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Índice

Pagina…………………………………………………………….……………...…..Conteúdo
1.0 Generalidades….………………………………………….………..….…………………2
2.0 A natureza das observações meteorológicas …………….………..………...……………3
3.0 Classificação das estações meteorológicas………………………………………………4
4.0 Parque de instrumentos…………………….…………………………………………….5
5.0 Abrigo meteorológico e a sua instalação…………………………………………………5
6.0 Leitura dos termómetros de líquidos em vidro…………………………...………………7
6.1 Cuidados a ter com o termómetro molhado……………………………………………..8
6.2 Termómetro de máxima…………………………………………………………………9
6.3 Leitura e preparação do termómetro de temperatura máxima……………………………9
6.4Termómetro de temperatura mínima…………………….………………………………10
6.5 Modo de preparação do termómetro de mínima………………………………………...10
7.0 Medição da evaporação…………………………………………………………………11
8.0 Medição de precipitação…………………………………………………………...……12
9.0 Medição do vento à superfície…………………………………………...…………...…13
9.1 Estimativa da medição do vento……………………………………………………..….14
10.0 Observação das nuvens………………………………………………………..……….14
11.0 Medição da insolação……………………………………………………………….…15
11.1 Leitura dos cartões do heliógrafo……………………………………...……………….16
11.2 Manutenção do heliógrafo……………………………………………………………..16
11.3 Afinação do heliógrafo………………………………………………………………..16
12.0 Temperatura do solo…………………………………………………………………..17
13.0 Termómetro de temperatura mínima de relva……………………...………………….17
14.0 Medição da visibilidade meteorológica…………………………………….…………17
15.0 Medição do estado do solo……...……………………………………………………..18
16.0 observações dos fenómenos significativos…………………………………………..18
17.0 Referências bibliográficas…………………………..…………………………………19

1 Elaborado por Alano Pedro Manguissa 2021


1.0 GENERALIDADES

A meteorologia deriva de duas palavras gregas “METEORO” e “ LOGUS” – significando


fenómenos atmosféricos e estudos tratados. Assim a meteorologia é ciência que estuda os
fenómenos que ocorrem na atmosfera terrestre e as interações entre seus estados dinâmicos,
físico e químico, com a superfície terrestre subjacente. A atmosfera terrestre é o manto de ar
que rodeia a Terra e surgiu aproximadamente a 4 bilhões de anos. Esta atmosfera surge
quando o planeta Terra, após ter sofrido um enorme aquecimento, começou a esfriar, então do
seu interior foi sendo expelido vapor de água, e uma considerável quantidade de gases, que se
dirigiram em direcção ao espaço sideral, porém uma parte fixou-se ao redor do planeta, devido
da força gravitacional. A atmosfera é formada por varias camadas sendo a Troposfera,
Estratosfera, Mesosfera, Ionosfera e a Exosfera as principais, e é na troposfera onde ocorre a
maior parte dos fenómenos meteorológicos, dado que cerca de 80% do peso dos gases da
atmosfera e 99% do vapor de água estão localizados nessa camada (Ahrens, 1999).

2.0 A natureza das observações meteorológicas


Observações Meteorológicas são procedimentos, sistemáticos que são realizados numa
estação meteorológica, que envolvem avaliação ou medição de um ou vários elementos de
estado de tempo (Temperatura, insolação, radiação solar, humidade, nebulosidade, vento,
nevoeiros, ponto de orvalho, visibilidade, natureza de precipitação, estado do solo, do mar, do
céu), que assumem na ocasião determinados valores. Tais procedimentos incluem as regras
de observação, as horas, às correções, às estimativas, ao tipo de equipamento, às técnicas de
calibração, ao tratamento dos dados e à transmissão com a finalidade de obter informações
qualitativas e quantitativas referentes aos parâmetros meteorológicos capazes de serem
comparados e de caracterizarem plenamente o estado instantâneo da atmosfera. As
observações meteorológicas podem ser instrumentais (feitas por instrumentos usando
sentidos humanos/Leitura do termómetro seco), sensoriais (executadas por aplicar os órgãos
dos sentidos humanos/Tipo de nuvens), por derivação dos elementos observados (Uso de
tabelas), e efectuadas sem a presença de um observador meteorológico (Estação automática,
satélites e radares meteorológicos/Imagens satélites/modelos numéricos). As observações

