souza Pinheiro, Vilneide Maria Santos Braga Diégues Serva

terno12-14. Entretanto, em infecções graves e inva-


Introdução
sivas, tais como meningite, osteomielite, artrite
séptica, septicemia ou bacteremia causadas por
O aleitamento materno promove benefícios alguns organismos como Brucella, Streptococcus
para a mulher1-4, a criança5-8, a família9, e para o do Grupo B, Staphylococcus aureus, Haemophilus
próprio ambiente10; desta forma, é recomendado influenza Tipo B, Streptococcus pneumoniae ou
até os 2 anos de idade ou mais, e de forma exclu- Neisseria miningitidis, a interrupção temporária
siva até o 6º mês de vida da criança11. da amamentação se faz necessária por um período
que varia de 24 a 96 horas após o início da terapia
Uma das questões que podem determinar des-
antimicrobiana e alguma evidência de melhora
mame precoce é a dúvida inerente à amamentação
clínica12.
em mulheres que apresentam doenças infeccio-
sas. O conhecimento sobre as repercussões dessas A seguir, serão abordadas algumas infecções
doenças para a saúde da criança serve para uma bacterianas em lactantes, que costumam provo-
decisão esclarecida, com base teórica, em que a car dúvidas quanto ao aconselhamento da manu-
discussão sobre os potenciais riscos versus os be- tenção do aleitamento materno.
nefícios do aleitamento materno devem sempre
ser levados em consideração12. A orientação ade-
Tuberculose
quada nessas situações é fundamental para evitar
o desmame ou a introdução desnecessária de su- Crianças nascidas de mulheres consideradas
plementos lácteos ou complementos alimentares. abacilíferas ou tratadas por 2 ou mais semanas
antes do nascimento de seus filhos devem ser
orientadas a amamentar sem qualquer restrição.
Doenças bacterianas Seus filhos devem receber a vacina BCG logo após
o nascimento12,14-16.

A maioria das doenças infecciosas bacteria- Mulheres com sinais, sintomas e exames ra-
nas maternas não contraindica o aleitamento ma- diológicos consistentes com doença tuberculosa

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Doenças maternas infecciosas e amamentação

ativa devem restringir o contato com a criança de- Mastite e abcesso mamário
vido à transmissão potencial da doença por meio
das gotículas do trato respiratório. Durante o pe- Mastite e abcesso mamário não são conside-
ríodo de investigação da doença, o leite materno radas infecções invasivas e não contraindicam a
pode ser ordenhado e oferecido à criança, por não amamentação12. De um modo geral, a presença
haver risco de passagem do Mycobacterium tuber- de patógenos bacterianos no leite materno não
culosis pelo leite humano12-14. A ordenha deverá representa risco para o lactente17-19. O aleita-
ser realizada no mínimo 6-8 vezes nas 24 horas mento materno poderá ser mantido se a tera-
seguindo as normas higiênicas como lavagem das pia antimicrobiana empírica for instituída e se
mãos, proteção dos cabelos com touca e uso de o material drenado do abscesso não tiver con-
máscara limpa cobrindo nariz e boca,17 e o leite tato direto com a boca da criança ou não tiver
humano ordenhado cru oferecido para a crian- havido rompimento para o sistema ductal. Caso
ça13,14. Nas primeiras 2 semanas da terapia anti- contrário, deve-se suspender temporariamente
tuberculose, a mãe poderá amamentar seu filho a amamentação na mama afetada, mantendo a
com uso de máscara (cobrindo nariz e boca). É ordenha da mesma e a amamentação na mama
necessário assegurar a aderência materna ao tra- contralateral12,17.
tamento12.
A interrupção da amamentação com manuten-
Recomenda-se para a criança o uso profiláti- ção da ordenha e descarte do leite materno tem
co de isoniazida, na dose de 10mg/Kg/dia15,16 até sido recomendada para casos de infecções invasi-
o 3º- 4º mês de vida, quando o teste tubercu- vas causadas por Streptococcus do Grupo B12. En-
línico deverá ser realizado. Se o teste for posi- tretanto, com frequência a mulher já estará com
tivo, a criança deve ser avaliada, especialmente cobertura antimicrobiana empírica por mais de 2
quanto ao acometimento pulmonar, porém ou- dias quando for conhecido o resultado da cultura
tras formas de tuberculose deverão também ser da secreção drenada. Desta forma, de uma manei-
pesquisadas. Caso a criança tenha contraído a ra geral não há indicação de suspensão do aleita-
doença, a terapêutica deverá ser instituída; caso mento materno, mesmo nesses casos12.
contrário, a isoniazida deve ser mantida, com
acompanhamento mensal. Se o resultado do Não há utilidade em se realizar a cultura do
teste tuberculínico for negativo aos 3 meses de leite materno para orientar a decisão sobre a an-
idade, a isoniazida deverá ser descontinuada e tibioticoterapia em mães lactantes com mastite
o BCG aplicado12,14. Quando a mãe for portadora ou abcesso mamário. Entretanto, se houver falha
de tuberculose multidroga resistente, a separa- no tratamento empírico após 48 a 96 horas do
ção da criança do contato materno se faz neces- seu início, se ocorrer recorrências frequentes da
sária, pois nesse caso há maior infectividade e doença apesar de aparente terapia apropriada
o período para a resposta ao tratamento se pro- ou se a mulher experimentar dor fora do contex-
longa14,16. Entretanto, o leite materno ordenhado to dos sinais clínicos encontrados, a cultura do
poderá ser oferecido à criança até a mãe se tor- leite poderá ser solicitada. A coleta deve ser re-
nar abacilífera16. alizada após limpeza delicada do complexo aré-
olo-mamilar com água corrente, desprezando-se
O Mycobacterium tuberculosis muito raramen- os primeiros jatos do leite ordenhado12. A cul-
te causa mastite ou abcesso mamário. Mas, se isso tura de material advindo da drenagem cirúrgica
ocorrer, o aleitamento materno deverá ser des- de abcesso deve ser sempre realizada12. Além do
continuado, mantendo-se a ordenha para evitar a tratamento medicamentoso, os possíveis fatores
diminuição da produção láctea até que a mulher predisponentes da mastite, como estase do lei-
receba tratamento antituberculínico e seja consi- te e infecção18, devem ser abordados mediante
derada abacilífera14. Nesses casos, a criança tam- ordenha frequente e aumento do número de ma-
bém deverá receber isoniazida12. madas17.

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Hanseníase contagiosa (virchowiana) doença diarreica materna podem ser importantes


