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DISCIPLINA

ESCATOLOGIA
EM APOCALIPSE III

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APRESENTAÇÃO DO
MATERIAL
O material aqui presente tem como objetivo introduzir a aprendizagem dos discentes,
anexando conteúdos livres no material, para enriquecimento dos mesmos.

O conteúdo aqui apresentado possui dados legais, não dispondo, assim, de autor ou
autores próprios.

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INTRODUÇÃO
Toda literatura apocalíptica é escatológica, mas as duas coisas não são idênticas. São
feitas, acertadamente, distinções entre as duas. A escatologia pode existir e
frequentemente existe nos escritos básicos, separada das seções apocalípticas. A própria
natureza contingente do pensamento escatológico faz com que a escatologia se preste à
expressão apocalíptica (mitológica). Por outro lado, o apocalíptico é sempre escatológico,
seja explícita ou implicitamente. A escatologia olha para um tempo futuro, quando Deus
irromperá catastroficamente no mundo do tempo e do espaço, para julgar sua criação. Há
uma distinção a ser feita entre profecia escatológica e o apocalíptico.

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Sumário
APOCALIPSE CAPÍTULO 14 ................................................................................................................... 4
APOCALIPSE CAPÍTULO 15 ................................................................................................................. 13
APOCALIPSE CAPÍTULO 16 ................................................................................................................. 12

APOCALIPSE CAPÍTULO 17 ................................................................................................................. 28


APOCALIPSE CAPÍTULO 18 ................................................................................................................. 45
APOCALIPSE CAPÍTULO 19 ................................................................................................................. 51
APOCALIPSE CAPÍTULO 20 ................................................................................................................. 58
APOCALIPSE CAPÍTULO 21 ................................................................................................................. 64
APOCALIPSE CAPÍTULO 21 ................................................................................................................. 71

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CAPÍTULO 1
APOCALIPSE CAPÍTULO 14

O capítulo 14 trata de três assuntos principais: Os 144 mil na glória, a tríplice


mensagem angélica e a intervenção do Céu na Terra.
Os detalhes deste capítulo, dentro de suas divisões, são de suprema solenidade.
São eles:
Predição da restauração do evangelho eterno, num movimento mundial e o
anúncio da chegada da hora do juízo;
A denúncia da queda da Babilônia espiritual ou do falso cristianismo;
A mais grave e solene advertência jamais feita aos mortais contra a adoração da
besta, de sua imagem e a recepção de seu sinal;
Evidencia-se um povo que guarda os mandamentos de Deus e possui a fé de
Jesus;
É referida a colheita da Terra pela segunda vinda de Cristo;
O juízo de Deus é executado no símbolo das uvas que são pisadas no lagar da
Sua ira.

Os 144.000

Apocalipse 14:1 – “Então olhei e vi o Cordeiro em pé sobre o monte Sião, e com


ele cento e quarenta e quatro mil que traziam escrito na testa o seu nome e o nome de seu
Pai”.
De tudo quanto se diz sobre os 144 mil neste capítulo e nos capítulos sete e
décimo quinto, temos muitas razões para crer que eles constituem os justos que estarão
vivendo na Terra por ocasião da segunda vinda de Cristo. Eles são um grupo especial que
foi selado com o “selo do Deus vivo”. Foram congregados de todas as nações.

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O nome de – Deus Criador – contido no mandamento do sábado é também


aplicado ao Filho de Deus visto que Ele também é Deus e Criador dos Céus e da Terra.
Assim, terão os 144 mil em suas testas o nome do Cordeiro e o nome do Pai.

O monte Sião é citado tanto no Antigo quanto no Novo Testamento como o trono
de Deus.
Apocalipse 14:2 – “E ouvi uma voz do Céu, como a voz de muitas águas, e como
a voz de um grande trovão. A voz que ouvi era como de harpistas, que tocavam com suas
harpas”.

A voz dos 144 mil triunfantes do monte Sião.

Apocalipse 14:3 – “E cantavam um cântico novo diante do trono, e diante dos


quatro seres viventes e dos anciãos. Ninguém podia aprender aquele cântico, senão os
cento e quarenta e quatro mil que tinham sido comprados da terra.”
Os 144 mil cantarão um “novo cântico” que está bem esclarecido no capítulo
quinze. Este é um novo cântico, pois registra uma nova experiência. Ninguém senão os
144 mil, em toda a eternidade, poderá aprender este novo cântico; pois, será o cântico que
expressará uma experiência pela qual jamais alguém terá passado em tempo algum além
deles. E isto prova que todos os 144 mil terão idêntica experiência em um tempo único,
definido, como relata Apocalipse 15:2-3.
Apocalipse 14:4 – “Estes são os que não se contaminaram com mulheres, pois
são virgens. Estes são os que seguem o Cordeiro para onde quer que vai. Estes são os que
dentre os homens foram comprados para ser as primícias para Deus e para o Cordeiro.”
Mulher em profecia significa igreja. Em Apoc.17:5, temos o quadro de uma
mulher impura com suas filhas, as quais participam de sua mesma natureza corrompida.
Esta mulher é chamada “Mistério, a Grande Babilônia”.
As “mulheres” desta profecia são figuras das igrejas caídas, do mundo cristão,
com as quais os 144 mil não estarão contaminados ou não terão com elas relação alguma
no momento da segunda vinda de Cristo. Não quer isto dizer que nunca pertenceram antes
a igrejas caídas.
Lemos no capítulo dezoito que Deus faz um forte apelo a Seu povo, enganado,
que está ainda na Babilônia espiritual, ou nas igrejas caídas, para que saia dela a fim de
não participar de seus pecados. Ao deixar Babilônia, em atenção ao chamado de Deus,

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escapam da contaminação das falsas “mulheres” ou das falsas igrejas. Desta maneira, uma
vez desligados das igrejas corrompidas, eles serão “virgens”, pois não estão praticando o
adultério espiritual.

A igreja que estará esperando pelo retorno do Mestre é descrita como dez virgens
(Mat.25:1-13). São virgens porque têm a fé pura. Guardam os dez mandamentos de Deus
e possuem a fé de Jesus (Apoc.14:12). As “lâmpadas” nas mãos das virgens são símbolo
da Palavra de Deus (Sal.119:105). Mas, não basta possuir a lâmpada; é preciso ter,
também, o óleo – uma profunda experiência cristã que vem por meio da presença do
Espírito Santo de Deus.

Apocalipse 14:5 – “Na sua boca não se achou engano; são irrepreensíveis”.

Não se achou “mentira” em seus lábios. Não revelaram qualquer intimidade com
a falsa mãe Babilônia e suas filhas prostitutas. Não adoraram a besta e sua imagem. Eles
“não amaram a própria vida” “mesmo em face da morte” (Apoc.12:11).
Eles seguem a Cristo, sem medo da morte. Eles O seguem na prosperidade e na
adversidade, na alegria e na tristeza, na perseguição e no triunfo. Eles rejeitaram toda
falsa doutrina e proclamaram a verdade de Deus. Na sua boca não se achou engano. Eis
o caráter daqueles que hão de ser eternos.

O Evangelho Eterno

Apocalipse 14:6 – “Vi outro anjo voando pelo meio do céu, tendo um evangelho
eterno para proclamar aos que habitam sobre a terra e a toda nação, e tribo, e língua, e
povo”.
Simbolizando uma mensagem ou um mensageiro, este primeiro anjo representa
um movimento de âmbito mundial; não alguma mensagem nova, mas a mesma mensagem
do passado.
Deus sempre teve apenas um único evangelho. O evangelho eterno nunca muda.
Ele foi anunciado primeiro no Éden (Gen.3:15), depois para os filhos de Israel (Heb.4:1-
2), e é proclamado de novo a cada geração.
No capítulo oito, do livro de Daniel, está bem assentada a profecia de que Roma-
papal lançaria por terra a pura verdade do evangelho e que trocaria pelas tradições de

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homens sem Deus. E esta ação da igreja de Roma determinou a apostasia do cristianismo,
que redundou no surgimento do “homem do pecado” que se assenta “como Deus, no
templo de Deus, querendo parecer Deus”, decretando dogmas religiosos em substituição
aos do “evangelho eterno” de Deus.
Também o protestantismo, que pretende ter-se afastado de Roma, tem aviltado
de igual maneira a Bíblia, introduzindo novos erros em lugar do evangelho eterno. Porém,
o primeiro anjo, “voando pelo meio do Céu”, a representar um movimento de Deus nestes
últimos tempos, anuncia a restauração do “evangelho eterno”.

A Mensagem do Primeiro Anjo

Apocalipse 14:7 – “Dizendo com grande voz: Temei a Deus, e daí-lhe glória,
porque é chegada a hora do seu juízo. E adorai aquele que fez o céu, a terra, o mar e as
fontes das águas”.
O que significa temer a Deus? “De tudo o que se tem ouvido, a suma é: Teme a
Deus e guarda os Seus mandamentos; porque isto é o dever de todo homem”
(Ecles.12:13).
A declaração atesta haver um tempo pré-definido em que a hora do juízo
chegaria. A mensagem do juízo seria proclamada no mundo imediatamente ao chegar o
“tempo do fim”, em 1798. Desta data em diante, poderíamos esperar o anúncio da chegada
da hora do juízo.
Além disso, a hora do juízo chegaria quando o “evangelho eterno” fosse
proclamado através de um grande movimento mundial “a toda nação, e tribo, e língua, e
povo”, o que só poderia ser possível com o concurso da ciência, segundo anunciara o
profeta (Dan.12:4). Desde o ano de 1844, segundo o profeta Daniel, iniciou-se o juízo no
Céu.
Enquanto no Céu, no santuário de Deus, se processa o juízo desde 1844, na Terra
a mensagem do primeiro anjo adverte os homens sobre a sua realidade.
Em seu sermão em Atenas, Paulo disse que Deus “estabeleceu um dia em que há
de julgar o mundo com justiça, por meio de um varão que destinou e creditou diante de
todos” (Atos 17:31).
Os que aceitam o “evangelho eterno” se distinguem dos demais ditos cristãos,
exatamente por obedecerem aos mandamentos da lei de Deus. Sabem que não estarão
obedecendo ao evangelho eterno desprezando esses mandamentos. Sabem que não serão

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perdoados, se insistirem na transgressão da lei divina, que é a norma do juízo pela qual
serão afinal julgados.

É unicamente o quarto mandamento do Decálogo que aponta “Aquele que fez o


céu, e a terra, e o mar, e as fontes das águas”. (Êxo.20:8-11). O mandamento do sábado
foi estabelecido por Deus com um propósito claramente definido, isto é, para que o
homem se lembre perpetuamente de que Deus é o Criador do Céu, da Terra, do mar e de
tudo quanto neles há. É pela observância do sábado que Deus espera ser reconhecido e
adorado pelos habitantes do mundo como Criador, mantenedor e doador de todas as
coisas. Antes do fim do mundo e da segunda vinda de Cristo, a partir de 1844, esta verdade
deveria ser restabelecida na Terra segundo esta profecia.
Em 1856, quando já o “evangelho eterno” estava sendo anunciado ao mundo há
doze anos, por um povo remanescente especial, e Deus sendo dado a conhecer como
Criador, surgiu Carlos Darwin com o seu livro intitulado “A Origem das Espécies”, em
que contraria abertamente a doutrina criacionista do quarto mandamento da lei de Deus e
do evangelho de Cristo.
Uma vez que o registro bíblico da criação está sendo contrariado e uma vez que
o sábado de Deus, um sinal do Seu poder criador foi posto de lado pela humanidade em
geral, é vital que todas as pessoas, em todas as partes, sejam alertadas sobre essa questão
crucial que tem a ver com a verdadeira adoração.

A mensagem do primeiro anjo:


> Abrange todas as pessoas;
> Chama o homem para adorar a Deus (guardar os Seus mandamentos)
> Anuncia a hora do juízo divino;
> Chama o povo para adorar o Criador (guardar o sábado).

A Mensagem do Segundo Anjo

Apocalipse 14:8 – “Um segundo anjo o seguiu, dizendo: Caiu, caiu a grande
Babilônia, que a todas as nações deu a beber do vinho da ira da sua prostituição.”
A palavra Babilônia, ou Babel, quer dizer confusão. Ela teve sua origem com a
cidade e a torre que o povo tentou construir na terra de Sinear, depois do dilúvio. Foi lá
que as línguas do mundo foram confundidas. É um símbolo adequado para as igrejas

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populares e seculares, com suas centenas de diferentes seitas e doutrinas contraditórias.


Apocalipse 12 fala sobre a mãe verdadeira, a igreja pura. Babilônia também é uma mãe;
ela é chamada “a mãe das meretrizes” (Apoc.17:5).
O grande pecado imputado à Babilônia é que “a todas as nações deu a beber do
vinho da ira da sua prostituição”. Esta taça de veneno que ela oferece ao mundo representa
as falsas doutrinas que propagou.

Multidões têm bebido o vinho destas falsas doutrinas.

A Mensagem do Terceiro Anjo


Apocalipse 14:9 – “Seguiu-os ainda um terceiro anjo, dizendo com grande voz:
Se alguém adorar a besta, e a sua imagem, e receber o sinal na sua testa, ou na sua mão”,
Apocalipse 14:10 – “também o tal beberá do vinho da ira de Deus, preparado,
sem mistura, no cálice da sua ira. E será atormentado com fogo e enxofre diante dos santos
anjos e diante do Cordeiro”.
A mensagem é dada em alta voz e há quatro coisas que devem ser consideradas:
Alerta contra a adoração da besta. O primeiro anjo convida para adorar “aquele
que fez o Céu e a Terra”. O terceiro anjo alerta contra a adoração da besta. Deve haver, e
há, uma diferença essencial. Se aceitarmos os ensinos e mandamentos da besta em vez da
Palavra e da Lei de Deus, estamos adorando-a.
Alerta contra a adoração da imagem da besta. Se cedermos à pressão do
protestantismo apostatado, ao este dar a mão ao poder civil para impor a marca da besta,
não seremos considerados verdadeiros adoradores do Criador.
Alerta contra receber o sinal da besta. Nas derradeiras horas da crise, a marca
papal da guarda do domingo será imposta pela lei civil. O alerta de Deus é proferido
contra essa marca. Ao Deus chamar as pessoas para adorar o Criador, a questão sábado-
domingo será claramente delineada.
Alerta acerca da ira de Deus sobre aqueles que não ouvirem Seu aviso. Todos
temos que escolher entre a ira do homem e a ira de Deus. É entre a obediência ao homem
e a obediência a Deus que a decisão precisa ser tomada.
Desde tempos passados até ao presente, a ira de Deus tem se manifestado, mas
sempre permeada da Sua misericórdia. Mas quando ela for consumada nas sete pragas,
não será acompanhada da misericordiosa graça. Assim, quando a substituição do sábado

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bíblico pelo domingo humano se tornar universal, Deus intercederá no mundo. Ele sairá
de Seu lugar para punir os habitantes do mundo por suas iniquidades.

Apocalipse 14:11 – “A fumaça do seu tormento sobe para todo o sempre. Não
têm repouso nem de dia nem de noite os que adoram a besta e a sua imagem, e aquele que
receber o sinal do seu nome”.
A expressão implica na afirmação de que receberão o castigo de Deus aqui na
Terra, onde em verdade há dia e noite em sucessão contínua. Isaías usou a mesma figura
de linguagem ao se referir à destruição dos antigos edomitas, quando disse que o fogo da
destruição “nem de dia nem de noite se apagará; para sempre o seu fumo subirá; de
geração em geração será assolada; de século em século ninguém passará por ela”.
(Isa.34:10).
Porém, não consta que os edomitas, destruídos na Terra, onde há dia e noite,
estejam ainda ardendo no fogo da destruição. As expressões de Isaias e João enfatizam
uma destruição total e irremediável e não uma continuidade de castigo interminável.
Vemos que, enquanto houver qualquer partícula a queimar, os ímpios queimarão;
transformadas estas em cinza, o fogo cessará.

