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Instituto Superior de Transportes e Comunicações.

Departamento de Tecnologias da Informação e das


Comunicações
Curso de Licenciatura em Engenharia Informática de
Telecomunicações
Disciplina Instrumentação e Medidas

GUIAS DO LABORATÓRIO DA DISCIPLINA DE


MEDIDAS ELÉTRICAS

Elaboradas pelo Prof. Inocêncio Zunguze


Versão 1.0
Maputo, Março de 2019
1
LABORATÓRIO 1: Identificação de Instrumentos instrumento. A classe de exatidão é representada pelo
“índice de classe”, um número abstrato, o qual deve ser
Objetivo: tomado como uma percentagem do calibre do
 Identificar e interpretar os símbolos dos instrumentos instrumento. Obs.: uma prática usual é selecionar um
elétricos de medição do Laboratório de Medidas instrumento de calibre tal que o valor medido se situe no
Elétricas. último terço da escala.

Teoria: 5) Discrepância: é a diferença entre valores medidos para a


mesma grandeza.
Os dados característicos dos instrumentos elétricos de
medição são definidos na norma NBR 5180 (1981). Alguns dados 6) Sensibilidade: característica de um instrumento de
característicos essenciais necessários para a utilização correta dos medição que exprime a relação entre o valor da grandeza
instrumentos elétricos de medição são transcritos a seguir. medida e o deslocamento da indicação.

1) Natureza do instrumento: é a característica que o 7) Resolução: menor incremento que se pode assegurar na
identifica de acordo com o tipo de grandeza mensurável leitura de um instrumento, o que corresponde à menor
pelo mesmo. divisão marcada na escala do instrumento.

2) Natureza do conjugado motor: caracteriza o princípio 8) Repetibilidade: propriedade de um instrumento de, em


físico de funcionamento do instrumento; caracteriza o condições idênticas, indicar o mesmo valor para uma
efeito da corrente elétrica aproveitado no mesmo. determinada grandeza medida.

3) Calibre do instrumento: é o valor máximo, da grandeza 9) Mobilidade: menor variação da grandeza medida capaz
mensurável, que o instrumento é capaz de medir. Há dois de causar um deslocamento perceptível no ponteiro ou na
casos a considerar: instrumento de um só calibre; e imagem luminosa.
instrumento de múltiplo calibre. Neste último caso, o
valor de uma grandeza medida num dos calibres será 10) Perda própria: potência consumida pelo instrumento
obtida pela seguinte relação: correspondente à indicação final da escala,
correspondente ao calibre.
CalibreUti lizado
ValordaGrandeza  Leitura 11) Eficiência de um instrumento: é a relação entre o seu
ValorFimDeEscala
4) Classe de exatidão do instrumento: representa o limite de calibre e a perda própria.
erro, garantido pelo fabricante do instrumento, que se
pode cometer em qualquer medida efetuada com este
2
12) Rigidez dielétrica: caracteriza a isolação entre a parte Tabela 1.1: Principais símbolos encontrados nos instrumentos elétricos de
ativa e a carcaça do instrumento. A rigidez dielétrica é medição.
expressa por um certo número de quilovolts, chamado de
“tensão de prova” ou “tensão de ensaio”, o qual
representa a tensão máxima que se pode aplicar entre a
parte ativa e a carcaça do instrumento sem lhe causar
danos.

No mostrador dos instrumentos elétricos de medição, além


do símbolo que caracteriza a natureza do instrumento, que
caracteriza a grandeza a que o mesmo se destina medir, encontra-se
ainda alguns dos símbolos indicados na tabela 1.1, mostrada a
seguir.

Material Experimental:

Serão selecionados alguns instrumentos elétricos de medição


do Laboratório de Medidas Elétricas visando atingir o objetivo
proposto nesta experiência.

Parte Prática:

1. Identifique a natureza dos instrumentos de medidas elétricas


selecionados;

2. A partir dos símbolos constantes no mostrador dos instrumentos


de medidas elétricas selecionados e utilizando a tabela 1.1,
interprete estes símbolos necessários para a utilização correta
destes instrumentos.

Avaliação:

Serão feitas algumas perguntas visando avaliar a apreensão


das informações fornecidas.
3
4
LABORATÓRIO 2: Projeto de um Amperímetro

Objetivos:
 Determinar, experimentalmente, a resistência interna de
um medidor de corrente.
 Verificar como um galvanômetro pode ser transformado
num amperímetro para correntes maiores do que seu
fundo de escala.

