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Norma Técnica SABESP

NTS 087

APLICAÇÃO DE “COAL TAR ENAMEL”

Procedimento

São Paulo
Maio - 2001
NTS 087 : 2001 Norma Técnica SABESP

SUMÁRIO

1 OBJETIVO.......................................................................................................................... 1
2 REFERÊNCIAS NORMATIVAS ......................................................................................... 1
3 GENERALIDADES............................................................................................................. 1
4 ESPECIFICAÇÃO DOS MATERIAIS PARA REVESTIMENTO ...................................... 1
4.1 “Primer”.......................................................................................................................... 1
4.2 “Coal tar enamel” .......................................................................................................... 2
4.3 Véu de fibra de vidro ..................................................................................................... 2
4.4 Línter de celulose .......................................................................................................... 2
5 CUIDADOS PRELIMINARES............................................................................................ 2
5.1 Preparo da superfície.................................................................................................... 2
5.2 Aplicação do “primer” .................................................................................................. 2
5.3 Preparo do “coal tar enamel” ...................................................................................... 3
6 REVESTIMENTO INTERNO – TUBOS E PEÇAS NA FÁBRICA.................................... 3
7 REVESTIMENTO INTERNO – JUNTAS SOLDADAS NO CAMPO ................................ 3
8 REVESTIMENTO EXTERNO – TUBOS E PEÇAS NA FÁBRICA................................... 3
9 REVESTIMENTO EXTERNO – JUNTAS SOLDADAS NO CAMPO............................... 4
10 ENSAIOS.......................................................................................................................... 4

08/05/01
Norma Técnica SABESP NTS 087 : 2001

APLICAÇÃO DE “COAL TAR ENAMEL”

1 OBJETIVO
Estabelecer o procedimento de aplicação de revestimento anticorrosivo à base de
esmalte de alcatrão de hulha (coal tar enamel), em tubulações e peças especiais de aço.
Pode ser executado em fábrica, canteiro de obras ou no campo.
Aplicável à execução de revestimento de juntas soldadas no campo.
2 REFERÊNCIAS NORMATIVAS
Os documentos relacionados a seguir contêm prescrições válidas para esta norma, e
devem ser considerados em suas versões mais recentes.
NTS 036:1998 – Qualificação de produtos e materiais para revestimento
NTS 084:2001 – Revestimento - Guia
NTS 085:2001 – Preparo de superfícies metálicas para pintura
NTS 089:2001 – Manuseio, estocagem e transporte de materiais para revestimento,
tubos, peças e equipamentos revestidos
AWWA C-203:1997 – “Standard for coal-tar protective coatings and linings for steel water
pipelines – Enamel and tape-hot-applied”.
3 GENERALIDADES
a) Devem ser observadas e seguidas as recomendações da norma NTS 084 –
Revestimento - Guia.
b) Todos os serviços devem ser executados por elementos treinados e supervisionados
por profissional experiente e especializado, e estão sujeitos à prévia aprovação da
SABESP.
c) Os serviços só podem ser executados dentro das seguintes condições atmosféricas:
- umidade relativa do ar: máxima 85%
- temperatura ambiente: mínima 5ºC
- temperatura do substrato:
• mínima 3ºC acima do ponto de orvalho
• máxima 60ºC.
d) Só poderão ser utilizados materiais previamente qualificados pela Sabesp, conforme
NTS 036 – Qualificação de produtos e materiais para revestimento.
e) Todos os materiais de revestimento utilizados devem possuir certificado de qualidade
fornecidos pelo fabricante, discriminando produto, lote e prazo de validade.
f) Todos os materiais de revestimento, aplicados internamente em tubos ou em peças
que ficarão em contato com água, devem possuir atestado de não-toxicidade emitido por
entidade reconhecida pela Sabesp.
g) A estocagem de todos os materiais utilizados deve seguir o previsto na norma NTS
089 – Manuseio, estocagem e transporte de materiais para revestimento, tubos, peças e
equipamentos revestidos.
h) Todos os produtos a serem utilizados devem ser de um mesmo fabricante (proibido o
uso de primer de um fabricante com “coal tar” de outro).
4 ESPECIFICAÇÃO DOS MATERIAIS PARA REVESTIMENTO

4.1 “Primer”
“Primer” universal tipo B – secagem rápida, conforme norma AWWA C-203.
Solução constituída de borracha clorada, alcatrão de hulha e solvente.