Os Verdadeiros Santos de Jesus, Dos Últimos Dias

Apocalipse 14:12 – “Aqui está a perseverança dos santos, daqueles que guardam
os mandamentos de Deus e a fé em Jesus.”
Eis o traço marcante do povo de Deus do “tempo do fim”. O que indica sua
firmeza em cumprir o propósito que Deus lhe confiou, em meio a um mundo ímpio e a
um cristianismo decadente.
Considerando os que guardam os dez mandamentos de Deus serem assim
colocados em contraste com os que adoram a besta e sua imagem, e recebem o seu sinal,
é claro que a guarda da lei de Deus, por um lado, e sua violação, por outro, deverão
assinalar a distinção entre os adoradores de Deus e os da besta.
A lei de Deus é a grande norma perante a qual todos os indivíduos deverão
prestar suas contas no tribunal de Deus (Ecles.12:13-14). Saibam todos os homens que
jamais serão justificados de seus pecados pelo sangue de Cristo, se não viverem em
harmonia com os preceitos dos Seus mandamentos.

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Disse Paulo: “Porque todos os que sem lei pecaram, sem lei também perecerão;
e todos os que sob a lei pecaram, pela lei serão julgados. Porque os que ouvem a lei não
são justos diante de Deus; mas os que praticam a lei hão de ser justificados” (Rom.2:12-
13).
Apocalipse 14:13 – “Então ouvi uma voz do céu, que dizia: Escreve: Bem-
aventurados os mortos que desde agora morrem no Senhor. Sim, diz o Espírito,
descansarão dos seus trabalhos, pois as suas obras os acompanharão”.
Em primeiro lugar, são bem-aventurados os mortos que morrem “no Senhor”;
pois não há esperança após a morte a não ser que o morto tenha morrido “no Senhor”. Em
segundo lugar, esta mensagem faz alusão a mortos “que desde agora morrem no Senhor”.
“Desde agora” sugere dizer desde quando, ao ser proclamada a advertência final
do terceiro anjo, aparecerem os fiéis de Deus que guardam os Seus mandamentos. E por
que os mortos deste período serão bem-aventurados? Porque serão poupados de enfrentar
as tribulações que vem pela frente.

Enfatizada a Volta de Jesus

Apocalipse 14:14 – “Olhei, e vi uma nuvem branca, e assentado sobre a nuvem


um semelhante a filho de homem, tendo na cabeça uma coroa de ouro, e na mão uma
foice afiada”.
Colocada nesta profecia em seguida à mensagem final do terceiro anjo, a
segunda vinda de Cristo comprova que a última mensagem do terceiro anjo a precede
imediatamente.
O apóstolo Paulo afirma que Ele “aparecerá segunda vez, ...aos que O esperam
para a salvação” (Heb.9:28). Sim, os que O esperam devem estar se preparando para esse
dia.
Mas o dia da volta de Cristo será o mais terrível dia para todos quantos recusaram
a Sua salvação. Terão de sofrer as amargas consequências desta decisão. Terão que avaliar
o quanto estiveram enganados.
A coroa de ouro que Lhe dera o Pai forma um flagrante contraste com a de
espinhos que Lhe deram os homens, na Terra, para zombarem de Sua realeza.
A foice afiada representa a colheita do bom trigo, que é um símbolo dos justos
que Jesus virá buscar.

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Apocalipse 14:15 – “Então outro anjo saiu do templo, clamando com grande voz
ao que estava assentado sobre a nuvem: Lança a tua foice e ceifa, porque é chegada a hora
de ceifar, pois já a seara da terra está madura.”

Apocalipse 14:16 – “E aquele que estava assentado sobre a nuvem meteu a sua
foice à terra, e a terra foi ceifada.”
Apocalipse 14:17 – “Outro anjo saiu do templo, que está no céu, o qual também
tinha uma foice afiada”.
Apocalipse 14:18 – “Ainda outro anjo saiu do altar, o qual tinha poder sobre o
fogo, e clamou com grande voz ao que tinha a foice afiada, dizendo: Lança a tua foice
afiada e vindima os cachos da vinha da terra, porque já as uvas estão maduras”.
Apocalipse 14:19 – “E o anjo meteu a sua foice à terra e colheu as uvas da vinha
da terra, e lançou-as no grande lagar da ira de Deus.”
Apocalipse 14:20 – “E o lagar foi pisado fora da cidade, e saiu sangue do lagar
até aos freios dos cavalos, pelo espaço de mil e seiscentos estádios”.
Segundo este capítulo de Apocalipse, há no mundo dois tipos de plantações
distintas: A seara do Senhor e a vinha de Satanás. O trigo do Senhor e as uvas satânicas.
O lagar onde as uvas eram espremidas e convertidas em vinho, nesta profecia, é
um símbolo da destruição dos ímpios como uvas negras da vinha do adversário da justiça.
A colheita do trigo e das uvas ocorrerá simultaneamente, por ocasião da segunda vinda
de Cristo ao mundo.

CAPÍTULO 2
APOCALIPSE CAPÍTULO 15

Este capítulo encerra dois grandes fatos estreitamente ligados ao plano da salvação de
Deus. O primeiro é uma introdução às sete pragas vindouras da ira de Deus, que assinalam
o fim da graça divina. O segundo é uma grandiosa visão dos salvos vitoriosos, vistos num
glorioso lugar denominado “mar de vidro”.
A segunda parte do Apocalipse, que começa neste capítulo 15, apresenta as cenas
preparatórias para a punição final e para a recompensa final. Os rebeldes impenitentes

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recebem as pragas e são sentenciados ao lago de fogo e enxofre. Os crentes fiéis são
instalados em tronos e estabelecidos para sempre em seus lares na Nova Jerusalém.

Os Juízos Finais de Deus

Apocalipse 15:1 – “Vi no céu outro sinal, grande e admirável: sete anjos, que
tinham as sete últimas pragas; porque nelas é consumada a ira de Deus”.
Esta cena é uma das mais majestosas dentre as visões de Apocalipse. João não
esconde a emoção que sentiu ao ter visto no Céu “outro sinal, grande e admirável”. Um
novo grupo de sete anjos surge ante seus olhos. O primeiro grupo, o das sete trombetas,
representa os vitoriosos guerreiros de Deus contra Seus inimigos desde Roma. O segundo
grupo, que é o que agora vislumbramos, representa os mensageiros da ira de Deus sobre
Seus inimigos vencidos.
Esta expressão torna claro que outras pragas foram derramadas no passado. O
antigo Egito recebeu o impacto direto de dez juízos especiais de Deus – dez tremendas
pragas – relatadas no livro de Êxodo. Existem interessantes semelhanças entre as pragas
do Egito (Êxo.7:20 a 12:30) e as sete últimas pragas. Nos dois casos, encontramos um
rio, sangue, rãs, úlceras, granizo e ameaçadora escuridão. Mas não são a mesma coisa.
As sete últimas pragas representam o clímax, ou limite superior da punição. E
elas são derramadas “sem mistura” (Ap.14:10), ou seja, não-suavizadas pela misericórdia
de Deus que em todas as ocasiões anteriores limitou o sofrimento. Ao final dos mil anos,
haverá o derramamento de uma outra punição (Ap.20:11-15).
Consumar implica em terminar. A consumação da ira de Deus nas sete últimas
pragas não é uma revelação de ódio da parte de Deus pelos pecadores impenitentes, mas
sim a manifestação da justiça de Deus sobre todos os que desprezam o imenso sacrifício
da cruz.

Uma Visão dos Vencedores

Apocalipse 15:2 – “E vi como que um mar de vidro misturado com fogo, e os


que tinham vencido a besta e a sua imagem e o número do seu nome, estavam em pé junto
ao mar de vidro. Tinham as harpas de Deus”,
O próprio profeta não achou palavras precisas para descrever o lugar que viu. Só
estando lá se poderá ter uma visão exata do que seja um mar de vidro como cristal

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misturado com fogo. Os que já contemplaram o espetáculo de um pôr-do-sol à beira do


mar, podem ter uma pálida ideia da glória que o profeta tentou descrever aqui.
À medida que o Sol, como uma enorme bola de fogo, esconde-se atrás da linha
do horizonte, o mar parece explodir em chamas de glória. As ondas são retocadas com
um tom de vermelho e toda a cena é transformada numa mescla de muitas águas e fogo.
Assim foi a visão que se abriu ante o profeta em Patmos, que ainda ouviu os sons de
cânticos de vitória. Finalmente os santos estão no lar!
Apocalipse 15:3 – “e cantavam o cântico de Moisés, servo de Deus, e o cântico
do Cordeiro, dizendo: Grandes e maravilhosas são as tuas obras, ó Senhor Deus Todo-
Poderoso. Justos e verdadeiros são os teus caminhos, ó Rei dos séculos”.
Apocalipse 15:4 – “Quem não te temerá, ó Senhor, e não glorificará o teu nome?
Pois só tu és santo. Todas as nações virão, e se prostrarão diante de ti, pois os teus juízos
são manifestos”.
João captou os ecos de um poderoso hino que surge dos lábios daqueles que,
pela graça, derrotaram o poder do inimigo. É o cântico de Moisés, pois este cântico
transmite o louvor dos que, tal como os do antigo Israel no Mar Vermelho, foram
milagrosamente libertos da iminente destruição.
É, também, o cântico do Cordeiro, porque fala da vitória do povo de Deus sobre
a morte e a sepultura. Será um cântico de experiência pessoal, e somente os que passaram
por ela poderão unir suas vozes nesse louvor.

A Manifestação da Ira Divina

Apocalipse 15:5 – “Depois disto olhei, e abriu-se no céu o santuário do


tabernáculo do testemunho”,
Apocalipse 15:6 – “e os sete anjos que tinham as sete pragas saíram do templo,
vestidos de linho puro e resplandecente, e cingidos à altura do peito com cintos de ouro”.
Apocalipse 15:7 – “Um dos quatro seres viventes deu aos sete anjos sete taças
de ouro, cheias da ira de Deus que vive para todo o sempre.”
O templo no Céu abre-se agora não para a proclamação de uma nova mensagem
de graça, mas para dar saída aos sete mensageiros da destruição. Estes anjos receberam a
terrível e solene incumbência de derramar as taças cheias da ira de Deus sobre as cabeças
daqueles que persistentemente menosprezaram o convite da misericórdia divina.

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Vestidos com vestes emblemáticas da pureza e da fé estão preparados para


cumprirem a terrível missão a eles confiada. Estes seres santos, que tantas vezes
procuraram auxiliar os mortais na aquisição da gratuita salvação de Deus, são agora
novamente enviados a eles, não mais para renovarem os apelos do Céu, mas para lhes dar
aquilo que seus próprios atos voluntariamente determinaram.
De um dos quatro seres viventes recebem as sete taças de ouro cheias da ira de
Deus, sem a mínima mescla de misericórdia de que era acompanhada em outros tempos.
O pecador terá que receber, sem qualquer clemência, a consequência que ele
mesmo escolheu. Receberá não o que Deus para ele havia separado, porque isto
decididamente rejeitou, mas aquilo que foi a sua própria escolha em desafio aos desígnios
divinos.
Apocalipse 15:8 – “E o templo se encheu de fumaça, procedente da glória de
Deus e do seu poder, e ninguém podia entrar no templo, enquanto não se consumassem
as sete pragas dos sete anjos”.
Na dedicação do primeiro templo, o rei Salomão subiu numa pequena plataforma
de bronze, ajoelhou-se, abriu os braços e fez uma grandiosa oração. Quando terminou, a
glória do Senhor encheu o templo. “Os sacerdotes não podiam entrar na Casa do Senhor,
porque a glória do Senhor tinha enchido a Casa do Senhor” (II Crôn.7:2).
Aquela antiga manifestação de glória marcou o começo do ministério sacerdotal
no templo de Salomão. A glória do tempo do fim, antevista em Apocalipse 15, logo
marcará o término do ministério sacerdotal no santuário celestial.
Os versos finais de Apocalipse 15 descrevem uma das mais arrebatadoras cenas
de todo o livro. Quando os sete anjos saem com as taças da ira, a Escritura diz que até que
sua obra seja concluída “ninguém podia entrar no templo”.
Antes que as taças da ira sejam derramadas sobre os culpados, o convite de Deus
será ouvido por toda pessoa sobre a Terra; a oportunidade do homem para a salvação terá
passado, e a porta da misericórdia será fechada para sempre.
As sete pragas serão derramadas sobre os que receberam o sinal da besta, e este
sinal será aplicado pouco antes do aparecimento de Cristo em glória. Esses juízos cairão
depois de haver Cristo terminado o Seu ministério em favor dos pecadores.
Antes do derramamento das sete taças da ira de Deus, a porta da graça divina,
aberta ao pecador por quase seis milênios, terá que se fechar para sempre. O fato de
ninguém mais poder entrar no templo durante o lançamento das sete pragas, é indicativo

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de que não haverá mediador em prol do pecador durante o período em que elas serão
lançadas na Terra; o templo encher-se-á com a fumaça da glória de Deus e de Seu poder.

Multidões, infelizmente, ficarão do lado de fora como fizeram no tempo de Noé


ao vir o dilúvio. A porta da arca salvadora, figura da porta da graça divina, fechou-se sem
que as massas percebessem que haviam lavrado o próprio destino.

Ainda há tempo!

HOJE, ainda podemos achegar-nos “confiadamente junto ao trono da graça, a


fim de recebermos misericórdia” (Heb.4:16). Apocalipse 15 fala a respeito de um tempo
quando ninguém poderá entrar.
Deus tem permitido que o tempo da graça continue para que todos, inclusive
assassinos, torturadores e os piores criminosos, possam ter tempo e oportunidade para se
arrepender. Mas, chegará a hora em que o tempo da graça terminará. Deus dirá: “Continue
o injusto fazendo injustiça, continue o imundo ainda sendo imundo; o justo continue na
prática da justiça, e o santo continue a santificar-se” (Apoc.22:11).
Quando a porta da graça se fechar, o povo de Deus estará tão arraigado na
verdade que não será mais possível separá-lo dela. Esse povo já estará portando “o selo
de Deus”. A vitória contra a besta e a sua imagem estará assegurada.

O Que é Graça?

Muitas pessoas desconhecem o que seja a graça, embora creiam que serão salvas
por ela. Para esquivar-se de certas responsabilidades impostas pela vida cristã, com
frequência afirmam que estão agora na “dispensação da graça”, como se não houvesse
graça nos tempos do Antigo Testamento.
Se não houvesse graça antes da cruz, os que viveram antes dela não poderiam
ser salvos, pois todos pecaram e o salário do pecado é a morte (Rom. 6:23). Que somos
salvos pela graça, não há dúvida; mas, é claro que a graça não nos exime de todas as
responsabilidades da vida cristã.
Então, afinal, o que é a graça? Muitos dos que dizem ser salvos pela graça, não
sabem explicá-la. Assim, Paulo define a graça: “Pois a graça de Deus se manifestou,
trazendo salvação a todos os homens” (Tito 2:11).

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Entendemos que a graça de Deus é o grande plano divino centralizado em Cristo,


para salvação de todo pecador arrependido. Em outras palavras, é o evangelho de Cristo
(Atos 20:24). Vê-se, pois, que graça e evangelho são sinônimos.
Como podemos nos apoderar da graça? Diz Paulo: “...mediante quem [por
Cristo] obtivemos entrada pela fé e esta graça...” (Rom.5:2). E, depois de nos
apoderarmos da graça pela fé, somos justificados por ela dos nossos pecados: “Pois todos
pecaram e destituídos estão da glória de Deus, e são justificados gratuitamente pela sua
graça, pela redenção que há em Cristo Jesus” (Rom.3:23-24).
Mas, quem poderá, em verdade, ser justificado pela graça por meio de Cristo?
Aqui está a resposta do apóstolo: “...mas os que praticam a lei hão de ser justificados”
(Rom.2:13).
Ora, uma vez que é indispensável a fé para nos apossarmos da graça e necessária
a observância da lei de Deus para sermos justificados por ela, concluímos que a fé e a lei
estão unidas na salvação pela graça. É preciso, portanto, harmonizar a fé com a lei para
nos apoderarmos da graça e da justificação, ambas indispensáveis para a salvação.
Agora, sim, somos salvos pela graça através da fé, que nos conduz
inexoravelmente a aceitar e observar a lei de Deus: “Pois é pela graça que sois salvos, por
meio da fé – e isto não vem de vós, é dom de Deus – não das obras, para que ninguém se
glorie. Pois somos feitura sua, criados em Cristo Jesus para as boas obras, as quais Deus
preparou para que andássemos nelas” (Efés.2:8-10). “Anulamos, pois, a lei pela fé? De
maneira nenhuma! Antes confirmamos a lei” (Rom.3:31).
Resumindo: o pecador é perdoado e justificado pela graça do Salvador, não para
continuar a violar a lei, mas para, daí em diante, viver em harmonia com ela. Nas palavras
de Paulo: “Pois o pecado não terá domínio sobre vós, porque não estais debaixo da lei,
mas debaixo da graça. Que diremos, pois? Havemos de pecar por não estarmos debaixo
da lei, mas debaixo da graça? De modo nenhum” (Rom.6:14-15).
Quando Paulo afirma que não estamos “debaixo da lei”, ele quer dizer como
meio de salvação, “pois é pela graça que sois salvos”. Ninguém é salvo pelas obras da lei.
Não há qualquer dúvida quanto a isto. No entanto, ele deixa enfatizado que os que estão
“debaixo da graça” não pecam contra a lei de Deus. Pelo contrário, vivem em harmonia
com ela exatamente por estarem debaixo da graça de Deus.
Por fim, o apóstolo apela para que todos nos acheguemos “com confiança ao
trono da graça” (Heb.4:16). Disto compreende que a existência de um trono implica na

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existência de um reino, e a existência de um reino, implica na existência de uma lei do


mesmo reino.
Não pode assim existir um reino da graça sem a sua respectiva lei. Desse modo,
os que pretendem viver no Reino da Graça eximindo-se de cumprir sua lei, não sabem
realmente o que fazem.

