Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
26/06/2012 1
MUROS DE ARRIMO
26/06/2012 2
MUROS DE ARRIMO
São estruturas caras, alguma vezes com custo maior que o da própria edificação
e de difícil execução.
É oportuno destacar que um dos maiores índices de acidentes com operários em
obras se deve a soterramento.
O projetista deve sempre questionar se não existem soluções alternativas de
projeto, que evitem ou minimizem o corte ou aterro e portanto os muros de arrimo.
antes de decidir sobre a melhor solução
conhecer a natureza e características geológicas da região
26/06/2012 3
MUROS DE ARRIMO
Maior dificuldade p/ calcular muro de arrimo é a definição dos parâmetros do solo,
dependem da realização de ensaios relativamente sofisticados.
A quantidade de ensaios necessários pode ser grande se o solo for heterogêneo.
FATORES A CONSIDERAR EM UM PROJETO DE MURO DE ARRIMO .
• os relacionados ao elemento vertical (muro),
altura, deformabilidade rugosidade inclinação;
relacionados às propriedades físicas e mecânicas do solo:
densidade estrutura (coesivo, não coesivo), ângulo de atrito interno resistência
possibilidade de recalques
em muitas situações empregam-se valores extremos para esses parâmetros, a
favor da segurança, pode levar a estruturas caras e que até inviabilizam a
obra;
os dependentes do elemento horizontal (sapata): rotação, translação.
cálculo dos esforços: empuxo, peso próprio, cargas no topo, reações do solo;
26/06/2012 5
MUROS DE ARRIMO
EMPUXO DO SOLO EM MUROS DE ARRIMO
O empuxo que está sendo aqui estudado é para solos não coesivos, isto é, para
solos arenosos.
26/06/2012 6
MUROS DE ARRIMO
Nesse caso surge o empuxo ativo, caracterizado pela pressão exercida na parede
pelo solo (pressão da terra contra o muro).
26/06/2012 7
MUROS DE ARRIMO
Se agora o muro se deforma da esquerda para a direita (figura 4), é ele que
pressiona a terra, e o empuxo que surge é chamado de empuxo passivo
(pressão do muro contra a terra). É comum no caso de escoramentos de
valas e galerias.
26/06/2012 8
MUROS DE ARRIMO
26/06/2012 9
MUROS DE ARRIMO
ativo
passivo
repouso
26/06/2012 10
MUROS DE ARRIMO
Determinação do empuxo ativo
Pa = K a × g s × h
O empuxo ativo (Ea) é obtido multiplicando-se a área da distribuição de
pressões (triangular com altura h e base Pa) pela largura do muro,
considerando-se nulo o atrito solo-muro. Para um muro de comprimento
unitário (1,0 m), resulta:).
h h 1
E a = A D × 1,0= Pa × × 1,0 = K a × g s × h × ® Ea = × Ka × gs × h 2
2 2 2
26/06/2012 11
MUROS DE ARRIMO
Pp = K p × g s × h
Para um muro de comprimento unitário (1,0 m), também admitindo nulo o
atrito solo-muro, o empuxo passivo fica:
h h 1
= A D × 1,0 = Pp × × 1,0 = K p × g s × h × ® E p = × K p × g s × h2
2 2 2
26/06/2012 12
MUROS DE ARRIMO
h 1 2 h 1
M = E a × = × K a × g s × h × = × K a × g s × h3
3 2 3 6
26/06/2012 13
MUROS DE ARRIMO
Crescimento do Momento fletor na Base do muro
Mbase do muro em função da altura
100
M - Momento kN.m
80
60
40
20
0
0 1 2 3 4
h - altura (m)
h 1 2 h 1
M = E a × = × K a × g s × h × = × K a × g s × h 14
3
26/06/2012
3 2 3 6
3.5.1. Coeficiente de empuxo
ativo - caso geral
sen 2 ( b + j )
Ka =
( ) ( )
2
é j - a × j - j ù
sen b × sen(b - j 1 ) × 1 +
sen sen
2 ê 1 ú
26/06/2012 ê sen(b - j 1 ) × sen( b + a ) ú 15
ë û
MUROS DE ARRIMO
3.5.2. Coeficiente de empuxo ativo - casos particulares
a) Paramento interno liso e vertical e terreno inclinado (figura 7)
j1 = 0
q = j1
b = 90o
cos2 j × cos a
Ka =
[ cos a + sen( j - a ) × senj ]
2
26/06/2012 16
MUROS DE ARRIMO
cos2 ( q + j )
Ka =
cos q
3 K a = cos2 j
cos2 ( q + j)