contaminantes externos, principalmente do leite
A hanseníase é transmitida pelo contato pes-
materno ordenhado. Assim, deve-se orientar cui-
soal por meio das secreções nasais e da pele. O
dados higiênicos, com ênfase especial na lava-
M. leprae pode ser isolado no leite de mulheres
gem das mãos após o uso do sanitário15,17.
com a forma virchowiana não tratada ou com tra-
tamento inferior a 3 meses de duração com sul-
fona (dapsona ou clofazamina) ou, ainda, com Outras doenças
tratamento inferior a 3 semanas com rifampicina.
Lesões de pele na mama também podem ser fonte A transmissão de Brucella entre humanos
de contaminação17. Se a lactante estiver sob trata- é excepcionalmente rara, havendo a descrição
mento adequado, não há contraindicação para a de alguns poucos casos de brucelose na criança
amamentação20. Os fármacos usados para o trata- causada, provavelmente, pelo leite humano24,25.
mento da hanseníase não contraindicam a ama- De qualquer forma, se houver confirmação de
mentação e o recém-nascido deverá ser precoce- brucelose materna, o tratamento antimicrobiano
mente tratado, simultaneamente ao tratamento deverá ser instituído e o aleitamento interrom-
materno17. A vacinação precoce com o BCG deve- pido por 72 a 96 horas. O leite materno poderá
rá ser instituída pela possibilidade de indução de ser ordenhado, pasteurizado e oferecido à criança
proteção cruzada para a hanseníase na criança16. no período de interrupção da amamentação. Ha-
A mãe deverá ser aconselhada a diminuir, ao má- vendo melhora clínica, a amamentação deverá ser
ximo, o contato com o seu filho; praticar medidas restabelecida15,17.
de higiene, tais como lavagem das mãos antes de Não há contraindicação para a amamentação
manter contato com a criança, desinfecção de ma- em lactantes com listeriose12. Em mulheres gra-
teriais que entram em contato com as secreções vemente acometidas pela doença, recomenda-
nasais maternas, uso de lenços descartáveis; além -se a interrupção temporária da amamentação na
do uso de máscaras no momento da amamenta- fase aguda da doença, pelas condições clínicas
ção, quando esta já estiver indicada, ou durante o maternas, podendo ser utilizado o leite materno
contato com a criança17. ordenhado cru12. Já na fase aguda da leptospirose,
recomenda-se a interrupção da amamentação e
A hanseníase não contagiosa não é contrain-
uso de leite materno ordenhado pasteurizado15,17.
dicação para a amamentação; entretanto, a crian-
ça, amamentada ou não, deverá ser submetida pe- Quando a mulher adquire coqueluche duran-
riodicamente a exames clínicos para possibilitar a te o período neonatal, a antibioticoterapia para
detecção precoce de possíveis sinais clínicos da a mãe e para o recém-nascido deverá ser inicia-
doença16. da16. A mulher deverá ser aconselhada a restringir
o contato com o seu filho e a suspender tempo-
Doença diarreica rariamente a amamentação por um período de
5 dias após o início da antibioticoterapia12. Não
O leite humano protege contra infecções do há transmissão da Bordetella pertussis pelo leite
trato gastrointestinal5,12,15,21,22. Nas crianças ama- humano, o contato se dá por gotículas do trato
mentadas, a incidência de diarreia é significativa- respiratório12; assim, recomenda-se o uso de más-
mente inferior, principalmente as causadas pelo cara com cobertura do nariz e boca para evitar a
vibrião colérico, Shigella, Escherichia coli, Cam- contaminação do recém-nascido, mesmo após o
pylobacter e Giardia lambia23. Como não há pas- início do contato com a criança e o reestabeleci-
sagem desses microrganismos pelo leite humano, mento da amamentação17. O uso do leite materno
recomenda-se a manutenção da amamentação ordenhado cru, seguindo as normas higiênicas da
durante episódios de doença diarreica materna. Rede Brasileira de Bancos de Leite Humano, tam-
Entretanto, os agentes etiológicos causadores da bém é recomendado12,17.

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Doenças maternas infecciosas e amamentação

Quanto à sífilis, se houver lesões primárias e tada como exemplo, pois essa doença parasitária
secundárias na aréola e/ou mamilo, a amamenta- não é transmitida entre humanos, tampouco pelo
ção é contraindicada temporariamente na mama leite materno. Os fármacos usados para tratar a
afetada, até a cicatrização das lesões mediante malária não contraindicam a amamentação, en-
o uso da antibioticoterapia sistêmica12. A criança tretanto, deve-se evitar as sulfonamidas no perí-
deverá ser testada e tratada com antimicrobiano. odo neonatal17.
A manutenção da amamentação na mama contra-
Exceção ocorre na doença de Chagas, quando
lateral está indicada. A ordenha e o descarte do
o parasita pode ser excretado no leite humano.
leite ordenhado da mama afetada deverão ser re-
Nota-se, entretanto, que a infecção aguda no lac-
alizados para evitar estase do leite, com proteção
tente parece ter evolução benigna e a descrição
das lesões para evitar contato com a criança12,16,17.
de sequelas é rara. Assim, a amamentação deverá
ser contraindicada apenas na fase aguda da doen-
ça ou quando houver lesão mamilar com sangra-
Doenças parasitárias mento15,17.

O Quadro 1 resume as condutas quanto à ama-


De uma maneira geral, as doenças parasitá- mentação de lactantes com doença bacteriana ou
rias não se configuram como contraindicação para parasitária. Nota-se que não há contraindicação
a amamentação, visto que não há transmissão de do aleitamento materno para a maioria das doen-
parasita pelo leite humano. A malária pode ser ci- ças infecciosas bacterianas e parasitárias.

Quadro1. Conduta em relação à amamentação e uso do leite materno ordenhado cru em algumas infecções
bacterianas e parasitárias na nutriz12-20.

Modo de Conduta quanto à Uso do leite materno


Infecção Observação
transmissão amamentação ordenhado cru

Staphylococcus Contato Interrupção temporária Permitido, após Doença materna grave, muitas
aureus: doença grave por 24-48 após início 24-48 horas do início vezes mediada por toxinas
ou invasiva da antibioticoterapia da antibioticoterapia
Streptococcus do Contato Interrupção temporária Permitido, após Pode causar infecções recorrentes
Grupo B doença grave por 24-48 após início 24-48 horas do início maternas
ou invasiva da antibioticoterapia da antibioticoterapia
Neisseria miningitidis: Gotículas Interrupção temporária Permitido, após Uso de antibioticoterapia
doença grave ou respiratórias por 24 horas após início 24 horas do início da profilática nos contactantes
invasiva da antibioticoterapia antibioticoterapia
Tuberculose: lactantes – Sem restrição Permitido Manutenção do tratamento da
abacilíferas ou mulher
tratadas há mais de
2 semanas antes do
parto
Tuberculose: lactantes Gotículas Suspender Permitido Seguir normas higiênico-
com sinais, sintomas do trato temporariamente até sanitárias, em especial uso de
e exames radiológicos respiratório diagnóstico e início da máscara cobrindo nariz e boca
consistentes com terapia na lactante e
doença tuberculosa terapia profilática na Manter diminuição do contato
ativa criança mãe/filho por pelo menos
2 semanas após início do
tratamento
Investigar criança e iniciar
isoniazida

continua...

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... continuação

Modo de Conduta quanto à Uso do leite materno


Infecção Observação
transmissão amamentação ordenhado cru

Tuberculose: Gotículas Suspender Permitido Seguir normas higiênico-


lactantes portadoras do trato temporariamente sanitárias, em especial uso de
de tuberculose respiratório até início da terapia máscara cobrindo nariz e boca
multidroga resistente adequada e até a
mulher se tornar Separação da mãe do seu filho até
abacilífera se tornar abacilífera
Investigar a criança e iniciar
antibioticoterapia
Mastite ou abscesso Contato Interrupção temporária Contraindicado até Investigar e iniciar tratamento da
causado por para tratamento resolução das lesões e criança com isoniazida
Mycobacterium cultura negativa Manter ordenha para evitar
tuberculosis estase e diminuição da produção
de leite
Hanseníase não – Sem restrição Permitido Submeter a criança a exames
contagiosa clínicos periódicos e realizar BCG
Hanseníase Secreções Interrupção temporária Contraindicado Submeter a criança a exames
virchowiana não nasais e pele até tratamento até tratamento clínicos periódicos, realizar BCG e
tratada ou com corretamente instituído corretamente instituído tratar a criança simultaneamente
tratamento inferior a 3 com duração superior a com duração superior a com a sua mãe
meses com sulfona ou 3 meses com sulfona ou 3 meses com sulfona ou
inferior a 3 semanas superior a 3 semanas superior a 3 semanas Diminuir, ao máximo, o contato
com rifampicina ou com rifampicina, sem com rifampicina, sem mãe/filho
com lesões de pele na lesões na pele da mama lesões na pele da mama
mama
Doença diarreica – Sem restrição Permitido Os agentes etiológicos da doença
diarreica materna podem ser
contaminantes externos
Ênfase nos cuidados higiênicos,
principalmente lavagem das mãos
Brucelose Leite, contato Interrupção temporária Contraindicado até Mulher pode apresentar doença
até 72-96 horas do 72-96 horas do início materna grave
início do tratamento do tratamento
Avaliar estado clínico da lactante
Permitido, se
pasteurizado
Listeriose Contato, Sem restrição Permitido
perinatal
Em lactantes Em lactantes
gravemente doentes, na gravemente doentes,
fase aguda, interrupção contraindicado na fase
temporária aguda
Leptospirose Contato Interrupção temporária Contraindicado na fase Lactante pode apresentar doença
com urina na fase aguda aguda materna grave. Nesse caso,
de animais ordenhar o leite para evitar estase
portadores, Permitido, se e pasteurizá-lo
leite pasteurizado
Avaliar estado clínico da lactante
Coqueluche no Gotículas Interrupção temporária Permitido, com garantia Iniciar antibioticoterapia para a
período neonatal do trato por 5 dias após início da de medidas higiênicas, lactante e criança
respiratório terapia antimicrobiana com ênfase ao uso de
máscara cobrindo nariz Restrição de contato mãe/criança.
e boca Vacinar a criança
Doença de Chagas Fezes de inseto Interrupção temporária Contraindicado na Evolução benigna do lactente
(barbeiro), na fase aguda da fase aguda da doença
transfusão doença ou quando ou quando houver Rara descrição de sequelas
sanguínea, houver lesão mamilar lesão mamilar com
transmissão com sangramento sangramento
vertical via
placenta, leite
materno

