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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA-UESB

DEPARTAMENTO DE QUÍMICA E EXATAS-DQE


QUÍMICA GERAL E EXPERIMENTAL II
RENÊ ALEXANDRE GIAMPEDRO TURMA P01

CINÉTICA QUÍMICA

Jorge Luiz Alves Da Silva

Jequié-Ba
Março/2017
INTRODUÇÃO

A cinética química é o ramo da química que estuda a velocidade das reações


químicas e os fatores que a influenciam. Um estudo de grande importância, pois a
partir desses estudos torna-se possível controlar o tempo das reações, retardando-
as ou acelerando-as.
No plano microscópico não há aproximação entre os corpos, mas sim
colisões. A partir dessas colisões é que se originam as reações químicas. Todavia,
uma dada reação só ocorrerá se as partículas que colidem estiverem
apropriadamente orientadas e com uma energia igual ou maior que a energia
mínima de ativação da reação, segundo o que diz o químico sueco Svante
Arrhenius, essa energia é chamada de energia de ativação e é a energia necessária
para romper as ligações intramoleculares.
A velocidade das reações varia de reação para reação, pois fatores como
estados de agregação, concentração, temperatura dos reagentes irão influenciar no
tempo em que essas reações ocorrem, a presença de catalisadores também
influenciaram na velocidade da reação.
O estado físico dos reagentes influencia na velocidade da reação, pois
devem estar em contato para que reajam, quanto maior for a área de contato entre
as moléculas mais rápida ocorrerá a reação, ou seja, nos estados de agregação
gasoso e líquido os reagentes tendem a reagir mais rapidamente, já no estado de
agregação sólido a reação será mais retardatária, pois as moléculas de substâncias
gasosas e líquidas estão respectivamente mais afastadas uma das outras,
proporcionando uma área de contato maior, já as substâncias que se encontram no
estado físico sólido essas possuem a área de contato menor, pois suas moléculas
estão mais unidas e organizadas.
A variação da concentração também irá influenciar na velocidade da reação,
pois quando há uma maior concentração dos reagentes aumenta-se o número de
probabilidade de colisões efetivas que consecutivamente aumentará a velocidade da
reação. Diferentemente em reagente menos concentrados diminui-se a
probabilidade de colisões efetivas o que diminui a velocidade com que ocorre a
reação.
A variação na temperatura em que a reação ocorre também influencia na
velocidade, em maiores temperaturas, um maior número de moléculas terá energia
adequada para reagir, além disso, o aumento da energia térmica leva os átomos das
moléculas das substâncias a entrarem em estado de excitação e por isso então a
agitação das moléculas faz com que o número de probabilidade de ocorrer colisões
efetivas aumente. Experimentalmente é perceptível que o aumento na temperatura
leva ao aumento da constate de velocidade da reação. Já em situações em que há
uma diminuição na temperatura ocorre o inverso, pois ao diminuir a temperatura em
que ocorre a reação influencia-se no estado de agregação das substâncias em que
as moléculas tendem a ficarem mais unidas diminuindo a agitação das moléculas e
a área de contato por isso diminui a chance de ocorrerem colisões efetivas entre as
moléculas das substâncias, retardando sua velocidade.
Catalisadores influenciam muito na velocidade de uma reação. Os
catalisadores não sofrem variação química permanente no processo de uma reação
química. Eles disponibilizam um caminho de reação com menor energia de ativação,
tornando a reação mais veloz.
OBJETIVO

 Compreender conceitos relacionados à velocidade de reações.


 Avaliar de que forma alguns fatores podem influenciar na velocidade das
reações.
MATERIAIS E MÉTODOS

Materiais Utilizados

 Tubos de ensaio  Iodeto de potássio (kI)


 Béquer  Magnésio metálico
 Proveta  Nitrato de chumbo (Pb(NO3)2)
 Buretas  Água gelada
 Cronômetro  Solução de ácido sulfúrico
 Conta-gotas (H2SO4) 0,3 mol L-1
 Comprimido antiácido  Solução de ácido clorídrico
 Água oxigenada (H2O2) 30% (HCl) 1,0 mol L-1

