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Análise e Crítica de Meios

Marcos Valério da Silva Santos

Brasília, 28 de fevereiro de 2021


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a

O presente trabalho visa discutir sobre o papel e atuação da mídia frente aos
desastres naturais, conforme nos foi solicitado.

Resposta das Questões


Questão 1
Os meios de comunicação são essenciais no atendimento dos acidentes e
desastres naturais. É imprescindível para conscientização da população sobre
os perigos de um acidente, gerando a percepção do risco e contribuindo
diretamente para a prevenção de novos sinistros. Em eventos com maior
duração, a comunicação eficaz colabora para evitar novos acidentes.
Abordaremos aqui como cada meio (mídia impressa, rádio, televisão e internet)
pode contribuir na cobertura de eventos naturais catastróficos à luz do
documento indicado e em paralelo com as características de cada meio,
conforme material estudado.

Mídia impressa

Conforme documento disponibilizado, a imprensa escrita é um excelente


veículo para informação na cobertura de desastres quando se pretende
comunicar com muito mais profundidade o assunto para as pessoas. Porém, é
importante que o jornalista tenha o máximo de critério as informações
disponíveis, para disponibilizar ao leitor as essenciais, renunciando às
supérfluas. Apesar da vantagem de ser um meio que possa comunicar com
mais detalhes uma cobertura de um desastre, a mídia impressa, de acordo com
material estudado, tem por característica exigir um processo de distribuição
com mais complexidade, fazendo com que não atinja todas as pessoas.
Todavia, é um meio que apresenta uma fonte documental permanente, visto
que a palavra escrita tem mais vida útil em relação aos outros canais.

Rádio

O arquivo disponibilizado para consulta apresenta o rádio com um excelente


canal para propagar notícias urgentes e de prevenção, por ser este um meio
ouvido por milhões de pessoas, com um público heterogêneo. Há estudiosos
que defendem a rádio como a fonte mais pura de informações jornalísticas, em
razão da velocidade e instantaneidade com que a notícia é veiculada. De
acordo com os produtores das rádios das missões da ONU (2016), em locais
onde boa parte da população não é alfabetizada e em comunidades
vulneráveis, a notícia radialista, ainda continua sendo a principal fonte de
informação durante os conflitos. É considerada, conforme a matéria do site, a
“salvação em momentos de emergência e desastre”.
Assim a rádio exerce um grande papel na cobertura de um desastre natural
como também em sua prevenção. Por serem curtas, as notícias neste veículo
tornam-se sintéticas, concentradas no evento e provocam uma relação de mais
proximidade e empatia entre locutor e ouvinte. Essas características
apresentadas vão ao encontro das defendidas no material de estudo, quando
identifica as vantagens da rádio em relação aos outros meios, como: baixo
custo; ampla cobertura; simultaneidade; Instantaneidade; longo alcance e
ouvinte é fator ativo na comunicação.
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Televisão

O documento destaca esse canal comunicacional considerando a importância


da sua simultaneidade, instantaneidade e atualidade de informações na
cobertura de desastres. Em razão da palavra está intimamente ligada com
imagem, é necessário para eficácia da comunicação televisiva, a correta
condução gerencial dos 3 códigos essenciais da linguagem do meio: o icônico,
o sonoro e o linguístico. Essas caraterísticas televisivas também ressaltadas no
material de estudos fazem desse veículo ser um grande destaque na cobertura
de uma tragedia natural, em razão desses componentes: mensagem falada
(palavra), visual (imagem em movimento/estática) e sonoro (música e efeitos).
Essa tríade proporciona forte carga emocional na apresentação do conteúdo: a
linguagem emotiva (característica mais representativa desse meio). O
predicativo emocional televisivo está acima da linguagem racional e discursiva,
espetacularizando a notícia, contextualizando melhor sua audiência e
promovendo assim uma compreensão mais completa do trágico episódio em
questão.

