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6.1.1.1 Materiais
• O material não deve sofrer violentas reações químicas com o líquido dielétrico.
As dimensões da peça a ser erosionada devem ser compatíveis com as dimensões da bandeja e
contornos dentro da zona do curso.
A peça de trabalho deve ser apropriada para fixação e não deve exceder o peso máximo
permitido sobre a mesa.
[1] Peça:
• Não homogêneo (fendas, porosidade: → queda do desempenho, erros de perfis)
• Sem tratamento de alívio de tensões: → erros de perfil e posição.
• Carbetos com alto conteúdo de titânio e tântalo:→ queda no desempenho.
• Aços de trabalhar a quente sem tratamento de banho salino:→ erros de posição e perfil
devido à tensões internas.
[2] Tamanho:
[3] Perfil:
• Formas estreitas e finas.
• Ranhuras estreitas e profundas (lavagem ruim).
6.1.2 Lavagem
A boa lavagem é um fator importante para uma erosão eficiente. Uma característica de boa
lavagem é a sua uniformidade.
A lavagem por meio de movimento de agitação do fluído dielétrico normalmente garante uma
melhor precisão dimensional do que o método de lavagem via furo, mas aumenta um pouco o
tempo de erosão. Contudo, como isto simplifica a fabricação do eletrodo e a preparação da peça
e da máquina, o efeito final se traduz numa redução em gasto de tempo e dinheiro.
• Bicos de lavagem
• Furos de lavagem
Os furos de lavagem, contudo, têm demonstrado sua necessidade em erosões com eletrodos
grandes ou de formas complexas. Os furos de lavagem podem ser feitos no eletrodo ou na
peça.
Os furos deveriam ser feitos de tal forma para garantir uma lavagem tão uniforme quanto
possível e ao mesmo tempo facilitar a saída dos gases resultantes da erosão.
• Formação de núcleos
• Eliminação do núcleo
Os furos precisam ser tapados depois da erosão, a não ser que eles não interfiram com a
função da peça, ou são úteis, isto é, podem ser usados como canal de injeção em fundição de
molde, etc.
A erosão planetária é altamente racional: Ela facilita a lavagem, permite uma melhor
distribuição do desgaste, resultando numa melhor precisão geométrica e traz economia na
fabricação do eletrodo (menos eletrodos e sub-dimensionamento standard).
• Vantagens
• Polimento.
• Arestas aguçadas.
• Erosão de rebaixos.
• Alargamento circular.
• Não carbetos,
• Dureza da estrutura básica: > 50 HRC,
• Conteúdo do carbono < 0,8%,
• Não ligas de ledeburita,
• Máxima pureza.
Os seguintes materiais têm sido utilizados com sucesso: 90CrSi5, 100Mn CrW, X38CrMoV51,
X40CrMoV51,45#.
Para obter uma alta qualidade de superfície é recomendável usar um máximo de 4 pulsos antes
do pulso de acabamento.
[1] Cavidade muito profunda, sem polimento frontal e com pequenas imperfeições no
polimento lateral.
Razões:
a) O aquecimento do eletrodo de desbaste ocasionou uma dilatação longitudinal que além
de não deixar material para acabamento e polimento, também ultrapassou a
profundidade final da cavidade.
b) Devido aos pequenos erros de posicionamento ou expansão térmica lateral do eletrodo
de desbaste, não havia suficiente material disponível para o polimento.
Medida preventiva: Deixe uma compensação maior para correção (veja “semi-
acabamento e acabamento”) do eletrodo de desbaste do que o padrão, isto é, frontal
1,35 e lateral 1,1 em vez do padrão 1 e 0,8 respectivamente.
Razões:
O eletrodo usado para o acabamento tem uma temperatura mais baixa durante o polimento
do que durante a erosão de desbaste.
6.2 Peça
O perfil a ser erosionado precisa ter uma posição bem definida com respeito a outros perfis ou
furos, ou com respeito a outras superfícies as quais precisam, por esta razão, estar usinadas
com precisão para funcionar como referência. Geralmente, a referencia é tomada de dois níveis
e superfícies perpendiculares, ou de um furo de centragem ou uma superfície base.
6.2.1.3 Têmpera
A peça precisa ser temperada antes de erosionar para eliminar torções internas do material. A
têmpera não se constitui nenhum fator de dificuldades para o processo de eletroerosão. Se a
têmpera for realizada num banho de água salgada, então é necessário limpar a peça com um
jato de areia ou retificar aproximadamente 0,05 mm da superfície.
