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HLC – Hidrolipoclasia e

Procedimentos associados

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1. Introdução e Histórico

A hidrolipoclasia ultrassônica (HLC) é uma técnica que foi


introduzida pelo médico italiano Maurizio Ceccarelli em 1990. É utilizada
no tratamento da gordura localizada e hoje também na celulite, de pequenas
áreas do corpo, que consiste na aplicação de uma solução hipotônica (soro
fisiológico 0,9%) diretamente no tecido adiposo, seguido de ultrassom ou
ultracavitação, acarretando no rompimento das membranas celulares nas
células gordurosas, promovendo a eliminação do tecido gorduroso através
do sistema linfático e metabolismo.

Esta técnica vem sendo utilizada com sucesso em todo o mundo e


em um estudo recente publicado no Brasil pela revista da sociedade
brasileira de medicina estética, os autores concluíram que a HLC tanto
isolada como associada ao uso de lipolíticos foram eficazes tanto em
produzir lipólise como na redução da massa gordurosa.
A vantagem desta técnica é que sendo pouco invasiva não tem muitos
efeitos colaterais, podendo ser realizada uma vez por semana, em um

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total de 10 a 20 sessões por área a ser tratada. Algumas noções básicas
do que é ultrassom e suas aplicações em estética são necessárias para o
entendimento deste método. Além disso, as associações trabalhadas
junto à técnica de HLC promovem um aumento significativo no sucesso
do tratamento.
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2. Objetivos

A hidrolipoclasia tem como principal objetivo eliminar


gordura localizada e celulite, em geral de regiões como abdomên,
coxas, glúteos, quadril, flancos e interno de coxa.
É um procedimento diferente dos métodos convencionais
cirúrgicos, pois é minimamente invasivo, seguro, com pós-
procedimento tranquilo e sem afastamento da rotina e também de
custo baixo.
Pode ser realizado com ou sem associações, sendo conhecida
quando utilizado somente com ultrassom, de hidrolipoclasia
ultrassônica.

3. Sistema Tegumentar

A pele é o maior órgão do corpo humano, tanto no tamanho


quanto no peso. Também é o órgão mais exposto.

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Sob o ponto de vista anatômico, o tegumento comum é formado por


dois planos, o mais superficial denominado cútis ou pele e o mais
profundo, tecido celular subcutâneo.

A pele e seus derivados constituem o sistema tegumentar formando a


cobertura externa do corpo. É constituída por duas camadas principais: a
epiderme, constituída por epitélio pavimentoso estratificado e a derme,
constituída por tecidos conjuntivos. Abaixo da derme há outra camada de
tecido conjuntivo, mais frouxo que a derme, chamado hipoderme.

O sistema tegumentar desempenha funções relacionadas com sua


localização na superfície do corpo. Protege contra lesões físicas, químicas e
biológicas, impede a perda de água, serve como um grande receptor para as
sensações gerais, protegendo também contra a radiação ultravioleta,
converte moléculas precursoras em vitamina D, funciona na regulação
térmica e excreta certas substâncias, através das glândulas sudoríparas.

A característica da pele difere na maior parte da superfície do corpo.

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Existindo dois locais em que a pele é diferente tanto a olho nu quanto em
nível histológico, sendo nas palmas das mãos e as plantas dos pés, onde,
não há pêlos e a epiderme é muito mais espessa do que em outros locais;
consequentemente, essa pele também é chamada de pele espessa. Já em
outros locais, a epiderme é mais fina, sendo chamada pele delgada; contém
pêlos, exceto em certos locais.
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3.1 – Camadas da pele

Epiderme

A epiderme é uma camada mais externa e delgada, está em contato


direto com o ambiente externo, é composta por várias camadas de células
epiteliais começando da mais profunda em direção à superfície. Podem ser
distinguidas cinco camadas na epiderme: o estrato basal, o estrato
espinhoso, o estrato granuloso, o estrato lúcido e o estrato córneo.

O estrato basal é chamado também de estrato germinativo por conter

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células em divisão. As células recém-produzidas movem-se para a
superfície, para substituir a parte que foi descamada.

O estrato espinhoso tem essa designação porque as células parecem


estar ligadas por espinhos ou filamentos, são células sem pigmento, que
não coram, com função ainda em discussão tem como responsabilidade nos
processos imunitários perante substâncias estranhas que por alguma razão
tenham penetrado na pele.

O estrato granuloso é composto por uma a três seriações de células


muito escuras. São células achatadas, quase aderentes umas às outras, sem
pontes intercelulares evidenciando sua desorganização na superfície da
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célula que está em contato com a camada córnea através do espaçamento


da membrana celular e seus núcleos são dificilmente perceptíveis.

O estrato lúcido é observado somente na epiderme palmar e plantar,


é constituído por uma a três assentadas de células claras, translúcidas,
muito alongadas, de limites e sem núcleo.

O estrato córneo é constituído completamente por queratina, que é


uma proteína fibrosa muito resistente.

A superfície do mesmo, as células destacam-se e esfoliam-se. A


função de proteção do organismo que a epiderme possui quase
exclusivamente, à baixa permeabilidade da camada que não só oferece
resistência à eliminação de água das zonas subjacentes e do organismo,
mas também dificulta a entrada de água do exterior, bem como qualquer
agente nocivo que sejam irritantes, tóxico ou microrganismos.

Sua constituição é feita por 90% de queratinócitos (produtores de


queratina), melanócitos (produtores de melanina), células Langherans e

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células Mervel.

As células da pele são lábeis (tempo de vida curto, se reproduzem


rapidamente). A renovação celular epidérmica ou turn over é um fenômeno
cuja frequência diminui progressivamente, juntamente com outros
parâmetros, conforme a pele envelhece. Assim, a pele envelhecida possui
coloração menos uniforme, aspereza ao toque e a função barreira
prejudicada, resultando em menor hidratação cutânea.
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Derme

A derme é a parte interna relativamente espessa da pele, composta


principalmente de tecido conjuntivo. Os folículos pilosos, ductos das
glândulas sudoríparas e das glândulas sebáceas na derme fornecem
passagens através das quais os microrganismos podem penetrar na pele e
nos tecidos mais profundos.

A pele contém numerosos receptores sensoriais constituídos por


terminações periféricas de neurônios sensoriais. Os mais numerosos deles
são as terminações nervosas livres da epiderme, mas que também ocorrem
na derme. Os da epiderme estendem-se até o estrato granuloso; que
funcionam como nociceptores (receptores da dor). Muitos dos folículos
pilosos são circundados por redes de terminações nervosas livres da derme.

A derme é muito importante para vasos e nervos, decorrência da


flexibilidade e elasticidade, pois, desenvolvem defesas contra agentes
nocivos que venceram os obstáculos da epiderme ou dos órgãos internos e

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chegaram à pele.