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meteorológicas devem ser feitas com pontualidade, sem omissão, sem dar origem a dúvidas
no espírito das pessoas que irão utilizar esses dados imediatamente (previsão de tempo,
aviação) ou posteriormente (alguns anos depois) em estudos climatológicos ou pesquisas
cientificas. A palavra clima vem do grego que significa região ou zona, ou é a síntese das
condições de estado de tempo normal observado nesse local durante um período relativamente
longo e a Organização Mundial de Meteorologia, estabeleceu um período de 30 anos como o
aconselhável para a definição do clima de uma dada região e para permitir a comparação entre
diferentes regiões se adoptou como referência o período de 1901 à 1930 como sendo primeiro
normal climatológico, 1931 à 1960 segundo; 1961 à 1990 terceiro e 1991 à 2020 o quarto
(WMO 1952). O clima pode ser afectado por factores permanentes ou cósmicos (A radiação
solar, os movimentos de rotação e translação da Terra etc.), factores fisiográficos
(Continentes, oceanos, disposição do relevo, proximidade do mar, correntes marítimas,
natureza do solo e o seu revestimento etc.), factores eventuais (As massas de ar, depressões
térmicas, anticiclones, superfícies frontais etc.) e factores humanos ( Queimadas
descontroladas, desflorestamento, urbanização etc.).
3.0-Classificação das estações meteorológicas
A estação meteorológica é o local onde se faz a avaliação de um ou mais elementos meteorológicos
que estão ocorrer no momento da observação. Em Moçambique as estações meteorológicas
classificam em estações meteorológicas principais, estações meteorológicas secundarias, postos
climatológicos e postos udométricos. As estações meteorológicas são identificadas por :

1)Nome - Estação climatológica de Moma),


2) Identificação Física -Posição geográfica, expressa em Latitude, Longitude e altitude,
3)Identificação sinóptica - Composta por 5 algarismos autorizados pela Organização Mundial da Meteorologia
onde os dois primeiros algarismos da esquerda identificam o bloco (região) a que pertence a estação, os três
algarismos da direita representam o número da estação, (Estação do Maputo é identificada por 67341)
4) Identificação aeronáutica ( Feita por quatro letras, onde a primeira letra representa a região aeronáutica, a
segunda o pais e as duas ultimas o aeroporto O Aeroporto Internacional de Nampula é identificado por FQNP)
5)Matricula do navio, aeronave, o registo do satélite meteorológico:
O conjunto das estações meteorológicas designa-se por rede meteorológica, mapa 01

Mapa 01- Rede das estações meteorológicas principais e secundárias

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N
#
Mueda # M.Praia

Lichinga Marrupa # Pemba


# # #
Montepuez

#
Muite
Cuamba
Fingoe Ulongwe# # Nampula
# # # Lumbo
Songo # Gurue
# Estima
Zumbo #
# Tete # Milange # Angoche
Changarra # # # Moma
Mocuba
Mutarara ## # Morrumbala # Pebane
Caia #
# Catandica Quelimane

Chimoio #

Espungabera#
# Beira

Massagena
# #
S Esta ções Me teo ro lógica s
Chicualacuala # # Vilanculos
CO-SI NC L
AU -A ESIN C L
Ndindiza# AU -S IN CL
Combomune# Funhalouro CO-AE SIN C L
# # # Inhambane KO
Panda
Mapulanguene #
Maniquenique
# Xai-Xai
Map.Mav
Umbeluzi # Map.Obs 0 700 1400 Km
Changalane#
# Zitundo

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4.0 Parque de instrumentos

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O parque de instrumentos é um rectângulo de terreno com os lados maiores orientados na
direcção N-S, com o acesso da estação voltada para o Sul no hemisfério Sul, defendido por
uma vedação de rede metálica com cerca de 1 metro de altura, suportada por tubos de ferro
galvanizados e longe de obstáculos. Dependendo do tipo da estação, o parque de instrumentos
pode possuir várias dimensões. Por exemplo, os parques de instrumentos das estações de 1ª e
2ª classes tem a dimensão de 9m x 6m e os dos postos climatológicos, 6m x 4m .
Escolhido o lugar para a instalação da Estacão Meteorológica, deve-se identificar e marcar a
direcção Norte (usar sempre o Norte Verdadeiro – Geográfico). O método mais prático é
determinar o Norte magnético com o uso de uma bússola e descontar a declinação magnética
local, figura 01.

