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UNIVERSIDADE EDUARDO MONDLANE

ESCOLA SUPERIOR DE CIÊNCIAS MARINHAS E COSTEIRAS

Análise De Transporte De Ekman No Canal De


Moçambique
Oceanografia do alto mar
Curso de oceanografia

Discente: Docente:

Sualehé Ceia Andarusse Dr. Teófilo Ferraz

Quelimane, Abril de 2021


Índice
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................... 3

2 OBJECTIVOS ..................................................................................................................... 4

3 MATERIAIS E MÉTODOS ................................................................................................ 5

3.1 Área De Estudo ................................................................................................................. 5

3.2 Oceanografia Do Canal De Moçambique ......................................................................... 6

3.3 Efeito Do Vento E Marés No Canal De Moçambique ..................................................... 7

3.4 Transporte de Ekman ........................................................................................................ 7

4 RESULTADOS E DISCUSSÕES ....................................................................................... 9

4.1 Padrões de ventos no Inverno ........................................................................................... 9

4.2 Padrões de ventos no verão .............................................................................................. 9

4.3 Padrões de ventos e transporte de Ekman no Inverno .................................................... 10

4.4 Padrões de ventos e transporte de Ekman no Verão ....................................................... 14

5 CONCLUSÃO ................................................................................................................... 18

6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .............................................................................. 19

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1 INTRODUÇÃO

O estresse friccional entre o oceano e a atmosfera, provocado pelos sistemas de vento


predominantes, transmite momentum para a superfície do mar, gerando correntes
superficiais na mesma direcção. Com o passar do tempo, essas correntes sofrem deflexão
em sua direcção devido à força de Coriolis, ficando conhecida como Espiral de Ekman ao
atingir estado de equilíbrio estacionário. Um ângulo de desvio de 45° no sentido
anticiclónico (para a direita no hemisfério norte e para a esquerda no hemisfério sul) é
formado entre a direcção do vento e a corrente superficial. A circulação superficial e
subsuperficial do Canal de Moçambique é complexa e variável, tendo como principal
forçante os vórtices anticiclónicos de mesoescala. Estes, formados na região próxima ao
estreitamento, controlam os fluxos conforme se deslocam ao sul do canal para a região de
retroflexão da Corrente das Agulhas (PALOSCHI, 2016).

A camada superficial directamente afectada pelos ventos tem a espessura da ordem de


algumas dezenas de metros de profundidade, e recebe o nome de camada de Ekman. A
direcção do transporte de volume integrado verticalmente na camada de Ekman (transporte
de Ekman) é orientada a 90º a esquerda do vento no hemisfério sul (PENVEN et al, 2003).

De acordo com BRINK (1983) próximo a superfície a área da ressurgência costeira pode
coincidir com a camada de Ekman superficial turbulenta. A ressurgência costeira ocorre
geralmente em regiões com profundidade local média de 10 a 30m, sendo o local onde o
fluxo do transporte de Ekman ao largo da costa é forçado pelos ventos locais. É válido
ressaltar que por corpo de água homogéneo compreende-se densidade e pressão constantes,
ou seja, condições barotrópicas e inexistência de fluxo geostrófico (THE OPEN
UNIVERSITY, 1998; POND et al., 1983).

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2 OBJECTIVOS

Geral:

 Analisar o transporte de Ekman no canal de Moçambique.

Específicos:

 Identificar eventos de Transporte de Ekman;


 Identificar padrões sazonais do transporte de Ekman;
 Identificar regiões de ocorrências do transporte de Ekman no Canal de
Moçambique.

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3 MATERIAIS E MÉTODOS

3.1 Área De Estudo

O Canal de Moçambique (figura 1) é um elemento do Oceano Índico entre a ilha-nação de


Madagáscar e a porção sudeste do continente africano, mais especificamente, o país de
Moçambique.