A derme constitui-se de substância fundamental, rica em


mucopolissacarídeos e fibras colágenas que representam 95% do tecido
conjuntivo da derme e fibras elásticas. Apresentando também importante
leito para os vasos sanguíneos e nervos, sua função é representada pela
flexibilidade e elasticidade.

Na derme as fibras colágenas são constituídas por uma


escleroproteína denominada colágeno, onde essa proteína é distribuída
amplamente pelos tecidos conjuntivos, correspondendo a aproximadamente
70% á 75% do peso seco da derme e provê resistência e elasticidade ao
tecido. As fibras de colágeno fornecem resistência e integridade estrutural a
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diversos tecidos e órgãos, sendo que para romper uma fibra de colágeno é
necessário um peso cuja sua carga tem que ser superior a 10 a 40 kg e são
resistentes a digestão, seu metabolismo, nos tecidos normais, consiste em
equilíbrio entre biossíntese e degradação, sendo reabsorvida durante o
crescimento, inflamação e reparo dos tecidos.

Essas fibras variam em diâmetro entre 2 e 15 μm e apresentam-se em


rede ondulada fina na derme papilar.

As fibras colágenas são brancas, birrefringentes, pois são


constituídas por moléculas alongadas e paralelas. As mesmas aparecem
agrupadas em arranjo paralelo, formando feixes.

Os três tipos de colágenos são I, II e III. O tipo I é o constituinte


principal da pele, tendão, osso e paredes dos vasos, é sintetizado pelo
fibroblasto e células do músculo liso, o tipo II é constituinte da cartilagem
hialina, já o tipo III é também sintetizado pelas células do músculo liso.

Encontra-se também na derme fibras elásticas, onde estão presentes

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em quase todos os órgãos em proporções variáveis.

Na pele, essas fibras formam uma rede que se estende da junção


dermo-epidérmica ao tecido conectivo da hipoderme, estando elas também
presentes na parede dos vasos e em torno do folículo piloso.

As fibras elásticas correspondem apenas de 2% a 4% do peso seco da


derme e entremeia-se com as fibras colágenas.

As fibras elásticas têm a distensibilidade de 100 a 140%, sua cor é


amarelada. Suas fibras cedem com muita facilidade à tração mínima e volta
a sua forma original suportando a grandes trações.
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O principal componente das fibras elásticas é a escleroproteína mais


resistente do que o colágeno estruturalmente a elastina, que é resistente a
diversas enzimas, mas pode ser digerida pela elastase secretada pelo
pâncreas. Além de formar fibras, a elastina apresenta-se, na parede de
algumas artérias como a aorta.

Juntamente com as fibras colágenas e elásticas estão os fibroblastos


que tem prolongamentos citoplasmáticos irregulares, seu núcleo é claro.
Grande, de forma ovóide, de cor clara, com cromatina fina e nucléolo
evidente. Os fibroblastos sintetizam as fibras colágenas, reticulares e
elásticas, e as glicoproteínas e proteoglicanas da matriz extracelular. No
tecido conjuntivo do adulto os fibroblastos não se dividem com frequência,
entretanto em mitoses apenas quando ocorre solicitação, como, por
exemplo, nas lesões de tecidos conjuntivos.

Hipoderme

A hipoderme é uma faixa tecidual, mais ou menos larga, situada

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abaixo da derme, tem volumosos lóbulos de células adiposas delimitados
por septos conjuntivo-elásticos de diversas espessuras obliquamente,
ligados à derme à fáscia superficial, onde alojam grossos vasos e nervos da
profundidade dirigidos para derme.

A hipoderme, pelo tecido adiposo é importante depósito de reserva


calórica e valioso órgão amortecedor das agressões mecânicas externas.

Vasos, Nervos e Terminações Nervosas

Os vasos sanguíneos cutâneos de maior calibre encontram-se na


hipoderme, caminhando juntos à artéria aferente e à veia eferente.
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Os vasos linfáticos são distribuídos identicamente aos vasos


sanguíneos, onde a maioria limita-se a uma única camada de células
endoteliais cercadas por uma fina membrana basal. Nos vasos da derme
profunda e da hipoderme, há um envolvimento de fibras colágenas e
células musculares lisas.

Os vasos dérmicos têm funções de intercâmbio metabólico e de


nutrição, mas também de controle da temperatura e regulação da pressão
sanguínea.

A pele contém numerosos receptores sensoriais constituídos por


terminações periféricas de neurônios sensorias. Os nervos da pele têm
função, sobretudo sensitiva, alguns nervos têm início em terminações livres
epidérmicas ou formações de corpúsculos situados na derme e hipoderme.
Os nervos da epiderme estendem-se até o estrato granuloso, funcionando
como nociceptores (receptores da dor). Muitos dos folículos pilosos são
circundados por redes de terminações livres da derme.

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As formações dos corpúsculos são diversas. Os corpúsculos de
Merkel-Ranvier, destinados a receber sensações táteis, ficam em pontos
dispersos sob a camada basal. Contém numerosos grânulos pequenos e
densos e relacionados com os grânulos ricos em catecolamina do tecido
nervoso. As terminações nervosas formam-se em disco, recebendo as
fibrilas intraepidérmicas, em contato com a terminação de uma fibra
nervosa, formando um receptor especial funcionando como
mecanorreceptor.

Os corpúsculos de Krause, receptores do frio de localização


subepidérmica, esferóides, são uma delgada membrana conjuntiva com
ramificações nervosas desmielinizadas.
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Os corpúsculos de Vater-Paccini, são estruturas grandes e ovóides


que medem 1 mm ou mais de comprimento, fibra nervosa mielinizada
apenas a porção inicial da fibra e a parte final não são mielinizadas. É
circundada por camadas, ou lamelas, de células achatadas. São destinados a
captar sensações táteis e de pressão, têm localização subepidérmica, sendo
particularmente abundante nas regiões palmares e plantares, polpa dos
dedos, prepúcio e grandes lábios.

Os corpúsculos de Ruffini, são estruturas arredondas e fusiformes


que medem até 1 mm de comprimento, sendo órgãos sensíveis ao calor,
situam-se na derme profunda e na hipoderme (pele e nas articulações),
tendo forma fusiforme, constituídos por fibras nervosas desmielinizadas.

Os corpúsculos de Wagner-Meissner, são encontrados na derme,


sendo especialmente numerosos nos dedos das mãos e dos pés. Cilíndricos,
constituídos por células de sustentação ou serem células de Schwann
modificadas e por terminais não-mielinizados de fibra nervosas aferentes e
são receptores táteis, localizados imediatamente abaixo da epiderme

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Pela riqueza de estruturas nervosas, a pele tem elevada importância
como órgão do sentido, captando e transmitindo diversas alterações do
meio que nos cerca.

Glândulas Sebáceas

As glândulas sebáceas são uma mistura de lipídios (ácidos graxos


insaturados), proteínas e sais que impedem a pele e os pêlos de se
ressecarem. Embora os ácidos graxos inibam o crescimento de certos
patógenos, o sebo, assim como a transpiração, também é nutritivo para
muitos microrganismos.
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As glândulas sebáceas estão presentes em toda pele e sua secreção é


constante e constitui valiosa proteção contra as bactérias e fungos que
invadem a pele.