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Doenças maternas infecciosas e amamentação

Doenças dos Estados Unidos (CDC), a Academia


Doenças virais
Americana de Pediatria (AAP) e o MS do Brasil re-
comendam que as mães HBsAg positivas sejam
Hepatite encorajadas a amamentar, desde que o seu filho
realize imunoprofilaxia, com administração da
Mães infectadas pelos vírus das hepatites A
primeira dose da vacina contra hepatite B e simul-
(VHA), B (VHB) ou C (VHC) podem transmitir esses
taneamente o uso da imunoglobulina específica
vírus para as crianças durante a gravidez, parto ou
contra hepatite B, administradas ainda na sala de
período pós-parto. O VHA tem maior possibilida-
parto ou dentro das primeiras 12 horas de vida da
de de transmissão no momento do parto, se este
criança14,26-30 concomitantemente, em locais de
for vaginal, devido à maior probabilidade de con-
aplicação diferentes14. A dose de imunoglobulina
taminação pelas fezes maternas infectadas. No
para o recém-nascido é de 0,5 mL, via intramuscu-
entanto, vale ressaltar que a maioria das mulheres
lar, e o esquema vacinal segue o calendário básico
adultas já têm o anticorpo por infecção pregressa.
da criança28,30. Existe alto grau de evidência cien-
Se o parto ocorrer na fase aguda da doença ma-
tífica27 de que essa medida efetivamente elimina-
terna, é aconselhável que o recém-nascido rece-
rá qualquer risco teórico de transmissão do VHB
ba imunoglobulina humana. Não é recomendado
via amamentação14.
interromper a amamentação de mães infectadas
por VHA12,15,26. A hepatite C é adquirida mediante exposição
a produtos de sangue contaminado, atividade se-
A hepatite B é uma doença infecciosa causada
xual ou transmissão perinatal. O RNA do VHC e os
pelo VHB, que pode estar presente no sangue, no
anticorpos contra o vírus foram detectados no lei-
esperma, no líquido amniótico, nos fluidos vagi-
te de mães infectadas; no entanto, a transmissão
nais, no sangue do cordão umbilical e no leite ma-
do HCV através da amamentação até o momento
terno. O maior risco de transmissão para o recém-
nunca foi documentada em mães com resultados
-nascido é durante o parto, quando a criança entra
positivos para o anti-VHC14. Revisão sistemática
em contato com o sangue e secreções maternas
da literatura conduzida pela Força-Tarefa de Ser-
infectadas. Tem sido discutido o nascimento por
viços Preventivos dos Estados Unidos com o obje-
parto cesáreo eletivo como forma de reduzir o
tivo de avaliar o risco de transmissão do VHC con-
risco de transmissão vertical do VHB; no entan-
cluiu que a interrupção do aleitamento materno
to, essa conduta não é recomendada quando esta
para reduzir o risco de transmissão vertical não se
for a única indicação da cesariana, uma vez que
justifica31.
os dados disponíveis são conflitantes e com bai-
xo grau de evidência científica27. O Ministério da Evitar a amamentação não diminui a taxa de
Saúde (MS) do Brasil não especifica o tipo de par- transmissão vertical do VHC14,31-33, pois esse ris-
to em suas recomendações28. co não é devido ao leite materno ou colostro, por
conterem uma quantidade muito baixa de vírus e
O antígeno de superfície da hepatite B (HB-
que são inativados no trato digestório da criança.
sAg) foi detectado no leite de mulheres positivas
A hepatite C não contraindica o aleitamento ma-
para HBsAg. No entanto, estudos indicam que a
terno e mães infectadas com VHC devem são en-
amamentação por mulheres positivas para HBsAg
corajadas a amamentar26,32-34. No entanto, sabe-se
não aumenta significativamente o risco de infec-
que o VHC é transmitido pelo sangue infectado;
ção para os seus filhos14,26,27, apesar de existir o
assim, se a mãe infectada tiver fissura de mamilo
risco teórico de transmissão se a criança entrar
ou lesão na aréola circundante com sangramento,
em contato com o sangue materno existente em
ela deve parar de amamentar temporariamente na
fissuras ou traumas mamilares26.
mama com sangramento. Nesse período, ela deve
A Organização Mundial da Saúde (OMS), o ordenhar e descartar o leite da mama afetada.
Centro de Controle de Doenças e Prevenção de Logo que o trauma mamilar cicatrize e não apre-

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Departamento Científico de Aleitamento Materno • Sociedade Brasileira de Pediatria

sente sangramento, ela pode retomar o aleita- gado. O teste rápido anti-HIV é tecnicamente sim-
mento materno na mama antes comprometida34. ples, pode ser realizado por qualquer profissional
A decisão de amamentar ou não em mães HCV po- de saúde capacitado e gera resultado em, no má-
sitivas deve ser baseada em uma discussão infor- ximo, 30 minutos15,28,35. Em mulheres com testes
mada entre a mãe e o profissional de saúde, após negativos ou com estado sorológico desconheci-
ela obter informações suficientes sobre os riscos do, os profissionais de saúde devem incentivar o
e benefícios do aleitamento materno12,14,33, além aleitamento materno e ajudar as mães a iniciarem
de ter conhecimento de que a transmissão do a amamentação na primeira hora após o parto.
VHC pela amamentação é teoricamente possível,
As condutas em relação à amamentação de
apesar de nunca documentada14,34. A alta preva-
mães soropositivas para o HIV devem seguir as
lência de infecção por VHC em todo o mundo re-
diretrizes de cada país11-13,36,37. No Brasil, é con-
quer esforços renovados na prevenção primária
traindicada a amamentação para as mães soropo-
com o desenvolvimento de vacinas32.
sitivas para o HIV, bem como a amamentação cru-
zada, ou seja, a amamentação de uma criança por
Infecção pelo vírus da imunodeficiência
uma mulher que não seja sua mãe35. O alojamento
humana (HIV)
conjunto deve ser cumprido em tempo integral
O vírus da imunodeficiência humana tipo 1 com a finalidade de estimular o vínculo mãe-filho.
(HIV-1) pode ser transmitido da mãe para o filho Nutrizes com diagnóstico de HIV devem realizar a
durante a gestação, no momento do parto e atra- inibição farmacológica da lactação nas primeiras
vés do leite materno. O risco de transmissão ver- horas após o parto, mediante a administração de
tical do HIV, sem que ocorra qualquer intervenção cabergolina 1,0mg por via oral, em dose única. O
durante a gestação para evitá-lo, situa-se entre enfaixamento das mamas representa uma medida
25% e 30%. Desse percentual, o risco de trans- de exceção, indicada apenas quando a cabergoli-
missão intraútero e intraparto é de 25% a 40% na não estiver disponível28,35. Os recém-nascidos
e 60% a 75%, respectivamente. A amamentação das mulheres HIV positivas devem ser alimenta-
está associada a um risco adicional de transmis- dos com fórmula infantil. Para as mães que não
são, podendo chegar a 29% nos casos de infecção tenham condições financeiras de adquirir as fór-
aguda35. No recém-nascido, as portas de entrada mulas infantis, o MS do Brasil as disponibiliza.
do vírus são as mucosas da nasofaringe e do trato
A OMS, desde 2010, vem adotando uma abor-
gastrintestinal.
dagem de saúde pública, recomendando o aleita-
Nas maternidades brasileiras, o teste rápido mento materno para todas as mulheres que vivem
para diagnóstico de HIV deve ser realizado em to- com HIV e fazem o uso de drogas antirretrovirais,
das as gestantes não testadas para o HIV durante como modo de prevenção da transmissão pós-
o acompanhamento pré-natal, para a adoção de -natal do HIV através da amamentação. Essa re-
procedimentos de prevenção de transmissão ver- comendação se baseia em evidências científicas
tical. É importante ressaltar que o MS não reco- oriundas de revisões sistemáticas mostrando que
menda que o profissional de saúde contraindique o uso de drogas antirretrovirais pode reduzir sig-
a amamentação para aquelas mulheres que reali- nificantemente o risco de transmissão pós-natal
zaram o teste anti-HIV e que ainda não possuam do HIV através do leite materno36. Nos locais em
o resultado ou mesmo naquelas que não tiveram que os antirretrovirais estão disponíveis, é reco-
acompanhamento pré-natal, porquanto a con- mendada a prática da amamentação exclusiva por
traindicação deve ser baseada em um diagnósti- 6 meses, seguida do uso de alimentos comple-
co de HIV reagente. Os serviços de saúde devem mentares e manutenção do aleitamento materno
estabelecer uma logística para que o resultado nos primeiros 12 meses de vida, pois, segundo a
esteja disponível no momento do parto, para que OMS, essa é uma medida segura que melhora a
o início do aleitamento materno não seja poster- sobrevivência global e assegura bom crescimen-

