Você está na página 1de 14

Índice

1. Introdução.................................................................................................................................1

1.2. Objectivos do trabalho..........................................................................................................2

1.2.1. Objectivo geral...............................................................................................................2

2. Mecanização agrícola..................................................................................................................3

2.1. Surgimento da mecanização..................................................................................................3

2.2. Evolução das máquinas agrícolas.........................................................................................4

2.3. Vantagens da Agricultura Mecanizada.................................................................................8

2.4. Desvantagens da Agricultura Mecanizada............................................................................9

2.5. Impactos socioeconómicos...................................................................................................9

2.6. Impactos Negativos da Mecanização agrícola......................................................................9

2.7. Formas de Prevenção e mitigação dos feitos da mecanização agrícola..............................10

3. Conclusão..................................................................................................................................12

4. Referências bibliográficas.........................................................................................................13

1. Introdução
1

A mecanização teve início no evento histórico chamado de revolução industrial, que foi o marco
histórico em que o homem deixou de utilizar métodos de produção artesanais e passou a usar e se
importar mais com métodos de produção por máquinas, o tempo foi passando e novas máquinas
foram sendo inventadas, e elas foram cada vez sendo mais aprimoradas. As máquinas foram, e
ainda são usadas para grandes produções, e isso ajudou muito a humanidade no fornecimento de
alimentos e bens.

1.2. Objectivos do trabalho


2

1.2.1. Objectivo geral

Estudar a Agricultura Mecanizada

1.2.1.1. Objectivos específicos


Conhecer o historial da agricultura mecanizada,
Identificar os impactos da mesma em questões sociais, económicos e ambientais.

2. Mecanização agrícola
3

Processo de utilizar máquinas com objectivos de realizar tarefas ou operações agrícola.

2.1. Surgimento da mecanização

CARPANEZZI et al (2010) debruçam acerca do surgimento das maquinarias (Tractores,


colhedoras e semeadoras).
A mecanização teve início durante a revolução industrial, que foi uma transição para novos
processos de manufactura no período entre 1760 a algum momento entre 1820 e 1840, em que o
homem passou a deixar de utilizar métodos de produção artesanais e começou a se importar com
métodos de produção por máquinas. Mas, antes deste evento, até o séc. XVIII, os instrumentos
agrícolas ainda eram rudimentares. Com a população mundial aumentando, e cada vez mais
demandando mais alimento, foi visto que era necessário aumentar a produtividade agrícola para
suprir a necessidade de subsistência mundial, desta e das futuras gerações.
E esse foi o momento em que o homem passou a dar mais atenção a agricultura, e viu que ela
deveria se expandir em larga escala, e ao mesmo tempo as indústrias agrícolas surgiram, criando
máquinas para ajudar a aumentar a produção de alimentos.
A mecanização tomou grande impulso a partir das semeadoras, já que este tipo de plantio
elevava a produtividade da colheita. Outra máquina que foi considera uma autêntica inovação
daquela época, foi a máquina de descaroçar o algodão, projectada por Eli Whitney, foi um dos
principais avanços no período, pois, para descaroçar o algodão, era um processo que demandava
grande contingente de mão-de-obra, e esta máquina foi de grande ajuda para o seu cultivo e
gerou grande aumento na produtividade naquela cultura. Em 1830 e 1860, as ceifadeiras e
segadeiras, para feno, foram as grandes inovações da época. Com isso, foi possível gerar espaço
para que novos equipamentos de colheita fossem desenvolvidos.
Os anos foram passando e novos equipamentos com novas funções para o cultivo foram
desenvolvidos, para diminuir a mão-de-obra, assim, facilitando o trabalho de quem o utiliza.

2.2. Evolução das máquinas agrícolas


4

MOIRA, A et al (2011). Inicialmente o homem usou instrumentos artesanais.

Antigamente para desenvolver a agricultura


os homens precisavam de instrumentos para
facilitar o seu trabalho, como não tinham o
domínio da ciência como o homem actual,
eles usavam pedra polida, foices, machados,
enxadas, etc. a Mó manual servia para moer
o grão.

Uso da enxada de cabo curto, que já era mais


melhorada pois esta não produz faísca, oferece
mais segurança que o uso da pedra e é mais
produtiva, fácil de trabalhar.

Sistema desenvolvido durante meados da


idade média e era considerado grande
avanço tecnológico antes da aparição dos
tractores. Sendo puxado pelo animal, facilita
o trabalho do homem em forca física,
tempo, fácil de manusear.

