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Incerteza de Medição em Ensaios de Emissões Veiculares -

Proposta de Metodologia de Cálculo.


Tadeu C.Cordeiro de Melo¹
PETROBRAS/CENPES- Laboratório de Ensaios Veiculares

RESUMO foi acrescido do cálculo das incertezas de medição dos


ensaios de emissão de aldeídos.
A incerteza de medição é considerada um item complexo
para a obtenção de confiabilidade dos resultados de ensaios Em 2006, a convite do INMETRO, o estudo foi atualizado
de laboratório de emissões veiculares a serem credenciados para ser apresentado no “Fórum de Discussão dos
junto ao INMETRO, sendo um dos requisitos da norma Resultados do Ensaio de Proficiência em Emissões
ABNT/NBR ISO/IEC 170251. Em vista disso, o Veiculares”.
Laboratório de Ensaios Veiculares do Centro de Pesquisas
da PETROBRAS estudou alternativas simplificadas para II - OBJETIVO
efetuar as observações, medições e cálculos de incertezas
em ensaios de medição de emissões de veículos leves Esse trabalho tem como objetivo apresentar de
realizados segundo a norma ABNT/NBR 66012 (Veículos maneira resumida e de fácil entendimento, os conceitos de
rodoviários automotores leves - Determinação de incertezas apresentados no Guia para Expressão da
hidrocarbonetos (HC), monóxido de carbono (CO), óxidos Incerteza de Medição3, publicado pelo INMETRO. Serão
de nitrogênio (NOx) e dióxido de carbono (CO2) no gás de explicados os passos que um laboratório de emissões
escapamento) e segundo a norma ABNT/NBR 120263 veiculares deve seguir para a obtenção da incerteza de
(
Veículos rodoviários automotores leves – Determinação de medição de seu laboratório, nos ensaios de emissões de
aldeídos e cetonas contidos no gás de escapamento, por gases e de aldeídos, de uma forma simplificada, incluindo
cromatografia líquida – método DNPH). as calibrações (interna e externa) dos sensores,
equipamentos e instrumentos e também as componentes de
incertezas devido a repetições de ensaios e troca de
I - INTRODUÇÃO motorista de testes.

Durante o processo de credenciamento junto ao III - ENSAIO DE EMISSÕES VEICULARES DE


INMETRO, do Laboratório de Ensaios Veiculares do ACORDO COM A NORMA ABNT/NBR 6601
CENPES, em 1999, foram realizados vários estudos sobre
metodologias para cálculo das incertezas de medição, Inicialmente o veículo é abastecido com 40% de sua
relativas aos ensaios de emissões. capacidade , com um combustível entre 7 e 12 ºC. Quando o
combustível atinge 16 ºC, é iniciado um aquecimento do
Foram feitos também cálculos para a determinação das tanque de forma a incrementar a temperatura do
incertezas de medição devido às calibrações dos combustível em 13ºC após uma hora. O veículo é então
equipamentos e às repetições dos ensaios de emissões posicionado em um dinamômetro de chassis, que será
veiculares. utilizado para aplicar as cargas necessárias ao veículo para
a simulação das condições de estrada em laboratório. O
Em 2003, devido ao processo de manutenção do motorista irá conduzir o veículo seguindo um ciclo de
credenciamento do laboratório de emissões do CENPES e condução pré-definido (baseado no ciclo americano FTP
por incentivo da comissão de acreditação de laboratórios da 75) que é indicado através de um monitor de vídeo,
AEA (Associação de Engenharia Automotiva), esse estudo controlado pelo sistema de automação do laboratório. Esse
ciclo é composto de três fases, sendo uma fase transitória