Glândulas Sudoríparas

As glândulas sudoríparas são de dois tipos, écrinas e apócrinas. As


glândulas sudoríparas écrinas distribuem-se praticamente por toda a
superfície do corpo como áreas palmares e plantares, nas axilas, pescoço,
exceto em poucos locais, como nos lábios e na genitália externa. É uma
glândula tubulosa, simples, secretora situada na parte profunda da derme ou
porção superior da hipoderme. As glândulas sudoríparas apócrinas existem
nas regiões axilares, anoperineal e inguinais. Encontram-se no canal
auditivo externo, são desenvolvidas melhor nas mulheres que nos homens,
mais na pele negra que branca, ficam mais atenuadas na velhice.

4. Tecido Adiposo

O tecido adiposo é uma faixa tecidual mais ou menos densa,

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localizada abaixo da derme, onde se encontram as células adiposas
(adipócitos);

As células adiposas do tecido adiposo são fibroblastos modificados


capazes de armazenar triglicerídios praticamente puros em quantidades
iguais a 80 a 95% de seu volume.

Elas também podem sintetizar uma quantidade muito pequena de


ácidos graxos e triglicerídios a partir dos carboidratos, esta função
suplementa a síntese hepática de lipídios. As lipases teciduais estão
presentes em grande quantidade no tecido adiposo. Algumas dessas
enzimas catalisam a deposição dos triglicerídios derivados dos
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quilomícrons e de outras proteínas. Outras, quando ativadas por hormônios,


promovem clivagem dos triglicerídios das células dos ácidos graxos, os
triglicerídios nas células adiposas liberando ácidos graxos livres. Devido às
rápidas trocas dos ácidos graxos, os triglicerídios nas células adiposas são
renovados, aproximadamente, uma vez a cada 2 a 3 semanas, o que indica
que os lipídios armazenados, hoje, nos tecidos não são os mesmos que
estavam armazenados mês passado, enfatizando o estado dinâmico dos
lipídios armazenados.

O tecido adiposo tem como função principal o armazenamento de


energia em forma de triglicerídeos, suas células, os adipócitos, apresentam
seu desenvolvimento a partir de células semelhantes aos fibroblastos,
multiplicam-se durante a infância e adolescência, permanecendo um
número constante durante a vida adulta. Sendo que no adulto pode variar a
quantidade de lipídio depositado em seu interior. Além disso, também tem
função de proteger mecanicamente o organismo contra choques e
traumatismos, é isolante térmico e precursor da síntese de compostos como
hormônios e lipoproteínas.

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As células adiposas, ou adipócitos, ocorrem isoladamente ou em
grupos nas malhas de muitos tecidos conjuntivos, sendo especialmente
numerosas no tecido adiposo. À medida que a gordura se acumula, as
células aumentam de tamanho e se tornam globulosas, a gordura aparece,
primeiramente, como pequenas gotas que, posteriormente, juntam-se para
formar uma só gota. A mobilização da gordura está sob o controle nervoso
e hormonal que leva à liberação de ácidos graxos e glicerol, os quais
passam para o sangue. A noradrenalina liberada nas terminações pós-
ganglionares dos nervos simpáticos do tecido adiposo é, particularmente,
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importante a este respeito, quando o organismo está sujeito a atividades


físicas intensas, jejum prolongado ou frio.

Acredita-se que os adipócitos evoluam dos fibroblastos, tanto no


desenvolvimento normal como em várias circunstâncias patológicas, como
no caso da distrofia muscular, onde ocorre a destruição de células
musculares e substituição por tecido conjuntivo adiposo.

Estas células estão em contato com a porção profunda da derme,


sendo que o seu conjunto constitui a hipoderme, e são encontradas sobre a
rede de colágeno.

Também conhecidas como adipócitos, são agrupadas em forma de


“cachos de uva”, os lóbulos adiposos, que são separados por paredes de
conjuntivo, os septa lobulares. A troca gasosa entre as células adiposas e a
corrente sanguínea é intensa, contribuindo para isso a rica vascularização
do tecido conjuntivo. Pelas paredes interlobulares conjuntivas passam os
vasos sanguíneos e as terminações nervosas.

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5. Lipólise e Lipogênese

O tecido adiposo é um tipo especial de tecido conjuntivo, cujas


células adiposas tem capacidade de armazenar energia na forma de
triglicerídeos. As células hepáticas e o músculo esquelético também
acumulam energia, mas sob a forma de glicogênio.

A lipólise pode ser considerada como uma “quebra de gordura”. Este


processo ocorre quando há necessidade de suprimento energético, os
lipídeos de reserva são recrutados e mobilizados para os tecidos na forma
de ácidos graxos livres que são liberados pela célula adiposa, ou seja, os
lipídeos estocados são mobilizados e transferidos para os tecidos na forma
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de ácidos graxos livres, que são liberados pelos adipócitos. Por sua
insolubilidade em água os ácidos graxos livres se liga a molécula albumina
do plasma sanguíneo para serem transportados. O glicerol mistura-se
novamente ao plasma para ser metabolizado no fígado.

Os ácidos graxos são catabolizados pelas células hepáticas,


musculares e adiposas para a produção de ATP (energia).

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A lipogênese é o processo contrário, pode ser considerada como um


“armazenamento de gordura”. Este processo ocorre quando há excesso de
ácidos graxos no sangue (proveniente da ingesta de carboidratos) que será
removido e armazenado dentro das células adiposas (adipócitos).

Os triacilgliceróis (ou triglicerídeos) dos adipócitos são sintetizados,


em parte, de ácidos graxos livres que chegam através da corrente sanguínea
até os adipócitos e que provem dos alimentos ingeridos na dieta ou da
produção de ácidos graxos pelo fígado.
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Os ácidos graxos são utilizados como fonte energética por quase


todas as células do corpo sendo exceção às células neurais do cérebro. Já o
glicerol é oxidado por apenas alguns tecidos então a maior parte é levada
ao fígado onde é metabolizada, transformada em energia ou para formar
novos triglicerídeos.

Os triglicerídeos ingeridos na dieta são absorvidas nas células da


mucosa intestinal em partículas de lipoproteínas denominadas quilomícrons
(formados por triglicerídeos, fosfolipídeos, colesterol e proteínas), que são
proteínas cuja função é o transporte de lipídeos alimentares aos tecidos
adiposos.