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CAPÍTULO 3
APOCALIPSE CAPÍTULO 16

Antes de libertar Seu povo do cativeiro do Egito, Deus fez com que dez pragas terríveis
caíssem sobre o poder opressor. Da mesma maneira, antes do segundo advento de Cristo, Deus fará
cair sete tremendas pragas sobre os opressores de Seu povo.
Elas serão derramadas sobre os que tomaram sua decisão com a besta, sua imagem e
receberam o seu sinal e oprimiram o povo de Deus. As pragas serão o resultado da desobediência
aberta aos Mandamentos de Deus.
As sete pragas são luzes de advertência à civilização atual do grave perigo futuro. Trarão o
cunho da ira de Deus, sem mescla de misericórdia, como desfecho da história de uma civilização que
O desonra.
Serão lançadas na Terra exatamente ao fechar-se a porta da graça. Todo aquele que as receber
é digno delas, pois menosprezou o evangelho da graça que o poderia livrar do grande perigo;
endureceu o coração face à mensagem de misericórdia e zombou do Salvador.
Deus é amor. Embora o povo O amaldiçoe diante de Sua face, Ele continua a abençoá-lo,
derramando Suas bênçãos, como o Sol e a chuva, tanto sobre justos como injustos (Mateus 5:45).
Em breve, porém, a taça da ira de Deus ficará cheia e Ele, então, fará o que a Bíblia chama de
Sua estranha obra (Isaías 28:21). É chamada assim porque Deus é amor (I João 4:8) e não tem prazer
no castigo do ímpio (Ezequiel 18:32).
Naquele dia, Deus protegerá o Seu povo. Ele diz: “Vai, pois, povo Meu, entra nos teus quartos
e fecha as tuas portas sobre ti; esconde-te só por um momento, até que passe a ira. Pois eis que o
Senhor sai do Seu lugar, para castigar a iniquidade dos moradores da Terra; a Terra descobrirá o sangue
que embebeu, e já não encobrirá aqueles que foram mortos (Isaias 26:20-21).
De acordo com a Bíblia, as sete pragas durarão um dia profético, ou seja, o período de um
ano. “Por isso, em um só dia, sobrevirão os seus flagelos” (Apocalipse 18:8).

Quando Ocorrerão as 7 Pragas

Apocalipse 16:1 – “Então ouvi, vinda do templo, uma grande voz que dizia aos sete anjos:
Ide, e derramai sobre a terra as sete taças da ira de Deus”.

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Apocalipse 16:2 – “O primeiro saiu e derramou a sua taça sobre a terra, e apareceu uma chaga
feia e dolorosa nos homens que tinham o sinal da besta e que adoravam a sua imagem”.
As sete pragas serão derramadas na Terra logo após o fechamento da porta da graça. A mão
misericordiosa que deteve a ira não poderá mais interceder. Será o chamado “tempo de angústia”, sem
paralelo na história, predito por Daniel (Dan.12:1). As pragas são inteiramente literais. Cada praga
perdurará até que todas sejam derramadas.
Não haverá quem possa curar aquele que for ferido por esta praga da ira de Deus. É este o
verdadeiro quadro da profecia de Zacarias: “E esta será a praga com que o Senhor ferirá a todos os
povos que guerrearam contra Jerusalém: a sua carne será consumida, estando eles de pé, e lhes
apodrecerão os olhos nas suas órbitas, e lhes apodrecerá a língua na sua boca” (Zac.14:12).
A primeira praga terá por alvo uma classe definida de pessoas. Ela cai sobre os que têm “o
sinal da besta” e adoram “a sua imagem”. Assim a primeira praga será uma resposta categórica aos
pretensos teólogos que, cheios de prevenção e aversão à lei de Deus, ensinam o povo a guardar o
domingo, um dia que foi estabelecido por um imperador romano, e a rejeitar abertamente o selo de
Deus, o santo Sábado. Estes senhores do falso púlpito sofrerão a ira de Deus, sem misericórdia.
Antes da primeira praga cair sobre o seu alvo, anunciando o fechamento da porta da graça, a
mensagem do terceiro anjo terá realizado a sua obra de advertência contra a adoração da besta, sua
imagem e seu sinal. Portanto, antes que os anjos derramem as pragas, toda a família humana estará
selada e dividida em duas classes de pessoas:

Os que guardam os mandamentos de Deus (Apoc.12:17)

Os que têm o sinal da besta (Apoc.14:9-10)


Para cada praga, existe uma promessa para o povo de Deus. Não há tentação sem um escape.
Não há ameaça sem uma promessa.

Promessa de Deus aos Fiéis

“Não te assustarás do terror noturno... nem da peste que se propaga nas trevas... Caiam mil ao
teu lado, e dez mil à tua direita; tu não serás atingido... Nenhum mal te sucederá, praga nenhuma
chegará à tua tenda” (Sal. 91:5-10).

Segunda Praga

Apocalipse 16:3 – “O segundo anjo derramou a sua taça no mar, que se tornou em sangue
como de um morto, e morreram todos os seres viventes que estavam no mar.”.
Esta segunda praga, que será lançada no mar, redundará numa catástrofe. Todas as águas
salgadas do mundo tornar-se-ão em sangue de morto.

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É difícil conceber algo mais infeccioso do que o sangue de um morto. Após a morte, o sangue
se transforma imediatamente. Basta dizer que todos os animais marinhos morrerão.
Por certo um odor repugnante inundará a Terra, levado pelos ventos. Evidentemente, todo o
tráfego internacional marítimo terá que ficar repentinamente paralisado.

Terceira Praga

Apocalipse 16:4 – “O terceiro anjo derramou a sua taça nos rios e nas fontes das águas, e se
tornaram em sangue”.
Apocalipse 16:5 – “Então ouvi o anjo das águas dizer: Justo és Tu, ó Senhor, que és e que
eras, o Santo, porque julgaste estas coisas”;
Apocalipse 16:6 – “porquanto derramaram o sangue de santos e de profetas, também Tu lhe
deste sangue a beber; são merecedores disto”.
Apocalipse 16:7 – “E ouvi uma voz do altar responder: Na verdade, ó Senhor Deus Todo-
Poderoso, verdadeiros e justos são os Teus juízos”.
Os rios e as fontes das águas constituem o alvo da terceira praga. Todas as águas tornar-se-ão
em sangue de morto. Será uma calamidade mundial. Os reservatórios não conterão água potável, mas
apenas “sangue como de um morto”.

Promessa de Deus aos Fiéis


Deus assegura proteção ao Seu povo: “Os aflitos e necessitados buscam águas, e não as há, e
a sua língua se seca de sede; mas eu, o Senhor, os ouvirei, Eu, o Deus de Israel, não os desampararei”
(Isaias 41:17).

Quarta Praga

Apocalipse 16:8 – “O quarto anjo derramou a sua taça sobre o sol, e foi-lhe permitido que
abrasasse os homens com fogo”.
Apocalipse 16:9 – “Os homens foram abrasados com grande calor, e blasfemaram contra o
nome de Deus, que tem poder sobre estas pragas, mas não se arrependeram para lhe darem glória”.
O sol, adorado pelos pagãos e pelo cristianismo apostatado, revoltar-se-á contra os seus
adoradores, abrasando-os. Os infiéis continuarão blasfemando contra Deus.
Eles não podem arrepender-se, porque o arrependimento é obra do Espírito Santo e, antes que
as pragas caiam, o Espírito de Deus terá sido retirado da Terra.

Promessa de Deus aos Fiéis


Deus promete proteger Seu povo: “O Senhor é quem te guarda; o Senhor é a tua sombra à tua
direita. De dia não te molestará o Sol, nem de noite, a Lua” (Sal.121:5-6).

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Quinta Praga

Apocalipse 16:10 – “O quinto anjo derramou a sua taça sobre o trono da besta, e o seu reino
se fez tenebroso. Os homens mordiam as suas línguas de dor”,
Apocalipse 16:11 – “e por causa das suas dores, e por causa das suas chagas, blasfemaram
contra o Deus do céu, e não se arrependeram das suas obras”.
O objetivo desta quinta praga é o trono da besta. Ao cair sobre o seu trono ficará constatado,
mais do que nunca, que o seu poder pertence ao reino das trevas e está sob o controle do príncipe das
trevas.
Deus é um Deus de luz. A primeira coisa que Ele fez na criação do mundo foi criar a luz. Ele
disse: “Haja luz”. Jesus disse: “Eu sou a luz do mundo”.
Há uma semelhança entre estas pragas e as pragas que caíram no Egito. Foram juízos de Deus
que caíram sobre um pequeno país, enquanto as sete últimas pragas afetam o mundo inteiro.
Promessa de Deus aos Fiéis
Quando o Egito estava em trevas, havia luz nas habitações dos israelitas. Deus não deixará o
Seu povo na escuridão: “Mas para vós outros que temeis o Meu nome nascerá o Sol da justiça, trazendo
salvação nas suas asas...” (Mal. 4:2, p.p.).

Sexta Praga

Apocalipse 16:12 – “O sexto anjo derramou a sua taça sobre o grande rio Eufrates, e a sua
água secou-se, para que se preparasse o caminho dos reis do Oriente”.
Por ocasião da queda da Babilônia literal, foi secando as águas do Eufrates que Ciro teve
acesso à cidade. Quando a Babilônia espiritual cair, as águas (que são “povos, multidões, nações e
línguas” Apoc.17:15) vão secar.
Hoje, multidões enormes apoiam a “Babilônia”. A Babilônia moderna, profética, confia no
seu “Eufrates” (o apoio da população mundial) de maneira tão ingênua quanto a antiga Babilônia
confiou no seu Eufrates (o literal). Este apoio vai secar.
Apocalipse 17:16 diz que os chifres (as nações de todo o mundo) se voltarão contra a meretriz.
Milhões e milhões de pessoas ao redor do mundo vão, de repente, perceber a hipocrisia de seus líderes
espirituais e terão repugnância do clero, em quem depositaram sua confiança. Elas ficarão desiludidas
e retirarão o apoio que deram ao falso sistema religioso conhecido como Babilônia.

As Contrafações de Satanás

Apocalipse 16:13 – “Então vi três espíritos imundos, semelhantes a rãs, saírem da boca do
dragão, da boca da besta e da boca do falso profeta”.

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Apocalipse 16:14 – “São espíritos de demônios que operam sinais e vão ao encontro dos reis
de todo o mundo, a fim de congregá-los para a batalha, naquele grande dia do Deus Todo-poderoso”.
O livro de Apocalipse fala sobre os três anjos de Deus que proclamam uma mensagem ao
mundo. Os três espíritos imundos de Satanás proclamam uma falsa mensagem ao mundo.
A Trindade (Pai, Filho e Espírito Santo) é imitada pelo dragão, a besta e o falso profeta,
formando uma falsa e demoníaca trindade. Deus tem um trono e o Apocalipse fala sobre o trono da
besta.
No Calvário, Jesus recebeu uma ferida mortal e ressuscitou. A besta-leopardo recebe uma
ferida mortal e é curada. Deus promete selar-nos com o selo de Deus. Satanás oferece o sinal da besta.

A Batalha Final Que Precede a Volta de Jesus

Apocalipse 16:15 – “Eis que venho como ladrão! Bem-aventurado aquele que vigia e guarda
as suas vestes, para não andar nu, e não se veja a sua vergonha.”
Apocalipse 16:16 – “Então congregaram os reis no lugar que em hebraico se chama
Armagedom.”
Armagedom – Uma das mais importantes encruzilhadas do mundo fica no vale do Megido.
Essa região conhecida como o Armagedom é o ponto de encontro de três continentes.
Uma estrada vai para o Egito e a África; outra leva para a Europa e uma terceira leva para a
Ásia. Foi ali que as rivalidades dos grandes poderes mundiais colidiram. Ali foi o campo de batalha
onde os maiores conflitos entre Israel e seus inimigos ocorreram.
O Armagedom é um símbolo da última grande batalha que ocorrerá na Terra. Será muito mais
do que uma ação militar em algum ponto do Oriente Médio. Será uma luta universal liderada por
demônios, os quais reunirão todas as nações e as levarão a guerrear contra Deus.
Será a última parte da grande controvérsia, iniciada muito tempo atrás por Lúcifer. E todos
nós estaremos envolvidos. Assim, como não houve neutros nos dias de Noé, tampouco haverá neutros
neste conflito.
O Armagedom será, na verdade, uma luta entre o diabo e as nações ímpias de um lado, e Deus
e Seu povo do outro. A batalha do grande dia de Deus Todo-poderoso terá fim, não pela supremacia
de uma nação sobre outra ou de um grupo de nações sobre outro, mas pelo súbito aparecimento de
Jesus Cristo ao vir em grande poder e glória. Os ímpios fugirão aterrorizados.
Quando os santos que dormem forem despertados para a imortalidade, e os santos vivos
tomados para encontrar o Senhor nos ares, os ímpios que recusaram a salvação fugirão aterrorizados,
tão-somente para serem destruídos “com o resplendor de Sua vinda” (II Tess. 2:8).
Que cena: Vitória para os santos, tragédia para os pecadores intransigentes!
Promessa de Deus
“Sê fiel até o fim, e dar-te-ei a coroa da vida” (Apoc. 2:10 u.p.).

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Sétima Praga

Apocalipse 16:17 – “O sétimo anjo derramou a sua taça no ar, e saiu grande voz do templo
do céu, do trono, dizendo: Está feito”.
Apocalipse 16:18 – “E houve relâmpagos, vozes, trovões, e um grande terremoto, como nunca
tinha havido desde que há homens sobre a Terra, tal foi o terremoto, forte e grande”.
Apocalipse 16:19 – “A grande cidade fendeu-se em três partes, e as cidades das nações caíram.
Deus se lembrou da grande Babilônia, para lhe dar o cálice do vinho da indignação da Sua ira”.
Apocalipse 16:20 – “Todas as ilhas fugiram, e os montes não mais se acharam”.
Apocalipse 16:21 – “E sobre os homens caiu do céu uma grande saraivada, pedras que
pesavam cerca de um talento. E os homens blasfemaram contra Deus por causa da praga da chuva de
pedra, porque a sua praga era muito grande”.
A indignação da ira de Deus culminará numa tempestade mundial assoladora. Uma grande
voz procedente do templo de Deus anunciará: “Está feito”. Está consumado o juízo sobre a última
geração.
Um horrível quadro se vê na Terra. Multidões estão cobertas de chagas; as águas se tornaram
em sangue; o Sol abrasa como fogo; o reino da besta está em trevas; os exércitos das nações estão
congregados no Armagedom.
Por fim, o sétimo anjo terminará o quadro sacudindo violentamente todo o globo da Terra.
Todas as cidades das nações ruirão como castelos de cartas. Todas as obras do homem desaparecerão
para sempre.
O verdadeiro nome desta grande cidade simbólica é “Babilônia”. Ela é formada de três partes,
ou três distintos poderes mundiais: o dragão, a besta e o falso profeta. É a Babilônia espiritual que
cairá.

Promessa de Deus

Para os fiéis discípulos de Deus, haverá plena proteção neste tempo futuro. O Salmo 91 lhes
dá plena certeza do cuidado de Deus. E o profeta Joel diz: “O Senhor bramará de Sião, e dará a Sua
voz de Jerusalém; os céus e a Terra tremerão. Mas o Senhor será o refúgio do Seu povo, e a fortaleza
dos filhos de Israel” (Joel 3:16).