1- O autor graduou-se em Engenharia Eletrônica pela UFRJ em 1989. Trabalha na área de Emissões Veiculares desde 1992, tendo realizado estágios na
área nos EUA(1994) e no Japão(1998). Em 1999, coordenou o trabalho de credenciamento do laboratório de emissões da PETROBRAS/CENPES junto ao
INMETRO. Email:tcm@cenpes.petrobras.com.br ; tel: (55)(21)865-6724
com partida a frio com duração de 505 segundos - fase 1; nossas variáveis. As calibrações realizadas externamente ao
uma fase estabilizada com duração de 869 segundos -fase 2; laboratório apresentam, no seu relatório de calibração, a
um intervalo de 10 minutos e uma fase transitória com informação do fator K utilizado.
partida a quente com duração de 505 segundos (mesmo
ciclo de condução da fase 1) - fase 3. V - FONTES DE INCERTEZAS NOS ENSAIOS DE
EMISSÕES VEICULARES
O escapamento do veículo é diluído com o ar da sala
de uma forma controlada através de um equipamento As fontes de incertezas num ensaio de emissões
denominado AVC (Amostrador de Volume Constante), que gasosas em veículos leves são várias. Podem ser citadas as
envia de forma contínua para sacos de amostragem, a calibrações de sensores e instrumentos, a forma de dirigir
amostra do escapamento e do ar da sala. do motorista, a repetitividade do veículo, entre outras. A
seguir serão mostrados como são calculadas as incertezas
Após o término do ciclo de condução, as amostras dos para alguns casos, bem como será explicado como deve ser
sacos são enviadas para analisadores de gases de monóxido feita a combinação e a propagação dessas incertezas.
de Monóxido de carbono (CO), dióxido de carbono (CO2),
hidrocarbonetos (HC) e óxidos de nitrogênio (NOx), que a) CERTIFICADO DE CALIBRAÇÃO
medem a concentração dos mesmos. O software calcula o
resultado final do ensaio em gramas por quilômetro. A incerteza que vem informada no certificado de
calibração é a incerteza expandida (U(y)) que deve ser
IV - DEFINIÇÃO DE INCERTEZA convertida para incerteza combinada pela sua divisão pelo
fator de abrangência (k) quando informado no certificado,
A incerteza de medição é um parâmetro associado ao ou será dividida por 3 , quando não for informado nada
resultado de uma medição, que caracteriza a dispersão dos sobre o tipo de distribuição, pois será considerada uma
valores que podem ser fundamentalmente atribuídos a um distribuição retangular.
mensurando.
b) INCERTEZA DE REPETITIVIDADE EM
a) INCERTEZA DO TIPO A - É a componente da CALIBRAÇÃO
incerteza atribuída à repetitividade de resultados de
medições sucessivas, efetuadas sob as mesmas condições de Deverá ser feita a calibração de determinada
medição. Para o nosso trabalho, realizamos o ensaio com o variável, através da geração de um valor físico ou a
mesmo veículo, mesmo motorista e mesmo grupo de simulação de valores eletrônicos obtidos do certificado de
equipamentos. calibração do sensor ou instrumento para a aquisição do
sinal pelo computador. O software de calibração
b) INCERTEZA DO TIPO B - É a componente da normalmente faz a média e o desvio padrão de cada sinal
incerteza que leva em conta, entre outros fatores, o analisado. Deve ser feita uma combinação de cada desvio
certificado de calibração dos instrumentos e materiais de padrão encontrado pela fórmula :
referência, a resolução dos instrumentos, o ajuste de curvas
de linearização, etc. (n1 - 1)xS12 + (n2 - 1)xS22 + ... + (nk - 1) x Sk22
Sc2 =
n1 + n2 + ... +nk - K
c) INCERTEZA COMBINADA (u (y)) - Valor de
incerteza representado por um desvio padrão estimado que
Onde :
é obtido pela raiz quadrada da variância total de
Sc = Desvio padrão combinado de repetitividade da curva
determinada variável. A combinação de incertezas será
de calibração;
abordada com mais detalhes adiante.
Si = desvio padrão da leitura do ponto i;
ni = número de repetições de cada leitura do ponto da curva
d) INCERTEZA EXPANDIDA (U (y)) - Valor final de calibração;
de incerteza para uma determinada variável que fornece um k = número de pontos da curva de curva de calibração.
intervalo de confiança dentro do qual existe a maior
probabilidade de se encontrarem valores que poderão ser O laboratório poderá fazer uma simplificação, considerando
atribuídos ao valor verdadeiro. A incerteza expandida é o maior desvio encontrado entre os pontos lidos para ajuste
obtida pela multiplicação da incerteza combinada pelo fator da curva de calibração, como sendo a incerteza devido a
de abrangência (K). repetitividade, desde que esse valor esteja coerente com o
valor calculado anteriormente (combinação de desvios
e) FATOR DE ABRANGÊNCIA (K) - É o fator que padrão).
leva em conta o total de graus de liberdade da variável. Para
os cálculos desse trabalho foi utilizado um K=2 , onde foi
assumido um valor muito alto de graus de liberdade para