Ka = 2æ jö
cos q × ( cos q + senj) K a = tg ç 45 - ÷
2 o
è 2ø
26/06/2012 17
MUROS DE ARRIMO
3.5.3. Coeficiente de empuxo passivo
2æjö 2æjö
K p = tg ç 45 + ÷ o
K a = tg ç 45 - ÷ o
è 2ø è 2ø
1
Kp =
26/06/2012
Ka 18
MUROS DE ARRIMO
4. SOBRECARGAS SOBRE O TERRAPLENO.
E a ,sobr = K a × q × h
causando um empuxo muito menor que o produzido pelo terrapleno (Ka é o
coeficiente de empuxo ativo).
Observa-se que as sobrecargas são importantes apenas nos muros com
pequena altura, pois o empuxo devido ao terrapleno pode ser da mesma
ordem de grandeza que o produzido pela sobrecarga. Para muros de grande
altura, o empuxo devido ao terrapleno é muito grande, e o empuxo causado
por sobrecargas pode ser desprezado.
26/06/2012 19
MUROS DE ARRIMO
GUERRIN [ ] faz algumas considerações importantes a respeito das
sobrecargas:
uma sobrecarga de 0,5 tf/m2 é usualmente considerada para levar em conta
uma eventual ocupação do terrapleno
sobrecargas da ordem de 1,0 tf/m2 a 1,5 tf/m2 correspondem a veículos de
20,0 tf a 30,0 tf;
mesmo sobrecargas maiores, de 2 tf/m2 a 3,0 tf/m2, só devem ser
consideradas em muros de altura menor que 10 m;
para muros muito pequenos, com altura menor que 2,0 m, a influência das
sobrecargas não deve ser desprezada; elas podem até ser responsáveis
pelos maiores efeitos sobre o muro;
em muros muito grandes, acima de 15,0 m de altura, é possível desprezar
completamente o efeito das sobrecargas, mesmo aquelas extremamente
importantes.
æ ö
q ç tf 1 ÷
h0 × gt = q ® h0 = ç 2 × tf = m÷
26/06/2012 gt çm ÷ 21
è m 3
ø
MUROS DE ARRIMO
A altura total H a ser empregada na determinação do empuxo será a altura h
real do muro mais a altura suplementar equivalente h0, ou seja,
H = h + h0
1 1 1
(
E a = × K a × g s × H - × K a × g s × h 0 = × K a × g s × H 2 - h 02
2
2
2
2
2
)
26/06/2012 22
MUROS DE ARRIMO
26/06/2012 23
MUROS DE ARRIMO
26/06/2012 24
MUROS DE ARRIMO
26/06/2012 25
MUROS DE ARRIMO
Muros de arrimo com gigantes (contrafortes) ou vigas intermediárias
a) gigantes do lado da terra b) gigantes/ vigas do lado da terra c) gigantes do lado externo
26/06/2012 26
MUROS DE ARRIMO
5.5. Muros de arrimo atirantados
26/06/2012 27
MUROS DE ARRIMO
5.6. Muros de arrimo com fundação profunda
26/06/2012 28
MUROS DE ARRIMO
6. CÁLCULO DOS MUROS DE ARRIMO
O cálculo completo dos muros de arrimo consiste em:
executar a fundação;.
