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2 OBJECTIVOS ..................................................................................................................... 4
5 CONCLUSÃO ................................................................................................................... 18
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1 INTRODUÇÃO
De acordo com BRINK (1983) próximo a superfície a área da ressurgência costeira pode
coincidir com a camada de Ekman superficial turbulenta. A ressurgência costeira ocorre
geralmente em regiões com profundidade local média de 10 a 30m, sendo o local onde o
fluxo do transporte de Ekman ao largo da costa é forçado pelos ventos locais. É válido
ressaltar que por corpo de água homogéneo compreende-se densidade e pressão constantes,
ou seja, condições barotrópicas e inexistência de fluxo geostrófico (THE OPEN
UNIVERSITY, 1998; POND et al., 1983).
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2 OBJECTIVOS
Geral:
Específicos:
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3 MATERIAIS E MÉTODOS
Fig1.: Mapa do Continente africano, com destaque para o Canal de Moçambique. (Fonte: Organização
Hidrográfica Internacional).
• Ao norte: uma linha entre o estuário do Rio Rovuma (10°28’S 40°26’E) até Ras Habu, o
extremo norte da Grande Comoro, até Cap d’Ambre, a extremidade norte de Madagáscar
(11°57’S 49°17’E);
• Ao sul: uma linha de Cap Sainte-Marie, extremidade sul de Madagáscar, até Ponta do
Ouro, em Moçambique (26°53’S 32°56’E);
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Apesar de o limite oeste ter sido definido pela OHI como sendo a costa sul-africana, é mais
correctamente definido como a costa de Moçambique. A largura varia, aproximadamente,
entre 800-900 km nos extremos norte e sul até um mínimo de 400 km em seu estreitamento
(entre Angoche-Moçambique e Tambohorano-Madagascar) com profundidade máxima de
3290 m e cerca de 1600 km de comprimento (STEELE et al., 2009).
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que se propagam no sentido oeste para a Corrente das Agulhas (PALOSCHI, 2016).
Embora os giros do Canal de Moçambique e a EMC não sejam contínuos com a Corrente
das Agulhas, ambos afectam significativamente sua dinâmica e contribuem para os fluxos
de volume, sal e calor (LUTJEHARMS, 2007).
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velocidade decresce exponencialmente e o ângulo de desvio aumenta até a profundidade em
que a velocidade seja nula, sendo denominada de profundidade de influência da fricção ou
profundidade da corrente dirigida pelo vento. A resultante dos vectores da Espiral de
Ekman se dá a 90° da direcção do vento e o volume de água transportado nessa direcção é
denominado Transporte de Ekman (POND E PICKARD, 1983; Fig2).
Fig2: O padrão de correntes da Espiral de Ekman sob condições ideais resulta da acção do vento sobre a superfície. Os
comprimentos e direcções das setas azuis escuras representam a velocidade e direcção das correntes dirigidas pelo vento.
(b) Para a Camada de Ekman como um todo, a força resultante do vento é balanceada pela Força de Coriolis, que no
hemisfério norte é a 90° à direita do movimento médio da camada. (FONTE: adaptado de Pond e Pickard, 1983).
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Cd , f e ar são respectivamente coeficiente de arrasto, parâmetro de Coriolis e densidade do
ar (1.5 Kg/m3). Considera-se ainda x a componente zonal do vento, y a meridional e Q o
transporte de Ekman. O transporte de Ekman obtido por essas equações consiste na
velocidade integrada numa direcção vertical, sendo sua unidade m2/s (DE MELO, 2010).
4 RESULTADOS E DISCUSSÕES
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Fig4.: Velocidade de vento em m/s no Cana de Moçambique no verão.
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Fig5.: Mapa de vectores de velocidade do vento em m/s (verde pálido) e do transporte de
Ekman em m2/s (Azul escuro) relativos ao mês de Novembro.
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intensidade na Zona sul de Canal com a máxima na Costa-Este de Madagáscar para o mês
de Janeiro e intenso no sul do Madagáscar e assim como na Costa-Sul do canal de
Moçambique.
Nos meses de Março (figura 9) e Abril (figura 10) ocorre uma inversão na direcção
preferencial dos ventos, predominando os de Leste. No mês de Março (Figura 9) há um
retorno a predominancia dos ventos de leste. E em Abril (figura 10) duas direcções
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preferenciais, ventos de leste e de nordeste, convergem-se e direccionam-se para a costa
assumindo direcção Oeste sobre a plataforma. Devido a proximidade com o verão, padrões
típicos desses estacões podem estar sendo antecipados, aumentando a ocorrência de frentes
quentes. Em decorrência dessa variabilidade do vento o transporte de Ekman tende a ser
paralelo a costa em Abril, tendo um fluxo para sul em Março assim como em Abril.
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Fig10.: Mapa de vectores de velocidade do vento em m/s (verde pálido) e do transporte de
Ekman em m2/s (Azul escuro) relativos ao mês de Abril.
Nos meses de Maio (figura 11), Junho (figura 12), Julho (figura 13) e Agosto (figura 14),
são meses de estacão do verão cujos ventos predominantes são de leste no norte e este no
sul, com o transporte de Ekman máximo na Costa norte e no Sul do Madagáscar.
Verificando assim o elevado nível do mar no norte e Sul. O transporte de Ekman verifica-se
a sua tendência da direcção Norte-Sul.
Na região Sul, há predominância de ventos transversais fracos em direcção a costa
moçambicana e paralelas a costa no norte da costa moçambicana.
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Fig11.: Mapa de vectores de velocidade do vento em m/s (verde pálido) e do transporte de
Ekman em m2/s (Azul escuro) relativos ao mês de Maio.
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Fig13.: Mapa de vectores de velocidade do vento em m/s (verde pálido) e do transporte de
Ekman em m2/s (Azul escuro) relativos ao mês de Julho.
A dinâmica de Ekman e regida pelo regime de ventos NE/SE, determinado em grande parte
pela frequência e intensidade dos sistemas frontais, o qual e responsável pela retirada ou
empilhamento de água na costa. O transporte de Ekman é predominante no norte no verão e
sul no inverno com base nos resultados obtidos tem uma máxima nas regiões costeiras
devido a influência directa de ventos assim como a topografia da costa moçambicana.
A resultante dos vectores da Espiral de Ekman se dá a 90° da direcção do vento e o volume
de água transportado nessa direcção é denominado Transporte de Ekman, portanto o vento
é um elemento indispensável quando se trata do transporte das massas de águas.
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6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
POND, S.; PICKARD, G. L. (1983). Currents with friction: wind driven circulation. In:
Introductory dynamical oceanography. 2. Ed. Oxford: Elsevier, Cap 9, p. 100-162.
VAN HEERDEN, John e TALJAARD, J. J(1998). Africa and Surrounding Waters.
Meteorology of the Southern Hemisphere. Boston, MA: American Meteorological
Society. Disponível em: <http://link.springer.com/10.1007/978-1-935704-10-2_6>.
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