Figura 01- Parque dos instrumentos meteorológicos

Fonte: Edson 2012

5.0 Abrigo meteorológico e a sua instalação


O abrigo meteorológico é uma caixa constituída por paredes de madeira duplas em forma de
persianas, de modo a favorecer a ventilação e a circulação do ar no seu interior, pintadas de
cor branca para reflectir uma boa percentagem da radiação solar, coberta de lona para impedir
a penetração da água de chuva, é instalado num local livre de quaisquer obstáculos, em terreno
plano, coberto por uma vegetação rasteira, a uma altura de 1,25 a 2,0 metros, as portas devem

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se abrir para o lado Sul no hemisfério Sul a fim de se evitar a radiação solar nos momentos
em que o abrigo estiver aberto.
No interior do abrigo meteorológico estão colocados os seguintes instrumentos:
Termómetro de temperatura máxima, termómetro de temperatura mínima, termo - higrógrafo,
psicrómetro (Conjunto de termómetro seco e molhado), evaporímetro de Piche e vários artigos
de apoio (Garrafa com água destilada, proveta para medir a precipitação, discos porosos,
cassas etc.), figura 02

Figura 01. Abrigo meteorológico

Fonte: Edson 2013

6.0 -Leitura dos termómetros de líquidos em vidro


A temperatura do ar é a indicada pelo termómetro seco que faz parte do instrumento
meteorológico denominado psicrómetro (do grego psukhros – frio) que é um aparelho constituído
por dois termômetros seco e molhado onde o termómetro molhado é coberto com uma cassa ou
musselina humedecida com água destilada e quando o ar passa nele lhe retira a humidade e é instalado
num braço vertical de uma régua no abrigo, figura 03.

Figura 03 – Psicrômetro simples

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Fonte: Retallack 1979
A leitura deve ser feita pelo observador de tal modo que entre os seus olhos e a extremidade
do menisco exista uma linha recta perpendicular ao tubo onde está a escala de medida, figura
04 .
Figura 04- Erro de paralaxe

Fonte: Agostinho 2010

6.1-Cuidados a ter com o termómetro molhado

A cassa ou musselina deve ser mantida limpa, húmida e bem esticada, a água deve ser mantida
acima da metade do deposito, o deposito deve estar sempre fechado, a cassa ou torcida devem
ser substituídos logo que se apresentarem sujas.

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6.2- Termômetro de máxima

Termómetro de máxima é um termómetro de mercúrio, montado em suporte, e é colocado no


abrigo em posição horizontal (depósito à esquerda e ligeiramente inclinado para baixo) e possui um
estrangulamento que impede o regresso do mercúrio para o deposito figura 05.

Figura 05 Termómetro de máxima

Fonte: INAM 2014

6.3- Leitura e preparação do termómetro de temperatura máxima


Prepara-se após a sua leitura retirando-o do abrigo, segura-se firmemente o termómetro
envolvendo-o com a mão, com o deposito de mercúrio voltado para baixo levanta-se o braço
estendido e com movimentos rápidos sacode-se repetidas vezes, obrigando o mercúrio a
passar em sentido contrário pelo estrangulamento, até que fique a marcar uma temperatura
muito próxima da do termómetro seco do psicrómetro , depois coloca-se no abrigo sempre
com o deposito para baixo figura 06.
Figura 06- Preparação do termómetro de máxima.

Fonte: Manguissa 2021 adoptado de Brasilia 1977

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6.4 - Termômetro de mínima e seu modo de funcionamento

Este termómetro usa o álcool, e no seu interior existe um indicador (índice de vidro escuro),
muito leve em forma de haltere que desliza livremente, mas sem emergir no álcool devido da
tensão superficial. Quando a temperatura desce o topo do álcool contrai-se arrastando consigo
o índice na direção do reservatório em qualquer instante em que o topo de álcool e o índice se
contactam. Quando a temperatura sobe o álcool dilata-se na direção contraria do reservatório
e ultrapassa o índice deixando o permanecer onde estava. A leitura é feita na extremidade do
índice de vidro mais afastada do depósito, figura 07
Figura 07-Modo de leitura do termómetro de mínima

Fonte: Manguissa 2014

6.5-Modo de preparação do termómetro de mínima


Inclina-se ligeiramente o termómetro, de modo a que o deposito fique para cima e o indicador
(Índice) deslize ao longo do tubo e entre em contacto com o menisco. A extremidade do índice
mais afastada do depósito deve indicar a temperatura do ar seco no momento de observação,
em seguida faz-se descer cuidadosamente o depósito, assegurando que o indicador não
deslize , figura 08.
Figura 08-Modo de preparação do termómetro de mínima