Os quilomícrons passam para o sistema linfático pelos capilares


linfáticos e depois para o sistema sanguíneo que os distribui para o corpo.
Nos capilares sanguíneos dos adipócitos, os quilomícrons sofrem a ação da
enzima lipase proteica cuja ação causa a hidrólise dos quilomícrons e das
lipoproteínas (VLDL), ocorrendo liberação dos triglicerídeos na forma de
ácidos graxos e glicerol. Os ácidos graxos e glicerol são incorporados aos

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adipócitos onde se recombinam formando novamente os triglicerídeos
sendo então armazenados.
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6. Principais Disfunções Estéticas Tratadas com HLC

6.1 – Fibro Edema Gilóide (FEG ou celulite)

O Fibro Edema Gelóide é popularmente conhecido como celulite,


denominação que não traduz a condição fisiopatológica do quadro
apresentado pelo doente. O termo celulite vem sendo utilizado há algumas
décadas, havendo controvérsias quanto à sua utilização, devido ao sufixo
“ite”, indicativo de inflamação, o que não define seu verdadeiro
significado.

Na verdade, trata-se de uma desordem metabólica localizada no


tecido subcutâneo que provoca alterações na forma do corpo,
desencadeando modificações na derme, na microcirculação e nos
adipócitos. É uma afecção do tecido conjuntivo subcutâneo caracterizado
histologicamente por uma infiltração edematosa, não inflamatória, seguida
de polimerização da substância fundamental produzindo reações fibróticas,

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podendo ser até dolorosas no aspecto clínico, e que se manifestam em
forma de nódulos ou placas, apresentando alteração em sua topografia
localizada, sendo de incidência quase exclusiva do sexo feminino.

A celulite não pode ser confundida com obesidade, onde ocorre


apenas hipertrofia e hiperplasia de adipócitos. Embora isso, da mesma
forma, ocorra em indivíduos com celulite, há também várias alterações
estruturais na derme e microcirculação.

O FEG é uma disfunção na derme tendo maior incidência nas regiões


glúteas e coxas, ocasionado por um déficit do sistema circulatório e uma
disfunção no tecido conjuntivo, tornando a pele com a aparência de uma
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“casca de laranja” e sendo antiestético na atualidade. Portanto, o FEG


consiste em uma infiltração edematosa do tecido conjuntivo, seguida de
polimerização da substância fundamental que, infiltrando-se nas tramas,
produz uma reação fibrótica consecutiva. Essa polimerização (ou processo
reativo), resultante de uma alteração no meio interno, é favorecida por
causas locais e gerais, em virtude da quais os mucopolissacarídeos que a
integram sofrem um processo de gelificação. Sendo assim, o FEG pode ser
definido clinicamente como um espessamento não-inflamatório das capas
subdérmicas.

O FEG é caracterizado por edema no tecido conjuntivo, devido ao


acúmulo de proteoglicinas no meio extracelular, que possuem grande
quantidade de água. Podendo aumentar de tamanho e número de
adipócitos, o que causa compressão do sistema linfático e venoso local. O
tecido adiposo possui septos interlobulares fibrosos, eles são finos. No
gênero feminino estes septos são perpendiculares provocando a expansão
do tecido adiposo areolar para a derme, podendo ocorrer rompimento de
fibras elásticas, proliferação das fibras de colágeno, se tornando fibrótico.

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Com isso, pode comprimir nervos ocasionando algias locais e até quase
imobilidade total de membros inferiores.
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O FEG é uma descompensação histoangiológica advinda de um ciclo


vicioso, envolvendo alteração bioquímica do interstício (aumento de

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viscosidade), estase venulocapilar com hipo-oxigenação e consequente
transformação do tecido adiposo em celulítico, e que evolui em quatro
fases, iniciando por uma estase venosa e permeabilidade capilar anormal,
progredindo até a fase fibrocicatricial com alteração de capilares.

A etiologia do FEG é multifatorial sendo subdividido em fatores


predisponentes que é a genética, sexo e desequilíbrio hormonal; fatores
determinantes que pode ser devido ao estresse, tabagismo, sedentarismo,
desequilíbrio glandulares, alterações metabólicas, maus hábitos
alimentares, disfunção hepática, além dos fatores condicionantes que é o
aumento da pressão capilar e dificuldade para a reabsorção linfática.
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De acordo com a genética as características do FEG formam a


estrutura corporal do tecido adiposo. Essas características aparecem nas
fases de pico hormonal como menarca e menopausa.

Na disfunção glandular ocorre um fator determinante como o


estresse provocando acúmulo hídrico na derme, já o tabagismo provoca
vasoconstrição dos vasos como consequência diminuindo a circulação
local; o sedentarismo provoca uma diminuição da circulação e do
funcionamento da linfa de eliminar toxinas; os desequilíbrios glandulares e
metabólicos contribuem para o surgimento do FEG.

O FEG possui três definições no aspecto clínico, etiopatogênico e


histológico:

- Definição clínica: é uma forma de nódulos localizados, de extensão


variada e espessamento não inflamatório das camadas subepidérmicas e, às
vezes, com quadro álgico.

- Aspecto etiopatogênico: é um processo reativo com alteração no

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meio interno, favorecido por causas locais e gerais que fazem com que os
glicosaminoglicanas interajam, ocorrendo um processo de
hiperpolimerização elevando o hidrofílico e a pressão osmótica intersticial,
ocorrendo retenção hídrica na célula podendo comprimir vasos e nervos
locais.

- Aspecto histológico: é uma infiltração edematosa do tecido


conjuntivo, seguida de polimineração da matriz extracelular com uma
reação fibrótica consecutiva.

A fisiopatologia do FEG possui quatro estágios evolutivos, que são


eles:
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- Primeiro: é marcado por uma alteração esfincteriana arteriolar, pré-


capilar, levando a uma modificação da permeabilidade do capilar venoso e
ectasia capilar, com transudação e edema pericapilar e interadipocitário.

- Segundo: o edema dificulta as trocas metabólicas e desencadeia


uma resposta conjuntiva, com consequente hiperplasia e hipertrofia,
levando a formação de uma trama irregular de fibrilas.

- Terceiro: as fibrilas se agregam em fibras colágenas e se distribuem


em arranjos capsulares em torno de grupo de adipócitos, formando os
micronódulos.

- Quarto estágio, caracteriza-se por esclerose das traves conjuntivas e


formação de macronódulos, pela confluência de muitos micronódulos.

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O FEG pode ser classificado em graus de severidade, sendo eles:


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- 1º grau: a celulite só é visível através da compressão do tecido


entre os dedos ou da contração muscular voluntária.

- 2º grau: as depressões são visíveis mesmo sem a compressão dos


tecidos.

- 3º grau: o acometimento tecidual pode ser observado quando o


indivíduo estiver em qualquer posição.

- 4º grau: tem as mesmas características do grau 3 com nódulos mais


palpáveis, visíveis e dolorosos, aderência nos níveis profundos e
aparecimento de um ondulado óbvio na superfície da pele.