6.2.1.4 Fixação
As dimensões da peça devem ser apropriadas para a sua fixação sobre a mesa de trabalho ou no
pallet. O peso da peça mais os dispositivos de fixação não devem exceder a capacidade da
mesa. O pré-alinhamento numa estação de pré-alinhamento permite uma notável redução em
tempo de máquina de eletroerosão parada.
Finalidade: Redução da
quantidade de material a ser
erosionado, resultando em
redução do tempo de erosão.
• Vantagens:
[1] Menos desgaste,
[2] Necessidade de menos
eletrodos,
[3] Tratamento térmico mais
simples,
[4] Corrente de desbaste mais
baixa, como conseqüência as superfícies erosionadas são menos afetadas pelo calor.
6.3 Eletrodo.
O impulso usado para a erosão contém um valor ‘Safe 2 GAP’ (para os eletrodos de desbaste) e
um valor “2 GAP” (para os eletrodos de acabamento).
O impulso de acabamento produz um gap menor, por isso, durante a erosão com somente um
movimento vertical, é necessário usar vários eletrodos com diferentes diâmetros
(subdimensionamento) (Veja também “Determinando o subdimensionamento” mais tarde neste
capítulo).
• Impulsos de desbaste:
Com o eletrodo de desbaste, a rugosidade frontal pode ser reduzida por meio do uso de impulso
de semi-acabamento.
• Seleção do impulso
A seleção do impulso também é feita da mesma maneira como para a erosão de cavidades
cilíndricas (veja também capítulo 3 “Seleção do pulso e aplicação”).
Exemplo:
Erosão de cobre contra aço:
Fp= 13 cm²
Ra ZZZ = 1,95 µm
Dado o movimento vertical, como será visto, é necessário contudo, calcular a profundidade
máxima de erosão para cada impulso simples.
• Seleção do pulso.
[1] Primeiro pulso de desbaste: O primeiro pulso de desbaste é selecionado como uma função
da superfície de erosão (Fp cm²).
[2] Último pulso de acabamento: É selecionado de acordo com a rugosidade desejada (Ra). O
2 Gap deste pulso deve ser levado em conta no cálculo do subdimensionamento na
fabricação do eletrodo de acabamento.
Exemplo:
Erosão cobre contra aço:
Fp = 13 cm² → Tabela: (Valor mais baixo) 12 cm²
Ra = 1,9 µm → Tabela: (Valor mais baixo) 1,5 µm
Para poder definir o número de eletrodos e que pulsos deverão ser usados para cada eletrodo; é
necessário, em primeiro lugar, levar em consideração o acabamento desejado.
• Eletrodo de acabamento
Para simplificar o cálculo de b, foi feita uma tabela que permite que o valor a seja multiplicado
por um fator.
Eletrodo de desbaste:
1º impulso: Fp 12 → Safe 2 Gap (M) = 1,25
2º impulso Safe 2 Gap (M) = 1
3º impulso Safe 2 Gap (M) = 0,72
4º impulso Safe 2 Gap (M) = 0,61
5º impulso Safe 2 Gap (M) = 0,5
6º impulso Safe 2 Gap (M) = 0,35
7º impulso e último impulso: Safe 2 Gap (M) = 0,24 ( Determina o
subdimensionamento do eletrodo).
Eletrodo de acabamento:
1º impulso: Safe 2 Gap (M) = 0,24
2º impulso: Safe 2 Gap (M) = 0,156
3º impulso: Safe 2 Gap (M) = 0,11
4º impulso: Ra 1,35 µm → 2 Gap = 0,05 (Determina o
subdimensionamento do eletrodo de acabamento)
Z = Z Z Z Z –[(M-S)/2 x fator +
S/2]
O procedimento seguinte é válido para uso sem planetário. Ao usar um sistema planetário; os
eletrodos podem ter o mesmo subdimensionamento que deve corresponder pelo mínimo ao
eletrodo de desbaste.
• Cavidades cilíndricas.
