Professor: Martha Solange Perrusi Aluno: José Arnóbio Almeida Leite
Mitologia Grega Simbologia do Carnaval CHEVALIER, J.G.A; ALAIN, Gheerbrant. Dicionário de Símbolos. Trad. Vera da Costa e Silva. 27a ed. São Paulo: José Olímpio, 2015.
Simbologia é a ciência que estuda a origem, a interpretação e a
arte de criar símbolos. Os símbolos existem desde o inicio da humanidade ajudando formas de comunicação. Todas as sociedades humanas possuem símbolos que expressam mitos, crenças, fatos, situações ou ideias, sendo uma das formas de representação da realidade. Os símbolos do carnaval são imagens que simbolizam as principais características do carnaval. São muito utilizados em decorações carnavalescas, campanhas de marketing e outros eventos relacionados à divulgação desta importante festa popular brasileira. Segundo a Simbologia Tradicional, o significado das festas carnavalescas é relacionado com uma espécie de liberação momentânea e controlada das emoções inferiores do homem: com seus disfarces e fantasias, o carnaval é um convite a revelarmos a nossa verdadeira face . Ou seja, a máscara que nos oculta o rosto é, na realidade, a exteriorização de nossa ‘infernalidade’ interior, de nosso lado “sombra”, que, durante todo o ano, esforçamo-nos para conter mas que se libera durante os três dias. Símbolo mais representativo do Carnaval, o uso das máscaras começou na cidade de Veneza, na Itália, no século XVII, quando os nobres a usavam para participar das festas junto com o povo; esta tradição foi para Portugal e os portugueses trouxeram-na para o Brasil, que mantém os costumes até os dias de hoje. As fantasias, tal como a máscara, também têm a função de esconder identidades; além disso, elas propiciam às pessoas a liberdade de serem, durante essa época festiva, algo diferente do que são. Assim, no carnaval, os pobres podem ser ricos e os homens podem ser mulheres, por exemplo. Personagem da mitologia grega, filho do sono e da noite, o Rei Momo representa a alegria, irreverência do Carnaval; a história conta que ele foi expulso do Olimpo, pois tinha como diversão zombar das outras divindades; ele chegou ao Brasil na década de 1930 e passou a acontecer todos os anos o tradicional concurso. As personagens que representam um triângulo amoroso, Pierrô, Arlequim e Colombina, surgiram na Itália com a commedia dell’arte, um teatro popular que era encenado nos intervalos de outros espetáculos a fim de animar os espectadores. O costume de jogar confetes coloridos nas pessoas surge entre os parisienses em 1892; um ano mais tarde é a vez da serpentina entrar para o rol das brincadeiras carnavalescas. Os carros alegóricos surgem na Europa quando as pessoas se fantasiavam para sair às ruas e passaram a enfeitar também os seus próprios carros; no Brasil, acontece o mesmo a partir do momento – final do século XIX - em que as pessoas começam a se organizar em blocos.