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Podemos descrever as alterações que ocorrem no nível tecidual em
quatro fases histológicas:

- Primeira fase: uma fase congestiva simples há um acometimento


do sistema circulatório e linfático. Há uma hipertrofia das células adiposas
devido ao acúmulo de lipídios, por isso ocorre à diminuição na drenagem
intercelular ocasionando o inundamento do tecido. Como consequência,
uma compressão dos vasos que se dilatam perante a dificuldade. A
dilatação e a distensão das paredes da rede venosa aumentam a sua
permeabilidade, o que resulta no escape para o tecido conjuntivo do líquido
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procedimentos associados
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seroso, aumentando assim a pressão, a congestão e os fenômenos de


bloqueio.

- Segunda fase: fase exsudativa. O líquido seroso lançado no tecido


conjuntivo contém resíduos de diferentes células das regiões vizinhas. Isto
provoca reações de defesa no tecido ocorrendo o espessamento dos septos
interlobulares, proliferação das fibras colágenas, tornando o tecido numa
consistência densa. É o processo de floculação e de precipitação de
substância amorfa do tecido conjuntivo.

- Terceira fase: considerada a fase nodular. A densificação do meio


conjuntivo irrita as fibras do tecido, dissocia-se em fibrilas, provocando sua
rápida mutilação. Origina-se um tecido fibroso, que comprime o tecido
conjuntivo, artérias, veias e nervos.

- Quarta fase: há um espessamento do tecido conjuntivo


interadipocitário, tornando o tecido adiposo rígido, sendo irreversível,
produzindo uma algia constante em terminações nervosas.

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Quando há repercussão em nível circulatório periférico, o paciente
apresenta sintomas gerais como fadiga, astenia, sensação de peso nas
pernas, tensão e às vezes dores espontâneas difusas que aumentam de
intensidade com o repouso, podendo chegar a câimbras noturnas.

O FEG causa um déficit no retorno venoso de membros inferiores


pela presença de teleangectasias, sintomas de parestesias, câimbras, algia a
palpação, micro-hemorragias, diminuição de temperatura local e sensação
de peso nos membros.

O fibro edema gelóide pode atingir qualquer parte do corpo, exceto


as palmas das mãos, as plantas dos pés e o couro cabeludo. São atingidas
HLC – Hidrolipoclasia e
procedimentos associados
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com maior frequência a porção superior das coxas, interna e externamente,


a porção interna dos joelhos, região abdominal, região glútea e porção
superior dos braços, antero e posteriormente.

As mulheres são mais atingidas pelo fibro edema gelóide, por


apresentarem duas vezes mais células adiposas que o homem. O
aparecimento pode acontecer após a puberdade, em função das alterações
hormonais ocorridas nesse período. A falta de exercício diminui a
capacidade circulatória, diminuindo a drenagem e a oxidação de toxinas.

6.2 – Lipodistrofia Localizada

A lipodistrofia localizada, ou popularmente conhecida gordura


localizada, pode ser definida como uma distribuição regional de gordura
que pode ser classificada em ginóide (quando a deposição excessiva está
localizada em quadril e coxas) e andróide (quando a deposição excessiva é
na área abdominal).

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P á g i n a | 25

Há 8 a 10% mais gordura corporal no sexo feminino do que no


masculino, em média. Devemos recordar que nas mulheres a gordura
essencial representa entre 9 e 12% e, nos homens, 3%; isso faz uma grande
diferença, que é devida à diferenciação hormonal de cada sexo. As
mulheres em idade universitária mantêm entre 20 e 25% de seu peso
corporal em gordura. As que se mantêm ativas no esporte e possuem uma
alimentação saudável e balanceada possuem, em média, entre 15 e 18% de
gordura corporal, mas, nas sedentárias, observa-se entre 25 e 27%. Para as
esportistas essa quantidade de gordura é inaceitável porque diminui seu
rendimento.

Apesar de vários recursos prometerem ações isoladas nessas regiões


de acúmulo de gordura, como a determinação é genética, se o indivíduo
engordar, esse acúmulo de gordura será novamente distribuído para estas
regiões.

Uma grande quantidade de lipídeos está frequentemente armazenada


em dois tecidos importantes do corpo, no tecido adiposo e no fígado. O

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tecido adiposo é, em geral, designado como depósito lipídico ou,
simplesmente, depósito de gordura. Sua principal função é o
armazenamento de triglicerídios até que estes sejam necessários para
fornecer energia em outra parte do corpo.

A lipodistrofia consiste em uma alteração das células adiposas


caracterizadas como um distúrbio no metabolismo de gordura ou
crescimento anormal de gordura na hipoderme, acomentendo
principalmente quadris, glúteos, abdômen e coxas. Apresenta adipócitos
com uma quantidade de triglicerídeos maior que em outras regiões, porém
não apresenta sinais de fibrose ou esclerose e ainda o edema intersticial
HLC – Hidrolipoclasia e
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P á g i n a | 26

poderá estar presente. Os fatores que predispõe a gordura localizada são as


mesmas da celulite.

7. Produtos Injetáveis Utilizados

A solução usualmente utilizada é a salina hipotônica (cloreto de


sódio) 0,9% (soro fisiológico estéril).

Já se encontram disponíveis no mercado produtos injetáveis que


incluem ativos lipolíticos e/ou vasoativos, porém deve-se considerar:

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- Maior risco para o paciente: alergias a componentes

- Estudos concluíram que adicionar ativos não teve mudança


significativa comparada somente ao soro fisiológico (36% menos gordura
com aplicações somente com soro fisiológico e 31,25% menos gordura
com aplicações com adição de ativos).

Estudos de produtos com ativos comparados ao soro fisiológico


também identificaram dados importantes:

 Mesclas não hipotônicas, devido níveis superiores de


sódio, devido principalmente aos conservantes dos ativos.
HLC – Hidrolipoclasia e
procedimentos associados
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 Os laboratórios que comercializam geralmente não


mencionam a carga eletrolítica dos excipientes, fator este que
promove a alteração de hipotonia da mescla.

8. Métodos de Aplicação e Biossegurança

8.1 – Solução Injetável


1. Deve-se demarcar a área a ser tratada e também a
distância entre os pontos de aplicação: 2cm a 5 cm (dependendo da
quantidade injetada por ponto).

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2. Deve-se observar também no local da aplicação a


simetria, para que se alcance harmonia no resultado. Realizar registro
fotográfico.
3. É importante que não seja realizado aplicação nos
mesmos pontos, para que não haja formação de pequenos nódulos na
região ou sensibilize-a.
HLC – Hidrolipoclasia e
procedimentos associados
P á g i n a | 28

4. Aplicação do soro fisiológico realizada com seringa


num ângulo de 90 graus em relação a pele. É colocada toda a
agulha.