Teoria:

Galvanômetro é um instrumento básico utilizado em


medições de corrente contínua. Destaca-se o instrumento de bobina
móvel, que consiste numa parte fixa, o imã permanente, gerando um
campo magnético intenso, e uma parte móvel composta por uma
bobina, ou seja, um enrolamento de um fio condutor fino, sobre um
quadro de alumínio preso a um núcleo de ferro e um ponteiro, sendo
todo o sistema, fixado por duas molas espirais (de bronze fosforoso),
dotadas de eixo suportados por mancais, que ligadas ao fio da bobina
são percorridos pela corrente a ser medida.
A estrutura básica interna de um galvanômetro é vista na
figura 2.1.
O seu funcionamento baseia-se no efeito eletromagnético,
causado pela corrente elétrica que circula pela bobina, originando
forças que atuando sobre o sistema móvel, deflexionarão o ponteiro
mecanicamente unido a este. As forças de restituição, originadas
pelas molas de restituição, contrabalancearão as forças de deflexão,
estabilizando o sistema, quando então se tem o ponteiro imóvel
sobre uma escala previamente graduada, indicando assim o valor da
medida.

5
Figura 2.2: Circuito para determinação da resistência interna do galvanômetro.

Inicialmente, com a chave K aberta, ajusta-se o


potenciômetro P1, de maneira que circule pelo circuito a corrente de
fundo de escala do galvanômetro. Logo após, fecha-se a chave K e
ajusta-se o potenciômetro P2, para que o galvanômetro indique uma
corrente igual a metade do valor do seu fundo de escala. A seguir,
desconecta-se o potenciômetro P2 do circuito medindo com um
ohmímetro a resistência ajustada, que será igual ao valor de Rg. Isto
deve-se ao galvanômetro estar em paralelo com P2, e neste caso, as
correntes são iguais, o que permite concluir, valores iguais de
resistências.
Figura 2.1: Estrutura interna de um galvanômetro.
Um galvanômetro, com uma corrente de fundo de escala Ig,
pode ser convertido em um amperímetro com uma corrente de fundo
Um galvanômetro ao ser utilizado para medidas em um
de escala I0, onde I0 é bem maior do que Ig. Para tanto, é necessário
circuito de corrente contínua, equivale a uma resistência ôhmica
associar ao galvanômetro um resistor em paralelo, para desviar uma
(Rg), que em função do valor pode alterar as características deste.
parte da corrente. Esta ligação é mostrada na figura 2.3, onde está
Os galvanômetros são essencialmente medidores de
representada a resistência interna do galvanômetro em série com
pequenos valores de corrente, da ordem de A, sendo necessário este, e o resistor de desvio Rs, também denominado shunt.
uma associação conveniente de resistores, para que possam ser
No circuito, tem-se: A corrente I0, que é dividida em duas
utilizados como amperímetros ou voltímetros em diversas escalas.
partes, uma corrente Ig, a de fundo de escala do galvanômetro
Para determinação da resistência interna (Rg) de um
original, e uma corrente Is que é a parcela a ser desviada através do
galvanômetro, experimentalmente, é necessário a montagem do
resistor Rs.
circuito da figura 2.2.

Figura 2.3: Ligação de Rs a um galvanômetro para obter um miliamperímetro.


6
Como, no circuito, tem-se uma associação paralela de dois
resistores, pode-se escrever:

RgIg=RsIs

Onde: Is=I0-Ig RgIg=Rs(I0-Ig)


Figura 2.5: Graduação da nova escala.
Rs=RgIg/(I0-Ig)
A inserção do instrumento de medida em um circuito pode
Com essa relação pode-se, conhecendo as especificações do acarretar uma alteração significativa neste e consequentemente, no
galvanômetro (Rg e Ig), dimensionar o valor da resistência shunt, resultado da medida a ser efetuada. Para que esta influência seja a
necessária para convertê-lo em um medidor de corrente de menor possível e desprezível, é necessário que o instrumento, em se
determinada escala I0. Para exemplificar, deseja-se converter um tratando de um medidor de corrente, tenha uma resistência interna
galvanômetro de 500A e 10 de resistência interna, em um bem pequena em relação às resistências do circuito. Além disso, o
miliamperímetro de 0 – 100mA, conforme a figura 2.4. próprio instrumento apresenta, devido a imperfeições construtivas e
aproximações nos dimensionamentos, um erro sobre o valor real
medido, determinando um valor em porcentagem denominado classe
de exatidão.