Fig1.: Mapa do Continente africano, com destaque para o Canal de Moçambique. (Fonte: Organização
Hidrográfica Internacional).

A Organização Hidrográfica Internacional (OHI) define os limites do Canal de


Moçambique como sendo:

• Ao norte: uma linha entre o estuário do Rio Rovuma (10°28’S 40°26’E) até Ras Habu, o
extremo norte da Grande Comoro, até Cap d’Ambre, a extremidade norte de Madagáscar
(11°57’S 49°17’E);

• A leste: a costa oeste de Madagáscar;

• Ao sul: uma linha de Cap Sainte-Marie, extremidade sul de Madagáscar, até Ponta do
Ouro, em Moçambique (26°53’S 32°56’E);

• A oeste: a região continental da África do Sul.

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Apesar de o limite oeste ter sido definido pela OHI como sendo a costa sul-africana, é mais
correctamente definido como a costa de Moçambique. A largura varia, aproximadamente,
entre 800-900 km nos extremos norte e sul até um mínimo de 400 km em seu estreitamento
(entre Angoche-Moçambique e Tambohorano-Madagascar) com profundidade máxima de
3290 m e cerca de 1600 km de comprimento (STEELE et al., 2009).

De acordo com o World Heritage Marine Programme, da UNESCO, a formação do canal


teve início há cerca de 180 milhões de anos, quando ocorreu o rifteamento do continente
Gondwana e Madagáscar, até então estando unido à Índia, Austrália e Antártica, separou-se
da costa africana. Sua configuração permanece relativamente constante há 140 milhões de
anos.

3.2 Oceanografia Do Canal De Moçambique

O Canal de Moçambique é caracterizado por circulação superficial e subsuperficial


complexa e variável, e é dominado por actividades de mesoescala (BIASTOCH &
KRAUSS, 1999 e LUTJEHARMS, 2006) e está relacionado à circulação de larga escala do
Oceano Índico (BACKEBERG & REASON, 2010). Segundo SCHOUTEN et al. (2003)
citado por (PALOSCHI, 2016), Giros são geralmente formados no estreitamento do canal
(~16°S) entre as bacias norte e central, migrando para o sul principalmente ao longo da
costa de Moçambique. Os giros também são formados na ponta sul de Madagáscar, sendo
que alguns embrenham o canal, deslocando-se para o norte ao longo da costa oeste de
Madagáscar (QUARTLY & SROKOSZ, 2004). Devido a feição do canal, interacções entre
giros ou interacções entre giros e a plataforma são comuns e contribuem para diferentes
processos oceanográficos, que são marcados principalmente pela distribuição de clorofila
na superfície (QUARTLY & SROKOSZ, 2004).

O fluxo no Canal de Moçambique é dominado por giros anticiclónicos deslocando-se


sentido sul (BIASTOCH & KRAUSS, 1999). Estes giros apresentam escalas espaciais de
cerca de 300 – 500 km e propagam-se para o sul com velocidade aproximada de 3 – 6
km/dia (SCHOUTEN et al., 2003). Concorrentemente, a Corrente Leste de Madagáscar
(EMC) reflecte para sudoeste de Madagáscar (SIEDLER et al., 2009) citado por
(PALOSCHI, 2016), gerando giros ciclónicos e anticiclônicos com até 250 km de diâmetro

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que se propagam no sentido oeste para a Corrente das Agulhas (PALOSCHI, 2016).
Embora os giros do Canal de Moçambique e a EMC não sejam contínuos com a Corrente
das Agulhas, ambos afectam significativamente sua dinâmica e contribuem para os fluxos
de volume, sal e calor (LUTJEHARMS, 2007).