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CAPÍTULO 4
APOCALIPSE CAPÍTULO 17

A Condenação da Falsa Igreja

Mulher em profecia significa Igreja. O capítulo 12 de Apocalipse apresenta uma


mulher cujos símbolos que a representam não deixam dúvidas quanto a ser a verdadeira
Igreja de Deus.
Mas, neste capítulo, uma outra mulher é apresentada. Uma mulher “vestida de
púrpura e de escarlate e adornada com ouro, pedras preciosas e pérolas”. Uma mulher,
que tem em sua mão “um cálice de ouro cheio das abominações e da imundícia da sua
prostituição”.
Uma mulher com a qual “se prostituíram os reis da Terra”; que embebeda os
habitantes da Terra “com vinho da sua prostituição”; que “está embriagada com o sangue
dos santos e com o sangue das testemunhas de Jesus”.
Uma mulher denominada de “a grande Babilônia, a mãe das prostituições e das
abominações da terra”. Enfim, uma mulher “montada numa besta escarlate, que estava
cheia de nomes de blasfêmias, e que tinha sete cabeças e dez chifres”.

A profecia não deixa dúvidas de que esta mulher é a Igreja de Roma.

Apocalipse 17:1 – “Veio um dos sete anjos que tinham as sete taças e me disse:
Vem, mostrar-te-ei a condenação da grande prostituta que está assentada sobre muitas
águas”.
O apóstolo João descreve a cena em que um anjo se aproxima e o leva a uma
visão da condenação da “A grande prostituta” – Assim é declarada esta Igreja porque foi
infiel ao Senhor Jesus Cristo. Adulterou, tornando-se amante da idolatria.
Apocalipse 17:2 – “Com ela se prostituíram os reis da terra, e os que habitam na
terra se embebedaram com o vinho da sua prostituição”,

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Esta tem sido a história da igreja de Roma, desde o quarto século até nossos dias.
Deixou de ser uma igreja para ser um Estado em meio aos Estados do mundo. Sua
influência entre os governos da Terra, com raras exceções, é a mais poderosa de todas as
influências humanas.
E, como igreja, não está ligada ao Estado por afinidades espirituais, mas por
finalidades políticas, isto é, para fazer do Estado um instrumento de sua política sob o véu
da religião.
Uma pessoa embriagada tem sua mente entorpecida pela ação do álcool. Perde-
se a razão e o domínio próprio, e a mente se torna totalmente indefesa.
Mas o que é, afinal, o “vinho da sua prostituição?” Sabemos que a “mulher” aqui
é a igreja que se prostituiu por abandonar a verdade de Cristo. Portanto, é o seu corpo de
falsas doutrinas que constitui o “vinho da sua prostituição”, com o qual “os habitantes da
Terra se embebedaram”.
Embriagadas com o vinho servido pela “grande prostituta”, as multidões da
Terra não podem entender as verdades do evangelho. Suas mentes estão embotadas pelo
vinho dos enganos da “grande Babilônia” e, por mais clara que seja a verdade de Cristo,
seus olhos e ouvidos não podem vê-la e aceitá-la.
Apocalipse 17:3 – “Então o anjo me levou em espírito a um deserto, e vi uma
mulher montada numa besta escarlate, que estava cheia de nomes de blasfêmia, e que
tinha sete cabeças e dez chifres”.
A mulher santa do capítulo 12, que representa a igreja de Cristo, foi vista nas
alturas dos Céus. A mulher deste capítulo 17, a “grande prostituta”, foi vista no deserto,
lugar da habitação dos demônios.
A besta de cor escarlate sobre a qual a mulher está montada tem todas as
características do dragão vermelho do capítulo 12 e muita semelhança com a besta do
capítulo 13.
O dragão, diz a profecia, é Satanás no controle do Império Romano, sendo
também Roma-pagã. A besta do capítulo 13, que recebera poder do dragão, é Roma-papal,
sucessora de Roma-pagã. Assim podemos ter uma ideia da besta sobre a qual a igreja de
Roma fora vista “montada”.
Blasfêmias são palavras que ofendem a Deus. A besta sobre a qual a mulher está
montada age desta forma. Proclamar -se intermediário entre o povo e Deus e afirmar que
pode perdoar pecados são algumas das blasfêmias cometidas por esta igreja prostituta.

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Mãe das Prostituições da Terra

Apocalipse 17:4 – “A mulher estava vestida de púrpura e de escarlate, e adornada


com ouro, pedras preciosas e pérolas. Tinha na mão um cálice de ouro cheio das
abominações e da imundícia da sua prostituição”.
Há mais de dois mil anos, João descreveu exatamente as cores das roupas usadas
pelos líderes desta Igreja. Púrpura e escarlate são as cores predominantes na indumentária
dos cardeais da igreja de Roma.
Os adornos de “ouro, pedras preciosas e pérolas” mostram a riqueza desta igreja
milenar. Cumprem-se, um a um, os detalhes da profecia.
A igreja que se arroga ser depositária da verdade, serve em taça de ouro
abominações e imundícias resultantes da sua prostituição. A aparência do que ela
apresenta é bonita, atraente, reluzente: Grandes catedrais, as igrejas ou templos maiores
e mais bonitos do mundo, entre todas as religiões (daí o ouro); mas, o conteúdo da taça
de ouro é abominável: Falsas doutrinas, prostituições e adultérios (espiritualmente
falando, na Bíblia, a idolatria é vista como traição a Deus – nosso Criador e Salvador).
Apocalipse 17:5 – “E na sua testa estava escrito: Mistério, a grande Babilônia, a
mãe das prostituições e das abominações da terra”.
A testa é a sede da razão e da consciência. Isto significa que a liderança da igreja
de Roma tem plena consciência do que a profecia diz a seu respeito. O apóstolo Paulo se
referiu ao “mistério” da grande Babilônia, denominando-o de “mistério da injustiça” (II
Tess. 2:7).
Não era um mistério Roma-pagã perseguir a Igreja Cristã. Mas, uma igreja que
se dizia cristã, embriagar-se “do sangue dos santos e do sangue das testemunhas de Jesus”,
isso é verdadeiramente um mistério.
Comparando a igreja de Roma com a antiga Babilônia, a revelação faz uma
drástica denúncia ao responsabilizá-la pela corrupção da fé cristã. A antiga Babilônia é
reconhecida por dominar as consciências humanas, impondo a idolatria e uma religião
que tinha por fundamento a salvação pelas obras ao invés da salvação pela fé instituída
no plano de Deus. Desse modo, Roma é a Babilônia do Apocalipse.
Quem são estas “prostitutas”, das quais a igreja de Roma é a mãe? As filhas são
as igrejas protestantes que com ela comungam em muitos pontos de doutrinas.
A Babilônia “mãe” e suas filhas são acusadas de provocarem a confusão reinante
no seio do cristianismo, com suas centenas de denominações e falsas doutrinas.

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Apocalipse 17:6 – “Vi que a mulher estava embriagada com o sangue dos santos
e com o sangue das testemunhas de Jesus. Quando a vi, admirei-me com grande espanto”.
Na Inquisição, os seguidores fiéis da palavra de Deus foram perseguidos e
assassinados. Cada detalhe da profecia é comprometedor contra a igreja de Roma. A
revelação de Deus denuncia esta instituição como anticristã.
Apocalipse 17:7 – “Então o anjo me disse: Por que te admiras? Eu te direi o
mistério da mulher, e da besta que a leva, a qual tem sete cabeças e dez chifres”.
Por que João ficou admirado? Certamente não era em face da perseguição ao
povo de Deus, afinal ele havia testemunhado a feroz perseguição do poder romano contra
Jesus.
A grande questão é que essa perseguição anterior vinha da Roma-pagã, inimiga
declarada de Cristo. Agora, ele via uma igreja nominalmente cristã perseguindo cristãos
verdadeiros.

União Igreja & Estado

Apocalipse 17:8 – “A besta que viste era e já não é, e subirá do abismo, e irá à
sua destruição. Os que habitam na terra (cujos nomes não estão escritos no livro da vida
desde a fundação do mundo) se admirarão, vendo a besta que era e já não é, mas que virá
[agora é]”.
Aparentemente, este texto pode parecer um tanto confuso; mas, existe uma
explicação lógica para o verso. Nunca é sábio ser dogmático quando se estuda profecias
não cumpridas. Um princípio bíblico é claro: Jesus disse: disse-vos agora, antes que
aconteça, para que, quando acontecer, vós creiais (João 14:29).
Os acontecimentos, quando ocorrerem, sem dúvida esclarecerão muitas dessas
passagens difíceis. Alguns estudiosos sustentam que se pode dizer que a besta, ou poder
político do papado era de 538 a 1798; já não era de 1798 a 1929; mas que virá.
A mulher representa o poder eclesiástico; a besta, o poder político. Neste
símbolo, encontramos completa união entre igreja e o Estado, e todos cujos nomes “não
estão escritos no livro da vida” ficam admirados ao testemunhar o surgimento e influência
deste tremendo poder político-religioso descrito como “a besta que era, e que já não é,
mas que virá”.
Apocalipse 17:9 – “Aqui é necessário a mente que tem sabedoria. As sete
cabeças são sete montes, sobre os quais a mulher está assentada.”

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A Bíblia revela o local ou sede da Igreja Prostituta: Roma, a cidade edificada


sobre sete montes, chamada de “a cidade das 7 colinas”, denominadas: Aventino,
Palatino, Quirinal, Viminal, Ceoli, Janículo e Esquilino. Assim, em primeiro plano, as
sete cabeças apontam para a cidade de Roma.
Apocalipse 17:10 – “São também sete reis. Cinco já caíram, um existe, o outro
ainda não é chegado. Quando vier, convém que dure um pouco de tempo”.
Em segundo plano, as sete cabeças da besta “são também sete reis”. Ao tempo
em que esta profecia teve sua especial aplicação, cinco das sete cabeças da besta já haviam
“caído”.
Embora possa não ser sábio mostrar-se dogmático sobre a identificação dessas
cabeças, é significativo que há sete diferentes e distintos poderes introduzidos nas
Escrituras pelos símbolos proféticos.
Estes estão claramente indicados: Babilônia (o leão, Dan.7:4); Pérsia (o urso,
Dan.7:5); Grécia, o leopardo, Dan.7:6); Roma-pagã (a besta com dez chifres, Dan.7:7);
Roma-papal, ou eclesiástica (a besta com sete cabeças de Apocalipse 13 e também a ponta
pequena de Dan.7:8; Apoc.13:2, 5); Democracia ou os EUA (a besta com dois chifres que
fará uma imagem à besta, Apoc.13:11-14) e a última grande confederação do mal (a besta
escarlate, Apoc.17:3).
Apocalipse 17:11 – “A besta que era e já não é, é o oitavo rei. Pertence aos sete,
e vai à sua destruição”.
O poder romano é um só, quer na fórmula pagã quer na papal; a besta é um único
poder e suas sete cabeças a representam em toda a sua história. Desse modo, o poder
revitalizado do papado é a sétima das sete cabeças da besta. E quando, por um breve
tempo, a besta e o falso profeta unirem seus poderes, constituirão o “oitavo rei”.
Apocalipse 17:12 – “Os dez chifres que viste são dez reis que ainda não
receberam o reino, mas receberão a autoridade, como reis, por uma hora, juntamente com
a besta.”
Apocalipse 17:13 – “Estes têm um mesmo intento, e entregarão o seu poder e
autoridade à besta.”
Esses assim chamados reis têm um mesmo intento, e entregarão o seu poder e
autoridade à besta. Esta grande nova confederação de poder político e eclesiástico tem
pouca duração (cerca de uma hora profética).
Isaías 8:9-15 fala a respeito de uma confederação que existirá nos últimos dias,
a qual equivale à declaração acerca de dez reis com apenas um propósito. Apocalipse

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16:13-14 fala acerca de três espíritos imundos que reúnem os reis do mundo inteiro para
a batalha do Armagedom.
Apocalipse 17:14 – “Guerrearão contra o Cordeiro, e o Cordeiro os vencerá,
porque é o Senhor dos senhores e o Rei dos reis; vencerão também os que estão com ele,
chamados eleitos e fiéis”.
Apocalipse 17:15 – “Então o anjo me disse: As águas que viste, onde se assenta
a prostituta, são povos, multidões, nações e línguas.”
Apocalipse 17:16 – “A besta e os dez chifres que viste são os que odiarão a
prostituta, e a tornarão desolada e nua, e comerão as suas carnes, e a queimarão no fogo”.
Um dia, os que foram enganados pelos falsos mestres religiosos terão um triste
despertar, e se voltarão contra os que os ludibriaram. Eles ficarão furiosos pela maneira
errônea com que foram orientados, e deixarão de apoiar a igreja de Roma.
Apocalipse 17:17 – “Pois Deus lhes pôs no coração o realizarem o intento dele,
concordando dar à besta o poder de reinar, até que se cumpram as palavras de Deus”.
Apocalipse 17:18 – “A mulher que viste é a grande cidade que reina sobre os
reis da terra”.
Alguma forma de religião apostatada sempre tem sido usada pelo inimigo para
manipular o poder civil, tentando atrapalhar os planos de Deus e criando dificuldade para
Seu povo. Durante os tempos modernos o povo de Deus tem tido descanso de
perseguições governamentais.
Em breve, a ferida mortal estará plenamente curada e a besta vai recobrar todo
seu poder e o mundo a seguirá. O falso profeta começará a falar como dragão e todos os
outros eventos acontecerão sucessivamente.
Nenhum filho fiel à Palavra de Deus será pego de surpresa; muito pelo contrário,
o cumprimento das profecias bíblicas irá mais uma vez confirmar a fé em Jesus e em Sua
breve e certa volta.

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CAPÍTULO 5
APOCALIPSE CAPÍTULO 18

A queda de Babilônia

Este grande acontecimento ocupa um lugar importante na profecia bíblica. Foram preditos
mais de cem detalhes a respeito da queda da Babilônia literal.
Muito antes que isso acontecesse, a Bíblia identificou os poderes que
marchariam contra a Babilônia, quem comandaria os exércitos, como a cidade seria
tomada e quais as condições na cidade no tempo da invasão.
Agora, no capítulo 18, a profecia trata, em primeiro lugar, de um grande esforço
para advertir o povo de Deus acerca da iminente queda da Babilônia espiritual.
Em segundo lugar, o capítulo trata da condenação “da grande Babilônia” e do imenso
espanto que isso causará aos que serão condenados com ela. Mas a Babilônia “mãe” não
cairá sozinha. Suas filhas serão igualmente desmascaradas e destruídas.
Apocalipse 18:1 – “Depois destas coisas vi descer do céu outro anjo q ue tinha grande
autoridade, e a terra foi iluminada com o seu esplendor”.
Ao anjo é dada grande autoridade por causa da importância da sua mensagem.
Este anjo anuncia uma poderosa obra religiosa de âmbito mundial. É uma mensagem
própria para o fim dos tempos, por duas razões:
1 ) Tr a z o a n ú n c i o d a q u e d a d a B a b i l ô n i a e d e s u a c o n d e n a ç ã o ;

2) Apresenta a iminência do derramamento das sete pragas descritas no capítulo


16.

A queda da Babilônia é um evento público. A fim de que Seu povo esteja preparado para
esta tremenda crise que virá, Deus está enviando Sua última mensagem de misericórdia.
Todo o mundo será iluminado com a luz desta mensagem.

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Apocalipse 18:2 – “Ele clamou com poderosa voz: Caiu, caiu a grande Babilônia, e se
tornou morada de demônios, e guarida de todo espírito imundo, e esconderijo de toda ave
imunda e detestável”.
Por ocasião da mensagem do terceiro anjo, a “mãe” e suas filhas serão
denunciadas como igrejas caídas. E o pior: Como “morada de demônios e guarida (coito)
de todo espírito imundo”. S eus ensinos são denunciados como resultantes da união
espiritual (coito) com demônios e espíritos imundos. Se a pomba é o emblema do Espírito
Santo, as aves imundas são emblemas da Babilônia espiritual.
Apocalipse 18:3 – “Pois todas as nações beberam do vi nho da ira da sua
prostituição. Os reis da terra se prostituíram com ela, e os mercadores da terra se
enriqueceram com a abundância da sua luxúria”.
Suas falsas doutrinas constituem o vinho da sua prostituição com o qual
embriaga as nações da Terra. As falsas doutrinas são comparadas ao vinho porque
entorpecem a mente e, assim, afetam a capacidade de discernir e de raciocinar de uma
pessoa. Tal como o vinho, as falsas doutrinas retiram da pessoa sua capacidade de
discernir o erro.
Não fosse pela ação danosa deste vinho que mantém as nações embriagadas,
multidões seriam convencidas e convertidas pelas verdades claras contidas na Palavra de
Deus.
Mas o vinho da Babilônia é chamado de “vinho da ira”. Por quê? O vocábulo
grego “thumos” significa ira, ódio, raiv a. É uma raiva criada pelas falsas doutrinas.
Assim, quando os reis da Terra bebem deste vinho, são instigados pela cólera a irem
contra os que não concordam com as heresias. Por isso, aquele que se nega a beber o
vinho da Babilônia está marcado para pagar por sua ousadia.