2
c) INCERTEZA QUANTO À REGRESSÃO h) INCERTEZAS EM GRANDEZAS
LINEAR DETERMINADAS INDIRETAMENTE ATRAVÉS DE
FÓRMULAS.
Para que o software forneça a correta leitura na
unidade de engenharia, é necessário que o mesmo faça uma Para grandezas que são determinadas
curva de linearização dos dados encontrados na calibração. indiretamente (através de fórmulas), e quando as variáveis
A incerteza resultante (Sr) será dada por : não são correlacionadas se aplica:
Sr =(S12 + S22 + ... + Sn2 ) / ( n - f)
2
- Soma ou subtração
Onde : Nesses casos basta fazer a soma dos quadrados de
Sn - Diferença do valor real do ponto a ser calibrado para o ambos os desvios padrão e se calcular a raiz quadrada.
valor fornecido pela curva de calibração após a regressão
linear; -Multiplicação ou divisão
n - Número de pontos de calibração; Nesses casos deve ser feita a derivada parcial com
f - Será igual ao número de coeficientes do polinômio de relação a cada um dos componentes que compõe a
regressão linear, sendo 2 para uma curva de primeiro grau incerteza. A incerteza final será a raiz quadrada da
(reta) e 3 para uma curva de segundo grau, por exemplo. soma dos quadrados de cada uma dessas derivadas
parciais.
d) INCERTEZA DE RESOLUÇÃO
VI - CÁLCULO DAS INCERTEZAS DAS
Para os equipamentos com indicador digital a CALIBRAÇÕES DOS INSTRUMENTOS DO
LABORATÓRIO DE EMISSÕES
incerteza é dada pela divisão por 3 da menor capacidade
de leitura do equipamento e para os equipamentos com
a) INCERTEZA DE CALIBRAÇÃO DOS
indicador analógico, o valor da menor divisão deve ser
ANALISADORES DE GASES - A incerteza de medição
dividida por 6 . deve ser calculada como a seguir, para cada faixa de
Para sensores sem indicadores locais e sem a trabalho do analisador. A unidade deverá ser ppm ou %,
informação fornecida pelo fabricante, quanto à distribuição, dependendo da faixa de trabalho do analisador.
a resolução deverá ser dividida por 3 .
- Resolução do analisador (IRSA) : Verificar no
manual do equipamento qual a resolução informada e
e) INCERTEZA DE CALIBRAÇÃO PARA dividi-la por 3 .
SENSORES DE TEMPERATURA
- Regressão linear (IRL) : Para cada faixa do
O laboratório envia os sensores de temperatura analisador, a incerteza será determinada de acordo com o
para calibração externa. O valor de tensão ou resistência do explicado anteriormente no item V. c).
certificado de calibração do sensor é aplicado no
computador, através de um simulador de voltagem e - Repetitividade (IRA) : Para cada ponto da curva de
resistência com certificado de calibração. São levadas em calibração do analisador são feitas várias leituras. No caso
conta ambas as incertezas de calibração do sensor, do do CENPES, o software já fornece a média e o desvio
padrão (simulador) e também a incerteza do indicador do padrão. A combinação dos desvios é feita de acordo com o
simulador, uma vez que ela será utilizada para leitura do item V.b).
sinal aplicado.
- Divisor de gases (IDG) : Verificar no certificado de
f) INCERTEZA DE CALIBRAÇÃO PARA calibração qual a incerteza expandida informada e dividir
SENSORES DE PRESSÃO pelo fator K.
Para o caso da calibração das pressões, além do - Gás Padrão ( IGP) : Verificar o valor de incerteza
procedimento análogo ao adotado para as temperaturas, informado no certificado de análise do gás padrão e dividir
também pode ser aplicada uma grandeza física através de
uma bomba manual e a colocação de um manômetro de pelo fator k, ou dividir por 3 quando o mesmo não for
coluna, certificado, em paralelo com o sensor a ser informado.
calibrado. A incerteza resultante deverá levar em conta
também os dados constantes do certificado de calibração da - Cálculo da Incerteza Combinada Total
(ICTA) : Para combinação de incertezas, uma vez que todas
coluna e a resolução do menisco dividido por 6 .
elas estejam na forma de desvio padrão e na mesma
unidade, deve ser usada a formula abaixo:

3
respectivo volume da fase. Poderá ser feita uma
ICTA = IGP 2 + IRL 2 + IRA 2 + IRSA 2 + IDG 2
consideração e uso da mesma incerteza para o volume para
as fases 1 e 3 do ensaio, visto que os ciclos de condução são
os mesmos.
b) INCERTEZA DE CALIBRAÇÃO DO
DINAMÔMETRO - A força exercida no veículo pelo
VIII - INCERTEZA DE MEDIÇÃO DA DISTÂNCIA
dinamômetro de chassis não aparece de forma direta no
PERCORRIDA - O sistema de medição de velocidade do
cálculo de emissões gasosas. A contribuição do
dinamômetro deve ser cuidadosamente verificado e ter as
dinamômetro, devido a variações de leitura e incertezas na
suas incertezas levantadas durante a calibração da rotação
simulação das forças, é computada no cálculo da incerteza
(rpm) do rolo. Devido ao fato do sistema de controle do
do laboratório, quando da repetição do ensaio.
dinamômetro possuir uma certa instabilidade, é considerada
É necessário a calibração do sensor de força
a incerteza de resolução do sensor de rotação (encoder
(célula de carga) com padrões certificados na RBC (Rede
digital), devidamente combinada com a incerteza do raio do
Brasileira de Calibração) para que o resultado da simulação
rolo, como sendo a incerteza da medição de velocidade
feita pelo laboratório esteja rastreável aos padrões
(km/h) do veículo. O laboratório deve verificar a incerteza
nacionais.
do medidor de tempo utilizado no ensaio e combinar a
mesma com a incerteza da medição da velocidade, a fim de
A fórmula da força exercida no dinamômetro é dada pela
se obter a incerteza combinada final em distância percorrida
expressão:
(km). É utilizado um tacômetro digital certificado apenas
para verificação da calibração da velocidade indicada pelo
F(N) = [Massa (kg)x Comprimento da barra T(mm)x
dinamômetro, porém não é incluída no cálculo de
gravidade (m/s²)] / (raio do rolo (mm))
incertezas, uma vez que a leitura do sensor de rotação do
próprio dinamômetro possui maior resolução.
Para cálculo da incerteza combinada da força
deverá ser feita a derivada parcial em relação a cada uma
das grandezas. A incerteza final será igual a raiz quadrada
da soma dos quadrados dos termos parciais encontrados.
IX - INCERTEZA DE MEDIÇÃO DA MASSA DE
GÁS EMITIDA EM GRAMAS EM CADA FASE
(IM(g))
VII - INCERTEZA DE MEDIÇÃO DO VOLUME DE
GÁS
A fórmula para determinação da massa de cada
Para efeito da NBR 6601, a vazão do AVC(Qavc)
poluente para cada fase do ensaio é:
é determinada por:
P M(g) = Ved x Dgas x [Cat - Cab x (1 - 1/RD)] x 10-6
Qavc = C1 x , onde C1 é uma constante determinada
T
Onde:
pelo laboratório através do uso de um medidor de
M(g) = Massa do gás poluente.
escoamento laminar, P é a pressão do AVC durante o ensaio
Ved = Volume de gás amostrado pelo AVC
e T é a temperatura do AVC no ensaio. O laboratório
Dgas = Densidade do gás
determina primeiro as incertezas de medição de C1 (IC1) e
C.at = Concentração do gás na amostra
então irá combiná-la com as incertezas de medição de
Cab = Concentração do gás no ar ambiente
pressão (IP) e temperatura (IT) do AVC.
RD = Razão de diluição
As incertezas de medição de pressão (IP) e
temperatura (IT) podem ser obtidas como mencionado
Para a determinação da incerteza total da massa (IM(g)) ,
anteriormente na calibração dos sensores de pressão e
primeiro deve ser determinada a incerteza (IRD) do termo
temperatura (item V-(g)) no software de automação . A
relativo ao inverso da razão de diluição (1/RD) que é dada
incerteza combinada final de Qavc será dada pela derivada
pela fórmula :
parcial das componentes de sua fórmula e pode ser escrita,
após algumas manipulações algébricas, como:
(1/RD) = [ CO2e + ( HCe + COe )x10-4 ] / 13.4
2 2 2
IQavc = Qavc x (IC1/C1) + (IP/P) + (IT/2T) Onde:
CO2e = Concentração de CO2 no gás da amostra
O Volume do AVC para cada fase é obtido pela HCe = Concentração de HC na amostra
multiplicação da vazão pelo tempo correspondente a cada COe = Concentração de CO na amostra
fase. O laboratório deve, então, combinar a incerteza do
medidor de base de tempo utilizado com a incerteza da As incertezas das concentrações dos gases (ICO2e, IHCe e
vazão do AVC determinada anteriormente. Para cada fase ICOe ) já foram exemplificadas anteriormente na etapa de
do ensaio haverá uma incerteza diferente associada ao calibração de analisadores. Combinando as incertezas das

4
concentrações dos analisadores, obtemos como incerteza MTF = Emissão em massa do poluente emitido na fase
combinada final para 1/RD: transitória com partida a frio.
ME = Emissão em massa do poluente do gás emitido na
fase estabilizada.
IRD = ICO2e2 + (IHCe2 + ICOe2)x 10-8 / 13.4
MTQ = Emissão em massa do poluente do gás emitido na
fase transitória a quente.
A incerteza (ICabRD) do termo Cab x (1-1/RD), será dada
DTF = Distância percorrida pelo veículo, medida durante
pela derivada parcial em relação aos termos Cab e 1/RD e
a fase transitória com partida a frio .
pela extração da raiz quadrada da soma dos quadrados dos
DE = Distância percorrida pelo veículo, medida durante a
termos obtidos. A equação pode ser escrita de uma maneira
fase estabilizada .
mais simples por:
DTQ = Distância percorrida pelo veículo , medida durante a
fase transitória com partida a quente .
1
( ICab IRD
2 2
IcabRD = Cab * (1 - )
RD * Cab
) +(
1 - 1/RD
)
Realizando a derivada parcial e fazendo manipulações
algébricas, obtemos:
Onde:
2 2 2 2
IMTF + IME IDTF + IDE
ICab = Incerteza combinada da concentração do gás Ia = a * [ 2 + ] [ 2 ]
ambiente [MTF + ME] [DTF + DE]
IRD = Incerteza combinada do inverso da razão de diluição.