Internet

Segundo o documento, a Internet por meio dos Portais de Notícias ou websites


de notícias oferecem conteúdos editoriais semelhantes aos da imprensa e
realizam um importante tarefa de filtrar o excesso de informação disponível na
Internet. Portais como: Terra, Uol, Folha de São Paulo, G1 e dentre outros, são
também importantes meios de comunicação para conduzir informações sobre
eventos catastróficos, em razão de trabalhar o acontecimento noticioso a cada
minuto através de sua própria produção com auxílio de outras agências ou em
parcerias. A característica da informação dinâmica e público não específico
desse meio exige atualização constante dos fatos noticiados, conforme
defende o material de estudo, impondo grandes desafios ao jornalista digital
diante de um novo tipo de jornalismo ainda em construção. Em razão do seu
DNA, é importante também que esse veículo apresente o layout de suas
páginas de forma clara, com leveza, conforto visual e simplicidade ao levar a
notícia aos internautas.
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Questão 2
Plano de comunicação: caso Furacão Irma

 Antes do desastre
Conforme o documento, essa é fase mais importante do plano de comunicação
em que são definidos os objetivos do plano e equipe de pessoas envolvidas,
visando promover a prevenção e a preparação da população para enfrentar
uma catástrofe.

Durante a passagem do furacão pela América Central, o Centro Nacional de


Furacões dizia, porém, não ser ainda possível precisar se o furacão iria atingir
Cuba e Haiti de maneira direta. Mesmo assim, a ordem preventiva das
autoridades dos dois países foi de evacuar as áreas de possível contato. A
população cubana, por exemplo, recebeu, pelos meios de comunicação
estatais, alertas de ordens de evacuação em oito províncias. As ações de
alerta estão em conformidade com objetivo do plano estratégico de
comunicação em momentos que antecedem uma catástrofe.
Através de coletiva de imprensa, o diretor da Agência Federal de Gestão de
Emergências dos EUA pediu que pessoas acatem as ordens de evacuação das
autoridades, pois o furacão continua ser uma ameaça devastadora aos
americanos. Da mesma forma, o governador da Flórida pela televisão
descreveu, em inglês e espanhol, sobre importância e da potência do furacão à
população moradora, adjetivando a tormenta como o “furacão mortal”, para
conscientização sobre os perigos iminentes, ordenando toque de recolher às
pessoas antes da chegada da tempestade. Obedecendo assim o protocolo do
plano de comunicação (alertas com 36h de antecedência) na fase preventiva
de prevenção e preparação.

 Durante o desastre
Nesta etapa, são colocadas em prática, de acordo com o livro, todas as
estratégias previstas na fase de prevenção e preparação por meio de aten-
dimento de emergências, assistência às populações vitimadas e reabilitação de
cenários.

É comum em situações de catástrofes, cidades ficarem destruídas, o comércio


sem mantimentos para suprir as necessidades das pessoas, como aconteceu
durante a passagem do furacão Irma. O Estado da Flórida buscou sanar o
problema, ajudando os fornecedores a restabelecer o abastecimento de posto
e supermercados, conforme foi noticiado pela televisão.
Os governos e instituições responsáveis envolvidos no combate ao desastre
dão balanço diários à mídia (portal de notícia) sobre os prejuízos, avanços da
tormenta, vítimas, desabrigados, velocidades dos ventos à imprensa,
atendendo ao protocolo do plano de comunicação durante o desastre.
Durante a passagem do furacão pelo estado da Flórida, o governador
convocou coletiva à imprensa para informativos sobre o combate ao furacão,
dizendo que a semana foi “extremamente desafiadora”. Em consonância às
estratégias do plano de comunicação.
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 Após o desastre

Nesta fase final pós-desastre, a comunicação continuará exercendo trabalho


importante. É o momento de oferecer apoio ao processo de reconstrução dos
cenários, contribuindo para recondução da população vitimada à vida normal.