26/06/2012 29
MUROS DE ARRIMO
6.1. Cálculo de muros de
arrimo de concreto armado
com fundação superficial
TOMBAMENTO
A ação do empuxo de terra Ea sobre a parede vertical do muro causa, em relação ao ponto A,
o momento de tombamento do muro, e vale:
h 1 h 1
M tomb = E a × = × g s × Ka × h2 × = × g s × Ka × h3
3 2 3 6
O momento das forças que tendem a impedir que o muro tombe (peso da terra e peso
próprio do muro) é chamado de momento de restauração, e em relação ao mesmo ponto A, M rest = Ps × x s + Pg × x g
conforme a figura 20, vale:
26/06/2012 31
MUROS DE ARRIMO
Fa ³ 1,4 × E a ou Fa + E p ³
TRANSLAÇÃO
Fa ³ 1,4 × E a ou Fa + E p ³
(
× N = m × Ps + Pg ) é a máxima força de atrito estático possível;
m é o coeficiente de atrito entre o solo e a base do muro, que pode ser tomado entre 0,50 a
0,55 para solo seco e igual a 0,30 no caso de solo saturado.
26/06/2012 33
MUROS DE ARRIMO
6.1.2. Verificação das tensões no solo
N M
s max = + £ s s,adm
A W
N M
s min = - ³0
A W
onde:
N = Ps + Pg
M: momento atuante calculado em relação à linha de ação de N
A e W: área da sapata e módulo de resistência, considerando que a sapata tenha largura b e
26/06/2012 34
comprimento unitário
MUROS DE ARRIMO
Se a tensão mínima do solo for negativa , isso indica tensões de tração no
solo,
d b æb ö
e+ = ® d = 3 × ç - e÷
3 2 è2 ø
s 'A × d 2×N
26/06/2012
R= s 'A = £ s s,adm 35
2 d
Cálculo da
armadura
h 1 h 1
MA = Ea × = × Ka × gs × h2 × = × Ka × gs × h3
3 2 3 6
s s2 é s ù
M B = s1 × s × + s 2 × × - g s × (h - h b ) × s × = × ês1 + 2 - g s × (h - h b )ú
s s s
2 2 3 2 2 ë 3 û
2 1 2 2 × hd 1
MC = E p × × hd = × Kp × g s × hd × = × K p × g s × h 3d
3 2 3 3
r r 2×r r2 r2
MD = s3 × r × + s4 × × = s3 × + s4 ×
2 2 3 2 3
26/06/2012 36
MUROS DE ARRIMO
7. DISPOSIÇÕES CONSTRUTIVAS E RECOMENDAÇÕES
7.1. Drenagem nos muros de arrimo no lado do terrapleno
26/06/2012 37
MUROS DE ARRIMO
7.1. Drenagem nos muros de arrimo no lado do terrapleno
26/06/2012 38
MUROS DE ARRIMO
7.1. Drenagem nos muros de arrimo no lado do terrapleno
26/06/2012 39
MUROS DE ARRIMO
7.1. Drenagem nos muros de arrimo no lado do terrapleno
26/06/2012 40
MUROS DE ARRIMO
7.2. Compactação do aterro
26/06/2012 41
MUROS DE ARRIMO
7.3. Juntas
26/06/2012 42
Nas situações em que as sobrecargas não podem ser desprezadas, é possível
considerá-las como uma altura suplementar equivalente h0 da terra do terrapleno para o
cálculo do empuxo total sobre o muro (figura 12).
26/06/2012 1 43
Para uma sobrecarga q e solo do terrapleno com um peso específico gt, resulta para a
altura suplementar h0:
æ ö
q ç tf 1 ÷
h0 × gt = q ® h0 = ×
ç 2 tf = m ÷
gt çm ÷
è m3 ø
H = h + h0
O empuxo final Ea sobre a parede será o calculado com a altura total H menos o
empuxo do trecho de altura h0, pois esse último não atua sobre a parede (figura 12),
resultando,
Ea =
1
2
1 1
(
× K a × g s × H 2 - × K a × g s × h 02 = × K a × g s × H 2 - h 02
2 2
)
26/06/2012 1 44