Procedimento Experimental

1. Fatores que alteram a velocidade da reação I.


1.1 Em dois tubos de ensaio distintos colocaram-se 2,0 mL de água destilada.
Dividiu-se um comprimido de antiácido em quatro partes iguais. Colocou-
se uma parte do comprimido no tubo 1 e anotou-se o tempo de reação.
(efervescência)
1.2 Com o auxílio do bastão de vidro, triturou-se outra parte do comprimido e
colocou-se em um pedaço de papel dobrado. No tubo 2 colocou-se o
comprimido triturado e enotou-se o tempo de reação.
1.3 Em um terceiro tubo de ensaio, colocou-se 2.0 mL de água gelada e
adicionou-se parte do comprimido. Anotou-se o tempo de reação.
2. Fatores que alteram a velocidade da reação II.
2.1 Em um tubo de ensaio colocaram-se 1.0 mL de água destilada e 5,0 mL
de solução de acido clorídrico 1,0 mol l -1. Em outro tubo, colocaram-se 1,0
mL de solução de acido clorídrico 1,0 mol l -1 e 5,0 mL de água destilada.
Adicionou-se, simultaneamente, cerca de 0.050g de Mg em cada tubo e
observou-se em qual delas houve maior produção de bolhas.
3. Fatores que alteram a velocidade da reação III
3.1 Em um tubo de ensaio colocaram-se 2,0 mL de água oxigenada (H 2O2)
30% e observou-se se houve a formação de bolas de gás. Em seguida,
adicionou-se cerca de 0,50g de iodeto de potássio e observou-se.
Colocaram-se 4 gotas da solução do tubo 1 no tubo 2 e diluiu-se com 5,0
mL da água. Adicionou-seao tubo 2, cerca de 0,250g de Pb(NO 3)2 e
observou-se se ocorreria reação.
4. Influencia da concentração na velocidade de uma reação.
4.1 Carregou-se corretamente três buretas com água, solução de acido
sulfúrico 0,3 mol L-1 e solução de tiossulfato de sódio 0,3 mol L -1,
respectivamente.
4.2 Em quatro tubos de ensaio distintos, colocaram-se 4,0 mL de uma
solução de ácido sulfúrico 0,3 mol L-1. Numeraram-se os tubos de ensaio:
1, 2, 3 e 4.
4.3 Utilizando as buretas, colocou-se, nos tubos numerados, a solução de
tiossulfato de sódio 0,3 mol L-1 e água, de acordo com a Tabela 1.

Concentraç Número de
ão de mol de Tempo
Velocidade
tiossulfato tiossulfato de da
Volume (mL) V=Δn/Δt
na mistura sódio que reação
tub (mol s-1)
(mol L-1) reagiu (s)
o
CV=C`V` Δn=C`V`
Solução de
tiossulfato água Total
de sódio
1 6 0 6
2 4 2 6
3 3 3 6
4 2 4 6

 Adicionaram-se 4,0 mL de solução de ácido sulfúrico 0,3 mol L -1 no tubo 1 e


acionou-se um cronômetro imediatamente. Observou-se atentamente o tubo
1, assim que apareceu uma turvação, parou-se o cronômetro e anotou-se o
tempo. Colocou-se na tabela o tempo da correspondente ao tubo 1.
Descartou-se o conteúdo 1 imediatamente, para evitar que o mesmo ficasse
manchado.
 Repetiu-se o item anterior para os tubos 2, 3 e 4.
RESULTADOS E DISCURÇÃO

Concentraç Número de
ão de mol de Tempo
Velocidade
tiossulfato tiossulfato de da
Volume (mL) V=Δn/Δt
na mistura sódio que reação
tub (mol s-1)
-1
(mol L ) reagiu (s)
o
CV=C`V` Δn=C`V`
Solução de
tiossulfato água Total
de sódio
1 6 0 6 0,3 3 m mol 8s – 15s 429.10-3
2 4 2 6 0,2 2 m mol 11s – 20s 222.10-3
3 3 3 6 0,15 1,5 m mol 13s – 28s 0,1
4 2 4 6 0,1 1 m mol 23s – 38s 67.10-3

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