3.3 Efeito Do Vento E Marés No Canal De Moçambique

Segundo Van Heerden e Taljaard (1998), a direcção média do vento é uniformemente de


sudeste e fraca no verão austral e no inverno, há divergência nas direcções médias do vento:
a porção sul apresenta ventos sudeste e a porção norte, ventos noroeste. Durante o verão, as
águas de plataforma do Canal de Moçambique também são influenciadas pela passagem de
ciclones tropicais que, por regra, movem-se para sul ao longo do canal (VAN HEERDEN
& TALJAARD, 1998). O efeito de ciclones nos movimentos da água sobre a plataforma é
drástico, sendo que observações de correntes in-situ mostraram inversão na direcção de
correntes em profundidades de até 200 m durante a passagem de um ciclone severo
(LUTJEHARMS, 2006).

As marés consistem em um importante componente dos movimentos da água no canal.


Existe um aumento gradual no range de maré de menos de 2 m ao norte e ao sul para mais
de 5 m na região central. Isso é produto de um sistema duplo de ondas, dirigido pelas
terminações, que se desenvolve no canal. As correntes de maré são importantes nas partes
rasas, mas os ventos, geralmente fracos, possuem efeito limitado nos principais
movimentos de água sobre a plataforma (PALOSCHI, 2016).

3.4 Transporte de Ekman

O estresse friccional entre o oceano e a atmosfera, provocado pelos sistemas de vento


predominantes, transmite momentum para a superfície do mar, gerando correntes
superficiais na mesma direcção. Com o passar do tempo, essas correntes sofrem deflexão
em sua direcção devido à força de Coriolis, ficando conhecida como Espiral de Ekman ao
atingir estado de equilíbrio estacionário. Um ângulo de desvio de 45° no sentido
anticiclónico (para a direita no hemisfério norte e para a esquerda no hemisfério sul) é
formado entre a direcção do vento e a corrente superficial. A camada superior transfere
momentum para a camada imediatamente inferior e assim por diante, de modo que a

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velocidade decresce exponencialmente e o ângulo de desvio aumenta até a profundidade em
que a velocidade seja nula, sendo denominada de profundidade de influência da fricção ou
profundidade da corrente dirigida pelo vento. A resultante dos vectores da Espiral de
Ekman se dá a 90° da direcção do vento e o volume de água transportado nessa direcção é
denominado Transporte de Ekman (POND E PICKARD, 1983; Fig2).

Fig2: O padrão de correntes da Espiral de Ekman sob condições ideais resulta da acção do vento sobre a superfície. Os
comprimentos e direcções das setas azuis escuras representam a velocidade e direcção das correntes dirigidas pelo vento.
(b) Para a Camada de Ekman como um todo, a força resultante do vento é balanceada pela Força de Coriolis, que no
hemisfério norte é a 90° à direita do movimento médio da camada. (FONTE: adaptado de Pond e Pickard, 1983).

Levando-se em consideração o vento constante em direcção, mas variando em velocidade,


o transporte de Ekman perpendicular ao vento irá variar e as camadas superficiais irão
convergir ou divergir.

Para calculo de transporte de Ekman, usou se as equações seguintes:

Onde: Wx e Wy , componentes da velocidades em coordenadas x e y respectivamente.

Qx e Qy, componentes de transporte de massa em coordenadas x e y respectivamente.

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Cd , f e ar são respectivamente coeficiente de arrasto, parâmetro de Coriolis e densidade do
ar (1.5 Kg/m3). Considera-se ainda x a componente zonal do vento, y a meridional e Q o
transporte de Ekman. O transporte de Ekman obtido por essas equações consiste na
velocidade integrada numa direcção vertical, sendo sua unidade m2/s (DE MELO, 2010).

4 RESULTADOS E DISCUSSÕES

4.1 Padrões de ventos no Inverno

No inverno são predominantes ventos de Leste no Sul de canal de Moçambique e nordeste


no Norte do canal de Moçambique, com uma intensidade máxima na zona Sul e mínimas
no norte. Com essas condições verifica-se a divergência no centro.
Nos meses de Janeiro e Abril, nota-se que há presença de ventos paralelos a costas na
direcção Norte-Sul no mês de Janeiro e Sul-norte no mês de Abril.