5. Lavar bem as mãos, fazendo assepsia com álcool a 70%


ou sabonete anti-séptico e calçar as luvas de procedimento;
6. Utilizar solução de soro fisiológico 0,9% estéril em
flaconetes de 5mL ou 10mL: rompa o flaconete; utilizar agulha

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0,70X30mm (22G1¼) ou 1,20X40mm (18G1¼) para aspirar; trocar
agulha, colocando agulha de aplicação 0,55X20mm (24G¾) ou
0,45X13mm (26G½);
HLC – Hidrolipoclasia e
procedimentos associados
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7. Com os dedos indicador e médio da mão dominante,


segurar o corpo da seringa e colocar o dedo polegar sobre o êmbolo;
8. Com a mão dominante, proceder à antissepsia do local.
Depois, manter a gaze entre o dedo mínimo e anular da mesma mão;

9. Ainda com a mão dominante, esticar a pele segurando


firmemente o músculo;
10. Introduzir rapidamente a agulha com o bisel (ponta)
voltado para o lado, no sentido das fibras musculares;

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11. Com a mão dominante, puxar o êmbolo, aspirando, para


verificar se não lesionou um vaso;
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procedimentos associados
P á g i n a | 30

12. Empurrar o êmbolo vagarosamente;


13. Terminada a aplicação, retirar rapidamente a agulha e
fazer uma ligeira pressão com a gaze;
14. Providenciar a limpeza e o descarte do material em local
apropriado (lixo descartável), onde haja recolhimento de lixo
hospitalar;

8.2 – Quantidades Aplicadas

As quantidades injetadas por ponto de aplicação variam de acordo


com o profissional e suas experiências, podendo ser de 1 até 10ml,
dependendo também da região de aplicação.

São poucos estudos de casos relatados, porém dentre os publicados


na América Latina, encontramos comparativos bem interessantes,
embassados em métodos do Dr. Cecarelli e também outros médicos, onde
foi concluído que inoculações de pequenas quantidades foram até mais

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eficazes e também com menor número de complicações pós
procedimentos.

8.3 – Método de Aplicação do Ultrassom

1. Na região já demarcada e, depois de realizada as


aplicações de solução injetável, deve-se preparar a paciente para
realização de ultrassom.
2. O ultrassom utilizado pode ser desde o mais simples até
modelos de equipamentos que, inclusive, já disponibilizam a
plataforma de hidrolipoclasia em sua programação.
HLC – Hidrolipoclasia e
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3. Aplicar o gel condutor na região que recebeu as


aplicações de solução injetável, com movimentos leves e devagar.

4. Preparar o equipamento e programá-lo:

 Para ultrassom de 1 a 3MHZ, programar no modo


pulsátil a 3Mhz.
 Para heccus, manthus, vibria, colocar na programação
Hidrolipoclasia.

5. Divida a região em quadrantes e coloque uma camada

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generosa de gel condutor na área a ser tratada, pois este gel que vai
proteger a pele da paciente do calor emitido pelo equipamento;

6. Para a aplicação de ultrassom, o acoplamento correto


entre o transdutor ultrassônico e o paciente é extremamente
HLC – Hidrolipoclasia e
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P á g i n a | 32

importante para um bom desempenho da técnica, por isso usa-se gel


para evitar bolhas de ar que podem se formar entre o transdutor e o
paciente, o que diminui a eficácia do ultrassom, por que o ar não é
um bom condutor do som;
7. Na aplicação o transdutor deve ser usado em
movimentos circulares contínuos por um tempo de 5 a 10 minutos
por quadrante, sendo o tempo máximo de aplicação de 20 minutos;
8. Finalizado a aplicação, limpe a pele da paciente com
auxílio de folhas de papel descartável ou lenço umedecido.

9. Mecanismos de Ação

O termo hidrolipoclasia divide-se em: hydro (do grego: uopo), ou


seja, água, lipo (do grego: λíttoς) significa gordura ou lipídeo e clasia, um
sufixo usado na terminologia médica significa quebra.

A técnica de HLC consiste em aplicar uma solução hipotônica

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(conforme método de aplicação) diretamente no tecido adiposo e depois se
passa sob o local ultrassom de 3 MHz ou cavitacional, fazendo com que o
adipócito já tumefeito fique mais susceptível a ação das ondas ultrassônicas
e rompa a membrana celular, liberando as gorduras do seu interior. Estas
serão eliminadas do corpo via linfática. A solução pode ser injetada ponto a
ponto na área a ser tratada com distância entre eles de 4 a 6 cm.
HLC – Hidrolipoclasia e
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P á g i n a | 33

Quando é passado o ultrassom na região, o mesmo vai fazer com que


o adipócito já tumefeito, fique mais susceptível a ação das ondas
ultrassônicas, gerando micro bolhas no tecido adiposo, tornando instáveis e
assim destruindo as micro cavidades godurosas.

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10. Mecanismos do Ultrassom

Todo movimento provoca um som e vice versa, porém nem todos os


sons são audíveis, é o caso do ultrassom que está além do limite audível
pelo homem encontrando-se acima de 18.000 Hz. O equipamento de
HLC – Hidrolipoclasia e
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P á g i n a | 34

ultrassom (US) é um gerador de corrente elétrica de alta frequência,


conectado a uma cerâmica elétrica sintética que se deforma na presença de
um campo elétrico. O ultrassom é uma onda mecânica longitudinal
transmitida pelas vibrações das moléculas do meio pelo qual a onda está se
propagando. A energia ultrassônica aplicada a um fluido gera "micro
bolhas" de gás ou vapor. As bolhas no tecido adiposo ou no líquido são
instáveis, e em grande quantidade vão aumentando e "explodem",
destruindo as micro cavidades gordurosas. A frequência do ultrassom
determina a profundidade que o feixe pode atingir, ou seja, quanto menor
ela for maior será a sua penetração nos tecidos, em estética usamos
freqüência de 0,5 a 5 MHz. A possibilidade de usar várias frequências é
importante, na medida em que podemos tratar tecidos mais superficiais
com frequências maiores e mais profundos com menores.

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A gordura depositada nos adipócitos é como triglicerídeos,


formadas por glicerol e ácidos graxos livres. Quando a membrana dos
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P á g i n a | 35

adipócitos é quebrada por efeito de ultrassom, os triglicerídeos são


libertados para o espaço extracelular. Neste espaço uma enzima, a lipase
lipoprotéica, metaboliza esse triglicerídeo em glicerol e ácido graxo livre.
Os ácidos graxos livres ligam-se a albuminas e o glicerol (solúvel em água)
entra na circulação e, portanto, segue para o fígado . Alguns triglicerídeos
não são metabolizados e são tomadas por lipoproteínas e também levados
para o fígado. No fígado, os ácidos graxos livres e o glicerol são
metabolizados e utilizados em diferentes processos metabólicos e energia
necessária para o organismo.