2 2 2 2
IMTQ + IME IDTQ + IDE
A incerteza combinada da massa IM(g) será igual a: Ib = b * [ 2 + ] [ 2 ]
[MTQ + ME] [DTQ + DE]
2 2
(ICat) + (ICabRD) IVed 2 IMtotal = Ia 2 +Ib2
IM(g) = M(g) * 2+( )
[Cat - Cab x (1 - 1/RD)] Ved
Onde :
IMtotal = Incerteza combinada de Mtotal em g/km;
Onde:
IMTF = Incerteza combinada de MTF;
IVed = Incerteza combinada da medição do volume
IME = Incerteza combinada de ME;
ICat = Incerteza combinada da concentração do gás da
IMTQ = Incerteza combinada de MTQ;
amostra
IDTF = Incerteza combinada de DTF;
IDE = Incerteza combinada de DE;
Obs: No cálculo da massa de NOx deverá ser também
IDTQ = Incerteza combinada de DTQ;
combinada a incerteza da determinação do fator de
Ia = Incerteza combinada do termo a;
umidade.
Ib = Incerteza combinada do termo b.
X - INCERTEZAS DE MEDIÇÃO DA MASSA
Algumas simplificações podem ser feitas nas fórmulas
PONDERADA EMITIDA POR CADA POLUENTE
apresentadas anteriormente, porém cada laboratório deverá
analisar cuidadosamente os dados antes de fazê-las. A
A incerteza da massa de cada poluente emitida em
incerteza de determinação da massa, para as fases
cada fase do ensaio já foi explicada anteriormente no item
transitória a frio e a quente, podem ser iguais, desde que o
IX e a da distância no item VIII. O cálculo do resultado
laboratório tenha especial atenção aos valores medidos na
final do ensaio é obtido pela soma ponderada das emissões
amostra em comparação com os valores medidos para a
dos componentes do gás de escapamento em g/km, obtidas
concentração do ar ambiente.
pela fórmula :
O laboratório também poderá assumir como a
mesma incerteza, o valor calculado para a distância
Mtotal(g/km) = a + b
percorrida para a fase transitória a quente e a frio, uma vez
que o ciclo de condução é o mesmo.
Onde :
MTF + ME
a = 0,43 * [ ]
DTF + DE

MTQ + ME
b = 0,57 * [ ]
DTQ + DE

Onde :

5
XI - INCERTEZAS DEVIDO À REPETIÇÕES DE
ENSAIOS ( incerteza tipo A do ensaio - ITA ). b) Troca de Veículos - O veículo possui grande
variabilidade de resultado de ensaio. Recomenda-se que o
Para se calcular as incertezas devido a repetições laboratório tenha um estudo por família de motor, com
de ensaios devem ser feitos no mínimo de 4 a 8 ensaios com resultados de incerteza do tipo A previamente calculadas
o mesmo veículo, combustível e motorista, num curto para serem combinadas com as incertezas do tipo B
espaço de tempo. O ensaio de condução deverá ser determinadas no item X, quando da realização de ensaio por
completo e o veículo deverá estar equipado com todos os determinada família de motor.
seus acessórios originais.
Devem ser anotados os dados de cada gás emitido XIV – FONTES DE INCERTEZAS NOS ENSAIOS DE
em g/km e feito o teste de Dixon para um intervalo de 95% EMISSÕES VEICULARES DE ALDEÍDOS
de confiança a fim de se verificar a homogeneidade da As fontes de incertezas num ensaio de emissões de aldeídos
amostra. Caso algum valor seja considerado não em veículos leves são várias. Podem ser citadas as
homogêneo, o laboratório deverá realizar mais um ensaio calibrações de vidrarias, balança, padrão e instrumentos, a
para restaurar o tamanho da amostra e realizar novamente o forma de dirigir do motorista, repetitividade do veículo,
teste de Dixon. Devem ser calculados a média e o desvio sistema de amostragem, entre outras. A seguir, serão
padrão dessas amostras. A incerteza combinada do tipo A mostrados como são calculadas as incertezas para alguns
será igual ao desvio padrão divido por n , onde n casos, bem como será explicado como devem ser feitas a
representa o tamanho da amostra, levando-se em combinação e propagação das incertezas.
consideração uma distribuição normal de resultados.
XV - INCERTEZA DO PADRÃO (Ipadrão)
XII - INCERTEZA EXPANDIDA DE CADA
POLUENTE ( IEP) Os padrões de formaldeído e de acetaldeído, utilizados para
a calibração do cromatógrafo, são normalmente adquiridos
A incerteza final combinada (ICF) do ensaio de purificados com valores em torno de 99,7%. As empresas
emissões será obtida pela combinação da incerteza tipo A fornecedoras desses padrões, normalmente, não informam
do ensaio determinada no item XI (ITA) e pela incerteza do no certificado do produto a incerteza referente ao valor
tipo B determinada no item X (IMtotal), por: informado de grau de pureza do padrão. Neste trabalho, de
acordo com recomendação da AEA, foi utilizada uma
incerteza expandida de 1% para o padrão. Ao ser
ICF = IMtotal2 + ITA2
combinada essa incerteza deverá ser divida por 3.
Para um nível de confiança de aproximadamente
95%, e assumindo o fator de abrangência K=2, teremos que A AEA, em conjunto com o INMETRO, está estudando a
a incerteza expandida de cada poluente (ICP) será igual a : obtenção da incerteza do padrão de aldeídos, a partir de um
plano de correlação interlaboratorial de diversos
IEP = 2 x ICF. laboratórios.