Fonte: Manguissa 2021

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7.0 - Medição da evaporação
A evaporação é medida através de evaporímetro de piche ou tanque. Evaporímetro do Piche
é um tubo de vidro de 20 à 30 cm de comprimento e cerca de 1 cm de diâmetro interno com
uma das extremidades fechadas em argola e aberto na outra e graduada em milímetros e
décimos; tem como acessórios, uma mola metálica e discos de papel de filtro de 30 mm de
diâmetro. Coloca-se sensivelmente à mesma altura pendurado pela argola da extremidade
fechada por um arame preso ao tecto do abrigo meteorológico, figura 09.

Figura 09- Instrumentos de medição da evaporação

Fonte:Manguissa 2021

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8.0 - Medição da precipitação
A precipitação é medida por meio de um udómetro ou udografo figura10
Figura 10- Instrumentos de medição da evaporação

Fonte:Manguissa 2021

O udómetro é constituído por um funil, colocado sobre um recipiente cilíndrico fixado a um


suporte, ou parcialmente enterrado no solo. A precipitação que cai através desta abertura, ou
boca do funil, é recolhida num recipiente colocado dentro do cilindro exterior e a leitura é
feita através da recolha da precipitação no udómetro usando uma proveta graduada figura 11.
a) Uma proveta graduada ou uma vareta graduada, figura 11

Fonte:Manguissa 2014

As principais fontes de erros de leitura são, o uso de provetas ou varetas erradas, água
entornada ao transferi-la para a proveta, incapacidade de transferir toda a água do recipiente
para a proveta, perdas por evaporação.
9.0 Medição do vento à superfície

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A direcção do vento é o rumo pelo qual o vento sopra ou vem e exprime-se em graus medidos
a partir do Norte geográfico, no sentido dos ponteiros do relógio ou através de pontos cardiais
( N, NE, E, SE, S, SW, W, NW, N) figura 12.

Figura 12- Rumo dos ventos

Fonte: Nuno 2000

A força é medida em nós, m/s ou Km/h, a uma altura de 10 metros acima do solo, figura 13

Figura 13 Anemógrafos e cataventos

Fonte: Nuno 2000


9.1-Estimativa da medição do vento
13 Elaborado por Alano Pedro Manguissa 2021
È feita através de "manga" de aterragem num aeroporto, a direcção do fumo, o movimento
de bandeiras e das folhas, oscilação das árvores.

10.0 Observação das nuvens

Uma nuvem pode ser definida como um conjunto visível de minúsculas partículas de água no
estado líquido ou no estado sólido, ou nos dois, em suspensão na atmosfera.
A nebulosidade é a fracção decimal do céu coberto de nuvens. Se não houver nuvens no céu
(céu limpo) regista-se o 0 (zero); se houver um décimo de céu coberto de nuvens regista-se 1;
se houver 2 décimos de céu coberto de nuvens regista-se 2. Para o céu totalmente encoberto
de nuvens regista-se 10. A observação deve ser feita num ângulo de 360º numa abobada
celeste, figura 13

Figura 13- abobada celeste

Fonte: Manual dos métodos de observação WMO 2007

Nota: As nuvens são também reportadas para outras finalidades como a tabela 01 ilustra.
Tabela01- Conversão das nuvens em décimos para oitavos, percentagem

Designação Quantidades
Décimos 0 1 2à3 4 5 6 7à8 9 10
Oitavos 0 1 2 3 4 5 6 7 8
% 0 12,5 25 37,5 40 63 75 87,5 100
Fonte: Manual dos métodos de observação WMO 2007

11.0 Medição da insolação

14 Elaborado por Alano Pedro Manguissa 2021


A insolação é determinada através de heliógrafo de Cambel –Stokes que e é constituído por
uma esfera de vidro com cerca de 10 cm de diâmetro, montado concentricamente num suporte
em forma de semi-coroa esférica. O diâmetro deste suporte é tal, que os raios solares ficam
intensamente focados sobre uma tira (gráfico) de cartão fixada numas ranhuras do suporte.
Há, na semi-coroa esférica, três pares de ranhuras sobrepostas destinadas a segurar cartões
próprios para as diferentes estações do ano. figura 14.