Com planetário Sem planetário
Impulso Ra Z = Ra ZZZ: 1 eletrodo 1 eletrodo
Impulso Ra Z ≤ Ra ZZZ x 4: 2 eletrodos 1 eletrodo
Impulso Ra Z Z RaZZZ x 4: 3 eletrodos 2 eletrodos
• Cavidades cônicas
Impulso Ra Z ≤ RaZZZ x 4 1 eletrodo
Nos outros casos 2 eletrodos
A parte das regras descritas acima, para cavidades muito profundas é necessário tomar em
conta a deformação do eletrodo causado pelo desgaste.
O subdimensionamento é a diferença em
dimensão entre o eletrodo e a cavidade a ser
erosionada. Ao erosionar sem planetário, o
subdimensionamento do eletrodo de acabamento é
determinado pelo 2 Gap e o eletrodo de desbaste
pelo Safe 2 Gap (M).
• Gap
O gap é a área da descarga elétrica, ou seja, a
distância entre o eletrodo e a peça. O gap existe
nos dois lados do eletrodo e para o cálculo do
subdimensionamento e dos movimentos
planetários, é usado normalmente o 2 Gap.
Ao erosionar sem planetário, o 2 Gap é o valor
que deve ser subtraído da dimensão do último
eletrodo para se obter a medida final da cavidade
a ser erosionada.
O procedimento seguinte é válido para uso sem planetário. Ao usar planetário todos os
eletrodos podem ter o mesmo subdimensionamento que precisa corresponder pelo menos ao
eletrodo de desbaste.
• Eletrodo de desbaste.
Safe 2 Gap
+ Erro de posicionamento
± Dilatação térmica (diferença)
+ Sobrematerial para reusinagem
= Subdimensionamento final para desbaste
• Eletrodo de acabamento.
2 Gap
Z Sobrematerial reusinagem
= Subdimensionamento final acabamento
É muito prático fabricar um eletrodo quando ele já está montado no mesmo porta eletrodo
que será usado na máquina de eletroerosão. Desta forma erros de posicionamento devido à
montagem e desmontagem em vários outros sistemas serão evitados.
• Fresagem de perfil
Serve muito bem para a produção de eletrodos para a
erosão de matrizes para moldes ou matrizes de
perfuração. Se o modelo for construído sem levar em
conta os subdimensionamentos, estes serão obtidos
com a correta escolha do riscador da fresa de perfil.
6.3.3.2 Erosão
A combinação de erosão de corte a fio e de penetração permite que seja evitado a necessidade
de se montar punções de partes. Isto simplifica as operações de montagem e às vezes é possível
fazer ferramentas menores.
Por meio de prensas é possível prensar eletrodos a quente, usando martelos adequados para esta
finalidade. Este método de fabricação de eletrodos de cobre é muito rápido, mas não se deve
esquecer o tempo necessário para o aquecimento, possível redução em ácido e fixação no porta
eletrodo. A peça de cobre precisa ser aquecida até uma temperatura de 75Z (167° F) de
preferência num forno com gás inerte.
Para produzir os furos no eletrodo para sua fixação no porta eletrodo, nós recomendamos usar a
prensa como um suporte, iniciando do ângulo de referência e seguindo o sistema de
coordenadas.
6.3.3.4 Galvanização
6.3.3.5 Abrasão
Eletrodos de grafite feitos por meio do sistema abrasivo são apropriados para prensas, injeção e
forjaria para pequenas e grandes séries.
A recuperação dos eletrodos é muito simples e rápida. A ferramenta abrasiva (negativa) de
material sintético precisa ser fabricada, levando em conta o movimento planetário.
O equipamento não deve ficar exposto aos raios diretos do sol ou correntes de ar.
• Microestrutura da superfície
1. Zona mista,
2. Zona com baixo teor de cobalto
3. Estrutura de base
1º Passo: Limpeza da superfície para remover a camada branca sem afetar a estrutura básica.
Ra ≤ 1 µm Ra Z 1 µm
Passos jato de micro esfera Passo 1 Passo 2 Passo 1 Passo 2
Material MICRONORM MS 300A MS 550B MS 300A MS 550B
Aço não temperado 1,5 ... 2 1... 2,5 1... 1,5 0,5... 1,5
Aço temperado 1,5.... 2,5 1,5... 3 0,5... 1,5 1... 2
Carbeto de tungstênio (grão grosso) 1... 2,5 1... 2 0,5... 1 0,5... 1,5
Carbeto de tungstênio (grão fino) 0,5... 1 0,7... 1,5 0,5.... 1 0,5... 1,5