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Doenças maternas infecciosas e amamentação

to e desenvolvimento infantil36,37. No quadro 2 que atenda aos critérios AFASS, ou seja, aceitá-
estão sintetizadas as recomendações atuais da vel (a mãe não apresenta nenhuma barreira, por
OMS em relação à amamentação de mães HIV po- razões culturais ou sociais ou pelo medo do es-
sitivas que vivem em locais onde as autoridades tigma e da discriminação, para escolha de outra
recomendam o aleitamento materno e o uso de opção de alimentação), factível (a mãe ou outro
antirretrovirais. membro da família tem tempo, conhecimentos,
habilidades e recursos adequados para preparar
alimentos e para alimentar a criança), acessível (a
Quadro 2. Recomendações da OMS em relação à
mãe e a família, com o apoio da comunidade e/
amamentação de mães HIV positivas que vivem em locais
onde as autoridades recomendam o aleitamento materno ou do sistema de saúde, podem pagar os custos
de mães e o uso de antirretrovirais de alimentos de substituição - incluindo todos
os ingredientes, combustível e água limpa, sem
Situação Recomendação comprometer o orçamento da família), sustentá-
vel (a mãe tem acesso ao fornecimento contínuo e
Por quanto tempo Mães HIV positivas devem
ininterrupto de todos os ingredientes e produtos
uma mãe que vive amamentar por pelo menos
com HIV pode 12 meses e podem continuar necessários para implementar a opção de alimen-
amamentar? a amamentação por até
tação com segurança, enquanto a criança precisar
24 meses ou mais, se tiverem
total aderência ao uso dos dela) e seguro (os alimentos de substituição são
antirretrovirais.
nutricionalmente adequados e preparados, arma-
Qualidade da evidência: baixa zenados e fornecidos na quantidade suficiente,
para até 12meses; muito baixa
para 24meses. de forma correta e higiênica, de preferência por
Suporte às mães que As autoridades nacionais
copo)11,36,37. O aleitamento materno deve ser ex-
vivem com HIV devem implementar clusivo porque reduz o risco de transmissão do
ativamente ações de
promoção, proteção e apoio à
HIV da mãe para o filho em comparação com a
amamentação; nos serviços de alimentação mista13,36,37, pelo maior dano à mu-
saúde, locais de trabalho e na
cosa intestinal decorrente da alimentação artifi-
comunidade.
cial, fator que favorece a penetração do vírus38. A
Conduta quando as Drogas antirretrovirais reduz o
mães HIV positivas risco de transmissão pós-natal amamentação não afeta negativamente a saúde
não amamentam do HIV mesmo no contexto de da mãe infectada pelo HIV12. É importante desta-
exclusivamente alimentação mista.
car que esse não é o caso do Brasil, pois o Minis-
Embora a amamentação
exclusiva seja recomendada,
tério da Saúde contraindica a amamentação em
a prática de alimentação mulheres HIV positivas. Esta orientação é válida
mista não é uma razão para
interrupção da amamentação
para os países onde há acesso aos medicamentos
quando estiverem em uso antirretrovirais e há garantia de fórmula infantil
regular dessas drogas.
para os filhos dessas mães durante os primeiros 6
meses de vida.

Para alguns países em desenvolvimento onde Evidências sobre o risco de transmissão do


não há fácil acesso a medicamentos antirretrovi- vírus da imunodeficiência humana tipo 2 (HIV-2)
rais e não há garantia de uma alimentação segura através da amamentação são muito limitadas. O
e sustentável para os filhos de mulheres soroposi- aleitamento materno por mães com infecção con-
tivas, a interrupção do aleitamento materno está firmada pelo HIV-2 deve seguir as mesmas diretri-
associada a maior risco de mortalidade infantil zes existentes para o HIV-1.
por doenças infecciosas e desnutrição11-13,36,37. Por
isso, a OMS recomenda que os filhos de mulheres
Infecção pelo vírus T-linfotrópico humano (HTLV)
soropositivas sejam amamentados exclusivamen-
te nos primeiros 6 meses de vida quando a dupla A HTLV é uma retrovirose classificada em dois
mãe-filho não tenha acesso a uma alimentação grupos: HTLV-1 e HTLV-2. Pode causar doenças

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neurológicas, oftalmológicas, dermatológicas, os prematuros com idade gestacional menor que