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Tabela 1 – Características do esmalte alcatrão de hulha


Características Unidade Requisitos
mínimos
Sólidos por peso % 50
Densidade a 25ºC g/cm3 1,0
Viscosidade a 25ºC segundos 25
Ponto de fulgor ºC 3
4.2 “Coal tar enamel”
Esmalte de alcatrão de hulha tipo I conforme AWWA C-203, com carga de minerais
inertes, isento de asfalto ou derivados de petróleo.
Suas características físicas devem atender aos valores indicados na tabela I da AWWA
C-203.
4.3 Véu de fibra de vidro
Tecido de fibra de vidro reforçado com espessura de 0,76 mm. Suas características
físicas devem atender ao indicado no item 2.10.3 da norma AWWA C-203.
4.4 Línter de celulose
Tecido à base de fibras impregnadas com alcatrão de hulha refinado. Suas
características físicas devem atender ao indicado no item 2.10.2 da norma AWWA C-203.
5 CUIDADOS PRELIMINARES

5.1 Preparo da superfície


A superfície a ser pintada deve ser preparada conforme a norma NTS 085 –“Preparo de
superfícies metálicas para pintura”, e apresentar rugosidade entre 50 e 70 micrômetros.
Seqüência de preparo:
a) Esmerilhamento – onde for necessário.
b) Limpeza com solvente – verificar 100% da superfície de todas as peças.
c) Jateamento abrasivo com areia seca ou granalha de ferro (padrão SIS 055900 – Sa3)
– verificar conforme procedimento de inspeção.
d) Rugosidade: 50 a 70 micrômetros – verificar conforme procedimento de inspeção.
5.2 Aplicação do “primer”
- Limpar a superfície através de sopro de ar limpo e seco ou por escovação,
removendo a areia, poeira, e quaisquer outros materiais estranhos. Examinar a superfície
visualmente e verificar a rugosidade.
- Aplicar uma demão de “primer”, por meio de pincel, trincha, rolo ou "air less".
O tempo de cura do “primer” é de:
mínimo 15 min (secagem ao toque)
máximo 24 horas.
Após 24 horas, o “primer” é considerado inerte, sendo necessário neste caso, executar
lixamento manual da película (quebra de brilho) e aplicar nova demão.
Decorridas 72 horas da aplicação do “primer”, este é considerado deteriorado, sendo
obrigatória sua total remoção para nova aplicação.
- Serão reprovadas áreas com escorrimentos, falhas, incrustações de materiais
estranhos, etc.
- Espessura mínima de película seca: 30 micrômetros.
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5.3 Preparo do “coal tar enamel”