Tractores
5

O termo tractor surgiu em 1906 como forma de substituir o longo termo traction Engine (traction
- "tracção" & engine - "motor"). Quando os fabricantes de automóveis começaram a optar pelo
motor de combustão interna, eles também estavam interessados no mercado agrícola.
Os tractores foram feitos para substituir os animais, para facilitar o trabalho. O tractor era muito
semelhante às máquinas movidas a vapor, charrua, usada na agricultura, que foram muito usadas
pelos agricultores americanos e canadenses no século passado.
O que se constata que o primeiro tractor a vapor foi criado em 1869 pela J.I. Case and Company
chamado de Old No. 1 (Velho Nº1) que actualmente está exposto no museu Smithsonian
Institution, em Washington, Estados Unidos. O tractor era montado sobre rodas, mas ainda
tracionado por cavalos, sendo usado apenas com motor estacionário.

Já 1890, o construtor americano Benjamim Holt, especialista em ceifeiro-de bulhadoras,


construiu sua primeira "máquina a vapor" e seu rival Daniel Best, de San Leandro, fabricou seu
primeiro trator acionado a vapor em 1889. Com a ceifeira mais o tractor, ainda as dificuldades
eram grandes, o conjunto necessitava de uma "tripulação" de seis homens, o fogo era sempre um
perigo e as máquinas eram difíceis de conduzir. Devido o peso, as rodas frequentemente ficam
enterradas no solo mole. A solução foi substituir as grandes rodas do tractor com rastos com
sapatas de madeira. Em 24 de Novembro de 1904, próximo de Stockton, cidade de Holt, foi
efectuada a primeira experiência bem
sucedida com um tractor de rasto
contínuo, pois anteriormente ninguém
havia conseguido por em prática.

Já em 1890, Best desenvolveu o tractor


com motor a gasolina, ficando em testes
por cinco anos, comprovando a
eficiência dessas máquinas. Mesmo
assim, a produção do primeiro modelo só
foi concretizada em 1908. A fusão da
Holt e Best só aconteceu em 1925,
surgindo então a Caterpillar Tractor Company, na qual hoje é uma das grandes indústrias do
sector.
6

O primeiro tractor a vapor inventado por


Bejamim Leroy Holt em 1904, o tractor
funcionava com esteiras que era usado
com intuito de diminuir a pressão de
máquinas agrícolas pesadas sobre o solo,
evitando assim que os veículos afundem
em solos macios.
.

A fabricação de tractores atingiu seu auge em1913, quando dez mil tractores foram fabricados. O
primeiro tractor a gasolina foi construído em 1892 na indústria de Froelich, nos Estados Unidos.
Por volta de 1920, permaneceu o mesmo tractor durante duas décadas, a partir dele foi sendo
incorporados avanços técnicos como o modelo Fordson. Entre 1920 a 1940 foram lançadas
outras novidades, o Jonh Deere introduziu o modelo “D” com custo menor que Fordson.
As primeiras indústrias de máquinas e equipamentos agrícolas tiveram seu inicio em meados do
século 19, quando diversos inventores e apaixonados por mecânica criam máquinas agrícolas
tracionadas por animais, e posteriormente a vapor.

John Deere – Waterloo Boy Tractors – 1917


7

Ford Fordson, Modelo 1918 Modelo actual

Colectoras
A máquina colectora chegou para substituir os cortadores de cana, sendo assim de porte pequeno
podendo substituir 50 pessoas e a de porte grande fazendo os trabalhos de 100 a 150
8

trabalhadores. É um equipamento agrícola destinado a colheita de lavouras, não só cana-de-


açúcar, mas também algodão e principalmente grãos. A modernização das lavouras com grande
plantio comerciais, contribuíram para que acolheita feita manualmente fosse feita por tais
máquinas, dando início a essa evolução.
Há 40 anos foi produzida a primeira colectora automotriz no Brasil. O lançamento da colectora
SLC modelo 65-A, fabricada em Horizontina, foi feito no dia 5 de Novembro de 1965. As
colectoras também eram conhecidas como ceifeira de bulhadora, esse nome era muito utilizado
em Portugal, hoje as colhedeiras/colectoras são fundamentais no trabalho agrícola e diversas
empresas estão sempre visando expansão nessa área.