urológicas e hematológicas a exemplo de linfoma 30 semanas ou com peso de nascimento inferior
e leucemia associada ao HTLV12,13,35. O HTLV-1 ou a 1.000g41,45, sem deixarem de chamar a atenção
HTLV-2 pode ser transmitido da mãe para o filho para uma possível superestimação dos riscos de
através do leite materno12,13,35. O risco de trans- doença adquirida através da amamentação45,46.
missão do vírus aumenta quando o aleitamento De acordo com a AAP, em recém-nascidos com
materno não é exclusivo e com a maior duração peso inferior a 1.500 g, a decisão de alimentar a
da amamentação39. O MS do Brasil contraindica criança com o leite materno cru deve ser tomada
a amamentação de mães portadoras do HTLV-1 depois de se pesar os benefícios do leite materno
ou HTLV-2. Os recém-nascidos das mulheres so- contra o risco de transmissão da infecção43.
ropositivas devem ser alimentados com fórmula
infantil. A infecção por CMV adquirida via leite mater-
no é relativamente rara47. Revisão sistemática da
literatura constatou que a mediana de incidência
Citomegalovirose da doença sintomática e de septicemia grave pelo
O citomegalovírus (CMV) é um DNA vírus, CMV em recém-nascidos pré-termo adquiridas
membro da família Herpesviridae. É a causa mais por meio do leite materno foi, respectivamente,
comum de infecção congênita, afetando 0,3-2% 3,7% e 0,7%; o seguimento no longo prazo reve-
dos nascidos vivos40. Pode também ser transmiti- lou baixo risco de sequelas neurológicas e cogni-
do às crianças por meio do contato com secreções tivas, sem prejuízo auditivo46.
genitais maternas durante o parto ou através do
Com a finalidade de poder alimentar com lei-
leite materno, que se constitui em uma frequente
te materno o recém-nascido com mais segurança,
rota de transmissão41,42. Recém-nascidos a termo
tem sido propostos diversos métodos para elimi-
saudáveis que adquirem CMV após o nascimento
nar ou diminuir a carga viral do CMV do leite ma-
em geral apresentam infeções assintomáticas e
terno. A pasteurização do leite humano com baixa
sem complicações41,42, provavelmente pela passa-
temperatura e longa duração (62,5°C por 30 mi-
gem de anticorpos maternos específicos transfe-
nutos), método mais utilizado nos bancos de leite
ridos de forma passiva e que protegem o lactente
humano do Brasil, bem como a pasteurização de
contra a doença sistêmica41. A AAP não considera
curta duração e com alta temperatura (72°C por 5
a soropositividade materna para o CMV uma con-
segundos) eliminam totalmente a infecciosidade
traindicação para a amamentação43.
do CMV e impedem a transmissão do vírus, ape-
Em contrapartida, recém-nascidos prematu- sar de alterarem as propriedades imunológicas do
ros, sobretudo os de extremo baixo peso, apre- leite14,41,44. O processo de pasteurização rápido é
sentam maior risco de doença sintomática44, menos nocivo para os constituintes imunológicos
com maior chance de apresentarem neutropenia, do leite humano14,45,48. O congelamento do leite
trombocitopenia, septicemia, pneumonia e infec- humano a 20°C negativos diminui os títulos virais,
ção entérica41, além de possibilidade de sequelas mas não erradica sua infecciosidade14,41,44, apesar
neurológicas em longo prazo, e atraso no desen- de preservar os componentes nutricionais e imu-
volvimento neuropsicomotor26, devido às baixas nológicos do leite materno.
concentrações de anticorpos maternos contra o
Recentemente, tem sido investigada uma nova
CMV adquiridos via transplacentária.
técnica, que utiliza a irradiação ultravioleta-C a
Não existe consenso quanto ao limite de ida- 254 nm como método alternativo para a pasteu-
de gestacional de maior risco de transmissão do rização49,50. Foi demonstrada melhor preservação
CMV via leite materno. Para alguns pesquisado- decomponentes do leite humano como lactofer-
res, o maior risco de infecção grave por CMV pós- rina, lisozima e IgA secretora, quando comparada
-natal transmitida pelo leite materno seria para ao método de pasteurização com baixa tempera-

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Doenças maternas infecciosas e amamentação

tura e longa duração. No que diz respeito ao CMV, bolhas que se rompem e provocam pequenas úl-
a replicação total foi afetada por várias doses de ceras. Os vírus são transmitidos pelo contato dire-
tratamento; contudo, persistiu a presença de pro- to com fluidos corporais ou feridas de uma pessoa
teínas virais dentro das células, indicando a pos- infectada. A doença é contagiosa mesmo nos pe-
sibilidade de transcrição de genes virais49. São ríodos assintomáticos. O período mais comum de
necessários novos estudos para que a irradiação contaminação é durante o parto15,26.
ultravioleta-C seja indicada como método alter-
Existem casos descritos de infecções pelo her-
nativo da pasteurização convencional.
pes vírus em nutrizes com a presença de lesões
A recomendação de fornecer leite de banco herpéticas na mama. Quando a lactante apresenta
de leite humano quando o leite materno não es- sinais de infecção ativa por VHS, a amamentação
tiver disponível ou quando contraindicado é uma deve ser mantida, exceto quando há vesículas her-
conduta segura e garante os benefícios do leite péticas localizadas na pele da mama15,26. A criança
materno; entretanto, nem sempre esse leite está não deve sugar a mama afetada enquanto persis-
disponível, por requerer uma estrutura física es- tirem as lesões. Lesões herpéticas em outras lo-
pecífica, instrumentos e recursos humanos que calizações devem ser cobertas e a mãe deve ser
garantam a coleta, pasteurização e distribuição orientada quanto à higiene criteriosa das mãos26.
do leite humano ordenhado com qualidade.

Na tomada de decisão sobre alimentar com lei- Varicela


te materno os recém-nascidos pré-termo, é preci-
O agente infeccioso responsável pela varicela
so considerar os inúmeros efeitos benéficos desse
é o vírus da varicela-zoster (VVZ), que é da famí-
leite para a saúde da criança e o risco potencial de
lia dos vírus herpes, sendo exclusivo dos huma-
transmissão de CMV (apesar de ser uma condição
nos. Por causa da imunização universal, a varicela
rara)47. Faz-se necessário, ainda, avaliar a condição
na gravidez e no parto é, atualmente, incomum53.
individual de saúde da díade mãe-filho41,45, como
A transmissão pós-natal do vírus do VVZ ocorre
o diagnóstico de outras afecções que comprome-
através de secreções respiratórias (gotas) e por
tam o sistema imunológico, a exemplo de nutrizes
contato com as lesões cutâneas26. O período de
HIV-positivas, condição comum na África, as quais
maior risco de contágio começa antes da erup-
apresentam maior secreção do CMV no leite ma-
ção cutânea e se estende até que todas as bolhas
terno e aumento de risco de doença sintomáti-
formem crostas54. Mãe com varicela cujo início
ca51,52. Estudos prospectivos são necessários para
ocorreu em mais de 5 dias antes do parto ou após
refinar as diretrizes de uso do leite de mulheres
o terceiro dia pós-parto produz e transfere anti-
soropositivas para o CMV, para que não ocorra a
corpos para o recém-nascido15. A AAP recomenda
interrupção desnecessária do aleitamento mater-
que as mães que desenvolvem varicela 5 dias an-
no com base em fracas evidências dos seus male-
tes até 2 dias após o parto devem ser separadas
fícios para a saúde da criança.
de seus filhos, e que o seu leite deve ser orde-
nhado e usado para alimentação do filho13, pois
Infecção pelo herpes simples tipo 1 e tipo 2 nessas circunstâncias não há tempo suficiente
para as mulheres produzirem e transferirem via
A infecção pelo herpes simples é causada por
placentária os anticorpos VVZ.
dois vírus da família Herpesviridae, tipo 1 e 2 (VHS-
1 e VHS-2), responsáveis por infecções em huma- A recomendação da AAP de separar mãe e
nos. O VHS-1 causa com maior frequência infeções recém-nascido foi considerada inapropriada em
orais e na face, manifestando-se por pequenos outra publicação da própria AAP, devido ao alto
grupos de bolhas ou apenas inflamação local. O risco do recém-nascido ter adquirido a infeção
VHS-2 é o agente das infeções genitais, que pode via placentária e de existirem medidas eficazes
apresentar sintomas quase insignificantes ou até que podem prevenir a forma grave da doença