O “coal tar enamel” deve ser quebrado em pedaços de aproximadamente 10 kg; os
pedaços que se impregnarem com areia, terra, óleo ou outros contaminantes devem ser
descartados.
A caldeira para derretimento do “coal tar enamel” deve ser provida de sistema de
agitação contínua da massa derretida e possuir termômetro de bulbo longo, para garantir
contato contínuo com o esmalte derretido.
A temperatura e o tempo de derretimento, assim como a temperatura de manutenção do
“coal tar enamel” na caldeira, devem ser aqueles indicados pelo fabricante.
A carga deve ser totalmente utilizada antes da nova recarga do equipamento, não se
permitindo complementações em meio às operações.
Permitir-se-á que a nova carga contenha até 10%, em peso, de material já derretido em
operações anteriores e que tenha sido guardado adequadamente.
A caldeira deve ser limpa internamente, no mínimo uma vez por semana, ou sempre que
se observar formação de grumos de coque sobrenadando no esmalte líquido.
6 REVESTIMENTO INTERNO – TUBOS E PEÇAS NA FÁBRICA
a) O “coal tar enamel” deve ser aplicado derretido, em demão única, por centrifugação.
Em casos excepcionais onde for inviável sistemas automatizados, aplicar manualmente
com auxílio de brochas e espátulas. A temperatura de aplicação é a indicada pelo
fabricante.
b) A camada do revestimento deve ter espessura de 2,4 ± 0,5 milímetros e apresentar-se
uniforme, lisa, isenta de descontinuidades, com perfeita aderência.
c) Nas extremidades de tubos e peças a soldar, devem ser deixadas faixas sem
aplicação de “coal tar” com largura igual à prevista nas especificações Sabesp 0100 400-
E45.
7 REVESTIMENTO INTERNO – JUNTAS SOLDADAS NO CAMPO
a) O revestimento só pode ser executado quando os tubos adjacentes também forem
revestidos com “coal tar enamel”.
b) Antes do preparo da superfície (descrito em 5.1) deve-se executar um chanfro a 45
graus no revestimento original dos tubos, para garantir perfeita concordância da junção.
c) Aplicar o esmalte com auxílio de brocha e espátula, de maneira a obter uma superfície
lisa e uniforme.
d) É obrigatória a ventilação forçada no interior dos tubos, durante todo o processo de
execução do revestimento.
e) Para garantir a segurança do revestidor, deve-se observar que a distância máxima
entre a junta a revestir e o acesso mais próximo deve ser inferior a 30 metros para tubos
com diâmetro maior que 500 mm e menor ou igual a 1000 mm; para tubos com diâmetro
superior a 1000 mm, essa distância deve ser menor que 60 metros.
8 REVESTIMENTO EXTERNO – TUBOS E PEÇAS NA FÁBRICA
a) Aplicar uma camada de aproximadamente 2,4 mm de “coal tar enamel”, derretido à
temperatura indicada pelo fabricante.
b) Aplicar a envoltória de véu de fibra de vidro, impregnada com o esmalte derretido, em
movimento helicoidal, de forma a garantir uma sobreposição mínima de 25 mm de uma
volta sobre a anterior. Durante toda a operação deve-se garantir uma tensão adequada à
manta para melhorar sua aderência.
c) Para revestimentos em esquema duplo, repetir a operação descrita no item b,
preferencialmente de forma a evitar que a sobreposição ocorra no mesmo local da
envoltória anterior.
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d) Aplicar a línter de celulose em condições idênticas à citada no item b.


e) Aplicar caiação em toda a superfície externa, exceto nas bordas.
9 REVESTIMENTO EXTERNO – JUNTAS SOLDADAS NO CAMPO
a) O “coal tar enamel” só pode ser aplicado quando as peças anterior e posterior à junta
também apresentarem esse revestimento.
b) Antes do preparo da superfície descrito em 5.1, deve-se executar chanfro a 45 graus
nas bordas do revestimento adjacente à junta.
c) Remover a línter de celulose numa faixa de 20 cm além do chanfro.
d) Aplicar o esmalte com auxílio de brocha e completar o revestimento conforme descrito
no item 8.
e) Na sobreposição do revestimento da junta com o do tubo, deve ser aplicada, com
brocha, uma demão de ‘coal tar enamel” derretido.
10 ENSAIOS
Os ensaios devem ser executados em conformidade com os procedimentos de inspeção
específicos:
a) teste de aderência conforme NTS 041
b) verificação de falhas utilizando “holiday detector” conforme NTS 042.

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APLICAÇÃO DE “COAL TAR ENAMEL”

Considerações finais:

1) Esta norma técnica, como qualquer outra, é um documento dinâmico, podendo ser
alterada ou ampliada sempre que for necessário. Sugestões e comentários devem ser
enviados à Divisão de Normas Técnicas - TDGN.
2) Tomaram parte na elaboração desta Norma:

ÁREA UNIDADE DE NOME


TRABALHO
T TDDP Airton Checoni David
T TCQF Adilson Menegatte de Melo Campos

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Sabesp - Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo


Diretoria Técnica e Meio Ambiente - T
Superintendência de Pesquisa e Desenvolvimento Tecnológico - TD
Divisão de Normas Técnicas - TDGN

Rua Costa Carvalho, 300 - CEP 05429-900


São Paulo - SP - Brasil
Telefone: (011) 3030-4839 / FAX: (011) 3814-6323
E-MAIL: lrodello@sabesp.com.br

- Palavras-chave: revestimento, pintura,

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