Este documento discute o conceito de símbolo e sua função na ação social. Explica que símbolos representam valores compartilhados que unem grupos sociais e são manifestados em comportamentos. São constituídos por três elementos: significante, significado e significação. Símbolos servem para comunicação entre pessoas e promovem sentimento de pertencimento a uma coletividade.
Este documento discute o conceito de símbolo e sua função na ação social. Explica que símbolos representam valores compartilhados que unem grupos sociais e são manifestados em comportamentos. São constituídos por três elementos: significante, significado e significação. Símbolos servem para comunicação entre pessoas e promovem sentimento de pertencimento a uma coletividade.
Este documento discute o conceito de símbolo e sua função na ação social. Explica que símbolos representam valores compartilhados que unem grupos sociais e são manifestados em comportamentos. São constituídos por três elementos: significante, significado e significação. Símbolos servem para comunicação entre pessoas e promovem sentimento de pertencimento a uma coletividade.
INSTITUTO DE FILOSOFIA E TEOLOGIA DE GOIÁS - IFITEG
CURSO DE GRADUAÇÃO EM TEOLOGIA (BACHARELADO)
DISCIPLINA: FENOMENOLOGIA DA RELIGIÃO PROFESSOR: Me. Hébert Vieira Barros ACADÊMICO: José Arnóbio Almeida Leite
ROCHER, Guy. O Simbolismo e a Ação Social; O Simbolismo: Função de
Comunicação. In: Sociologia Geral I. Tradutor: Ana Ravara. Lisboa: Ed. Presença, 1971, p. 155-182.
Neste texto, retirado do capítulo III da obra supracitada, o autor explicita a
compreensão do símbolo na ação social como expressão de valores partilhados pelos membros de uma coletividade e manifestados pelas condutas observáveis na mesma, embora nem sempre com a mesma intensidade entre pessoas que possuem valores distintos. Quando alguns valores participam de um modelo para um grupo de pessoas, passam a ser uma fonte de unidade social e se cria a necessidade de firmar em algo concreto que represente a adesão ao mesmo, surge o símbolo, cujo conceito é simplesmente ”qualquer coisa que substitui e evoca uma outra coisa” (p. 156), de maneira que se implica que o símbolo é constituído de três elementos: o significante - como o objeto que toma o lugar da coisa a ser substituída, o significado - como a coisa que é substituída, e a significação - como a relação entre o significante e o significado apreendida e interpretada pelo interlocutor. Um quarto elemento ainda se pode verificar, que é o código que define a relação entre significado e significante, isto é, de significação para que os sujeitos a quem ele se dirija o conheçam e possam compreendê-lo. O homem é um animal, além de racional, simbólico na medida em que possui a capacidade de apreender e compreender a relação (rapport) entre o significante e o significado. A aptidão simbólica humana se deve à lenta evolução de órgãos e partes do corpo, sobremaneira do sistema nervoso central, que efetivaram a fabricação de instrumentos e a elaboração de símbolos. Ela também permite o domínio sobre o mundo de forma desproporcional à força física, manipulando de maneira simbólica as realidades pelas palavras e pelos conceitos. O simbolismo também é um constructo da evolução social pois o manejo do símbolo se dá pela interação social enquanto a sociedade se torna sua depositária. Na ação social, o símbolo exerce duas funções essenciais: 1) comunicação, ao servir para a transmissão de mensagens entre dois ou mais sujeitos; e 2) participação, ao favorecer o sentimento e o modo de pertença à coletividade além de formalizar os caracteres da organização social. Pela primeira, a função social do simbolismo ocorre pela linguagem, tanto falada, que se utiliza de um arsenal de sons para compor as palavras, quanto escrita, que são as mesmas palavras impressas; pode haver outras formas como o código telegráfico, os sinais de semáforo, as placas com sinais, os gestos, a posição do corpo, a mímica, sendo estes suplementares à linguagem para a elaboração de conceitos pessoais e sociais que evocam uma realidade. Pela segunda, o simbolismo influencia a ação social pela manutenção da ordem social natural e pela solidariedade implicada e podem ser agrupados em quatro categorias: a) os símbolos de solidariedade: bandeira, armas, hinos, cores nacionais, idioma, comida, animal, árvore, figura pública ou típica, instituição, Constituição, etc.; b) os símbolos da organização hierárquica: bairro, tipo de casa e de automóvel, escola dos filhos, clubes e associações, vestuário, lazeres, férias, linguagem, local de trabalho e suas instalações, etc.; c) os símbolos do passado: origens, história, evolução, marcos historiográficos, vultos históricos, lugares de batalha, guerras, etc.; d) os símbolos religiosos e mágicos: hábito e sotaina, ritos, sacramentos, vasos sagrados, sortilégios, mandingas, etc. Por fim, destacamos os diversos papeis dos símbolos de ligar os atores sociais através dos meios de comunicação, de ligar os modelos aos valores e de recriar o elo entre pessoas e grupos com suas coletividades, estabelecendo as solidariedades necessárias à vida social.