A Ordem Para Sair de Babilônia

Apocalipse 18:4 – “Ouvi outra voz do céu dizer: Sai dela, povo meu, para que
não sejas participante dos seus pecados, para que não incorras nas suas pragas”.
Apocalipse 18:5 – “pois os seus pecados se ac umularam até o céu, e Deus se
lembrou das iniquidades dela”.

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A expressão “sai dela” é um imperativo, ou seja, uma ordem. Babilônia não pode
ser reformada, de acordo com as Escrituras. Só há um remédio: separar-se completamente
dela. Assim como Ló foi chamado para fora de Sodoma, antes que ela fosse destruída por
fogo e enxofre (Gên. 19:14-29), da mesma forma o povo de Deus é dirigido por uma voz
que vem do Céu dizendo-lhe para sair de Babilônia, antes que ela caia.
Quando a velha Babilônia do rio Eufrates estava perto de ser destruída pelos
juízos de Deus, o Senhor enviou a Seu povo (Israel), que nela ainda estava, um solene
aviso e conselho: “Fugi do meio de Babilônia...” (Jer.51:6).
Os juízos de Deus estão prestes a cair na forma das sete últimas pragas, e todos
que se recusarem a separar-se de Babilônia e de seus pecados serão destruídos com ela.
Esta é a “voz do Céu” que ilumina toda a Terra: “Sai dela, povo meu”.
Deus tem, e sempre teve, um povo em Babilônia. Mas a Sua mensagem tem
iluminado toda a Te rra, através da “voz do Céu”. Porém muitos que ficaram
impressionados foram impedidos de compreender completamente a verdade, ou de lhe
prestar obediência.
Agora, os raios da luz penetram por toda a parte. A verdade pode ser vista em toda a sua
clareza, e os sinceros filhos de Deus certamente se desvencilharão das amarras que os têm
retido. Laços de família, relações na igreja, serão impotentes para detê-los. A verdade
vale mais do que tudo.
Deus tem filhos honestos e sinceros em Babilônia que apenas não receberam o
conhecimento da verdade. Estão servindo a Deus no erro. Os honestos, que têm sido
impedidos de ouvir a verdade, acabarão por recebê-la e a abraçarão com toda avidez e
alegria.
Quando os que “não creram na verdade, antes tiveram prazer na iniquidade”, forem
abandonados para que recebam a operação do erro e creiam na mentira (II Tess.2:10-12),
a luz da verdade brilhará então sobre todos os corações que se acham abertos para recebê-
la e os filhos do Senhor atenderão ao chamado: “Sai dela, povo meu”.
Assim, quando as pragas começarem a cair, não restará um justo sequer em
Babilônia, como não restou em Sodoma.
Ao ser a questão da obrigatoriedade da guarda do domingo amplamente
divulgada, fazendo aproximar-se o fato há tanto tempo posto em dúvida, o apelo para a
fuga de Babilônia produzirá um efeito que antes não seria possível produzir.

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Os que forem levados aos tribunais, defenderão destemidamente a verdade de


Deus e muitos dos que os ouvirem serão levados a guardar os mandamentos de Deus.
Assim, a luz chegará a milhares que, de outra forma, nada saberiam destas verdades.
A obediência à Palavra de Deus será considerada rebeldia. Pais exercerão sua
autoridade sobre os filhos crentes; patrões serão severos com empregados fiéis a Deus.
Aqueles que se recusarem a guardar o domingo serão presos. O que agora possa parecer
muito improvável deixará de ser, quando o Espírito Santo Se retirar da Terra.
Apocalipse 18:6 – “Tornai a dar -lhe como ela vos tem dado; retribui-lhe em dobro
conforme as suas obras. No cálice em que vos deu de beber, dai-lhe a ela em dobro”.
Apocalipse 18:7 – “Quanto ela se glorificou, e em luxúria esteve, foi -lhe outro
tanto de tormento e pranto. Diz em seu coração: Estou assentada como rainha, e não sou
viúva, e de modo algum verei o pranto”.
Ela se orgulha de não ser viúva sem poder e abandonada, mas de ser rainha
soberana. Seu desejo é sempre reinar, reinar sobre todas as consciências. Orgulhosa, ela
pensa que está assentada não somente em um lugar elevado, mas também seguro. Tem
grande capacidade de comando sobre muita gente.
Apocalipse 18:8 – “Portanto, num mesmo dia virão as suas pragas, a morte, e o
pranto, e a fome. Será queimada no fogo, pois forte é o Senhor Deus que a julga”.
Trata-se aqui de um dia profético, ou um ano literal. Logo, a Babilônia terá um ano cheio
de vingança do Céu.

O Fim da Babilônia Religiosa

Apocalipse 18:9 – “Os reis da terra, que com ela se prostituíram e viveram em
luxúria, sobre ela chorarão e prantearão, quando virem a fumaça do seu incêndio”.
Apocalipse 18:10 – “E estando de longe pelo temor do tormento dela, dirão: Ai!
ai da grande cidade, Babilônia, a cidade forte! Numa só hora veio o teu juízo.”
Os reis se lamentarão não por causa dos seus pecados, mas por causa do seu
sofrimento, das consequências dos seus pecados. Como Caim, eles não ficam tristes por
seus pecados, mas apenas pelo castigo. Derramam muitas lágrimas por causa de suas
perdas.
Apocalipse 18:11 – “E, sobre ela, choram e lamentam os mercadores da Terra,
porque ninguém mais compra a sua mercadoria”.

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Apocalipse 18:12 – “mercadoria de ouro, de prata, de pedras preciosas, de


pérolas, de linho fino, de púrpura, de seda e escarlate; todo tipo de madeira odorífera, e
todo objeto de marfim, de madeira preciosíssima, de bronze, de ferro e d e mármore”.
Apocalipse 18:13 – “e canela, especiarias, perfume, mirra e incenso; e vinho,
azeite, flor de farinha e trigo; e gado, ovelhas, cavalos e carros; e escravos, e até almas de
homens”.
Apocalipse18:14 – “O fruto que a tua alma cobiçava foi -se de ti. Todas as coisas
delicadas e suntuosas foram-se de ti, e não mais as acharás”.
Apocalipse 18:15 – “Os mercadores destas coisas, que com elas se enriqueceram,
ficarão de longe, pelo temor do tormento dela, chorando e lamentando”.
Os mercadores se lamentam por perderem mercadorias. Lamentam as perdas
materiais. Entre as coisas que deixam de negociar encontram-se “até almas de homens”.
Isso lembra o seu comércio com os cadáveres dos mortos nas chamadas “encomendas dos
corpos” e missas de sétimo dia. Perdões, missas e indulgências enriqueceram a muitos.
Apocalipse 18:16 – “Ai, ai da grande cidade, da que estava vestida de linho fino,
de púrpura, de escarlate, e adornada com ouro, pedras preciosas e pérolas! Numa só hora
foram assoladas tantas riquezas!”.
Apocalipse 18:17 – “Todo piloto, e todo aquele que navega de navio, os
marinheiros, e quantos negociam no mar, se puseram de longe”.
Apocalipse 18:18 – “E, contemplando a fumaça do seu incêndio, clamavam: Que
cidade é semelhante a esta grande cidade?”
Apocalipse 18:19 – “E lançavam pó sobre as suas cabeças, e clamavam,
chorando e lamentando: Ai, ai da grande cidade, na qual todos os que tinham navios no
mar se enriqueceram à custa da sua opulência! Numa só hora foi assolada ”. Se há algo
que arranca um sincero grito de angústia das pessoas da nossa geração é tocar em seus
bens materiais. Alguém já afirmou, ironicamente, que “a parte mais sensível do corpo
humano é o bolso”.
Todos esses símbolos referentes aos reis da Terra, aos mercadores e aos
navegadores ligados a Babilônia, são força de expressão profética para demonstrar a total
destruição de Babilônia e revelar que todos aqueles que a apoiaram e a ajudaram a
difundir seus erros, nada poderão fazer para salvá-la dos juízos de Deus; pois estes
mesmos perecerão para sempre, junto com ela.
Apocalipse 18:20 – “Exulta sobre ela, ó Céu! E vós, santos e apóstolos e
profetas! Deus contra ela vindicou a vossa causa ”. Enquanto na Terra os súditos de

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Babilônia hão de lamentar sua queda e destruição, os Céus se alegrarão pelo seu
desaparecimento. A destruição da Babilônia espiritual será motivo de grande alegria para
o povo de Deus, tal como ocorreu com a destruição de Babilônia, no tempo de Israel.
Apocalipse 18:21 – “Então um forte anjo levantou uma pedra qual uma grande
mó, e lançou-a no mar, dizendo: Com igual ímpeto será lançada Babilônia, a grande
cidade, e nunca mais será achada”.
Afundar uma enorme pedra no mar, antigamente, era símbolo de eterna
destruição. Disse o profeta Jeremias: “Em tu chegando a Babilônia, verás e lerás todas
estas palavras. E dirás: Senhor! Tu falaste a respeito deste lugar, que o havias de
desarraigar, até não ficar nele morador algum, desde o homem até ao animal, mas que se
tornaria em perpétuas assolações. E será que, acabando tu de ler este livro, o atarás a uma
pedra e o lançarás no meio do Eufrates. E dirás: Assim será afundada Babilônia, e não se
levantará” (Jer. 51:60 -64).
Apocalipse 18:22 – “E em ti não se ouvirá mais a voz de harpistas, de músicos,
de tocadores de flautas e de clarins, nem artífice de arte alguma se achará mais em ti. Em
ti não mais se ouvirá ruído de mó”.
Apocalipse 18:23 – “A luz de candeia não mais brilhará em ti. A voz d e noivo e
de noiva não mais em ti se ouvirá. Os teus mercadores eram os grandes da terra. Todas as
nações foram enganadas pelas tuas feitiçarias”.
Apocalipse 18:24 – “E nela se achou o sangue dos profetas, e dos santos, e de
todos os que foram mortos na te rra”.
A destruição de Babilônia será completa. Será um retrato tremendo das cenas
finais introdutórias do futuro Reino de Glória. A Terra será finalmente coberta pelo pleno
conhecimento da salvação e a luz da verdade brilhará para sempre.
A promessa é que “o Cordeiro os vencerá, pois é o Senhor dos senhores e o Rei
dos reis; vencerão também os chamados, eleitos e fiéis que se acham com Ele”
(Apocalipse 17:14).

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CAPÍTULO 6
APOCALIPSE CAPÍTULO 19

Este capítulo descreve a vitória definitiva de Cristo sobre Babilônia, que é


eternamente extinta, e também estende a todos os seres humanos, dois convites.
O primeiro é para as bodas do Cordeiro; o segundo para o banquete das aves de
rapina. Cabe, a cada um de nós, decidir em que banquete vai estar. Aqui também se
encerram as profecias que dizem respeito à batalha entre o bem e o mal, ou entre Cristo e
Satanás.

A Vitória Final de Cristo

Apocalipse 19:1 – “Depois destas coisas, ouvi no céu como que uma grande voz
de numerosa multidão, que dizia: Aleluia! A salvação e a glória e a honra e o poder
pertencem ao nosso Deus”.
Apocalipse 19:2 – “Pois verdadeiros e justos são os seus juízos. Julgou a grande
prostituta, que havia corrompido a terra com a sua prostituição, e das mãos dela vingou o
sangue dos seus servos.”
Apocalipse 19:3 – “E outra vez clamaram: Aleluia! E a fumaça dela sobe para
todo o sempre”.
Apocalipse 19:4 – “Os vinte e quatro anciãos, e os quatro seres viventes,
prostraram-se e adoraram a Deus, que está assentado no trono, dizendo: Amém. Aleluia!”
O Céu festeja a vitória de Cristo sobre “a grande prostituta” que corrompeu a
Terra. Enquanto na Terra, os reis, os mercadores e os navegantes que seguiram a
Babilônia gemerão três “ais”, os habitantes do Céu, pronunciarão três “aleluias”. Em todo
o Novo Testamento não encontramos o termo “aleluia”, senão neste capítulo.

A salvação é uma atribuição exclusiva do Senhor.

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Glória: Houve um tempo em que Deus parecia ter sido derrotado pelos poderes
da Terra. O mundo parecia estar vencendo e os princípios de Deus tidos como
ultrapassados e até motivo de chacota. Mas Seus inimigos de todos os tempos foram
completamente derrotados.
Poder: Por algum tempo, o poder do mal parecia estar no comando da Terra.
Mas, agora temos a certeza, a salvação, a glória e o poder pertencem ao Senhor. Seu nome
é plenamente vindicado e glorificado pelos séculos dos séculos!
Apocalipse 19:5 – “Então saiu do trono uma voz, que dizia: Louvai o nosso
Deus, vós, todos os seus servos, e vós que O temeis, assim pequenos como grandes”.
Apocalipse 19:6 – “Também ouvi uma voz como a de uma grande multidão,
como a voz de muitas águas, e como a voz de fortes trovões, que dizia: Aleluia! Pois já
reina o Senhor nosso Deus, o Todo-Poderoso”.
Depois do primeiro coro de alegria pela queda da Babilônia, uma voz do trono
convidará os habitantes do Céu para um louvor ainda maior ao nome de Deus. Segundo
o profeta, esse coro será como “a voz de uma multidão”.
Quando subjugar todos os Seus inimigos, então Ele reinará, em verdade, no
mundo através de Jesus.
Apocalipse 19:7 – “Regozijemo-nos, e exultemos, e demos-lhe a glória! Pois são
chegadas as bodas do Cordeiro, e já a Sua noiva se aprontou”.
Em Apocalipse 21:9, a noiva é definida como a Cidade Santa, a Nova Jerusalém.
Em outras passagens, a igreja é chamada de noiva. Será uma contradição? A cidade é a
noiva, mas uma cidade sem habitantes é apenas um amontoado de casas e ruas. São as
pessoas que ocupam essas casas que fazem da cidade o que ela é. A cidade santa não é
mencionada no Apocalipse como a noiva, até que os santos já a estejam ocupando.
Enquanto a noiva está se aprontando, o Noivo está preparando um lugar para ela
(João 14:1-3). Durante o intervalo em que estão separados, a noiva deve ficar pronta.
Agora, ela é vista em toda a sua beleza – a beleza que irradia do Evangelho, que
vem de Cristo. Ela está vestida “de linho finíssimo, resplandecente e puro. “Porque o
linho finíssimo são os atos de justiça dos santos” (Apoc.19:8).
Apocalipse 19:9 – “E disse-me: Escreve: Bem-aventurados aqueles que são
chamados à ceia das bodas do Cordeiro. E disse-me ainda: Estas são as verdadeiras
palavras de Deus”.
Terminando Seu ministério, Jesus vem perante o “Ancião de Dias” para receber
o reino e o domínio pelos quais morreu (Dan.7:13). Isto representa, na realidade, as bodas

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do Cordeiro e ocorre antes que Ele volte a Terra para buscar os Seus súditos, os quais,
arrebatados para encontrá-lo, são então levados para “as bodas do Cordeiro” na casa do
Pai.
Jesus disse: “Estejam cingidos os vossos lombos e acesas as vossas candeias. E
sede vós semelhantes aos homens que esperam o seu senhor quando houver de voltar das
bodas” (Luc.12:35 e 36). Ver também o livro O Grande Conflito, págs.426-428.

