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As Alarmantes Queimadas No Hemisfério Norte e Sul
As Alarmantes Queimadas No Hemisfério Norte e Sul
Os Estados Unidos tem 70% da sua área para agricultura e pecuária, e com isso,
sobraram apenas 20% da sua cobertura natural dos biomas dos Estados Unidos,
levando em consideração, também, que boa parte é deserto. Vale salientar que os
Estados Unidos também sofreram as consequências disso, pois a erosão em solo
agrícola é cem mil vezes maior que a erosão natural. E sabemos q a floresta tropical é
mais úmida, logo desmatar as florestas tropicais é um impacto maior para o mundo do
que desmatar as florestas temperadas.
O Brasil tem 67% da sua área cobertas por biomas nativos, sendo 63% destes 67 são
apenas florestas e disso a maioria esmagadora é a Amazônia, uma vez que a outra
cobertura florestal que a gente tem é Mata Atlântica já foi, praticamente, toda
destruída. Se compararmos com outros países desenvolvidos, aqueles que
preservaram as suas áreas nativas, como o Japão, por exemplo, que tem 70% da sua
área coberta ainda com biomas naturais, com isso, podemos notar que para um país
se desenvolver não precisa, necessariamente, destruir sua vegetação.
As áreas preservadas florestadas estão dividas em: 33% áreas privadas, 30% são
terras indígenas e áreas protegidas, 32% são terras publicas ou não cadastradas. É
aqui onde o desmatamento corre solto. A maior causa de desmatamento no Brasil,
atualmente, é a grilagem que consiste em roubo de terras publicas que são invadidas
e desmatadas para que, futuramente o “grileiro” reclame sua propriedade. E ainda
temos problemas em relação ao Cadastro Ambiental Rural (CAR) que foi a moeda de
troca quando foi aprovado o novo código florestal.
Cerca 33% das nossas áreas florestadas estão em áreas privadas, e por lei o produtor
rural que esta em área de floresta ou cerrado com biomas naturais tem que preservar
uma porcentagem para não assorear os rios, para não provocar erosão, etc. Em
contra partida, no início de 2019 o senador Flávio Bolsonaro (PSL/RJ) fez o projeto de
lei número 2362 que visa eliminar a obrigatoriedade de preservação em áreas
privadas, mas foi aberta uma consulta pública e a maioria da população votou não.
Os incêndios que são causados pelo homem têm dois objetivos diferentes, um é
preparar o solo para novo plantio, o outro é usado para desmatar uma área. Este
segundo é feito da seguinte forma, primeiro cortam-se as árvores de um local,
normalmente com o que é chamado de correntão, que consiste em dois tratores
interligados por uma imensa corrente, eles vão andando e derrubando as árvores.
Essa floresta que foi derrubada fica um tempo no chão secando, geralmente
adentrando a estação de secas, pois só assim a vegetação perde umidade o suficiente
para que seja possível colocar fogo nela. Só depois que toda a vegetação foi
queimada é possível plantar o capim que o gado irá comer. O problema é que esse
fogo das florestas já derrubadas, muitas vezes, escapa para áreas não desmatadas e
caso esteja seco o suficiente acaba queimando também florestas que estão de pé, e
este é o principal tipo de queimadas que estamos vendo na Amazônia.
Como o Brasil ainda tem 67% de área não utilizada é natural pensar que podemos
utilizar sem destruir tanta floresta, mas infelizmente a coisa não é tão simples, pois o
Brasil possui muitas áreas com terreno irregular, com clima desfavorável e também
várias áreas degradadas.
A principal fonte de umidade da Amazônia é o oceano atlântico. Os ventos da região
do equador empurram a umidade do oceano para dentro da floresta, e as plantas não
só usam essa umidade, como devolvem cerca de 20 bilhões de toneladas de vapor
por dia para a atmosfera, isso cria um enorme rio feito de nuvens que corre por cima
de toda a floresta amazônica. É assim que ela produz as chuvas que caem não só
sobre a floresta, mas em várias outras regiões a sua volta.