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caso o recém-nascido seja infectado após o parto. ol gel em seguida, principalmente antes de ama-
Esses lactentes podem receber uma única dose mentar e após as crises de tosse e espirros; além
intramuscular de imunoglobulina varicela-zos- de lavar as mãos depois de usar o banheiro, antes
ter; se a imunoglobulina especifica não estiver de comer, antes e depois de tocar os olhos, a boca
disponível, alternativamente pode-se utilizar a e o nariz; evitar tocar os olhos, nariz ou boca após
imunoglobulina intravenosa. Além disso, a díade contato com superfícies potencialmente conta-
deve permanecer junta em um quarto bem ven- minadas (corrimãos, bancos, maçanetas, dentre
tilado, para prevenir a transmissão nosocomial53. outras)55. Se a mãe estiver muito debilitada e
Essa abordagem promove o aleitamento materno acamada, o leite materno pode ser ordenhado e
e permite ao recém-nascido receber os fatores oferecido ao lactente em um copinho ou xícara.
de imunoprotecção através do leite materno. A O uso de mamadeira deve ser desaconselhado15.
imunização contra varicela pós-exposição não é
Está comprovado os benefícios do fosfato de
recomendada para recém-nascidos, apenas para
oseltamivir para os pacientes suspeitos de in-
crianças com 12 meses de idade ou mais14,15.
fluenza, sobretudo quando administrado nas 48
horas após o início dos sintomas. O uso desse an-
Influenza pelo vírus H1N1
tiviral é considerado seguro durante a amamenta-
Os vírus influenza são transmitidos facilmen- ção, assim como em lactentes com sinais de infec-
te de pessoa a pessoa por gotículas respiratórias ção. No entanto, a vacinação é a intervenção mais
produzidas por indivíduos infectados ao tossir ou importante na redução do impacto da influenza,
espirrar. Existem três tipos de vírus influenza: A, B sendo indicada para todas as pessoas, incluindo
e C. O vírus influenza C causa infecções respirató- as mulheres que amamentam e crianças maiores
rias brandas, não possui impacto na saúde pública de 6 meses de idade55.
e não está relacionado com epidemias. Diferente-
mente, os vírus influenza A e B são responsáveis Febre amarela
por epidemias sazonais, sendo o vírus influenza A
responsável pelas grandes pandemias. Até o momento, não há relato de transmis-
são do vírus da febre amarela via leite materno
O subtipo H1N1 do vírus da influenza A se de uma mãe infectada pelo vírus, apesar de ser
transmite de pessoa a pessoa, de forma seme- limitada a potencial proteção adquirida passiva-
lhante à gripe comum, por gotículas respiratórias mente por anticorpos. Diante da bem documenta-
geradas pela tosse ou espirros55,56. Foi detectado da transmissão do vírus da febre amarela via mos-
pela primeira vez em 2009 nos Estados Unidos; quito e da lacuna de evidência de transmissão via
nesse ano, o CDC recomendou que as mães infec- leite materno, parece mais sensato proteger todas
tadas agudamente pelo vírus H1N1 fossem tem- as crianças contra a picada de mosquito, do que
porariamente isoladas de seus filhos até que se interromper o aleitamento materno. A manuten-
tornassem afebris, e que oferecessem leite orde- ção da amamentação ou o uso de leite materno
nhado cru para a alimentação do seu filho nesse ordenhado irá depender do estado de saúde da
período56, com o endosso da AAP13. No entanto, lactante durante a doença. Interromper tempora-
a necessidade de isolamento foi posteriormente riamente o aleitamento materno na fase aguda da
questionada53. Parece que as medidas de higie- doença por pelo menos 4 dias é uma precaução
nização das mãos e o uso de máscara facial pela razoável, com a ordenha frequente da mama e si-
mãe são suficientes para evitar a transmissão do multâneo descarte do leite ordenhado39.
vírus53, não sendo necessário o isolamento, pois
quando a mãe apresenta sinais da doença a crian- A vacina contra a febre amarela está contrain-
ça certamente já foi exposta ao vírus. A mãe pode dicada para mães que estão amamentando até a
amamentar com máscara. Recomenda-se a lava- criança completar 6 meses de idade. Caso exista
gem das mãos com água e sabão e/ou uso do álco- indicação de vacinação (residir em local próximo

11
Doenças maternas infecciosas e amamentação

onde ocorreu a confirmação de circulação do ví- fecções virais na nutriz. Nota-se que raras são as
rus - epizootias, casos humanos e vetores na área doenças que contraindicam a amamentação. En-
afetada), a amamentação deve ser suspensa por tretanto, sabe-se que as condutas podem mudar
10 dias, segundo recente nota técnica do MS do a qualquer momento, à medida que novas evi-
Brasil57. A criança poderá fazer uso de leite mater- dências científicas vão surgindo. Nesse sentido,
no ordenhado previamente à vacinação, respei-
o CDC pode auxiliar nas definições de condutas
tando-se o prazo de validade do leite congelado
relativas ao aleitamento materno na presença de
de até 15 dias57.
doenças infecciosas maternas: www.cdc.gov/bre-
O Quadro 3 resume as condutas quanto ao astfeeding/recommendations/other_mothers_
aleitamento materno na vigência de algumas in- milk.htm.

Quadro 3. Conduta em relação à amamentação em algumas infecções virais na nutriz

Modo de Conduta quanto à


Infecção Outras condutas Observação
transmissão amamentação

Varicela Contato Permitida, exceto se a Isolamento de mãe e A doença não é transmitida pelo
direto, via infecção for adquirida filho no período leite materno
aérea entre 5 dias antes e
Imunoglobulina O isolamento da díade tem sido
2 dias após o parto
Humana Antivaricela questionado
Zoster, que deve
ser administrada o
mais precocemente
possível, em até 96
horas do nascimento

Infecção pelo herpes Contato direto Permitida, exceto na Cobrir as lesões


simples tipos 1 e 2 com fluidos mama que apresentar herpéticas em outras
corporais lesões localizações
ou feridas
Orientar as mães
de pessoa
a praticar higiene
infectada
criteriosa das mãos

Citomegalovirose Secreções Permitida, exceto para Alimentar o recém- Alguns pesquisadores


genitais recém-nascidos com nascido com leite contraindicam a amamentação
maternas peso<1.000g e/ou humano ordenhado para recém-nascidos pré-termo
durante o idade gestacional pasteurizado com peso <1500g
parto ou < 30 semanas
através do
leite materno

Rubéola Secreções Permitida, sem — A doença não é transmitida pelo


respiratórias restrições leite materno

Caxumba Contato direto Permitida, sem A doença não é transmitida pelo


com secreções restrições leite materno
respiratórias
Os anticorpos específicos (IgA)
passam para o recém-nascido
por meio do leite

Sarampo Contato com Permitida, após Alimentar o lactente A doença não é transmitida pelo
secreções isolamento da mãe com leite materno leite materno
respiratórias nos primeiros 4 dias ordenhado cru durante
Presença de IgA contra o
no período da doença o isolamento da mãe
sarampo no leite materno
de incubação
Uso de
e durante o
imunoglobulina pela
período da
criança
doença

continua...

12
Departamento Científico de Aleitamento Materno • Sociedade Brasileira de Pediatria

... continuação

Modo de Conduta quanto à


Infecção Outras condutas Observação
transmissão amamentação

Infecção pelo HIV Vertical na Varia de acordo com A alimentação alternativa deve
gestação, o país ser aceitável, factível, acessível,
parto e via sustentável e segura (AFASS)
Contraindicada no
leite materno
Brasil Aumento do risco de
transmissão na presença de
outras doenças infecciosas

Infecção pelo HTLV-1 Sangue, leite Contraindicada A alimentação alternativa deve


e HTLV-2 materno ser AFASS
Aumento de risco de
transmissão na presença de
outras doenças infecciosas

Hepatite A Água, Permitida Imunoglobulina A doença não é transmitida pelo


alimentos humana para o recém- leite materno
e fezes nascido se o parto
maternas ocorrer na fase aguda
contaminadas

Hepatite B Vertical, Permitida Administração da A imunoprofilaxia elimina o


sangue, primeira dose da risco teórico de transmissão do
fluidos vacina contra hepatite VHB através da amamentação
corporais B e imunoglobulina
específica contra
hepatite B, nas
primeiras 12 horas de
vida

Hepatite C Sangue, uso Permitida O VHC não é transmitido pelo


de drogas leite materno e sim pelo sangue
intravenosas infectado
Aumento de risco de
transmissão nos traumas
mamilares com sangramento
Discussão informada sobre os
riscos e benefícios

Influenza H1N1 Contato com Permitida Medidas de A doença não é transmitido pelo
gotículas higienização das mãos leite materno
expelidas e uso de máscara
Não é necessário isolamento
ao tossir ou facial pela mãe
espirrar

Febre amarela Picadas de Permitida, se a Se a nutriz for Doença não contagiosa


mosquitos condição clínica vacinada, a
O vírus vacinal pode ser
infectados materna permitir amamentação deve
transmitido pelo leite materno
ser suspensa por
10 dias se criança
menor de 6 meses

Zika Vírus Picada do Permitida, sem Não há evidências científicas


Aedes sp restrições de transmissão da doença
infectado, pelo leite materno, apesar de
vertical e identificado RNA viral no leite
sexual materno

Chikungunya Picada do Permitida – –


Aedes sp

Dengue Picada do Permitida, se a A transmissão pelo leite


Aedes sp. condição clínica humano é improvável
materna permitir

13
Doenças maternas infecciosas e amamentação

que sejam compatíveis com a amamentação58.