Fig3.: Velocidade de vento em m/s no Cana de Moçambique no inverno


4.2 Padrões de ventos no verão

No verão os ventos predominantes no canal de Moçambique são ventos de leste com a


maior intensidade no norte da consta moçambicana e nos primeiros quatro meses de verão
tem a predominância de ventos com a direcção sul norte paralelos a costa moçambicana.

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Fig4.: Velocidade de vento em m/s no Cana de Moçambique no verão.

4.3 Padrões de ventos e transporte de Ekman no Inverno

As médias de ventos foram predominantemente de leste no Centro de Canal de


Moçambique especificamente na zona centro e no Norte de Madagáscar com parte da área
de plataforma sob ventos de Sudeste em Novembro (figura 5) e Dezembro (Figura 6). O
transporte de Ekman mostrou uma resposta aos ventos predominantemente de Este no
Norte do canal e Sudeste em ambos os meses. Estas direcções em concordância com os
padrões descritos por Castro et al. (2006) param o inverno, com padrões de ventos de Leste
e nordeste e o transporte causado pelos ventos tendendo em direcção ao oceano aberto
propiciando condições favoráveis a ressurgências costeira no Angochi. Houve ainda, em
menor escala, ventos de Este perpendiculares a linha de costa para o mês de Novembro e
paralelas para o mês de Dezembro no Sul do Canal de Moçambique na costa moçambicana,
sendo com maior intensidade em Novembro.

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Fig5.: Mapa de vectores de velocidade do vento em m/s (verde pálido) e do transporte de
Ekman em m2/s (Azul escuro) relativos ao mês de Novembro.

Fig6.: Mapa de vectores de velocidade do vento em m/s (verde pálido) e do transporte de


Ekman em m2/s (Azul escuro) relativos ao mês de Dezembro.

Nos meses de Janeiro (Figura 7) e Fevereiro (Figura 8) há predominância de ventos de


Norte-Sul a costa no norte e Este-Oeste no Sul resultando assim o transporte de Ekman para
oceano aberto no Norte e para Sul na Zona Sul do canal de Moçambique com maior

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intensidade na Zona sul de Canal com a máxima na Costa-Este de Madagáscar para o mês
de Janeiro e intenso no sul do Madagáscar e assim como na Costa-Sul do canal de
Moçambique.

Fig7.: Mapa de vectores de velocidade do vento em m/s (verde pálido) e do transporte de


Ekman em m2/s (Azul escuro) relativos ao mês de Janeiro.

Fig8.: Mapa de vectores de velocidade do vento em m/s (verde pálido) e do transporte de


Ekman em m2/s (Azul escuro) relativos ao mês de Fevereiro.

Nos meses de Março (figura 9) e Abril (figura 10) ocorre uma inversão na direcção
preferencial dos ventos, predominando os de Leste. No mês de Março (Figura 9) há um
retorno a predominancia dos ventos de leste. E em Abril (figura 10) duas direcções
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preferenciais, ventos de leste e de nordeste, convergem-se e direccionam-se para a costa
assumindo direcção Oeste sobre a plataforma. Devido a proximidade com o verão, padrões
típicos desses estacões podem estar sendo antecipados, aumentando a ocorrência de frentes
quentes. Em decorrência dessa variabilidade do vento o transporte de Ekman tende a ser
paralelo a costa em Abril, tendo um fluxo para sul em Março assim como em Abril.

Fig9.: Mapa de vectores de velocidade do vento em m/s (verde pálido) e do transporte de


Ekman em m2/s (Azul escuro) relativos ao mês de Março.

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Fig10.: Mapa de vectores de velocidade do vento em m/s (verde pálido) e do transporte de
Ekman em m2/s (Azul escuro) relativos ao mês de Abril.