O Espírito da Profecia

Apocalipse 19:10 – “Então me lancei a seus pés para adorá-lo, mas ele me disse:
Olha, não faças isso! Sou conservo teu e de teus irmãos, que têm o testemunho de Jesus.
Adora a Deus! Pois o testemunho de Jesus é o Espírito da Profecia”.
Somente Deus é merecedor da nossa adoração. A adoração a qualquer outro ser
constitui idolatria.
O testemunho de Jesus é definido como o “Espírito de Profecia”. O Espírito, isto
é, o Espírito Santo, é o inspirador do homem. A profecia é a revelação antecipada daquilo
que está por acontecer. E o profeta é o agente humano que fala por inspiração.
O apóstolo Pedro esclarece bem isso, nestas palavras: “Porque a profecia nunca
foi produzida por vontade de homem algum, mas os homens santos de Deus falaram
inspirados pelo Espírito Santo” (II Pe.1:21).
Através do dom de profecia, Jesus tem Se comunicado com o homem, desde que
ele caiu em pecado. O sonho de Jacó ilustra como o Filho de Deus Se tornou uma escada
simbólica de acesso ao Céu e do Céu a Terra; do homem a Deus e de Deus ao homem.
Como, porém, o Mediador era em tudo semelhante a Deus, também Ele não
podia comunicar-Se pessoalmente com o homem da parte de Deus. Foi então que surgiu
a necessidade do Dom de Profecia, pelo qual o Mediador pode entender-Se perfeitamente
com o homem e transmitir-lhe as revelações da vontade de Deus.
Surgiram os profetas. Eles foram escolhidos e preparados por Deus para a
sagrada missão. Assim manifestou-se, por intermédio deles, o Testemunho de Jesus ou o
Espírito de Profecia.
Desde a Sarça Ardente em que Deus falou a Moisés, toda a história de Israel está
repleta de manifestações do Dom de Profecia.

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Na jornada pelo deserto, nos dias de Josué, no período dos Juízes, na época dos
reis do reino unido e do reino dividido, durante e depois do cativeiro, não faltou ao povo
de Deus a luz da revelação do Dom de Profecia.
Com frequência era o povo de Israel instruído, aconselhado, repreendido e
advertido por homens e até por mulheres que lhe falavam da parte de Cristo.
João Batista é o primeiro profeta no Novo Testamento. Foi exatamente ele que
apresentou o Salvador como “o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo”.
A Bíblia revela que o dom de profecia deveria permanecer até a segunda vinda
de Cristo (I Cor.1:7; Efés. 4:8,11), sendo que o apóstolo Paulo o considera como o
principal de todos os dons (I Cor.14:1).
Aos tessalonicenses, ele escreveu advertindo: “Não extingais o Espírito. Não
desprezeis as profecias” (I Tess.5:19-20).

Jesus, O Grande General Vitorioso

Apocalipse 19:11 – “Vi o céu aberto, e apareceu um cavalo branco. O seu


cavaleiro chama-se Fiel e Verdadeiro, e julga e peleja com justiça”.
O profeta contempla o Filho de Deus, deixando o Céu e dirigindo-Se a Terra
num cavalo branco. Esta é uma cena apenas simbólica, pois Jesus não necessitou de
cavalo para subir da Terra ao Céu e é evidente que não necessitará para voltar a ela.
A cena representa Jesus como um grande general apressando-Se com Seus
exércitos para derrotar Seus inimigos nas planícies do Armagedom. O cavalo branco, nos
dias desta visão, era um símbolo de vitória, de triunfo na guerra, o que assegura a vitória
de Cristo sobre todos os Seus adversários.
Fiel e Verdadeiro: Nesta guerra de extermínio dos malfeitores, Jesus será “Fiel
e Verdadeiro”. Ele cumprirá contra Seus opositores todas as advertências contidas
antecipadamente nas profecias. Cumprirá infalivelmente tudo o que fora prometido em
Sua palavra inspirada.
E ainda mais: Vai julgar os Seus renitentes perseguidores “com justiça”. Ele lhes
fará uma guerra de juízo e justiça, para dar-lhes todas as retribuições merecidas por sua
rebelião contra a Lei de Deus.
Apocalipse 19:12 – “Os seus olhos eram como chama de fogo, e sobre a Sua
cabeça havia muitos diademas. Ele tinha um nome escrito, que ninguém sabia senão Ele
mesmo”.

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Como em Apocalipse 1:14 e 2:18, aqui é dito que os Seus olhos são “como
chama de fogo”. A expressão significa que a onisciência divina observa tudo, capta até
as más intenções do coração humano.
Os diademas que aparecem nesta visão estão sobre a mesma cabeça que recebeu
na Terra uma coroa de espinhos. Por essa razão, com a cabeça coberta com os diademas
de um vencedor, Cristo Se apresentará na última batalha contra os Seus inimigos.
Naquele dia Jesus terá um nome que só Ele o saberá. Conhecemos muitos de
Seus nomes revelados nas Escrituras. Mas, um deles, o que Ele terá na guerra contra os
Seus inimigos, é privativo dEle apenas.
Apocalipse 19:13 – “Estava vestido com um manto salpicado de sangue, e o
nome pelo qual se chama é o Verbo de Deus”.
Jesus virá para juízo e justiça. Isso está em harmonia com Suas vestes salpicadas
de sangue preditas pelo profeta Isaias: “Pisei-os na Minha ira, e os esmaguei no Meu
furor; o seu sangue salpicou as Minhas vestes, e manchei toda a Minha roupa.” (Isa. 63:3).
Esta impressionante figura de linguagem proclama a justiça de Deus sobre os
que resistiram a todos os Seus insistentes apelos.
Eternamente, Jesus será “a Palavra de Deus”. Ele tem a mente do Pai. Tudo
quanto Jesus realiza no Céu e na Terra, o Pai é quem faz por Seu intermédio. A mais
perfeita união é aqui revelada. A Palavra de Deus é a expressão absoluta do que Cristo é.
Apocalipse 19:14 – “Seguiam-no os exércitos que estão no céu, em cavalos
brancos, e vestidos de linho fino, branco e puro”.
Apocalipse 19:15 – “Da sua boca saía uma espada afiada, para ferir com ela as
nações. Ele as regerá com vara de ferro. Ele mesmo é o que pisa o lagar do vinho do furor
e da ira do Deus Todo-Poderoso”.

Três Símbolos de Juízo

A espada aguda: Quando Jesus falou no jardim, Seus inimigos caíram por Terra
(João 18:5 e 6). Sua Palavra golpeia e mata. O poder é irresistível. A palavra falada de
Deus é mais terrível em seus efeitos do que qualquer arma criada pelo homem.
A vara de ferro: É um símbolo do poder que Cristo exercerá sobre as nações
rebeldes. “Ele mesmo as regerá”. Isso não quer dizer que Cristo governará as nações
atuais, mas que Ele as destruirá – eliminará aqueles que se opuserem ao estabelecimento
do Seu Reino (Sal. 2:9).

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O lagar: É uma expressão que simboliza a justa ira de Deus que será exercida
contra os transgressores.
Apocalipse 19:16 – “No manto, sobre a sua coxa tem escrito o nome: Reis dos
reis, e Senhor dos senhores”.
Apocalipse 19:17 – “Então vi um anjo em pé no sol, o qual clamou com grande
voz a todas as aves que voavam pelo meio do céu: Vinde, e ajuntai-vos para a ceia do
grande Deus”,
Apocalipse 19:18 – “para comerdes carnes de reis, carnes de poderosos, carnes
de cavalos e seus cavaleiros, carnes de todos os homens, livres e escravos, pequenos e
grandes”.
O convite do anjo desta vez não é feito aos homens, porque já terão sido
destruídos pelo resplendor da presença de Cristo. Mas será feito a todas as aves do Céu.
O profeta Jeremias escreveu: “Serão os mortos do Senhor, naquele dia, desde uma
extremidade da terra até a outra.” (Jer. 25:33).
Enquanto no Céu se realiza a “ceia das Bodas do Cordeiro”, na Terra, tomará
lugar o banquete das aves do Céu. Aqueles que aceitaram o convite de Deus participarão
da ceia juntamente com o Salvador, enquanto os que rejeitaram o mesmo convite
proporcionarão, com seus próprios corpos, uma ceia às aves de rapina.
Deste modo, os que buscaram assassinar a Palavra de Deus, serão mortos por
ela. Enquanto Cristo volta para o Céu levando consigo os remidos, as aves do Céu
devoram os corpos dos que foram mortos.
Eles foram mortos pela espada aguda. Somente reviverão após mil anos, quando
receberão os efeitos da eterna destruição.
Que fim humilhante para o orgulho, a pompa, o poder e a nobreza daqueles que
decidiram desafiar o governo do Céu!

O Último e Desesperado Ataque dos Inimigos de Deus

Apocalipse 19:19 – “E vi a besta, e os reis da terra, e os seus exércitos reunidos,


para guerrearem contra Aquele que estava montado no cavalo, e o Seu exército”.
Segundo a profecia, a besta se unirá aos reis da terra e seus exércitos “para
guerrearem contra Aquele que estava montado no cavalo e o Seu exército”.

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Em Apocalipse 16:13 e 14, lemos que a besta, inspirada por espíritos de


demônios, terá parte preponderante no preparo do Armagedom. Aqui é dito que ela estará
ao lado dos que tentarão guerrear contra o Filho de Deus.
Apocalipse 19:20 – “E a besta foi presa, e com ela o falso profeta que diante dela
fizera os sinais com que enganou os que receberam o sinal da besta, e os que adoraram a
sua imagem. Estes dois foram lançados vivos no lago de fogo que arde com enxofre”.
O falso profeta é plenamente identificado com a besta de dois chifres de
Apocalipse 13, que é o protestantismo apostatado. Um falso profeta, para não ser
desmascarado, introduz-se com um “Assim diz o Senhor”, sem que o Senhor lhe tenha
incumbido de dar qualquer mensagem. O Senhor nada tem com ele.
Assim, ambos, a besta e o falso profeta, serão presas e desmascarados como
poderes eclesiásticos inimigos de Cristo. E, afinal, serão lançados “vivos no lago de fogo
que arde com enxofre”, no fim do milênio. O mundo estará eternamente livre deles.
Logo, a besta e o falso profeta – os dois grandes sistemas enganadores deste
mundo – serão finalmente lançados no fogo consumidor de Deus, e os ímpios, por tanto
tempo ousados e desafiadores, serão então destruídos “pelo resplendor de Sua vinda”.
Apocalipse 19:21 – “Os demais foram mortos pela espada que saía da boca do
cavaleiro, e todas as aves se fartaram das suas carnes”.
Os dias em que vivemos são dias de preparo. Enquanto o povo de Deus está se
preparando para encontrar o seu Senhor, as nações da Terra estão se preparando para a
grande guerra que virá.
Os convites foram feitos. Para fazer parte das bodas do Cordeiro, é preciso estar
vestido apropriadamente com as “vestes de justiça”. Para fazer parte do banquete das aves
de rapina, basta continuar vestido com os “trapos de imundície”.
É tempo de decidir! Que roupa você usará? Roupa simboliza o caráter; que tipo
de caráter você está desenvolvendo?

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CAPÍTULO 7
APOCALIPSE CAPÍTULO 20

O Milênio e a derrota de Satanás

O vigésimo capítulo de Apocalipse trata do fim da grande controvérsia entre o


bem e o mal. Surge aqui o assunto do milênio, tema que se tornou um ponto de discussão
no meio do cristianismo.
A teologia popular entende que o milênio ocorrerá na Terra, antes do segundo
advento de Cristo, quando enfim Satanás é preso e milhões se converterão e serão salvos.
Aqueles, porém, que mantém a integridade da Bíblia, ensinam o contrário, isto
é, que o milênio bíblico tomará lugar imediatamente depois da segunda vinda de Cristo,
durante e depois do qual não haverá mais chance de salvação. A explanação da profecia
do milênio, dirá de que lado está a verdade.
Apocalipse 20:1 – “Então vi descer do céu um anjo que tinha a chave do abismo
e uma grande cadeia na mão”.
Apocalipse 20:2 – “Ele prendeu o dragão, a antiga serpente, que é o diabo e
Satanás, e o amarrou por mil anos”.
Apocalipse 20:3 – “Lançou-o no abismo, e ali o encerrou, e selou sobre ele,
para que não enganasse mais as nações, até que os mil anos se completassem. Depois
disto é necessário que seja solto, por um pouco de tempo”.
Esta cena ocorre depois da morte dos ímpios e da ceia das aves de rapina dos
versos anteriores.
Esta cadeia ou corrente não é de ferro nem de aço. Não pode ser uma corrente
literal porque um ser espiritual não pode ser preso por uma corrente material.
É uma corrente (ou cadeia) de circunstâncias, com cada um dos seus elos
forjados por um evento sobre o qual o diabo e seus anjos não têm qualquer poder.
De acordo com o dito popular, “suas mãos estão atadas”. Ele não pode tentar
os justos, pois estes já foram levados para o Céu. Não pode enganar os ímpios, pois eles
estão todos mortos.

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A prisão de Satanás significa que ele estará privado de suas atividades,


considerando que suas obras são executadas através dos seres humanos a quem ele usa
como instrumentos.
Desta forma, durante mil anos ele estará circunstancialmente amarrado e
inteiramente privado de utilizar os seres humanos em suas obras. O aprisionamento será
para ele um duro castigo, visto que seu único deleite é utilizar os homens na prática do
mal.
Dois eventos marcam o começo e o fim dos mil anos. No começo dos mil anos,
Satanás é preso; no fim dos mil anos, ele é solto. Mil anos será um período literal de dez
séculos.
O abismo onde Satanás será lançado é a própria Terra, transformada numa
assolação completa pelas dramáticas cenas que ocorrerão na segunda vinda de Cristo.
As sete pragas, especialmente a sétima, transformarão a Terra num completo
caos ou abismo, conforme a profecia. O profeta Jeremias dá conta da situação nestas
palavras: “Observei a Terra, e vi que estava assolada e vazia” (Jer. 4:23). “Vi também
que ... todas as suas cidades estavam derrubadas diante do Senhor” (Jer. 4:26).
Ainda não é o final definitivo, pois a descrição de Jeremias continua com estas
palavras: “Assim diz o Senhor: Toda esta terra será assolada; de todo, porém, não a
consumirei” (Jer. 4:27).
Sem nenhuma dúvida, a Terra “assolada e vazia” será o abismo no qual Satanás
será lançado por mil anos.
O mesmo termo hebraico “abussos” é empregado no Gênesis para dizer que a
Terra “era sem forma e vazia e havia trevas sobre a face do abismo” (Gên.1:2). A Terra
voltará a ser como no princípio da criação – sem forma, vazia e na total escuridão. Um
terrível abismo.

A Justiça Divina é Confirmada Perante o Universo

Apocalipse 20:4 – “Vi também tronos, e aos que se assentaram sobre eles foi-
lhes dado o poder de julgar. E vi as almas daqueles que foram degolados por causa do
testemunho de Jesus e pela palavra de Deus, e que não adoraram a besta, nem a sua
imagem, e não receberam o sinal na testa nem nas mãos. Reviveram, e reinaram com
Cristo durante mil anos”.

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Os justos estarão no Céu, reinando com Cristo. A eles “foi dado o poder de
julgar”. Por que esse julgamento é necessário, se o seu destino já está decidido? Paulo
diz: “Não sabeis vós que os santos hão de julgar o mundo? Não sabeis vós que havemos
de julgar os anjos?” (I Cor.6:2-3).
O juízo, portanto, do qual os santos tomarão parte juntamente com Cristo, no
Céu, durante o milênio, é o juízo dos ímpios e dos anjos caídos. Este juízo será somente
para regular a pena que devem receber os ímpios e os anjos maus, segundo suas obras.
Esse julgamento não é para dar informações a Deus. Ele já sabe mais a nosso
respeito do que nós mesmos. Ocorre que uma pessoa infeliz no Céu estragaria o paraíso,
deixando todos infelizes. Todo o conflito começaria de novo. Deus vai certificar-Se de
que todos tenham confiança em Sua justiça.
Os livros serão abertos e os justos terão mil anos para examinar esses livros.
Quando terminar o julgamento, todo o Universo saberá que nenhum pecador se perdeu
sem que lhe fosse dada uma oportunidade.
Nenhuma pessoa será condenada por algo que não conhecia, mas cada alma
perdida estará perdida porque não andou pela fé, dentro da luz que recebeu.
A razão por que os santos tomarão parte no juízo dos ímpios e dos anjos, é que
estarão presentes quando Deus sobre eles exercer o Seu juízo executivo. Depois disso,
Deus apagará de suas mentes toda lembrança que cause sofrimento (Apoc.21:4).