O ultrassom produz quatro efeitos fisiológicos básicos:


Respostas Biológicas: a permeabilidade das membranas fica aumentada
pelo ultrassom, o que acentua a transferência dos fluidos e nutrientes aos
tecidos. Essa qualidade é importante no processo da fonoforese, onde
moléculas são literalmente "empurradas" através da pele pela onda sonora
com finalidades terapêuticas.
Reações Químicas: assim como um tubo de ensaio é agitado no
laboratório para acentuar as reações químicas, as vibrações do ultrassom

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estimulam o tecido a aumentar as reações e os processos químicos locais, e
assegura a circulação dos elementos e radicais necessários por
recombinação.
Respostas Mecânicas: coloque a palma da mão voltada para cima, em
forma de concha, contendo uma pequena quantidade de óleo mineral.
Aplique gel no cabeçote e coloque o mesmo no dorso da mão: você irá
notar o óleo borbulhar na palma da mão. As ondas ultrassônicas penetram
através da mão e atingem o óleo, sem nenhuma elevação significativa na
temperatura da pele e sem produzir nenhuma lesão em sua mão. Coloque
um pouco d'água no cabeçote do ultrassom com o mesmo ligado: você irá
notar que ocorre um borbulhamento da água sem que ocorra um aumento
HLC – Hidrolipoclasia e
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P á g i n a | 36

na temperatura da mesma. Não há aumento notável da temperatura quando


o ultrassom é aplicado de forma subaquática, são observadas ondulações na
superfície da água, indicando a manifestação mecânica da energia
ultrassônica.
Efeitos Térmicos: os efeitos térmicos são mais observados nos tratamentos
fisioterápicos e o aumento da temperatura é devido ao atrito que as
vibrações mecânicas produzem no tecido e pelas reflexões nas interfaces
dos tecidos com diferentes impedâncias acústicas. Este efeito varia de
acordo com a frequência, sendo diretamente proporcional com o tipo do
ultrassom (contínuo ou pulsado) e com a intensidade e duração do
tratamento. O conhecimento e o uso correto do ultrassom é fundamental
para obter o melhor resultado da técnica, portanto o médico deve ser o
responsável por indicar a potência, frequência e o tempo de uso do
ultrassom em cada caso.

Além disso, o ultrassom também produz os seguintes efeitos


terapêuticos:

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- Hiperemia local

- Aumento da permeabilidade das membranas

- Ação mecânica da micromassagem

- Efeito analgésico

- Aumento de permeabilidade da pele

- Efeito trófico
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11. Avaliação Clínica

Na primeira consulta da paciente, é importante preencher a ficha de


anamnese, solicitando para que a paciente informe o mais real (e que tenha
conhecimento) do seu estado de saúde, além de informar também se está
fazendo uso de algum medicamento (ou se toma com frequência, como
anticoncepcionais, anti-hipertensivos, etc) inclusive suplementações (seja
produtos naturais ou industrializados, utilizados na academia ou para
finalidade estética).

Realizar avaliação corporal minuciosa: observar peso atual, IMC,


edema, flacidez, celulite, distribuição da gordura. As regiões de maior
concentração desta adiposidade são abdômen, flancos, coxas, quadril,
subescapular e pré-axilar, podendo surgir em outras áreas do corpo. Tomar
medidas de circunferências (abdominal, quadril, etc) com fita métrica e
também adipômetro.

A hidrolipoclasia não é indicada para pacientes com mais de 4cm de

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circunferência abdominal medidos com adipômetro, a indicação a
princípio, seria iniciar um programa de redução de peso corporal, pois
qualquer procedimento de redução de medidas não trará os resultados
almejados pela paciente.

As regiões que podem receber aplicações de hidrolipoclasia são:


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P á g i n a | 38

12. Complicações e Recomendações

As complicações geralmente são:

- Dor no local da aplicação

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- Eritema (vermelhidão consequente a vasodilatação que deve logo
desaparecer)

- Rubor (eritema rubro consequente a vasocongestão ativa ou arterial,


com aumento da temperatura)

- Edema (inchaço no local da aplicação)

- Hematoma (proveniente da ruptura de algum microvasinho)


HLC – Hidrolipoclasia e
procedimentos associados
P á g i n a | 39

As principais recomendações são:

- As aplicações devem ser realizadas a cada 7 (sete) dias, ou


quinzenalmente, de acordo com o protocolo adotado pelo profissional e de
acordo com a necessidade do paciente.

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- Explicar da importância da reeducação alimentar e prática de
exercícios físicos.

- Indicar o uso de cintas modeladoras, pois já existem muitos estudos


que concluíram que a pressoterapia é fator fundamental para o
remodelamento corporal.

13. Contraindicações

- Alergia a algum ativo da solução injetável (caso seja utilizado


mescla para HLC)

- Infecção no local a ser tratado


HLC – Hidrolipoclasia e
procedimentos associados
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- Doença sistêmica sem controle (Lupus, diabetes, hipertensos)

- Gravidez e amamentando

- Tumores e câncer

- Em caso de cirurgia recente ou estar passando por tratamento


médico, somente realizar o procedimento com a liberação do médico
responsável pela paciente.

- Observar todas as contra-indicações inclusive dos procedimentos


associados

14. Terapias Associadas

A técnica de hidrolipoclasia pode ser realizada associando outros


procedimentos estéticos durante a própria HLC ou seguindo protocolos de
associação como complemento à técnica. A drenagem linfática manual
(DLM) ou vibrocell pode ser associado 24 a 48 horas após a realização da
técnica de HLC.

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A seguir, veremos as comprovadas associações que podem ser
realizadas na hidrolipoclasia e seus protocolos.

14.1 Carboxiterapia

Carboxiterapia é um termo recente, de uma técnica empregada para


fins estéticos e terapêuticos. Consiste na administração do anidro carbônico
(também denominado gás carbônico ou CO2).

A ação farmacológica do anidro carbônico sobre o tecido e


vasodilatação local resulta no aumento do fluxo vascular e aumento da
pressão parcial de oxigênio ocorrendo a potencialização do efeito Bohr, que
HLC – Hidrolipoclasia e
procedimentos associados
P á g i n a | 41

é a facilitação da liberação de oxigênio da hemoglobina reduzindo a


afinidade da mesma pelo oxigênio, que resulta em maior quantidade de O 2,
provocando o metabolismo celular.

A profundidade da aplicação é que determina o propósito a que se


destina o procedimento. No caso da FEG e gordura localizada, a aplicação
profunda tem como objetivo promover a lise do tecido adiposo subcutâneo,
com o propósito de reduzir o excesso de tecido adiposo, sendo que a agulha
deverá estar a 90° ou a 45° em relação à pele, dependendo da espessura do
tecido adiposo subcutâneo da região.

A distância entre as puncturas fica de 3 a 15 cm entre si. O volume


escolhido é aplicado por punctura, ou seja, unitariamente em cada um dos
pontos onde o gás será injetado. Para saber a quantidade necessária por
ponto, fazer a conta: 1.0 a 2.0, multiplicar pelo peso ponderal do paciente
(exemplo: paciente de 50Kg, poderá ser injetado 50mL ou 100mL por
ponto).

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O CO2 atua diminuindo o pH da região, a lise do tecido ocorre
pela destruição mecânica do adipócito e pela oxidação dos lipídeos da
célula gordurosa, induzidas pelo gás injetado no local, fazendo também
com que o tecido potencialize o efeito Bohr dentro das hemácias,
desviando a curva de dissociação, aumentando a oferta de oxigênio aos
tecidos.