4.4 Padrões de ventos e transporte de Ekman no Verão

Nos meses de Maio (figura 11), Junho (figura 12), Julho (figura 13) e Agosto (figura 14),
são meses de estacão do verão cujos ventos predominantes são de leste no norte e este no
sul, com o transporte de Ekman máximo na Costa norte e no Sul do Madagáscar.
Verificando assim o elevado nível do mar no norte e Sul. O transporte de Ekman verifica-se
a sua tendência da direcção Norte-Sul.
Na região Sul, há predominância de ventos transversais fracos em direcção a costa
moçambicana e paralelas a costa no norte da costa moçambicana.

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Fig11.: Mapa de vectores de velocidade do vento em m/s (verde pálido) e do transporte de
Ekman em m2/s (Azul escuro) relativos ao mês de Maio.

Fig12.: Mapa de vectores de velocidade do vento em m/s (verde pálido) e do transporte de


Ekman em m2/s (Azul escuro) relativos ao mês de Junho.

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Fig13.: Mapa de vectores de velocidade do vento em m/s (verde pálido) e do transporte de
Ekman em m2/s (Azul escuro) relativos ao mês de Julho.

Fig14.: Mapa de vectores de velocidade do vento em m/s (verde pálido) e do transporte de


Ekman em m2/s (Azul escuro) relativos ao mês de Agosto.
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Os meses de Setembro e Outubro (Respectivamente Figuras 15 e 16) apresentam um
padrão consistente de ventos de leste e Noroeste no Sul da costa moçambicana. Sugerindo
um padrão transicional entre o regime de ventos de verão para o de inverno. O transporte de
Ekman apresenta fluxo predominantemente para sul.

Fig15.: Mapa de vectores de velocidade do vento em m/s (verde pálido) e do transporte de


Ekman em m2/s (Azul escuro) relativos ao mês de Setembro.

Fig16.: Mapa de vectores de velocidade do vento em m/s (verde pálido) e do transporte de


Ekman em m2/s (Azul escuro) relativos ao mês de Outubro.
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5 CONCLUSÃO

A dinâmica de Ekman e regida pelo regime de ventos NE/SE, determinado em grande parte
pela frequência e intensidade dos sistemas frontais, o qual e responsável pela retirada ou
empilhamento de água na costa. O transporte de Ekman é predominante no norte no verão e
sul no inverno com base nos resultados obtidos tem uma máxima nas regiões costeiras
devido a influência directa de ventos assim como a topografia da costa moçambicana.
A resultante dos vectores da Espiral de Ekman se dá a 90° da direcção do vento e o volume
de água transportado nessa direcção é denominado Transporte de Ekman, portanto o vento
é um elemento indispensável quando se trata do transporte das massas de águas.

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6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

CASTRO, B. M. et al. (2006). Estrutura Termohalina e Circulação na Região entre o


LUTJEHARMS, J. R. E, (2007). Three decades of research on the greater Agulhas
Current. Ocean Science, v. 3, n. 1. Disponível em: <http://www.ocean-
sci.net/3/129/2007/>.

LUTJEHARMS, J.R.E.(2006). THE COASTAL OCEANS OF SOUTH-EASTERN AFRICA


(15W). Robinson, A. R.; brink, k. h. (org.). . The Sea. Cambridge, MA: Harvard University
Press,. v. 14B. Cabo de São Tome (RJ). SÃO TOME.

PALOSCHI, NG (2016). Influência do vento na variabilidade da temperatura da água do


mar no canal de Moçambique. Ponta do Panamá.

POND, S.; PICKARD, G. L. (1983). Currents with friction: wind driven circulation. In:
Introductory dynamical oceanography. 2. Ed. Oxford: Elsevier, Cap 9, p. 100-162.
VAN HEERDEN, John e TALJAARD, J. J(1998). Africa and Surrounding Waters.
Meteorology of the Southern Hemisphere. Boston, MA: American Meteorological
Society. Disponível em: <http://link.springer.com/10.1007/978-1-935704-10-2_6>.

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