Ao chegarmos no Céu, teremos três grandes surpresas:

Vamos encontrar pessoas que achávamos que não estariam lá. De acordo com
a nossa opinião, não eram boas pessoas. Se dependesse de nós, estariam perdidas. Mas
Deus sabia de algo acerca dessas pessoas que não sabíamos.
Pessoas que tínhamos certeza de que estariam lá, mas, na verdade, não estarão.
É o tipo de gente a respeito de quem poderia ser dito: “Se alguém for para o Céu, é esta
pessoa” ...
Mas Deus conhece algo acerca dessas pessoas que nós não sabemos. Nós
julgamos pela aparência exterior, Deus julga pelo coração. Ele conhece o íntimo de cada
pessoa, os motivos interiores que levam às ações.
A terceira surpresa, ao chegarmos ao Céu, é ver que nós mesmos estamos lá e
que o conflito finalmente terminou: Estamos salvos.

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João vê também no Céu aqueles que muito sofreram por sua fé. Menciona
primeiro os mártires das perseguições do papado na Idade Média, “que foram degolados
pelo Testemunho de Jesus e pela Palavra de Deus”. Em segundo lugar, o profeta vê os
santos vitoriosos do derradeiro conflito – contra a besta, sua imagem e seu sinal.
Apocalipse 20:5 – “Mas os outros mortos não reviveram, até que os mil anos
se completassem. Esta é a primeira ressurreição”.
Apocalipse 20:6 – “Bem-aventurado e santo aquele que tem parte na primeira
ressurreição. Sobre estes não tem poder a segunda morte, mas serão sacerdotes de Deus
e de Cristo, e reinarão com ele durante os mil anos”.
O milênio começa com a ressurreição dos justos e termina com a ressurreição
dos ímpios. Os que ressuscitam no começo desse período são levados para a vida eterna.
Os que ressuscitam no fim vivem por pouco tempo, antes de morrerem para sempre.
Que contraste com aqueles que ressurgiram na primeira ressurreição! Os justos
estavam revestidos de imortal juventude e beleza. Os ímpios trazem os traços da doença
e da morte.
Os ímpios saem da sepultura exatamente como foram para ela, com a mesma
inimizade contra Cristo, e com o mesmo espírito de rebelião.
Não terão um novo tempo de graça para arrependimento. Para nada
aproveitaria isso. Sempre serão os mesmos. O caráter deles permanecerá imutável.

A Destruição Final dos Ímpios

Apocalipse 20:7 – “Quando se completarem os mil anos, Satanás será solto da


sua prisão”
Apocalipse 20:8 – “e sairá a enganar as nações que estão nos quatro cantos da
terra, Gogue e Magogue, cujo número é como a areia do mar, a fim de ajuntá-las para a
batalha”.
A ressurreição dos ímpios, no final do milênio, é a chave que “destranca as
portas” do cativeiro de Satanás.
Gogue e Magogue: Estes termos simbólicos são adaptados dos nomes dos
inimigos de Israel (Ezequiel 38:2). Aqui, eles representam todos os inimigos de Deus de
todas as gerações.
Os mortos perdidos são ressuscitados com a voz de Jesus. Os dois grupos
ouvem a Sua voz com mil anos de diferença. Jesus disse: “Não vos maravilheis disto, pois

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vem a hora em que todos os que estão nos sepulcros ouvirão a sua voz e sairão: Os que
fizeram o bem sairão para a ressurreição da vida, e os que praticaram o mal, para a
ressurreição da condenação” (João 5:28-29).
Apocalipse 20:9 – “Subiram sobre a largura da terra, e cercaram o arraial dos
santos e a cidade querida. Mas desceu fogo do céu, e os consumiu”.
O Apocalipse focaliza duas cidades: Babilônia e a Nova Jerusalém. A cidade
querida é a esposa do Cordeiro, um símbolo da Igreja cristã. João vê esta poderosa cidade
descendo em toda a sua glória. Ela desce no local da antiga Jerusalém (Apoc.21:2,
Zac.14:5 e 6).
Sob o comando de Satanás, os ímpios surgem de todos os pontos da Terra para
atacar a cidade de Deus. O pecado lhes deixou acostumados a pensar de maneira
irracional.
A expressão “e os consumiu” não significa que irão queimar vagarosamente,
mas que num ato serão consumidos, assim como o papel que é queimado.
Apocalipse 20:10 – “E o diabo, que os enganava, foi lançado no lago de fogo
e enxofre, onde estão a besta e o falso profeta. De dia e de noite serão atormentados para
todo o sempre”.
Quando as cidades de Sodoma e Gomorra foram destruídas, elas foram punidas
como o “fogo eterno” (Judas 7). As palavras “eternamente” e “para sempre” não estão
relacionados com a duração do castigo e sim, com os seus efeitos (Mal.4:1 e Sal.37:10).
O salário do pecado é a morte (Rom. 6:23) e, jamais, o tormento eterno.
Apocalipse 20:11 – “Então vi um grande trono branco, e o que estava assentado
sobre ele. Da presença dele fugiram a terra e o céu, e não se achou lugar para eles”.
Apocalipse 20:12 – “E vi os mortos, grandes e pequenos, que estavam diante
do trono, e abriram-se os livros. Abriu-se outro livro, que é o da vida. Os mortos foram
julgados pelas coisas que estavam escritas nos livros, segundo as suas obras”.
A razão por que o Livro da Vida será aberto no juízo executivo dos ímpios, é
para que todo o Universo saiba que alguns ímpios chegaram a ter seus nomes inscritos
neste livro, mas, por vontade própria e consciente deslealdade posterior, foram riscados.
“Aquele que pecar contra Mim, a este riscarei Eu do Meu Livro”.
Apocalipse 20:13 – “O mar entregou os mortos que nele havia, e a morte e o
além deram os mortos que neles havia, e foram julgados cada um segundo as suas obras.”
Apocalipse 20:14 – “Então a morte e o inferno foram lançados no lago de fogo.
Esta é a segunda morte”.

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Apocalipse 20:15 – “E todo aquele que não foi achado inscrito no livro da vida,
foi lançado no lago de fogo”.
A trágica história do pecado chega ao fim. Pecado e pecadores não mais
existem. Toda a Terra estará livre da maldição do pecado e os justos serão felizes pela
eternidade, em um mundo renovado.

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CAPÍTULO 8
APOCALIPSE CAPÍTULO 21
Este capítulo apresenta o estabelecimento do reino de Deus na Terra e uma
sumária descrição da cidade de Deus, a Nova Jerusalém. Deus prometeu: “Eis que crio
novos céus e nova Terra; e não haverá lembrança das coisas passadas, nem mais se
recordarão” (Isaias 65:17). A própria lembrança do pecado estará apagada.
Ainda soam as palavras de Jesus: "Vou prepara-vos lugar ...e vos receberei para
Mim mesmo, para que onde Eu estou estejais vós também" (João 14:3).
Em meio às confusões do mundo atual, essas palavras trazem nova esperança e
grande conforto. Elas nos dizem que dias melhores certamente virão.
Deus promete que a angústia do pecado nunca mais retornará. "Não se levantará
por duas vezes a angústia!" (Naum 1:9). "E lhes enxugará dos olhos toda lágrima, e a
morte já não existirá, já não haverá luto, nem pranto, nem dor porque as primeiras coisas
passaram" (Apocalipse 21:4).

A Nova Capital do Universo

Algumas pessoas consideram o Céu como uma fantasia infantil. Não sabem o
que é, nem onde está. Apenas fazem idéia de que seja um bom lugar. Outros pensam nele
como algo místico, irreal, onde os anjos sentados sobre nuvens estão a tocar suas harpas.
Apocalipse 21:1 – “Então vi um novo céu e uma nova terra, pois já o primeiro
céu e a primeira terra passaram, e o mar já não existe”. Os Santos conhecerão a razão do
mar não existir na nova Terra.
Apocalipse 21:2 – “Vi também a cidade santa, a nova Jerusalém, que de Deus
descia do céu, ataviada como uma noiva para o seu noivo”.
João olha para o Céu e vê algo simplesmente indescritível. Uma enorme cidade
flutua majestosamente no ar, e desce até tocar a Terra.

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Apocalipse 21:3 – “E ouvi uma grande voz, vinda do trono, que dizia: “Agora o
tabernáculo de Deus está com os homens. Deus habitará com eles, e eles serão o Seu
povo, e o próprio Deus estará com eles, e será o seu Deus”.

O grande sonho de Deus é morar com os homens.

Nosso pequenino planeta, o único que permitiu a entrada da maldição do pecado,


é a única mancha escura na gloriosa criação de Deus. Logo este planeta será honrado
acima de todos os outros mundos do Universo de Deus. Por quê? Porque “Deus habitará
com eles”.
Apocalipse 21:4 – “Deus enxugará de seus olhos toda lágrima. Não haverá mais
morte, nem pranto, nem clamor, nem dor, pois já as primeiras coisas são passadas”.
Deus promete um tempo em que não haverá mais dor, nem sofrimento. Até
qualquer lembrança que pudesse causar sofrimento será apagada da nossa memória.
Apocalipse 21:5 – “E o que estava assentado no trono disse: Faço novas todas
as coisas. E disse-me: Escreve, pois estas palavras são verdadeiras e fiéis”.
Deus não fará coisas novas, mas fará novas todas as coisas. É a mesma Terra
renovada. O Éden será restaurado.
Nós nos reconheceremos? Os discípulos de Jesus O reconheceram após a Sua
ressurreição. Maria O reconheceu perto do sepulcro, por Sua voz familiar, quando a
chamou pelo nome (João 20:14 e 16). Jesus foi reconhecido pelos dois discípulos no
caminho de Emaús, quando viram o modo em que Ele abençoou o pão (Lucas 24:13-35).
Visto que "seremos semelhantes a Ele", os redimidos certamente serão
reconhecidos pelo tom de voz, por seus traços familiares e características individuais de
personalidade; as marcas do pecado serão removidas, mas lá nos conheceremos e nos
compreendemos melhor do que nesta vida.
"Porque agora vemos como em espelho, obscuramente, então veremos face a
face; agora conheço em parte, então conhecerei como também sou conhecido". I
Cor.13:12.
Apocalipse 21:6 – “Disse-me mais: Está cumprido. Eu sou o Alfa e o Ômega, o
princípio e o fim. A quem tiver sede, de graça lhe darei da fonte da água da vida”.

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Os Habitantes da Nova Jerusalém

Apocalipse 21:7 – “Quem vencer herdará todas as coisas, e eu serei seu Deus, e
ele será Meu filho”.
A herança da nova Terra é prometida somente aos vencedores. Os seres humanos
começam projetos e deixam inacabados. Deus nunca abandona um projeto ou o deixa
incompleto. Sua promessa é: “Estou plenamente certo de que Aquele que começou boa
obra em vós há de completá-la até ao dia de Cristo Jesus” (Fil.1:6).
Apocalipse 21:8 – “Mas, quanto aos medrosos, e aos incrédulos, e aos
abomináveis, e aos homicidas, e aos adúlteros, e aos feiticeiros, e aos idólatras, e a todos
os mentirosos, a sua parte será no lago que arde com fogo e enxofre, que é a segunda
morte”.
Os medrosos – São os que temem ser ridicularizados pelos amigos por causa da
palavra de Deus. Temeram perder seu prestígio social ou talvez seu emprego, e assim
hesitaram aceitar a verdade de Deus.
Não eram criminosos, assassinos, adúlteros ou bêbados. Eram covardes –
temiam fazer o que é certo. Obedecer a Deus requer coragem. Estar ao lado da verdade
custa alguma coisa. Abandonar maus hábitos requer sacrifício e oração. O pecado exige
um alto preço. Mas que terrível preço pagarão os que rejeitarem o convite de Deus!
Os incrédulos – A descrença deixará muita gente de fora da eternidade. Os
eruditos ateus estarão entre eles. Sem fé é impossível agradar a Deus.
Os homicidas – “Não Matarás”. Êxodo 20:13
Os adúlteros – “Não adulterarás”. Êxodo 20:14
Os feiticeiros – “Quando entrares na terra que o Senhor teu Deus te dá, não
aprenderás a fazer conforme as abominações daqueles povos. Não se achará no meio de
ti quem faça passar pelo fogo o seu filho ou a sua filha, nem adivinhador, nem
prognosticador, nem agoureiro, nem feiticeiro, nem encantador, nem quem consulte um
espírito adivinhador, nem mágico, nem quem consulte os mortos; pois todo aquele que
faz estas coisas é abominável ao Senhor, e é por causa destas abominações que o Senhor
teu Deus os lança fora de diante de ti. Perfeito serás para com o Senhor teu Deus”
(Deuterenômio 18:9-13).
Quando vos disserem: Consultai os que têm espíritos familiares e os feiticeiros,
que chilreiam e murmuram, respondei: Acaso não consultará um povo a seu Deus? Acaso
a favor dos vivos consultará os mortos”? (Isaías 8:19).

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Os idólatras – “Não terás outros deuses diante de mim. Não farás para ti imagem
de escultura, nem alguma semelhança do que há em cima nos céus, nem em baixo na
terra, nem nas águas debaixo da terra” (Êxodo 20:3-4).
Tudo que tem lugar no coração do homem, que está acima de Deus, é idolatria.
Só Deus é digno de adoração.
Os mentirosos – “Aquele que diz: Eu conheço-o, (Jesus) e não guarda os seus
mandamentos, é mentiroso, e nele não está a verdade” (I João 2:4).

A Glória da Nova Jerusalém

Apocalipse 21:9 – “Então veio um dos sete anjos que tinham as sete taças cheias
das últimas pragas, e me disse: Vem, mostrar-te-ei a noiva, a esposa do Cordeiro”.
Apocalipse 21:10 – “E levou-me em espírito a um grande e alto monte, e
mostrou-me a grande cidade, a santa Jerusalém, que descia do céu, da parte de Deus”.
Apocalipse 21:11 – “Ela brilhava com a glória de Deus, e o seu brilho era
semelhante a uma pedra preciosíssima, como o jaspe cristalino”.
Apocalipse 21:12 – “Tinha grande e alto muro com doze portas, e nas portas
doze anjos, e nomes escritos sobre elas, que são os nomes das doze tribos dos filhos de
Israel”.
Apocalipse 21:13 – “Do lado do oriente tinha três portas, do lado do norte três
portas, do lado do sul três portas, do lado do poente três portas.”
Apocalipse 21:14 – “O muro da cidade tinha doze fundamentos, e neles estavam
os nomes dos doze apóstolos do Cordeiro”.
Apocalipse 21:15 – “Aquele que falava comigo tinha uma cana de ouro para
medir a cidade, e as suas portas, e o seu muro”.
Apocalipse 21:16 – “A cidade era quadrangular, o seu comprimento era igual à
sua largura. Mediu a cidade com a cana e tinha ela doze mil estádios de comprimento, e
a largura e a altura eram iguais.”
A extensão de doze mil estádios equivale aos quatro lados da cidade e não a cada
lado dela; pois é dito que o anjo mediu a cidade, referindo-se a seu todo. Este era o método
antigo de medir as cidades, determinando-se assim a circunferência ou o perímetro delas.

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Em atenas, o estádio era equivalente a 185 metros e 25 centímetros. Fazendo o


cálculo, concluiremos que a Nova Jerusalém medirá 2.223 quilômetros, ou seja, cerca de
555 quilômetros de cada um de seus lados.
Apocalipse 21:17 – “Ele mediu o seu muro, e era de cento e quarenta e quatro
côvados, segundo a medida de homem, que o anjo estava usando”.
A altura do muro é de 144 côvados. O côvado era uma antiga medida de
comprimento avaliada em 66 centímetros. 144 vezes 66 centímetros, totalizam 95 metros,
que é, portanto, a altura do muro. Como o muro é de jaspe como cristal, pode-se ver de
fora o interior da cidade.
Apocalipse 21:18 – “O muro era construído de jaspe, e a cidade era de ouro puro,
semelhante a vidro límpido”.
As pessoas dão muito valor ao ouro. Para muitos, o ouro é mais importante do
que tudo, incluindo a família e até mesmo Deus. Muitos arriscam perder a vida eterna por
causa do ouro.
Os salvos, entretanto, deram mais importância a Deus. Valorizaram muito mais
as coisas espirituais do que as materiais. Por isso, terão ouro a seus pés.
Apocalipse 21:19 – “Os fundamentos do muro da cidade estavam adornados de
toda espécie de pedras preciosas. O primeiro fundamento era de jaspe; o segundo, de
safira; o terceiro, de calcedônia; o quarto, de esmeralda”;
Apocalipse 21:20 – “o quinto, de sardônica; o sexto, de sárdio; o sétimo, de
crisólito; o oitavo, de berilo; o nono, de topázio; o décimo, de crisópaso; o décimo
primeiro, de jacinto; o décimo segundo, de ametista”.
Apocalipse 21:21 – “As doze portas eram doze pérolas: cada uma das portas era
uma só pérola. A praça da cidade era de ouro puro, como vidro transparente”.
Apocalipse 21:22 – “Nela não vi templo, porque o seu templo é o Senhor Deus
Todo-poderoso, e o Cordeiro”.
Apocalipse 21:23 – “A cidade não necessita nem do sol, nem da lua, para que
nela resplandeçam, pois a glória de Deus a ilumina, e o Cordeiro é a sua lâmpada”.
Apocalipse 21:24 – “As nações andarão a sua luz, e os reis da terra trarão para
ela a sua glória e honra”.
Por “nações” podemos entender as nacionalidades dos salvos. Estes andarão a
luz da cidade como reis, já que reis todos serão, pois reinarão com Cristo eternamente.