A imprensa cumpriu seu trabalho final na cobertura da fúria destrutiva do Irma,


alinhada desse modo à estratégia final do plano de comunicação. Foi noticiado
em vários meios, os prejuízos, as vítimas, os danos financeiros e o
compromisso dos governos em trazer de volta à normalidade, como
constatamos no noticiário do El País.
A TV portuguesa Jornal da Noite, faz um balanço da tragédia nas ilhas do
Caribe causada pela fúria do Irma e relata o apoio de autoridades locais
internacionais para reconstrução das localidades destruídas, conforme matéria.

A Globo News internacional faz cobertura da fúria da tormenta, revelando os


desdobramentos e as consequências deixados pelo o maior furacão passado
pelo Atlântico.

Questão 3

As redes sociais exercem uma enorme influência e está presente na vida do


cotidiano das pessoas no mundo atual. Sua instantaneidade e facilidade de
acesso colaboram para que o veículo seja utilizado como um importante aliado
para levar informações imediatas no momento de gerenciar um desastre
natural. Estima-se, por exemplo, que mais de 2 bilhões de usuários no mundo
acessam todos os dias e diversas vezes o Facebook. Isso é benéfico quando
pensamos no enorme alcance desse canal no momento de disponibilizar
informações urgentes para salvar vidas em catástrofes. Porém, sua utilização
como fonte de informação deve tratado com muita preocupação, em razão do
meio ser um canal de grande difusão de notícias falsas (fake News) e crimes
digitais. Ademais, grandes são os riscos associados às redes sociais que o
repórter deve observar, como: notícias imprecisas; boatos; usos de dados
incorretos; utilização de informações indevidas; invasão de perfil; danos à
imagem e à reputação; vazamento de informações e contato com pessoas mal-
intencionadas. Diante disso, é condição sine qua non que o jornalista seja
criterioso no momento de minerar, coletar e emitir informações nesse veículo,
para não cair na cilada de emitir desinformação ou notícia sem comprovação,
gerando ainda mais dúvida, desaprovação ou pânico nas pessoas. A
Informação, clara e precisa, portanto, deve ser a tônica nas regras de cobertura
sobre desastres naturais no ambiente das redes sociais, conforme Goswami,
(2015).
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Bibliografia

Análise e Crítica de meios – Material do Curso

Bueno, W. C. (2017) A cobertura jornalística de catástrofes ambientais: entre a


vigilância e a espetacularização da notícia.
https://www.metodista.br/revistas/revistas-ims/index.php/CSO/article/view/6974/5716

Goswami, P. (2015). Conselhos para jornalistas cobrindo desastres naturais.


Temas especializados. https://ijnet.org/pt-br/story/conselhos-para-jornalistas-
cobrindo-desastres-naturais

ONU News (2016). Especial: O rádio durante emergências em países


africanos. Acesso em 26/02/22.
https://news.un.org/pt/story/2016/02/1540861-especial-o-radio-durante-
emergencias-em-paises-africanos

Zenatti, A. P., Sousa, S. Y. (2010). Comunicação em Desastres: a Atuação da


Imprensa e o Papel da Assessoria Governamental. Governo do Estado de SC.

Links consultados:

1) https://agenciabrasil.ebc.com.br/internacional/noticia/2017-09/furacao-
irma-segue-em-direcao-paises-do-caribe

2) https://diaadiabrasil.com.br/o-furacao-irma-continua-ser-uma-ameaca-
que-devastara-os-eua/

3) https://www.youtube.com/watch?v=qXeWuCySaKU&feature=youtu.be

4) http://g1.globo.com/jornal-hoje/noticia/2017/09/furacao-irma-toca-o-solo-
e-provoca-muito-estrago-em-ilhas-do-caribe.html

5) https://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/mundo/2017/09/11/inte
rna_mundo,624978/dados-sobre-o-furacao-irma.shtml

6) https://globoplay.globo.com/v/6139015/

7) https://brasil.elpais.com/brasil/2017/09/11/internacional/1505148280_478
266.html?rel=mas

8) https://youtu.be/Qlakj0EDUI4

9) https://g1.globo.com/globonews/globonews-
internacional/video/internacional-a-geopolitica-do-furacao-irma-
6144881.ghtml
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