Semeadoras
Anterior a 1900 Até o início do século XX, o método de plantas era manual ou com tracção
animal, o uso de máquinas era ainda rudimentar, algumas tecnologias já estavam presentes no
campo, um exemplo disso foi o saraquá.
Em 1900 – 1920, as novas máquinas com rodagem permitiram que uma mesma força fizesse
mais trabalho, e então o uso de tracção animal se intensificou, em 1920 - 1950 os tractores foram
de difundindo e isso deu liberdade à evolução das semeadoras, que foram se tornando maiores e
mais pesadas. Em 1970 o sistema de cultivo era exclusivamente convencional, mas depois nessa
época, teve o surgimento do plantio directo; ele obrigou as semeadoras a serem mais pesadas e
eficientes no processo de abrir o solo, distribuir as sementes e adubo, e fechá-lo.
Em 1978 a Embrapa importou uma semeadora dinamarquesa de cultivo mínimo, a Nordestern e
em seguida a Bettison-3D da Inglaterra, depois em 1980 a semeadora TD, foi o primeiro projecto
nacional de máquina para plantio directo e que na época era sinónimo de culturas de inverno.

2.3. Vantagens da Agricultura Mecanizada


9

MONTEIRO e MINOGA identificam no processo motomecanizado as seguintes vantagens e


desvantagens:
Maior rendimento do trabalho por homem ocupado;
Tracionamento contínuo de cargas pesadas, condição importante que o processo
mecanizado animal não preenche do mesmo modo;
Variação de velocidade e de rendimento de trabalho, de acordo com as condições de solo
e da cultura;
Pode ser usada em áreas reservadas para pastos;
Possibilita uma preparação mais profunda do solo (subsolagens de mais de 50cm de
profundidade).

2.4. Desvantagens da Agricultura Mecanizada

Alto preço de aquisição, comparado ao baixo custo na tracção animal;


Requer operadores especializados;
Despesas de combustíveis e lubrificantes;
Requer a presença, nas vizinhanças, de concessionários capazes de prestar a assistência
técnica necessária;
Não pode ser empregado em propriedades menores.

2.5. Impactos socioeconómicos

A modernização da agricultura, por ter sido progressiva e pontual, possibilitou diferenças


estruturais no espaço rural, principalmente de produção. Ou seja, os produtos mais valorizados,
de exportação, permitiram um processo de modernização do país e seu crescimento económico
mais rápido ocorreu em alguns locais, considerados, à época, os principais centros económicos.
Assim, podemos concordar com Gerardi (1980), quando diz que o conceito de modernização é
relativo e adquire expressão espacial e temporal: espacial, porque distingue agricultores em graus
variados de modernização, num mesmo lapso de tempo e, temporal, porque a mesma agricultura
10

pode “evoluir” de tradicional à moderna no decorrer do tempo. Entretanto, o novo padrão de


desenvolvimento económico tem demonstrado exclusão do homem do campo da geração de
emprego, diminuição da renda, entre outros, ocasionando consequentemente, desordem no
espaço rural, decorrente da competitividade do capitalismo. Dentro de uma óptica global, a
modernização agrícola nos revela que, por meio dos processos históricos, a propriedade da terra
foi sendo subordinada ao capital.

2.6. Impactos Negativos da Mecanização agrícola

ISGA (2010) menciona como efeitos negativos da mecanização agrícola os seguintes:


Contaminação do solo;
Compactação do solo;
Erosão;
Infestação de pragas.
Poluição do ar

2.7. Formas de Prevenção e mitigação dos feitos da mecanização agrícola

ISGA (2010) descreve como podemos prevenir e combater os danos:


A agricultura pode contribuir para a redução das emissões de gases efeito estufa ao racionalizar o
uso de máquinas (Sistema de Plantio Directo) e a utilização de combustíveis renováveis.

Redução das operações mecanizadas


O Sistema de Plantio Directo é mais económico em termos de mecanização, quando comparado
com o sistema convencional. Vários estudos confirmam que a não-utilização do arado e grade
leva à menor necessidade de potência do tractor e, portanto, menor demanda de combustível e
menor desgaste das máquinas.
O produtor deve manter registos das operações mecanizadas, identificando a actividade
desenvolvida, o equipamento, o tempo necessário, o operador da máquina, a manutenção e o
consumo de combustível e lubrificantes.
O manejo da cultura deve sempre procurar optimizar o uso de operações mecanizadas, aplicando
a filosofia de uso racional dos combustíveis fósseis.
11

Uso de combustíveis renováveis


Em paralelo com a racionalização das operações mecanizadas, buscando contribuir para a
redução das emissões de gases com efeito de estufa, o produtor deve procurar utilizar fontes
renováveis de combustível.
No caso específico da soja, existe a possibilidade de usar óleo de soja como biodiesel para
substituir o óleo diesel. Esta iniciativa pode permitir que o produtor se auto-abasteça, reduzindo
custos e internalizando recursos financeiros.