Figura 14- Cambel –Stokes

Fonte: Manguissa 2014

15 Elaborado por Alano Pedro Manguissa 2021


Os cartões se dividem em cartões para verão (São longos e curvos colocados com a parte
convexa para cima, entre as ranhuras com indicação do verão), cartões para inverno (São
curtos e curvos colocados com a parte concava para cima, entre as ranhuras com indicação do
inverno e cartões equinociais (São rectos colocados entre as ranhuras com indicação do
equinócios).

11.1 - Leitura dos cartões do heliógrafo


Calcula-se o total diário da insolação, sobrepondo o cartão queimado com uma régua
apropriada ou um cartão de curvatura semelhante e lê-se os intervalos das partes queimadas.
Os espaços das partes queimadas são lidas com a aproximação até aos décimos da hora e a
soma de intervalos que o cartão foi queimado corresponde a insolação total, figura 15.
(Insolação total= AB + C + DE + FG + HI + J = 2 horas, 30 minutos,
Figura 15- cartão do heliógrafo queimado

Fonte: Manguissa 2014

11.2 - Manutenção do heliógrafo


A esfera de vidro deve ser limpa com uma camurça ou pano fino para não riscar a superfície
da esfera. Para substituir o cartão, retira-se o estilete fixador dos cartões e retira-se o cartão
usado, fazendo-o deslizar. Se todos os ajustamentos tiverem sido satisfatórios, o traço deve
ser paralelo à linha central do cartão do heliógrafo porém em certas épocas do ano, fará com
que o traço saia da extremidade do cartão isso deve-se a um mau nivelamento ou uma
orientação incorrecta.
11.3- Afinação do heliógrafo
a) O instrumento deve estar nivelado e orientado na direcção Leste-Oeste, voltado para o
Sul no Hemisfério Norte e para o Norte no Hemisfério Sul.
b) O traço deve coincidir com a linha central do cartão para os períodos equinociais.
c) A imagem do Sol deve coincidir com a marca do meio-dia (às 12.00 horas, tempo local
aparente) no suporte.

16 Elaborado por Alano Pedro Manguissa 2021


12.0-Temperatura do solo
A temperatura do solo é determinada, por meio de termómetros enterrados a profundidade 10,
20, 50, 100, 200 e 300 cm, podendo incluir-se profundidades adicionais figura 16.

Figura16- Termómetros de profundidade

Fonte: Manguissa 2021

13.0 Termómetro de temperatura mínima de relva


Indica a temperatura mínima do ar junto do solo,(de álcool) e é exposto horizontalmente sobre
relva curta, com o depósito quase em contacto com as folhas de relva, Figura 17.

Figura 17- Termómetro de temperatura mínima de relva

Fonte: Retallack 1979

14.0 Medição da visibilidade meteorológica


Define-se "visibilidade meteorológica como sendo a distância máxima a que se pode ver e
identificar" contra o céu no horizonte, um objecto negro de dimensões convenientes.
Cada estação deve, preparar um plano de alvos de referência utilizados nestas observações e
este plano deve indicar as distâncias e orientação dos objectos em relação ao ponto de
observação, em diversas direções, e os objectos escolhidos devem garantir que vão
permanecer no mínimo 30 anos, no caso de objectos mais distantes as distancias são medidas
a partir de cartas geográficas de grande escala.

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15.0 Medição do estado do solo

A observação do solo é feita no terreno nu, localizado no parque de cerca de dois metros
quadrados e a superfície até pelo menos 15 cm de profundidade, deve ser representativa do
solo adjacente, tabela 02.
Tabela02- Classificação do estado do solo

Fonte: INAM 2021

.
18.0 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

01- Ayoade J.O. 2004 - Introdução à climatologia para os trópicos - 10ª Edição

editora BERTRAND BRAISL LTD , Rua Argentina 171- Rio de Janeiro

02-BALERO et all. 2005 - Influência do clima e do tempo no centro - Oeste do

Brasil nas condições de voo - 7 Ed. São Paulo - Editora Técnica de Aviação Ltda,

03-Edson Teixeira, A.1970 - Estudo de clima de Moçambique -Editora Lourenço Marques

04-Retallack, B. J. 1979- Ciências da Terra1ª edição. Compêndio Para a Formação


Profissional de Pessoal Meteorológico da Classe IV. INMG. Lisboa-Portugal. Vol.-1. 190.

05- Nuno , A. 2000 - Instrumentos Meteorológicos de uma Estação, Clássica Virtual no


Ensino das Ciências Orgaz M. el all (2000)
06-Varejão, S. 2006- Meteorologia e Climatologia. Versão digital - 3ª edição. INMET

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