XIII - INCERTEZAS ASSOCIADAS A TROCA DE XVI XIV – INCERTEZA DA SOLUÇÃO DE


MOTORISTAS E VEÍCULOS CALIBRAÇÃO PRIMÁRIA (SCP)

a) Troca de Motorista - Cada laboratório deverá A solução de calibração primária (scp), também chamada
realizar algum estudo para conhecer a variação no resultado solução estoque, é preparada pesando-se 1mg de cada
do ensaio atribuída a cada motorista. No cálculo inicial da aldeído e avolumando-os com acetonitrila em balão
repetitividade do laboratório determinada no item IX (XI), volumétrico de 100 mL. Para cálculo de incerteza dessa
foi utilizado apenas um motorista e um veículo de solução (Iscp), considera-se, além de Ipadrão, a incerteza de
referência. Para tratar a influência do motorista o diluição (Idil), com base nas incertezas do balão
laboratório deverá realizar um número superior a 8 ensaios volumétrico (Ibalão) e da massa de padrão pesada na
com o mesmo veículo e combustível para cada um dos balança (Imassa), sendo esta última uma combinação da
motoristas do laboratório e calcular o desvio padrão de cada incerteza informada no certificado da balança (Ibal) com a
um dos resultados. Deverá ser feito o teste de incerteza de resolução do display (Iresol). A incerteza de
homogeneidade dos desvios padrão encontrados e combiná- resolução é obtida pela divisão do valor da menor
los, caso o teste indique a homogeneidade dos mesmos. A 3.
capacidade de leitura do visor da balança por
incerteza de repetitividade final (incerteza tipo A) do
laboratório será igual ao desvio padrão combinado dividido
2 2
pela raiz quadrada do número de ensaios realizados . Imassa = Ibal + Iresol ;

6
XIX INCERTEZA DE REPETITIVIDADE NA CURVA
Imassa 2 Ibalão 2 DE CALIBRAÇÃO DO CROMATÓGRAFO (SCC)
+
Idil = Cpadrão x massa 2 Vbalão 2 ;
Deverá ser feita a calibração da área do pico
cromatográfico, através de diversas injeções de soluções
2 2 padrão de diferentes concentrações. A norma ABNT/NBR
Ipadrão + Idil
Iscp = . 120263 prevê, no mínimo, cinco injeções de três
concentrações de padrões para essa calibração. O software
Onde: de calibração do cromatógrafo calcula a média e o desvio
Ipadrão = 0,01 / 3 ; padrão de cada área analisada. Devido ao uso de injetor
Cpadrão = Concentração corrigida do padrão para cada automático no laboratório, a dispersão de resultados das
nível de diluição; repetidas injeções é reduzida significativamente. Deve ser
massa = valor da massa de padrão ; feita uma combinação de cada desvio padrão encontrado
Idil = Incerteza devido a diluição; para cada ponto da curva pela fórmula:
Vbalão = volume utilizado para diluição com balões (n1 - 1)xS12 + (n2 - 1)xS22 + ... + (nk - 1) x Sk22
Scc =
n1 + n2 + ... +nk - K
XVII- INCERTEZA DA SOLUÇÃO DE CALIBRAÇÃO
INTERMEDIÁRIA (SCI)

A fim de gerar outras concentrações para a calibração da Onde:


curva do cromatógrafo, são feitas, a partir da solução
primária, as diluições necessárias para se obter as soluções Scc = Incerteza de repetititvidade da curva de calibração;
de calibração intermediárias (sci). A incerteza dessas
Sk = desvio padrão da leitura do ponto i;
soluções (Isci) leva em conta também a incerteza devido ao
uso de pipetas. nk = número de repetições de cada leitura do ponto da
Ipipeta 2
curva de calibração;
2
Iscp +
Vpipeta 2 K = número de pontos da curva de curva de calibração.
Isci =
O laboratório poderá fazer uma simplificação, considerando
Onde: o maior desvio padrão encontrado entre os pontos lidos
Vpipeta = volume utilizado para diluição com pipetas. para ajuste da curva de calibração como sendo a incerteza
devido a repetitividade, desde que esse valor esteja coerente
XVIII - INCERTEZAS DOS BALÕES com o valor calculado anteriormente (combinação de
VOLUMÉTRICOS, PIPETAS E DA BALANÇA desvios padrão).
A incerteza que vem informada no certificado de calibração XIX - INCERTEZA QUANTO À REGRESSÃO
das vidrarias e da balança é a incerteza do tipo expandida LINEAR NA CURVA DE CALIBRAÇÃO (SR)
(U(y)), e deve ser convertida para incerteza do tipo
combinada, a partir da divisão do valor de incerteza Para que o software forneça a correta leitura na unidade de
informado no certificado de calibração pelo valor do fator engenharia (ppm), é necessário que o mesmo faça uma
de abrangência (k). curva de linearização dos dados encontrados na calibração.

Nota: CONDIÇÕES AMBIENTAIS A incerteza resultante (Sr) será dada por:

A variação de temperatura no laboratório de química pode 2 2 2


S1 + S2 + ... + Sn
influenciar o resultado da medição de volume devido a
variações de volume da vidraria e da acetonitrila. A AEA Sr2 = n-f , sendo :
estima essa incerteza em torno de 0,3 % para uma variação
de temperatura em torno de 5 ºC. O laboratório de química Sn - Diferença do valor real do ponto a ser calibrado para o
do CENPES possui sistema de controle de temperatura valor fornecido pela curva de calibração após a regressão
ambiente, mantendo-a em 21 ºC + 1 ºC, sendo assim, não linear;
foi considerada esta variação neste estudo.
n - Número de pontos de calibração;

f - Será igual ao número de coeficientes do polinômio de


regressão linear, sendo 2 para uma curva de primeiro grau
(reta) e 3 para uma curva de segundo grau, por exemplo.