Orientações técnicas:
A recuperação de áreas degradadas é indicada em:
Áreas que foram exploradas economicamente com manejo inadequado do solo, práticas
ultrapassadas de manejo de culturas, uso inadequado de defensivos, derramamento de
combustíveis e lubrificantes, queimadas eventuais ou forçadas. Como consequência, estas
áreas são vítimas de: contaminação do solo; salinização; compactação do solo; erosão;
acidificação; redução drástica de matéria orgânica; infestação de pragas.
Áreas com necessidade de vegetação permanente, como as áreas no entorno de cursos de
água e as áreas com função de corredores ecológicos, que foram degradadas.
As acções de recuperação envolvem diversas técnicas que são específicas para cada caso e
gravidade da situação. Para fazer a recuperação de áreas degradadas, devem-se elaborar metas e
estratégias de recuperação.

De acordo com o objectivo da recuperação pode-se definir as seguintes estratégias:


Recuperação para retomada de actividade económica: deve ser realizada a avaliação
técnica das necessidades de investimento em aplicação de correctivos, utilização de
12

rotação de culturas para recuperação da fertilidade do solo, adubação química para


recomposição dos teores de fósforo e potássio, práticas conservacionistas de maneio do
solo (plantio em nível, sistemas de terraços, plantio directo e rotação de culturas).
Recuperação e mudança da actividade económica original: algumas áreas são
incompatíveis com determinadas actividades de produção agrícola. Desta forma, a
viabilidade da exploração agrícola estará no cultivo de outras espécies mais aptas, mas
com algum potencial económico.
Recuperação para estabelecimento de vegetação permanente: é indicada quando as
características da área demandam protecção advinda de vegetação permanente (vegetação
para protecção de recursos hídricos, para contenção de erosão e corredores ecológicos). A
restauração da vegetação permanente deve ser baseada no plantio de espécies nativas e
comerciais, ou por meio do isolamento da área para permitir a recomposição natural da
vegetação. São necessários cuidados como o isolamento e acompanhamento periódico do
reflorestamento natural da área.

3. Conclusão

A mecânica é muito importante para a humanidade, pois com ela é possível fazer trabalhos
pesados que para uma pessoa seria muito difícil, ela está aumentando cada vez mais a produção e
isso é um ponto positivo, é essencial saber a sua evolução para que possamos ter mais afinidade
com o assunto, mas, mesmo com esse aumento de produção, a taxa de desemprego também está
aumentando, como as maquinas fazem mais de um trabalho ao mesmo tempo fica difícil grandes
indústrias contratarem mais pessoas, sendo que eles podem utilizar maquinas que fazem o
mesmo com mais eficácia e são mais rápidas.
O uso da mecânica na agricultura possibilita grande rendimento mas além do rendimento esta
danifica o meio ambiente em geral, sendo assim é importante que antes da execução de qualquer
projecto o agricultor faça um plano ambientalmente aceite, só desse modo iremos praticar uma
agricultura mecanizada com carácter ecológico, social e sustentável.
13

4. Referências bibliográficas

 CARPANEZZI, L; LEARDINI, O; SILVA, C; Gustavo C e ZANARDI, R. História E


Evolução Da Mecanização. 2010
 ISGA. MANUAL DE MELHORES PRÁTICAS AGRÍCOLAS.2010.
 MOIRA, A et al. Uma breve historia de quase tudo. 2011
 MONTEIRO, M e MINOGA, P. A Mecanização na Agricultura Brasileira.
 OLIVEIRA, M. METODOLOGIA CIENTÍFICA: um manual para a realização de
pesquisas em administração. 2011.
 SEPULCRI, O e PAULA, N. A evolução da agricultura e seus reflexos na EMATER.

 SILVA, C e CENTOFANTE A. Vantagens práticas e desvantagens com a


implantação do processo de mecanização das lavouras cafeeiras na região da alta
Mogiana.

Você também pode gostar