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escola-7-ano-contos-de-edgar-allan-poe
Língua Portuguesa
Literatura na escola - 7º
ano: Contos de Edgar
Allan Poe
novaescola
Objetivo(s)
Conteúdo(s)
- Foco narrativo;
- Análise literária;
- Gênero fantástico;
- Comentário;
- Paródia
Ano(s)
Tempo estimado
Seis aulas
Material necessário
Livro Histórias extraordinárias. Edgar Allan Poe, 272 págs, Companhia das
Letras, tel (11) 3707-3500.
Desenvolvimento
1ª etapa
Pergunte aos alunos se eles já ouviram falar do escritor Edgar Allan Poe e se
conhecem alguma obra que ele publicou. Conte à turma a história dele.
2ª etapa
3ª etapa
Pergunte para a classe por que Edgar A. Poe escolheu um gato preto? Não
poderia ser qualquer outro animal?
Gato preto
São muitas as histórias sobre a fama negativa dos gatos. Numa delas, diz-se
que em certa noite de 1560, um deles, de cor negra, foi perseguido a
pedradas por algumas pessoas. Machucado, ele procurou refúgio na casa de
uma velha senhora que costumava abrigar esses animais sem dono. No dia
seguinte, os moradores da Lincolnshire - cidade inglesa onde supostamente
ocorreu o caso - perceberam que a anciã também apareceu machucada,
surgindo daí a conclusão de que ela era uma bruxa, e de que a forma de gato
nada mais era que seu disfarce noturno. Também na França os gatos não
tinham boa vida. Mas em 1630 o rei Luis XIII (1601-1643) resolveu amenizar o
dia a dia desses felinos proibindo que fossem perseguidos. Uma outra
história conta que Charles I (1600-1649), rei da Inglaterra, acreditava que seu
gato preto lhe trazia boa sorte, e seu medo de perdê-lo era tanto que o
mantinha dia e noite sob vigilância. Um dia depois da morte do gato, ele foi
preso e em seguida executado.
http://www.fernandodannemann.recantodasletras.com.br/visualizar.php?
idt=115930
4ª etapa
5ª etapa
Conceito de Fantástico
O poeta José Paulo Paes (1996), tradutor de Histórias extraordinárias, explica-
nos o que vem a ser uma narrativa fantástica:
Se você se der ao trabalho de ir até o dicionário para saber o que quer dizer
fantástico, vai verificar que essa palavra designa tudo quanto seja fantasioso,
fantasmagórico, mero produto da imaginação. Em suma, o oposto do real.
Real, por sua vez, não é apenas aquilo cuja existência pode ser comprovada
pelos nossos sentidos, mas sobretudo aquilo que ninguém põe em dúvida
seja verdadeiro.
In: Edgar Allan Poe ET alii. Histórias fantásticas. São Paulo: Átiva, 1996. P-3-4.
6ª etapa
Se tiver acesso à Internet, assista com a turma a animação "O gato preto". Há,
no mesmo site, outras releituras do conto que podem ser mostradas aos
alunos.
Avaliação
Proponha aos estudantes uma avaliação por meio da escrita criativa. Peça
que os alunos criem uma paródia do conto "O gato preto", de Edgar Allan
Poe, na perspectiva do gato. Paródia A paródia é a criação de um texto a
partir de um bastante conhecido, ou seja, com base em um texto consagrado
alguém utiliza sua forma e rima para criar um novo texto cômico, irônico,
humorístico, zombeteiro ou contestador, dando um novo sentido ao texto.
Parte da intertextualidade, a paródia é um intertexto, ou seja, é um texto
resultante de um texto origem que pode ser escrito ou oral. Essa
intertextualidade também pode ocorrer em pinturas, no jornalismo e nas
publicidades. Fonte: http://www.alunosonline.com.br/portugues/parodia/
Objetivos: a) Desenvolver a habilidade de produzir uma paródia, de forma
coesa e coerente; b) Exercitar a habilidade de usar Foco Narrativo. Ofereça a
eles um fragmento inicial do texto (pode ser o fragmento abaixo ou um de
sua própria autoria) e peça que concluam a narrativa. A verdade de "O gato
preto" Vou contar uma história - e não se admire por isso, pois os animais
falam desde os tempos de Esopo. Não seria eu agora que me calaria diante
de fatos tão horrendos. A verdade é que sofri, não só por mim, mas pela
minha dona. Que mulher! Você já sabe, não preciso dizer o quanto ela era
dócil, o quanto tinha predileção por animais. Em nossa companhia, existiam
pássaros, peixes dourados, cachorro, coelhos, um macaquinho. Porém, eu
era o seu maior amor. Sim, ela me amava. - E ele? Quando fui morar naquele
mausoléu, recebi, no início, amor incondicional. Quer dizer, pensava que era.
Mal sabia eu que tudo não passava de uma grande cilada. - Uma cilada? Sim,
fazia parte de seu plano diabólico. Meus pelos se eriçam só de pensar que
um dia o amei. Caí na armadilha. Deu-me demonstrações de afeto, eu
acreditei. Vivia a seus pés, seguia-o a qualquer parte da casa. E não me diga
que era a bebida. Hoje eu sei que ele já era mau. O álcool só lhe deu coragem
para concretizar seu plano diabólico. - Conte-me tudo.