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XXI - INCERTEZA DA CONCENTRAÇÃO XXIII - INCERTEZA DE MEDIÇÃO DA MASSA DE
ANALÍTICA (ICa) ALDEÍDO EMITIDA EM GRAMAS EM CADA FASE
(IM(G))
A incerteza final da concentração analítica será dada pela
combinação das incertezas das soluções de calibração A fórmula para determinação da massa de cada poluente
utilizadas (Isc), com a incerteza da repetitividade (Sc) e para cada fase do ensaio é:
com a incerteza da regressão linear (Sr), como pode ser
visto na fórmula abaixo: Mi (g) = Vtc x Dif x [Cif - Cid x (1 - 1/RD)] x 10-6

2 2 2 Onde:
ICa = Isc + Scc + Sr , Onde:
Mi (g) = Massa de cada aldeído;
Isc = Incerteza da solução de calibração utilizada (Iscp ou
Isci), dependendo do nível de concentração para cada Vtc = Volume total corrigido, em litros, para Condições
aldeído, em cada fase do ensaio. Normais de Temperatura e Pressão (CNTP);
XXII - INCERTEZA FINAL DA CONCENTRAÇÃO Dif = Densidade do aldeído;
A fórmula para determinação da concentração de cada Cif = Concentração do aldeído na amostra por fase (ppm);
aldeído para cada fase do ensaio é:
Cid = Concentração do aldeído no ar ambiente (ppm),
Ci = (Ca x Vf x 24,04 x 106 x fi)/(Md x Vc) acumulado nas três fases do ensaio;
Onde: RD = Razão de diluição do escapamento do veículo.
Ci = Concentração de cada aldeído para cada fase do ensaio Para a determinação da incerteza total da massa (IM (g)),
em ppmV; primeiro deve ser determinada a incerteza (IRD) do termo
relativo ao inverso da razão de diluição (1/RD) que é dada
Ca = Concentração analítica;
pela fórmula:
Vf = Volume final da solução absorvedora em µL;
(1/RD) = [ CO2e + ( HCe + COe )x10-4 ] / 13.4
fi = Fator de correção;
Onde:
Md = Massa molecular do aldeído;
CO2e = Concentração de CO2 (%) no gás da amostra;
Vc = Volume corrigido do gás amostrado.
HCe = Concentração de HC na amostra (ppm);
Para o cálculo da incerteza final da concentração de
Coe = Concentração de CO na amostra (ppm).
aldeído, com base em uma curva de calibração, é necessário
avaliar qual o nível de concentração teórico mais próximo
da concentração analítica para cada fase do ensaio. A
incerteza devida a este nível verificado da curva de Combinando as incertezas das concentrações dos
calibração (ICa) é adotada. O laboratório utilizou como analisadores, obtemos como incerteza combinada final para
referência uma estimativa de 2% para incerteza na correção 1/RD:
do volume de gás amostrado (IVC), referente a calibração
da medição de volume. Após simplificações algébricas a
IRD = ICO2e2 + (IHCe2 + ICOe2)x 10-8 / 13.4
incerteza de concentração (ICi) pode ser escrita como:
A incerteza (ICidRD) do termo Cid x (1-1/RD), será dada
2 2
(ICa/Ca) + (IVc/Vc) pela derivada parcial em relação aos termos Cid e 1/RD e
ICi = Ci x
pela extração da raiz quadrada da soma dos quadrados dos
Onde: termos obtidos. A equação pode ser escrita de uma maneira
mais simples por:
IVc = Incerteza do volume corrigido do gás amostrado;
ICid 2 IRD
ICa = Incerteza da concentração analítica; ( ) +( )2
IcidRD = Cid * (1 -
1
)* Cid 1 − 1 / RD
RD
ICi = Incerteza da concentração final.

8
Onde: Realizando a derivada parcial e fazendo manipulações
algébricas, obtemos:
ICid = Incerteza combinada da concentração do aldeído no
ar ambiente;
IMTF2 + IME2 IDTF2 + IDE2
Ia = a * [ ]+[ ]
IRD = Incerteza combinada do inverso da razão de diluição. [MTF + ME]2 [DTF + DE]2

