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AULA #03

BRIGA ENTRE
IRMÃOS:
COMO OS PAIS PODEM
INTERVIR DE MANEIRA EFICAZ?
Rivalidade entre irmãos

"Meus filhos brigam o tempo todo"


"Não sei mais o que fazer para que eles parem de brigar"
"Queria tanto que eles se dessem bem, mas vivem competindo um
com o outro"

A rivalidade entre irmãos é um fenômeno natural e pode acontecer


em qualquer família que tem dois ou mais filhos. Isso acontece por
que durante a infância, o desenvolvimento das crianças é marcado
pela necessidade de atenção dos pais, o que tende a gerar
competição entre os irmãos.

Os irmãos não escolhem a família em que nascem, e não se


escolhem um ao outro. Podem ser do sexo oposto, têm idades e
provavelmente personalidades diferentes e, o mais difícil, têm de
partilhar entre si as duas pessoas que mais querem para si
próprios: os seus pais.

A família é o primeiro lugar em que as crianças tomam decisões


sobre como são aceitas e amadas. Elas podem desenvolver
características típicas, de acordo com sua posição e ordem de
nascimento.

Tomamos decisões sobre quem somos ao nos compararmos com


nossos irmãos, o que significa que são os irmãos que exercem a
maior influencia na formação da nossa personalidade.

Nossa necessidade de amor e pertencimento faz com que


tomemos decisões sobre como fazer para nos destacar e nos
sentirmos únicos e especiais.

Por isso, nosso comportamento é baseado nessas percepções


sobre o que devemos fazer para obtermos sucesso e
sobrevivermos.
Características de acordo com a ordem de nascimento

Alguns estudos apontam para as características gerais do


filho de acordo com a ordem de nascimento dele:

- Filho mais velho: tende a ser responsável, líder, mandão,


crítico de si mesmo e dos outros, perfeccionista,
organizado, competitivo, conservador e independente.
Pode desenvolver a crença equivocada de que deve ser o
primeiro ou o melhor para ser importante.

- Filho do meio: geralmente se sente esmagado, sem os


privilégios do mais velho ou os benefícios do mais novo.
Costuma ter um olhar mais empático em relação aos
oprimidos. Pode desenvolver a crença equivocada de que
tem que, de alguma maneira, ser diferente para ser
importante.

- Filho caçula: costuma ser o mais mimado (tanto pelos


pais, quanto pelos irmãos). Pode assumir um papel de
vítima e ter a crença equivocada de que deve manipular os
outros em seu favor para que seja importante. Também
podem desenvolver a crença de que não é capaz e que
precisa sempre de outro para lhe servir.

- Filho único: pode tanto assumir as características de um


filho mais velho, quanto ser mais parecido com um filho
caçula (depende de como os pais lidam). Pode ter grandes
expectativas em relação a si mesmo, devido à pressão
colocada pelos pais.
Como os pais Muitas vezes, a forma como os pais
administram os conflitos entre os
incentivam a filhos, faz com que esses conflitos se
rivalidade: intensifiquem.

Juízes Escolhem 1 filho


Quando tomam partido e Quando percebem o
colocam como conflito e chamam pelo
agressores e vítimas nome de um filho ao
invés de colocar todos
no mesmo barco e dizer
"crianças"

Responsabilidade
Quando assumem a
responsabilidade
por resolver a briga. Comparação
Quando comparam um
filho com o outro, mesmo
que o intuito seja motivar.

Divergência
Quando os pais não estão
alinhados quanto ao estilo
parental e acabam
brigando (o que para as
crianças pode parecer uma
competição)

Crenças
Quando não buscam
compreender a
crença equivocada
por detrás do mau
Competição comportamento
Quando incentivam uma
atmosfera de competição e
não de colaboração.

Elaborado por: ALINE CESTAROLI - Encorajando Pais


Crenças Equivocadas
As crianças são excelentes observadoras e péssimas
intérpretes. (Rudolf Dreikurs)

Muitas vezes, as brigas entre irmãos podem ocorrer


motivadas por uma crença equivocada sobre como se
sentirem aceitas, amadas e se destacarem na família:

- Atenção indevida: só me sinto aceito e amado quando


estou recebendo atenção especial;
- Poder mal direcionado: só me sinto aceito e amado
quando estou no poder;
- Vingança: não estou me sentindo aceito e amado e por
isso vou me vingar.
- Inadequação assumida: não me sinto aceito e amado e só
quero que me deixem em paz.

Será que esses irmãos estão brigando por seu lugar na


família porque acham que precisam ganhar para serem
significativos? Eles se sentem magoados e querem magoar
de volta? Eles sentem que estão sendo tratados
injustamente e que a luta é a única maneira de conseguir
justiça? Brigar é a única maneira de resolver problemas
nesta família?

As brigas podem ser reduzidas significativamente quando


ajudamos as crianças a mudarem suas crenças equivocadas
e lhes ensinamos alternativas para lidar com as brigas.
Como lidar com as brigas:

Todos no
mesmo barco Pausa Positiva
Não escolha um lado. "Vocês podem ficar em
Trate os filhos da mesma quartos separados até
maneira. estarem prontos para
parar de brigar"

Escolhas limitadas
"Vocês podem parar
de brigar ou sair para
brigar. Se escolherem Observar
brigar, não quero
ouvir a briga" Pode ser difícil fazer, mas
pode funcionar quando os
pais simplesmente sentam
e observam a briga sem
Bom Humor intervir.
Usar o bom humor é
sempre uma ótima opção.
Os pais podem interromper
a briga fazendo alguma
bricadeira com os filhos e
dizendo algo como "Vocês
sabem que se amam. Que
tal assumirem isso e
seguirem em frente?" Feche a boca e aja
Quando existe um perigo
real e agressão,
Tire o objeto intervenha sem dar
sermão. Pegue a criança
Quando a briga é por causa menor e diga "Você
de algum brinquedo ou precisará ir para seu
objeto, os pais podem retirar quarto até estar pronto
esse objeto e avisar que só para parar de brigar" e
devolverá quando eles depois repita o mesmo
estiverem prontos para com a criança mais velha.
brincar, em vez de brigar por
ele.

Retirado do livro: Disciplina Positiva de A a Z


Para evitar futuros conflitos:

Faça reuniões de famílias e converse com os filhos


sobre a opinião deles sobre as brigas, sobre o porque
elas acontecem e quais as alternativas para esses
conflitos.

Encoraje as crianças a pensarem em soluções para


resolver os conflitos de maneira mais respeitosa.

Nunca compare os filhos, mesmo quando a intenção for


motivar um bom comportamento.

Pergunte aos filhos como eles gostariam que você


ajudasse quando eles estiverem brigando.

Certifique-se de ter um momento especial com cada


filho e mostrar a eles o quanto são especiais por serem
exatamente como são.

Crie uma atmosfera de cooperação, valorizando as


diferenças, encorajando a individualidade, envolvendo
as crianças em soluções e tratando-as com dignidade e
respeito.

Ensine aos filhos que existem outras maneiras de


resolver problemas além de brigar.
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QUEM SOU EU?

ALINE CESTAROLI é psicóloga (CRP: 06/107500), educadora


parental com 4 certificações em Disciplina Positiva, Consultora em
Encorajamento, idealizadora do Programa Encorajando: despertando
seu potencial através do reencontro com a sua criança interior;
Coordenadora e Coautora dos livros Conectando Pais e Filhos, Vol
1 e 2; idealizadora do programa Encorajando Pais, um programa de
educação parental que tem por objetivo encorajar os pais a se
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