Candida Albicans
O fluconazol oral, antifúngico compatível com a
amamentação58, é o medicamento mais indica-
A Candida albicans é um fungo que vive em do quando justificado o uso de terapia sistêmi-
condições normais na boca e no sistema diges- ca. Está indicada a manutenção do aleitamento
tório humano, sem que isso provoque quaisquer materno12. Manter os mamilos secos e arejados
consequências danosas à saúde do hospedeiro, é uma medida preventiva contra a instalação da
apesar de, oportunamente, poder resultar em in- cândida.
fecção oral ou vaginal. Em lactentes, a forma mais
comum de infecção é a mucocutânea leve, embo-
ra os recém-nascidos de baixo peso e de extremo Considerações finais
baixo peso apresentem maior morbidade devido
à expressiva patogenicidade da cândida em hos-
pedeiros imunodeprimidos. O meio propício para
Está bem fundamentado que o leite materno
é a forma mais completa de nutrição dos lacten-
o crescimento de fungos é o úmido, quente e es-
tes, incluindo os recém-nascidos pré-termo. No
curo; essas condições são encontradas nos ma-
entanto, existe um número limitado de doenças
milos, sobretudo se apresentarem algum tipo de
infecciosas maternas em que a amamentação
trauma.
está contraindicada, como na infecção pelo HIV-1
O aleitamento materno representa uma pos- e HIV-2 (em países como o Brasil) e pelo HTLV-1
sível fonte de colonização e de reinfecção devido e HTLV-2. Em outras doenças infecciosas, inter-
ao contato direto entre mãe e filho. Quando um venções preventivas podem ser tomadas com o
ou ambos apresentam manifestação da doença, intuito de garantir a manutenção do aleitamento
está recomendada a terapia medicamentosa si- materno, como o uso de imunoglobulina sérica,
multânea da díade. A terapêutica da candidíase vacinação ou medicação antimicrobiana profiláti-
mucocutânea e candidíase mamária pode come- ca, que protegem as crianças contra a transmissão
çar com medicamentos tópicos, incluindo nista- vertical de doenças. Em algumas circunstâncias,
tina, clotrimazol, miconazol, econazol, terconazol a avaliação caso a caso pode ajudar o médico a
ou ciclopirox12. Várias outras medicações tópicas decidir se a exposição a determinados vírus ou
(mupirocinaou misturas de mupirocina, betame- bactérias através do leite materno justifica a in-
tasona e miconazol) estão sendo recomendadas terrupção do aleitamento materno. O profissio-
para uso na mama afetada, embora não existem nal de saúde deve despender esforços para que
ensaios clínicos disponíveis que avaliem sua efi- não seja realizada a interrupção desnecessária do
cácia e toxicidade para o lactente. Acredita-se aleitamento materno.

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Departamento Científico de Aleitamento Materno • Sociedade Brasileira de Pediatria

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Diretoria
Triênio 2016/2018

PRESIDENTE: Carmen Lúcia Bonnet (PR) Altacílio Aparecido Nunes (SP)