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As Atividades dos Salvos

Apocalipse 21:25 – “As suas portas não se fecharão de dia, e noite ali não
haverá”.
Apocalipse 21:26 – “E a ela trarão a glória e a honra das nações”.
Que atividades os salvos terão no céu? O profeta Isaias escreveu: "Eles
edificarão casas, e nelas habitarão: plantarão vinhas, e comerão do seu fruto. Não
edificarão para que outros habitem; não plantarão para que outros comam; porque a
longevidade do Meu povo será como a da árvore, e os Meus eleitos desfrutarão de todo
as obras das suas mãos" (Isaías 65:21-22).
O trabalho é uma benção. O que seria a eternidade na ociosidade? Foi Deus quem
deu aos nossos primeiros pais, a tarefa de cultivar e guardar o jardim do Éden. Por certo,
era uma tarefa muito agradável que lhes dava prazer, pois só depois da entrada do pecado
é que se fatigavam para ganhar o pão (Gênesis 3:17).
No Éden restaurado, Deus dará ao homem outra vez ocupação física. O trabalho
não será cansativo, mas agradável. Contribuirá para o bem-estar. Os salvos se alegrarão
ao contemplar os frutos do seu trabalho.
Teremos toda a eternidade para a prática da pesquisa. Será possível conhecer e
desvendar todos os mistérios do universo.
Haverá também crescimento espiritual. Aos santos será dada oportunidade de
estudar os atributos do santo caráter de Deus, em especial o Seu amor e a Sua graça.
A escritura diz ser intento de Deus "mostrar nos séculos vindouros [na
eternidade] a suprema riqueza da Sua graça, em bondade para conosco, em Cristo Jesus"
(Efésios 2:7).
Assim, na Nova Terra os salvos aprenderão mais a respeito do amor e perfeição
de Deus. Quando mais conhecerem o Seu caráter, mais O amarão pela eternidade; e
quanto mais O amarem, mais felizes serão.
Apocalipse 21:27 – “E não entrará nela coisa alguma impura, nem o que pratica
abominação ou mentira, mas somente os que estão inscritos no livro da vida do Cordeiro”.
Ruas de ouro, portas de pérola, muros de jaspe. Assim como Adão alegrava-se
no jardim do Éden, também os salvos se alegrarão com os frutos do paraíso.
Quando o Senhor restaurar a Terra, nenhum de seus habitantes dirá “estou
doente”, pois os que ali habitarem serão perdoados de sua iniquidade (Isaías 33:24).

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O deserto se tornará em pomar, e os filhos de Deus habitarão em moradas de paz


e em moradas bem seguras (Isaías 32:15-18). Então, quando a maldição for removida, as
árvores do campo darão o seu fruto, a terra produzirá suas colheitas, e o Senhor lhes dará
uma planta memorável (a árvore da vida) através da qual eles serão preservados para
sempre (Ezequiel 34:27-31).
Não admira que Paulo tenha dito: “As coisas que o olho não viu, e o ouvido não
ouviu, e não subiram ao coração do homem, são as que Deus preparou para os que o
amam (I Cor. 2:9).
Quer você habitar por toda a eternidade nesta cidade? O convite já foi feito!
Basta você aceitar e se preparar para nela entrar.

“Bem-aventurados os limpos de coração, porque verão a Deus” (Mat. 5:8)

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CAPÍTULO 9
APOCALIPSE CAPÍTULO 21

Neste último capítulo, encontramos promessas, bem-aventuranças, certeza sobre


o conteúdo do livro, declaração de que o Apocalipse não é um livro selado, conselhos a
justos e a ímpios, o caráter dos que não herdarão o reino de Deus, títulos de Jesus, um
ardoroso chamado do Espírito Santo e da Nova Jerusalém, advertências sobre acrescentar
algo ao santo livro ou tirar-lhe alguma coisa, a certeza da volta de Jesus, dada por Ele
mesmo, a última oração da Bíblia e a graça do Senhor sobre todos os crentes. Vejamos:
Apocalipse 22:1 – “Então me mostrou o rio da água da vida, claro como cristal,
que procedia do trono de Deus e do Cordeiro”.
A fonte do rio vem do trono de Deus. Todas as coisas boas da nossa vida provém
inteiramente de Deus.
Apocalipse 22:2 – “No meio da sua praça, em ambas as margens do rio, estava
a árvore da vida, que produz doze frutos, dando seu fruto de mês em mês. E as folhas da
árvore são para a cura das nações.”
A árvore da vida é a mesma do Éden (Gênesis 2:9).
Está “no meio da sua praça [da Nova Jerusalém], em ambas as margens do rio”.
“As folhas da árvore são para a cura das nações”. Isso não quer dizer que na
nova Terra haverá doentes que necessitem de tratamento, mas que a árvore possa conter
certo tipo de vitaminas ou enzimas que previnem o envelhecimento. Seu poder curativo
previne todo tipo de doença.
Apocalipse 22:3 – “Ali nunca mais haverá maldição. Nela estará o trono de Deus
e do Cordeiro, e os seus servos o servirão”.
O pecado foi destruído e nunca mais retornará. A raça humana já terá
experimentado suas terríveis consequências. Deus promete que, ao destruir o pecado, “Ele
mesmo vos consumirá de todo; não se levantará por duas vezes a angústia” (Naum 1:9).
Apocalipse 22:4 – “e verão a sua face, e na sua testa estará o Seu nome”.
Neste mundo de pecado, não temos o privilégio de ver a face de Deus. Mas na
Nova Terra, viveremos tão perto dEle que poderemos olhar para a Sua face.

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Está será a coisa mais importante da Nova Terra; tudo o mais, embora
maravilhoso, será secundário, comparado a esta visão real. O Seu nome estará em nossa
fronte, pois estaremos selados com o selo do Deus vivo.
Apocalipse 22:5 – “Ali não haverá mais noite. Não necessitarão de luz de
lâmpada, nem da luz do sol, pois o Senhor Deus os iluminará. E reinarão para todo o
sempre”.
Apocalipse 22:6 – “Disse-me o anjo: Estas palavras são fiéis e verdadeiras. O
Senhor, o Deus dos espíritos dos profetas, enviou o seu anjo para mostrar aos seus servos
as coisas que em breve hão de acontecer”.
Toda a revelação está concluída. E o anjo pôs o selo de autenticidade divina ao
dizer: “Estas palavras são fiéis e verdadeiras”.
Apocalipse 22:7 – “Eis que venho sem demora! Bem-aventurado aquele que
guarda as palavras da profecia deste livro”.
A volta de Jesus é iminente. Ele está chegando para estabelecer seu reino eterno
e morar com os vitoriosos.
Apocalipse 22:8 – “Eu, João, sou quem ouviu e viu estas coisas. E, havendo-as
ouvido e visto, prostrei-me aos pés do anjo que me mostrava essas coisas, para adorá-lo”.
No versículo seis, foi o anjo que deu o seu testemunho sobre a autenticidade da
profecia. Agora, é a vez de João dizer: “sou quem ouviu e viu estas coisas”.
Apocalipse 22:9 – “Então ele me disse: Olha, não faças isso! Sou conservo teu e
de teus irmãos, os profetas, e dos que guardam as palavras deste livro. Adora a Deus”.
Ao ser concluída a inspiração do Apocalipse, João ficou tão emocionado que se
ajoelhou diante do poderoso anjo. É a segunda vez que ele comete o mesmo erro, e a
segunda vez que lhe chamam a atenção (Apocalipse 19:10). O céu proclama que só Deus
é digno de adoração.
Apocalipse 22:10 – “Disse-me ainda: Não seles as palavras da profecia deste
livro, porque próximo está o tempo”.
O próprio significado da palavra “Apocalipse”, ou seja, “Revelação”, já exprime
não ser ele um livro selado, fechado, ou incompreensível. Este é um livro aberto para
todos aqueles que desejam conhecer o plano de Deus com um coração puro e receptivo.
Apocalipse 22:11 – “Quem é injusto, faça injustiça ainda; quem está sujo, suje-
se ainda; quem é justo, faça justiça ainda; e quem é santo, santifique-se ainda”.
Apocalipse 22:12 – “Eis que cedo venho! A minha recompensa está comigo,
para dar a cada um segundo a sua obra”.

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Esses versículos assinalam o fim do tempo da graça, que ocorre imediatamente


antes da segunda vinda de Cristo. Há os que ensinam que haverá um tempo de graça
depois de Sua segunda vinda. Mas, em nenhum lugar das Escrituras existe qualquer
sugestão a esse respeito.
Não haverá uma segunda chance. Ao voltar Jesus, Ele mesmo declara: “A minha
recompensa está comigo, para dar a cada um segundo a sua obra”, o que constitui uma
evidência de que não haverá graça após a Sua segunda vinda.
Ao Jesus terminar Sua obra sacerdotal, então aqueles que são justos, continuarão
justos, porque todos os seus pecados foram definitivamente apagados. Mas, aqueles que
são ímpios, continuarão ímpios, porque não haverá mais Sacerdote no santuário celestial
para interceder por eles.
Portanto, a decisão de entregar sua vida a Jesus, aceitá-lo como Salvador e
Senhor, deve ser tomada antes dEle deixar o lugar santíssimo do santuário celestial.
Apocalipse 22:13 – “Eu sou o Alfa e o Ômega, o primeiro e o último, o princípio
e o fim”.
Apocalipse 22:14 – “Bem-aventurados aqueles que lavam as suas vestes [no
sangue do Cordeiro] para que tenham direito à árvore da vida, e possam entrar na cidade
pelas portas”.
Em algumas traduções encontramos “bem-aventurados aqueles que guardam os
Seus mandamentos”. Outras traduções dizem: “aqueles que lavam as suas vestes”. Qual
a tradução correta? Como as palavras do idioma grego são muito parecidas, não podemos
estar certos de como era o original.
Enrique Alford comenta o assunto da seguinte maneira: “A diferença que há nos
textos é curiosa. É a diferença que há entre as frases: “poiountes tas entolas autou”, e
“plunontes tas stolas auton”.
Com relativa facilidade, essas frases podem tomar-se uma pela outra. Em vista
de que as palavras se parecem de forma tão surpreendente, não é estranho que se encontre
esta divergência.
O fato é que ambas as traduções são aceitáveis. Somente aqueles que lavaram as
suas vestes no sangue do Cordeiro são capazes de guardar Seus mandamentos. A
obediência nunca é a base da graça; mas a graça de Deus é a única base para a nossa
obediência.
Foi a desobediência que motivou a saída dos nossos primeiros pais do Éden e os
privou de desfrutar da árvore da vida. E é somente através do sacrifício de Cristo, o qual

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resulta numa vida de submissão e obediência, que qualquer ser humano poderá entrar na
cidade e ter direito à árvore da vida.
Apocalipse 22:15 – “Ficarão de fora os cães, os feiticeiros, os adúlteros, os
homicidas, os idólatras, e todo aquele que ama e pratica a mentira”.
A Bíblia deixa claro que a Nova Jerusalém não é para todos. Os que amam mais
o pecado do que a Deus não podem ser incluídos entre os que habitarão a cidade de Deus.
A expressão “os cães” é usada na Bíblia para se referir aos “maus obreiros”.
Paulo diz: “Acautelai-vos dos cães! Acautelai-vos dos maus obreiros! (Filipenses 3:2).
Apocalipse 22:16 – “Eu, Jesus, enviei o meu anjo para vos testificar estas coisas
às igrejas. Eu sou a raiz e a geração de Davi, a resplandecente Estrela da Manhã”.
A estrela da manhã é a infalível guia dos navegantes; e, nós, que navegamos nos
mares desta vida, temos em Jesus a Estrela que aponta o caminho a seguir.
Apocalipse 22:17 – “O Espírito e a noiva dizem: Vem. Quem ouve, diga: Vem.
Quem tem sede, venha; e quem quiser, tome de graça da água da vida”.
A última ordem de Deus para Noé, logo antes do dilúvio, foi: “Entra na arca, tu
e toda a tua casa” (Gên.7:1). Um apelo semelhante é feito para toda a humanidade hoje.
Este é o último convite de Deus para o povo que almeja ser salvo. Ele usa seres
humanos como instrumentos no serviço cristão e, através destas pessoas, Ele estende o
convite a você.
Apocalipse 22:18 – “Eu advirto a todo aquele que ouvir as palavras da profecia
deste livro: Se alguém lhes acrescentar alguma coisa, Deus lhe acrescentará as pragas que
estão escritas neste livro”.
Apocalipse 22:19 – “E se alguém tirar quaisquer palavras do livro desta profecia,
Deus lhe tirará a sua parte da árvore da vida, e da cidade santa, que estão escritas neste
livro”.
O recado de Deus é uma solene advertência aos que adulteram a Sua Palavra,
colocando em risco a destino eterno de pessoas.
Apocalipse 22:20 – “Aquele que dá testemunho destas coisas diz: Certamente
cedo venho. Amém. Vem, Senhor Jesus”.
No último adeus de Cristo à Sua igreja, Ele faz a Sua última promessa:
“Certamente, venho sem demora”. Não é apenas o anúncio de algum evento profético. É
a voz autorizada de Cristo que ouvimos. Eis a essência da esperança do povo de Deus de
todos os séculos. Da certeza dessa promessa têm vivido Seu povo.
“Amém. Vem, Senhor Jesus”. E ajuda-nos a estarmos prontos para recebê-lo!

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Apocalipse 22:21 – “A graça do Senhor Jesus seja com todos. Amém”.


A graça é um ponto de encontro,
Lugar onde os fardos se espalham no chão,
Onde todo que chega cansado,
Tranquilo descansa o seu coração.
A graça se explica em uma cruz,
Lá eu posso entender o que o Céu me traduz,
A morte era a minha sentença,
Mas agora sou livre em Jesus.
Graça simples assim,
Perdão se recebe, se aceita e fim,
Pecado não se explica,
Pecado se paga,
E cristo pagou por mim.
Havia imensa separação,
Entre a raça caída e o Deus do perdão,
Mas a graça fechou o abismo,
E sem hesitar estendeu-nos a mão.
Mostrou-nos a estrada de volta,
À casa do Pai onde iremos morar,
Nos dá a esperança que move,
A certeza que Cristo em breve virá.
Graça simples assim,
Perdão se recebe, se aceita e fim,
E Cristo pagou por mim.
O hino composto por Daniel Salles, cantado pelo quarteto Arautos do Rei traduz
perfeitamente a beleza e o magnífico significado da graça de Jesus.
É esta graça que João estende aos filhos de Deus. O dom gratuito de Jesus Cristo
oferece esperança a todos aqueles que almejam a vida eterna.
Ao aceitarmos Jesus como Salvador e Senhor de nossas vidas, cada um de nós
oferece a Ele a oportunidade de efetuar Sua maior proposta: Transformação de vida,
refinamento do caráter e o verdadeiro sentido de ser um discípulo. Como consequência,
nos é garantida, pelos méritos de Jesus, a vida eterna ao lado do Rei dos Reis e Senhor
dos Senhores.

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Durante várias semanas, estudamos aqui verso por verso o livro de Apocalipse.
São Revelações que Deus concedeu ao apóstolo João para que ele as transmitisse a todos
nós. A importância de conhecer a verdade é que, através dela, desfrutamos da maravilhosa
liberdade que Deus nos concede.

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REFERÊNCIAS
Graciela Érika Rodrigues

Dr. Mauro Braga

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