A incerteza combinada da massa IM(g) será igual a: IMTQ2 + IME2 IDTQ2 + IDE2
Ib = b * [ ]+[ ]
[MTQ + ME]2 [DTQ + DE]2
( ICif ) 2 + ( ICidRD ) 2 IVed 2
+( )
[Cif − Cid * (1 − 1 / RD)]2 Ved
IM(g) = M(g) * IMtotal = Ia 2 +Ib2
Onde: Onde:
IVed = Incerteza combinada da medição do volume; IMtotal = Incerteza combinada de Mtotal em g/km;
ICif = Incerteza combinada da concentração do aldeído na IMTF = Incerteza combinada de MTF;
amostra;
IME= Incerteza combinada de ME;
XXIV - INCERTEZAS DE MEDIÇÃO DA MASSA
PONDERADA EMITIDA POR CADA ALDEÍDO IMTQ = Incerteza combinada de MTQ;
A incerteza da massa de cada aldeído emitida em cada fase IDTF = Incerteza combinada de DTF;
do ensaio já foi explicada anteriormente, já a da distância é
obtida da calibração do dinamômetro internamente pelo IDE = Incerteza combinada de DE;
laboratório. O cálculo do resultado final do ensaio é obtido
pela soma ponderada das emissões de cada aldeído no gás IDTQ = Incerteza combinada de DTQ;
de escapamento em g/km, obtidos pela fórmula:
Ia = Incerteza combinada do termo a;
Mtotal (g/km) = a + b
Ib = Incerteza combinada do termo b.
Onde:
XXV INCERTEZA EXPANDIDA DE CADA
MTF + ME ALDEÍDO (IEP)
a = 0,43 * [ ];
DTF + DE
A incerteza final combinada (ICF) do ensaio de emissões de
MTQ + ME aldeídos será obtida pela combinação da incerteza tipo A do
b = 0,57 * [ ]; ensaio (ITA) e pela tipo B (IMtotal), como pode ser visto
DTQ + DE
abaixo:
Onde:
ICF = IMtotal2 + ITA2 ;
MTF = Emissão em massa do aldeído emitido na fase
transitória com partida a frio; Para um nível de confiança de aproximadamente 95%, e
assumindo o fator de abrangência K=2, tem-se que a
ME = Emissão em massa do aldeído do gás emitido na fase
incerteza expandida de cada poluente (ICP) será igual a :
estabilizada;
IEP = 2 x ICF.
MTQ = Emissão em massa do aldeído do gás emitido na
fase transitória a quente;

DTF = Distância percorrida pelo veículo, medida durante a


fase transitória com partida a frio;

DE = Distância percorrida pelo veículo, medida durante a


fase estabilizada;

DTQ = Distância percorrida pelo veículo, medida durante a


fase transitória com partida a quente.

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5. Melo, Tadeu C.C., Dias, André L. F., SAE 2004-01-
1961 – Experimental Methods for reducing uncertainty
XXVI - CONCLUSÃO of measurement on vehicle emission testing. SAE -
A proposta de metodologia de cálculo de incerteza, Fuels & Lubricants Meeting and exhibition – França,
desenvolvida pelo CENPES, permite demonstrar de forma 2004.
pioneira que é possível a realização desse cálculo, em
laboratório de emissões, com o uso de expressões algébricas 6. Melo, Tadeu C.C , Dias André L. F. , Proposta de
simplificadas obtidas a partir do Guia para expressão da Metodologia para Determinação de Incertezas de
incerteza de medição .
4 Medição em Análises de Emissões de Aldeídos contidos
em gás de escapamento, SIMEA, SP, 2003.
Os valores percentuais de incertezas de medição obtidos
tanto para os gases de escapamento, quanto para os aldeídos
foram considerados satisfatórios pelo grupo de acreditação
da AEA, sendo este trabalho recomendado pelo grupo para
ser usado como referência para cálculo de incertezas, para
os laboratórios de emissões do Brasil.

XVI - RECOMENDAÇÕES

Planilhas de cálculo devem ser feitas para auxiliar cada


laboratório nos estudos da contribuição de incertezas das
diferentes variáveis do ensaio de emissões de aldeídos.

O cálculo das incertezas dos ensaios de emissões de


aldeídos e de gases deverão ser feitos com periodicidade
adequada a ser determinada pelo laboratório, não sendo
necessário o cálculo para cada ensaio.

Na planilha de cálculo do anexo, pode ser verificado que


para os valores de aldeídos, as incertezas do tipo A são bem
maiores que a do tipo B. Isso ocorre porque o ensaio foi
realizado em um veículo a gasolina fase III do
PROCONVE, de valores de emissões muito abaixo dos
limites do PROCONVE (0,03 g/Km). Para se reduzir essas
incertezas pode ser usado como referência o artigo SAE
2004-01-1961 – Experimental Methods for reducing
uncertainty of measurement on vehicle emission testing 5 .

Referências Bibliográficas:
1. ABNT NBR ISO/IEC 17025 -
Requisitos gerais para competência de laboratórios de
ensaio e calibração.

2. ABNT/NBR 6601 – Veículos rodoviários


automotores leves – Determinação de hidrocarbonetos,
monóxido de carbono, óxidos de nitrogênio e dióxido de
carbono no gás de escapamento.

3. ABNT/NBR 12026 - Veículos rodoviários


automotores leves – Determinação de aldeídos e cetonas
contidos no gás de escapamento, por cromatografia
líquida – método DNPH,2002.

4. Guia para expressão da incerteza de medição,


3ª edição, Agosto de 2003, INMETRO.

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ANEXO :PLANILHA DE CÁLCULOS DE INCERTEZA DE MEDIÇÃO DE ALDEÍDOS EM
ENSAIOS DE EMISSÕES PARA VEÍCULOS LEVES.

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