Figura 2.4: Adaptação de um galvanômetro em um miliamperímetro.


Material Experimental:

 Fonte variável;
Rs=10.500x10-6/(100x10-3-500x10-6)  Resistores: 6,8, 56;
 Potenciômetros: 100, 220 e 1K/LIN;
Rs=0,05
 Miliamperímetro: 0 – 100mA;
 Multímetro.
Para se obter o miliamperímetro de 0 – 100mA, associa-se o
resistor de 0,05 e a escala do galvanômetro deve ser graduada, de
acordo com o novo valor de fundo de escala conforme a figura 2.5.

7
Parte Prática:

1. Monte o circuito da figura 2.6.

Figura 2.8: Circuito do item 7.

8. Com o multímetro, meçe e anote o valor da corrente no circuito


da figura 2.8: Imult. = _________A.
Figura 2.6: Circuito para determinação de Rg. 9. Repita a medida anterior com o miliamperímetro construído,
anotando o valor: Imiliamp. = __________A.
2. Com a chave K aberta, ajuste o potenciômetro de 1K, de modo
que a corrente atinja o fundo de escala do medidor. Avaliação:
3. Sem mexer no potenciômetro de 1K, ligue a chave K e ajuste o
potenciômetro de 220, para que o ponteiro do medidor atinja o 1. (1,0) No circuito da figura 2.2, qual é a função do resistor de
ponto médio da escala. 6,8 ?
4. Desligue a chave K e sem mexer no cursor do potenciômetro de 2. (2,0) Pode-se utilizar o mesmo circuito da figura 2.6, com os
220, meçe a resistência ajustada com o ohmímetro, anotando o mesmos valores, para determinar a resistência interna de
seu valor: Rg = ________. medidores de outras faixas de corrente? Por que?
5. Calcule o valor de Rs para converter o galvanômetro de 0 –
100mA em um miliamperímetro de 0 – 200mA, anotando o seu
valor: Rs = _________.
3. (2,0) Ao medir-se a corrente no circuito da figura 2.9, com um
6. Monte o circuito do novo miliamperímetro, conforme a figura miliamperímetro de 100mA, obtém-se uma indicação de 90mA.
Sendo os resistores de absoluta precisão, calcule a referida
2.7, utilizando como Rs o potenciômetro de 100, ajustando
com o ohmímetro para o valor calculado no item 5. corrente e explique o porquê da diferença entre a calculada e a
medida.

Figura 2.7: Circuito do novo miliamperímetro. Figura 2.9: Circuito do item 3.

7. Monte o circuito da figura 2.8

8
4. (2,0) Compare a leitura do miliamperímetro contruído com a do ........................................................................................................
multímetro (itens 8 e 9 da Parte Prática). Justifique a diferença, .......................................................................................................
se houver. 3. ........................................................................................................
5. (1,0) Utilizando a escala do galvanômetro, mostre a graduação ........................................................................................................
para o miliamperímetro construído (cfe. figura 2.5). ........................................................................................................
6. (1,0) Calcule a resistência interna do miliamperímetro ........................................................................................................
construído. ........................................................................................................
7. (1,0) A partir de um galvanômetro de 5mA com resistência ........................................................................................................
interna 20, esquematize e determine os valores de resistência ........................................................................................................
shunt, para que esse, através de uma chave seletora, possa .......................................................................................................
funcionar como um miliamperímetro de quatro escalas: 0 – 5mA, 4. ........................................................................................................
0 – 10mA, 0 – 50mA e 0 – 100mA. ........................................................................................................
........................................................................................................
........................................................................................................
Guia de Respostas – Laboratório 2 ........................................................................................................
Nome dos alunos: ........................................................................................................
.............................................................................................................. ........................................................................................................
.............................................................................................................. 5. ........................................................................................................
.............................................................................................................. ........................................................................................................
.............................................................................................................. ........................................................................................................
Avaliação: ........................................................................................................
1. ........................................................................................................ ........................................................................................................
........................................................................................................ ........................................................................................................
........................................................................................................ ........................................................................................................
........................................................................................................ .......................................................................................................
........................................................................................................ 6. ........................................................................................................
........................................................................................................ ........................................................................................................
........................................................................................................ ........................................................................................................
2. ........................................................................................................ ........................................................................................................
........................................................................................................ ........................................................................................................
........................................................................................................ ........................................................................................................
........................................................................................................ ........................................................................................................
........................................................................................................ ........................................................................................................
........................................................................................................
9
7. ........................................................................................................ Figura 3.1: Ligação de Rm a um galvanômetro para obter um voltímetro.
........................................................................................................
........................................................................................................ No circuito, tem-se a tensão Vo dividida em duas partes: uma
........................................................................................................ relativa à queda de tensão no galvanômetro (Vg) e outra à queda de
........................................................................................................ tensão na resistência multiplicadora. Como, no circuito, tem-se uma
........................................................................................................ associação série de dois resistores, e a tensão será Vo quando a
........................................................................................................ corrente através do galvanômetro for Ig, pode-se escrever:

LABORATÓRIO 3: Projeto de um Voltímetro Vo  Vg  Vm


Vo  Rg I g  Rm I g  Rm I g  Vo  Rg I g
Objetivos:
 Verificar como um galvanômetro pode ser transformado
Vo  Rg I g Vo
num voltímetro. Rm   Rm   Rg
 Desenvolver um voltímetro para medições de tensão a.c. Ig Ig
60 Hz, utilizando um instrumento de bobina móvel e imã
permanente. Com esta relação, pode-se, conhecendo as especificações do
galvanômetro (Rg e Ig), dimensionar o valor da resistência
Teoria: multiplicadora, necessária para convertê-lo em um voltímetro de
determinada escala Vo.
Um galvanômetro, com corrente de fundo de escala Ig, pode Para exemplificar, é feita a conversão de um galvanômetro de
ser convertido em um voltímetro, com uma tensão de fundo de 500A e 10 de resistência interna, em um voltímetro de 0-10V,
escala Vo. Para tanto, é necessário adicionar ao galvanômetro um conforme a figura 3.2.
resistor em série, para dividir a tensão entre o galvanômetro e esse
resistor. Esta ligação é mostrada na figura 3.1, onde está
representada a resistência do galvanômetro e a resistência Rm,
também denominada resistência multiplicadora, associadas em
série, formando o voltímetro.
Figura 3.2: Adaptação de um galvanômetro em um voltímetro.

10
Rm   10  Rm  19990
500 x10 6

10
1 1
Sv    2000 / V
Para se obter o voltímetro de 0-10V, é associado o resistor de I g 500 x10 6
19990 em série com o galvanômetro, com escala graduada, de
ou
acordo com o novo valor e unidade de fundo de escala, conforme a
R 19990  10
figura 3.3. Sv    2000 / V
Vo 10

Para um voltímetro, este valor de sensibilidade é


relativamente baixo, pois na prática encontra-se valores de dezenas
de K/V, que representam instrumentos de maior exatidão e
qualidade.
Um outro aspecto a ser salientado diz respeito ao uso dos
Figura 3.3: Graduação da nova escala. instrumentos de bobina móvel e imã permanente (BMIP) em
corrente alternada. Estes instrumentos não são utilizáveis em
A medida de tensão em um circuito pode acarretar uma corrente alternada devido ao próprio princípio de funcionamento.
alteração neste e, conseqüentemente, no valor medido. Para que esta Entretanto, é possível, através de ponte retificadora, utilizá-los neste
influência seja a menor possível e desprezível, é necessário que o tipo de corrente.
voltímetro tenha uma resistência interna bem alta em relação às do O desvio do conjunto móvel dos instrumentos de bobina
circuito. Para avaliar essa influência, deve-se levar em consideração móvel é proporcional à corrente constante que circula em sua
a sensibilidade do voltímetro, que é a relação entre a resistência bobina, ou seja,
total do instrumento e a tensão de fundo de escala:
=KI
R [ ]
Sv 
Vo [V ] Quando estes instrumentos são usados em correntes
alternadas senoidais, devida a inércia do conjunto móvel, apresentam
onde R representa a resistência total, isto é, R=Rg+Rm e como um desvio proporcional ao valor médio da corrente:
Vo/R=Ig, pode-se escrever que: Sv=1/Ig.
A sensibilidade exprime o valor da resistência do voltímetro =KImed
a cada volt medido, sendo que quanto maior for esse parâmetro,
menor a influência do voltímetro na medida. Assim, um instrumento de bobina usado diretamente em
No exemplo anterior, tem-se um voltímetro cuja corrente alternada senoidal dará uma indicação nula, pois é zero o
sensibilidade é: valor médio desta corrente. Porém, quando empregado com
retificadores, apresenta uma deflexão proporcional ao valor médio
da corrente retificada, ou seja,
11
’=KImed