Luciana Rodrigues Silva (BA) Adriana Seber (SP) Paulo Cesar Pinho Pinheiro (MG)
1º VICE-PRESIDENTE: Paulo Cesar Koch Nogueira (SP) Flávio Diniz Capanema (MG)
Clóvis Francisco Constantino (SP) Fabiana Carlese (SP) EDITOR DO JORNAL DE PEDIATRIA
2º VICE-PRESIDENTE: Renato Procianoy (RS)
Edson Ferreira Liberal (RJ) DIRETORIA E COORDENAÇÕES:
EDITOR REVISTA RESIDÊNCIA PEDIÁTRICA
SECRETÁRIO GERAL: DIRETORIA DE QUALIFICAÇÃO E CERTIFICAÇÃO PROFISSIONAL Clémax Couto Sant’Anna (RJ)
Sidnei Ferreira (RJ) Maria Marluce dos Santos Vilela (SP)
EDITOR ADJUNTO REVISTA RESIDÊNCIA PEDIÁTRICA
1º SECRETÁRIO: COORDENAÇÃO DO CEXTEP: Marilene Augusta Rocha Crispino Santos (RJ)
Cláudio Hoineff (RJ) Hélcio Villaça Simões (RJ)
CONSELHO EDITORIAL EXECUTIVO
2º SECRETÁRIO: COORDENAÇÃO DE ÁREA DE ATUAÇÃO Gil Simões Batista (RJ)
Paulo de Jesus Hartmann Nader (RS) Mauro Batista de Morais (SP) Sidnei Ferreira (RJ)
3º SECRETÁRIO: COORDENAÇÃO DE CERTIFICAÇÃO PROFISSIONAL Isabel Rey Madeira (RJ)
José Hugo de Lins Pessoa (SP) Sandra Mara Amaral (RJ)
Virgínia Resende Silva Weffort (MG)
DIRETORIA DE RELAÇÕES INTERNACIONAIS Bianca Carareto Alves Verardino (RJ)
DIRETORIA FINANCEIRA: Maria de Fátima B. Pombo March (RJ)
Nelson Augusto Rosário Filho (PR)
Maria Tereza Fonseca da Costa (RJ) Sílvio Rocha Carvalho (RJ)
REPRESENTANTE NO GPEC (Global Pediatric Education
2ª DIRETORIA FINANCEIRA: Consortium) Rafaela Baroni Aurilio (RJ)
Ana Cristina Ribeiro Zöllner (SP) Ricardo do Rego Barros (RJ) COORDENAÇÃO DO PRONAP
3ª DIRETORIA FINANCEIRA: REPRESENTANTE NA ACADEMIA AMERICANA DE PEDIATRIA (AAP) Carlos Alberto Nogueira-de-Almeida (SP)
Fátima Maria Lindoso da Silva Lima (GO) Sérgio Augusto Cabral (RJ) Fernanda Luísa Ceragioli Oliveira (SP)
DIRETORIA DE INTEGRAÇÃO REGIONAL: REPRESENTANTE NA AMÉRICA LATINA COORDENAÇÃO DO TRATADO DE PEDIATRIA
Fernando Antônio Castro Barreiro (BA) Francisco José Penna (MG) Luciana Rodrigues Silva (BA)
Membros: Fábio Ancona Lopez (SP)
DIRETORIA DE DEFESA PROFISSIONAL, BENEFÍCIOS E PREVIDÊNCIA
Hans Walter Ferreira Greve (BA) Marun David Cury (SP) DIRETORIA DE ENSINO E PESQUISA
Eveline Campos Monteiro de Castro (CE) Joel Alves Lamounier (MG)
Alberto Jorge Félix Costa (MS) DIRETORIA-ADJUNTA DE DEFESA PROFISSIONAL
Sidnei Ferreira (RJ) COORDENAÇÃO DE PESQUISA
Analíria Moraes Pimentel (PE) Cláudio Leone (SP)
Corina Maria Nina Viana Batista (AM) Cláudio Barsanti (SP)
Paulo Tadeu Falanghe (SP) COORDENAÇÃO DE PESQUISA-ADJUNTA
Adelma Alves de Figueiredo (RR) Gisélia Alves Pontes da Silva (PE)
Cláudio Orestes Britto Filho (PB)
COORDENADORES REGIONAIS: Mário Roberto Hirschheimer (SP) COORDENAÇÃO DE GRADUAÇÃO
Norte: João Cândido de Souza Borges (CE) Rosana Fiorini Puccini (SP)
Bruno Acatauassu Paes Barreto (PA) COORDENAÇÃO VIGILASUS COORDENAÇÃO ADJUNTA DE GRADUAÇÃO
Nordeste: Anamaria Cavalcante e Silva (CE) Rosana Alves (ES)
Anamaria Cavalcante e Silva (CE) Fábio Elíseo Fernandes Álvares Leite (SP) Suzy Santana Cavalcante (BA)
Sudeste: Jussara Melo de Cerqueira Maia (RN) Angélica Maria Bicudo-Zeferino (SP)
Luciano Amedée Péret Filho (MG) Edson Ferreira Liberal (RJ) Silvia Wanick Sarinho (PE)
Sul: Célia Maria Stolze Silvany ((BA) COORDENAÇÃO DE PÓS-GRADUAÇÃO
Darci Vieira Silva Bonetto (PR) Kátia Galeão Brandt (PE) Victor Horácio da Costa Junior (PR)
Centro-oeste: Elizete Aparecida Lomazi (SP) Eduardo Jorge da Fonseca Lima (PE)
Regina Maria Santos Marques (GO) Maria Albertina Santiago Rego (MG) Fátima Maria Lindoso da Silva Lima (GO)
Isabel Rey Madeira (RJ) Ana Cristina Ribeiro Zöllner (SP)
ASSESSORES DA PRESIDÊNCIA: Jocileide Sales Campos (CE) Jefferson Pedro Piva (RS)
Assessoria para Assuntos Parlamentares: COORDENAÇÃO DE SAÚDE SUPLEMENTAR COORDENAÇÃO DE RESIDÊNCIA E ESTÁGIOS EM PEDIATRIA
Marun David Cury (SP) Maria Nazareth Ramos Silva (RJ) Paulo de Jesus Hartmann Nader (RS)
Assessoria de Relações Institucionais: Corina Maria Nina Viana Batista (AM) Ana Cristina Ribeiro Zöllner (SP)
Clóvis Francisco Constantino (SP) Álvaro Machado Neto (AL) Victor Horácio da Costa Junior (PR)
Joana Angélica Paiva Maciel (CE) Clóvis Francisco Constantino (SP)
Assessoria de Políticas Públicas: Cecim El Achkar (SC)
Mário Roberto Hirschheimer (SP) Silvio da Rocha Carvalho (RJ)
Maria Helena Simões Freitas e Silva (MA) Tânia Denise Resener (RS)
Rubens Feferbaum (SP)
Maria Albertina Santiago Rego (MG) COORDENAÇÃO DO PROGRAMA DE GESTÃO DE CONSULTÓRIO Delia Maria de Moura Lima Herrmann (AL)
Sérgio Tadeu Martins Marba (SP) Normeide Pedreira dos Santos (BA) Helita Regina F. Cardoso de Azevedo (BA)
DIRETORIA DOS DEPARTAMENTOS CIENTÍFICOS E COORDENAÇÃO Jefferson Pedro Piva (RS)
Assessoria de Políticas Públicas – Crianças e Sérgio Luís Amantéa (RS)
Adolescentes com Deficiência: DE DOCUMENTOS CIENTÍFICOS
Dirceu Solé (SP) Gil Simões Batista (RJ)
Alda Elizabeth Boehler Iglesias Azevedo (MT) Susana Maciel Wuillaume (RJ)
Eduardo Jorge Custódio da Silva (RJ) DIRETORIA-ADJUNTA DOS DEPARTAMENTOS CIENTÍFICOS Aurimery Gomes Chermont (PA)
Assessoria de Acompanhamento da Licença Lícia Maria Oliveira Moreira (BA)
COORDENAÇÃO DE DOUTRINA PEDIÁTRICA
Maternidade e Paternidade: DIRETORIA DE CURSOS, EVENTOS E PROMOÇÕES Luciana Rodrigues Silva (BA)
João Coriolano Rego Barros (SP) Lilian dos Santos Rodrigues Sadeck (SP) Hélcio Maranhão (RN)
Alexandre Lopes Miralha (AM) COORDENAÇÃO DE CONGRESSOS E SIMPÓSIOS COORDENAÇÃO DAS LIGAS DOS ESTUDANTES
Ana Luiza Velloso da Paz Matos (BA) Ricardo Queiroz Gurgel (SE) Edson Ferreira Liberal (RJ)
Assessoria para Campanhas: Paulo César Guimarães (RJ) Luciano Abreu de Miranda Pinto (RJ)
Conceição Aparecida de Mattos Segre (SP) Cléa Rodrigues Leone (SP)
COORDENAÇÃO DE INTERCÂMBIO EM RESIDÊNCIA NACIONAL
GRUPOS DE TRABALHO: COORDENAÇÃO GERAL DOS PROGRAMAS DE ATUALIZAÇÃO Susana Maciel Wuillaume (RJ)
Drogas e Violência na Adolescência: Ricardo Queiroz Gurgel (SE)
COORDENAÇÃO DE INTERCÂMBIO EM RESIDÊNCIA INTERNACIONAL
Evelyn Eisenstein (RJ) COORDENAÇÃO DO PROGRAMA DE REANIMAÇÃO NEONATAL: Herberto José Chong Neto (PR)
Doenças Raras: Maria Fernanda Branco de Almeida (SP)
Ruth Guinsburg (SP) DIRETOR DE PATRIMÔNIO
Magda Maria Sales Carneiro Sampaio (SP) Cláudio Barsanti (SP)
Atividade Física COORDENAÇÃO PALS – REANIMAÇÃO PEDIÁTRICA
Alexandre Rodrigues Ferreira (MG) COMISSÃO DE SINDICÂNCIA
Coordenadores: Gilberto Pascolat (PR)
Ricardo do Rêgo Barros (RJ) Kátia Laureano dos Santos (PB)
Aníbal Augusto Gaudêncio de Melo (PE)
Luciana Rodrigues Silva (BA) COORDENAÇÃO BLS – SUPORTE BÁSICO DE VIDA Isabel Rey Madeira (RJ)
Membros: Valéria Maria Bezerra Silva (PE) Joaquim João Caetano Menezes (SP)
Helita Regina F. Cardoso de Azevedo (BA) COORDENAÇÃO DO CURSO DE APRIMORAMENTO EM NUTROLOGIA Valmin Ramos da Silva (ES)
Patrícia Guedes de Souza (BA) PEDIÁTRICA (CANP) Paulo Tadeu Falanghe (SP)
Virgínia Resende S. Weffort (MG) Tânia Denise Resener (RS)
Profissionais de Educação Física:
Teresa Maria Bianchini de Quadros (BA) PEDIATRIA PARA FAMÍLIAS João Coriolano Rego Barros (SP)
Alex Pinheiro Gordia (BA) Victor Horácio da Costa Júnior (PR) Maria Sidneuma de Melo Ventura (CE)
Isabel Guimarães (BA) PORTAL SBP Marisa Lopes Miranda (SP)
Jorge Mota (Portugal) Flávio Diniz Capanema (MG) CONSELHO FISCAL
Mauro Virgílio Gomes de Barros (PE) COORDENAÇÃO DO CENTRO DE INFORMAÇÃO CIENTÍFICA Titulares:
Colaborador: José Maria Lopes (RJ) Núbia Mendonça (SE)
Dirceu Solé (SP) Nélson Grisard (SC)
PROGRAMA DE ATUALIZAÇÃO CONTINUADA À DISTÂNCIA Antônio Márcio Junqueira Lisboa (DF)
Metodologia Científica: Altacílio Aparecido Nunes (SP) Suplentes:
Gisélia Alves Pontes da Silva (PE) João Joaquim Freitas do Amaral (CE) Adelma Alves de Figueiredo (RR)
Cláudio Leone (SP) DOCUMENTOS CIENTÍFICOS João de Melo Régis Filho (PE)
Pediatria e Humanidade: Luciana Rodrigues Silva (BA) Darci Vieira da Silva Bonetto (PR)
Álvaro Jorge Madeiro Leite (CE) Dirceu Solé (SP) ACADEMIA BRASILEIRA DE PEDIATRIA
Luciana Rodrigues Silva (BA) Emanuel Sávio Cavalcanti Sarinho (PE) Presidente:
Christian Muller (DF) Joel Alves Lamounier (MG) José Martins Filho (SP)
João de Melo Régis Filho (PE) DIRETORIA DE PUBLICAÇÕES Vice-presidente:
Transplante em Pediatria: Fábio Ancona Lopez (SP) Álvaro de Lima Machado (ES)
Themis Reverbel da Silveira (RS) EDITORES DA REVISTA SBP CIÊNCIA Secretário Geral:
Irene Kazue Miura (SP) Joel Alves Lamounier (MG) Reinaldo de Menezes Martins (RJ)

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