A velocidade do fluxo de infusão de CO2 é um dos fatores decisivos


para a efetividade da aplicação, pois o descolamento ou distensão dos
tecidos e a intensidade de ruptura tecidual são proporcionais à velocidade
do fluxo de infusão de gás, sendo a velocidade de 150 a 180 mL CO 2/min é
HLC – Hidrolipoclasia e
procedimentos associados
P á g i n a | 42

ideal para o tratamento da FEG e velocidade de 100 a 180 mL CO2/min


para o tratamento de gordura localizada.

Para realizar o procedimento de HLC com carboxiterapia,


deve-se primeiro realizar a técnica de hidrolipoclasia ultrassônica e após o
ultrassom, realizar a aplicação de carboxiterapia na região.

14.2 Criofrequência

A criofrequência é uma nova terapia que atua através da sinergia do


frio de até -10° e 1050 watts de onda eletromagnética (radiofrequência)
sendo que o encontro das duas temperaturas produz milhões de choques

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térmicos aos tecidos, gerando outro efeito fisiológico, desestabilizando o
metabolismo local. Tamanha energia mobiliza não somente o colágeno,
mas também a gordura localizada, pois a gordura de reserva dentro da
célula adiposa, diante dos choques térmicos e do calor provocado pela
Radiofrequência interna, “quebra-se”, passando de triglicerídeos para
ácidos graxos e gliceróis, processo este conhecido como lipólise. A célula
adiposa então “expulsa” a gordura, sendo que esta é “consumida” pelo
corpo como fonte de energia para queima calórica, podendo ser em uma
atividade física, ou em uma dieta restritiva de carboidratos e gorduras.
HLC – Hidrolipoclasia e
procedimentos associados
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Para realizar o procedimento de HLC com criofrequência, deve-se


substituir o uso do ultrassom pelo equipamento de criofrequência.

14.3 Eletrolipólise

A eletrolipólise é um tratamento que usa corrente elétrica


bidirecional de baixa frequência para reduzir a gordura localizada. A
eletricidade é usada para estimular a lipólise, processo de lise de gordura,

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provoca mudanças fisiológicas nas células adiposas e aumentando seu
metabolismo, acelerando o gasto calórico. Ela também incrementa o fluxo
sanguíneo, melhorando a circulação no local. Por melhorar a circulação no
local, também age de forma semelhante à drenagem linfática, ajudando
também no tratamento da celulite. Ela pode ser feita nas coxas, glúteos e
abdômen.

A aplicação da eletrolipólise pode ser administrada de duas formas:

Com agulhas: são introduzidas embaixo da pele, conduzindo a


eletricidade diretamente para o tecido adiposo, dessa forma ela atua de
forma mais significativa na redução de medidas.
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Sem agulhas: utiliza eletrodos de silicone, um condutor de baixa


resistência, que posicionados na região do corpo que será trabalhada e
presos com uma cinta elástica.

A corrente utilizada tem frequência por volta de 25hz, podendo


variar de acordo com a sensibilidade do paciente. O tratamento não é
doloroso, mas normalmente provoca uma sensação de formigamento.

Para realizar o procedimento de HLC com eletrolipólise, deve-se


primeiro realizar a técnica de hidrolipoclasia ultrassônica e após o
ultrassom, realizar a aplicação de eletrolipólise na região.

Logo após, pode ser realizada sessão de drenagem linfática manual,


sendo que no local da aplicação deve-se iniciar com mais cautela,
dependendo do limiar de dor da paciente podendo se estender a uma
massagem modeladora local, também é recomendado realizar a
hidrolipoclasia com até 5mL de soro para realizar a eletrolipólise associada.

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15. Sugestões de Fórmulas

Solução de clorexedina

Clorexedina 0,5%

Solução alcoólica qsp 100ml

- Solução bactericida, fungicida e higienizante. Aplicar sobre a


região com auxílio de gaze.

Pomada Hirudoid®

Polissulfato de mucopolissacarídeo 3 a 5mg/g

Creme ou gel qsp 40g

- Anti-inflamatória, antiexsudativa, anticoagulante, antitrombótica,


fibrinolítica. Aplicar 1 a 2 vezes ao dia nos hematomas.

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Creme com Hialuronidase, Adipol e Cellulinol

Hialuronidase 10.000UTR

Adipol 5%

Cellulinol 5%

Asiaticosídeo 0,2%

Extrato de algas marinhas 2%

Creme de massagem qsp 100g


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- Ação cicatrizante, anti-inflamatória, tensoativa, lipolítica, eutrófica


para o tecido conjuntivo e normalizadora da circulação venosa de retorno.
Aplicar com massagem e/ou fricção 1 a 2 vezes ao dia.

Creme para FEG compacta ou flácida ou mista

DMSO 40%

Triac 0,1%

Digitoxina 0,02%

Hialuronidase 500UTR

Thiomucase 500UTR

Theopyllisiane C 5%

Cafeisilane C 1%

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Asioticosídeo 0,2%

Creme base qsp 100g

- Ação vasodilatadora, lipolítica e tonificante. Aplicar realizando


massagem modeladora ou drenagem linfática manual.
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Gel redutor crioterápico

Mentol 4,0%

Cânfora 4,0%

Azuleno 0,01%

Álcool isopropílico 10%

Creme de algas qsp 100g

- Aplicar realizando massagem

Fluido Liporredutor

Coaxel 3%

Extrato de Ginkgo biloba 5%

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Extrato de Hera 3%

Nicotilato de Metila 0,05%

Gel fluido qsp 100ml

- Aplicar pequena quantidade, com massagem suave após o banho,


apenas nas regiões afetadas. O nicotilato de metila tem ação rubefaciente e
pode produzir irritação quando aplicado em excesso. Em caso de alergias,
suspender o uso.
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procedimentos associados
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Redução de medidas e gordura abdominal

Morosil® 250mg

ID-AIg™ 200mg

- Administrar uma dose, 2 vezes ao dia.

Citrus aurantium e Chá Verde

Citrus aurantium Extrato Seco 150mg

Chá Verde Extrato Seco 250mg

Excipiente qsp 1 cápsula

- Administrar 1 cápsula 2 vezes ao dia, meia hora antes das refeições.


Fitoterápico auxiliar no tratamento da obesidade tem propriedades
estimulantes, adstringentes, cicatrizantes, digestivas e termogênicas.

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16. Bibliografia

FONSECA, A.; SOUZA, M. E. Dermatologia clínica. Rio de


Janeiro: Guanabara Koogan, 1984.

JUNQUEIRA, C. L.; CARNEIRO, J. Histologia básica. 9.ed. Rio de


Janeiro: Guanabara Koogan, 1999.

MAIO, M. Tratado de medicina estética. v.1 e v.3, São Paulo:


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