Como em corrente alternada o que interessa é o valor eficaz


da corrente, seja o valor instantâneo i da forma:

i=Imsenwt

Para a retificação de onda completa tem-se que:

2
I ef  Im

Como I m  2 I ef , a expressão anterior ficará:
Figura 3.4: Diferença nas escalas graduadas para ca e cc.
Ief=1,11Imed
Ainda, pode-se usar as mesmas equações desenvolvidas
Esta última expressão indica que a deflexão  correspondente anteriormente para o sinal de tensão alternada, bastando para isto
a uma corrente constante I é cerca de 11% maior que a deflexão ’ substituir I por V.
correspondente a uma corrente alternada de valor eficaz Ief=I. É por O circuito empregado para utilização de instrumentos BMIP
esta razão que os instrumentos de bobina móvel utilizáveis em em corrente alteranda pode ser visto na figura 3.5. Neste caso, é
correntes contínua e alternada são providos de duas graduações na empregado uma ponte retificadora de onda completa.
escala conforme mostra a figura 3.4.

Figura 3.5: BMIP em corrente ca com retificação completa.

Material Experimental:

12
 Fonte variável; 5. Repita a medida anterior com o voltímetro construído: 1K =
 Tranformador 220/15-0-15V; _________V; 470 = _______V.
 Resistores: 470, 1K; 6. Repita os itens 1 a 5 utilizando agora um galvanômetro com
 Potenciômetros: 220, 47K e 470K/LIN; calibre 0 - 50A.
 Miliamperímetro e microamperímetro: 0 – 100mA; 0 - 7. Projete um voltímetro para medição de tensão alternada até 15V
50A; eficaz, utilizando o esquema mostrado na parte teórica. Compare
 Multímetro; esta escala com aquela desenvolvida para uso com cc.
 Diodos 1N4004.
Avaliação:
Parte Prática:
1. (2,0) Calcule a sensibilidade dos voltímetros construídos.
2. (2,0) Utilizando as escalas dos galvanômetros construídos,
1. Utilizando o galvanômetro de 0 – 100mA, calcule o valor de Rm
mostre a graduação para os voltímetros construídos (cfe. figura
para convertê-lo em um voltímetro de 0-15V e anote o seu valor:
3.3).
Rm = _____________.
3. (4,0) Compare as leituras dos voltímetros construídos com a do
2. Monte o circuito do voltímetro utilizando como Rm o valor
multímetro. Explique as diferenças encontradas.
calculado no item 1.
4. (2,0) Utilizando a escala do galvanômetro, mostre a graduação
para o voltímetro construído conforme item 7 da parte prática.

3. Monte o circuito da figura abaixo.


Guia de Respostas – Laboratório 3
Nome dos alunos:
..............................................................................................................
..............................................................................................................
..............................................................................................................
.............................................................................................................
4. Com o multímetro, meçe e anote o valor da tensão em cada Avaliação:
resistor do circuito do item 3: 1K = ______V; 470 = _______V. 1. ........................................................................................................
........................................................................................................
........................................................................................................
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........................................................................................................ ........................................................................................................
........................................................................................................ ........................................................................................................
........................................................................................................ .......................................................................................................
........................................................................................................ 4. ........................................................................................................
........................................................................................................ ........................................................................................................
........................................................................................................ ........................................................................................................
........................................................................................................ ........................................................................................................
....................................................................................................... ........................................................................................................
2. ........................................................................................................ ........................................................................................................
........................................................................................................ ........................................................................................................
........................................................................................................ ........................................................................................................
........................................................................................................ ........................................................................................................
........................................................................................................ ........................................................................................................
........................................................................................................ ........................................................................................................
........................................................................................................ ........................................................................................................
........................................................................................................ ........................................................................................................
........................................................................................................ .......................................................................................................
........................................................................................................ LABORATÓRIO 4: Projeto de um Ohmímetro Série
........................................................................................................
....................................................................................................... Objetivo:
3. ........................................................................................................
........................................................................................................  Verificar, experimentalmente, o circuito de um
........................................................................................................ ohmímetro série, bem como a graduação de sua escala.
........................................................................................................
........................................................................................................ Teoria:
........................................................................................................
........................................................................................................ Para se medir uma resistência, utilizando um galvanômetro
........................................................................................................ com sua escala graduada em ohms, é necessário que circule uma
........................................................................................................ corrente através do elemento a ser medido, deflexionando o
........................................................................................................ ponteiro, proporcionalmente ao valor deste. Para tanto, necessitamos
........................................................................................................ formar um circuito composto por um galvanômetro, uma fonte,
........................................................................................................ elementos resistivos e o elemento desconhecido. Essa ligação pode
........................................................................................................
14
ser do tipo série ou paralela, originando assim o ohmímetro série e o
ohmímetro paralelo, respectivamente. R2 R g
O circuito do ohmímetro série é mostrado na figura 4.1, onde Rh = R1 +
R2 + R g
R1 é o resistor limitador de corrente do circuito, R2 é o resistor para
ajuste do zero, ou seja, a corrente de fundo de escala do
galvanômetro, quando os terminais A e B estiverem curto- A resistência total vista pela fonte de tensão E deve ser igual
circuitados, Rg é a resistência da bobina do galvanômetro, Rx é a a 2Rh, e a corrente necessária para produzir 50% da deflexão será:
resistência desconhecida e, finalmente, E é a bateria interna.
E
Quando Rx for igual a zero (curto-circuito), R2 deve ser Ih 
ajustado para Igmáx, equivalente a zero ohms na escala do medidor. 2 Rh
Quando Rx for igual a infinito (circuito aberto), a intensidade de
corrente é zero, equivalente a “” na escala do medidor. Para produzir 100% da deflexão tem-se:
A exatidão do ohmímetro depende da reprodutibilidade do
mecanismo do galvanômetro e das tolerâncias dos resistores de E
calibração ligados entre A e B. It  2I h 
Rh

A corrente em derivação através de R2 é :

I 2  I t  I gmáx

Como a tensão do shunt é igual a tensão através da bobina,


tem-se Esh=Eg ou I2R2=IgmáxRg, e, portanto:
I gmáx Rg
R2 =
I2
Figura 4.1: Circuito do ohmímetro série.
Fazendo-se as devidas substituições chega-se a seguinte
O valor adequado de Rx é aquele que produz 50% de expressão para a determinação de R1:
deflexão do conjunto móvel, ou seja, Rx = Rh (half-scale). Assim,
dados Igmáx, Rg, E e o valor desejado de Rh, pode-se encontrar R1 e I gmáx Rg Rh
R1 = Rh -
R2 . E
Uma boa aproximação pode-se considerar Rh igual a 0,5Igmáx
e, portanto:
15
Para exemplificar, considere o ohmímetro da figura 4.1, o 2. Monte o circuito da figura 4.1 com os valores determinados no
qual é alimentado por uma bateria de 3V e tem Rg=50 e item 1.
Igmáx=1mA. O valor desejado para deflexão de ½ escala é 2K. 3. Conecte entre os terminais A e B os resistores apresentados na
Calcule o valor de R1 e R2. tabela 1. Para cada valor de resistência, meçe e anote o valor da
corrente Ix correspondente a cada resistência da tabela 1.
E 3V 4. Meçe os valores dos resistores da tabela 1 com um ohmímetro
It = = = 1,5mA convencional e anote os valores na coluna correspondente.
Rh 2000Ω

I2 = It – Igmáx = (1,5-1)mA=0,5mA Tabela 1: Tabela comparativa dos valores de resistência medidos e calculados.
Rx() Ix(A) Rxmedido() Rxcalculado()
I gmáx Rg 1mA.50Ω 220
R2 = = = 100Ω
I2 0,5mA 470
1K
R2 Rg 50.100 1,5K
R1  Rh -  2000   33,3 2,2K
R2  Rg 150
3,3K
4,7K
Material Experimental:
Avaliação:
 Fonte variável;
 Resistores: 220, 470, 1K, 1,5K, 2,2K, 3,3K e 1. (4,0) Apresente os cálculos do projeto do Ohmímetro.
4,7K; 2. (4,0) Calcule Rx utilizando as correntes Ix medidas, preenchendo
 Potenciômetros: valores dependentes de R1 e R2; a coluna correspondente na tabela 1. Compare os resultados com
 Microamperímetro: 0 - 50A; os valores medidos pelo ohmímetro.
 Multímetro. 3. (2,0) Construa uma escala graduada em “ohms” para o
ohmímetro projetado, utilizando os valores definidos para Ix na
Parte Prática: tabela 1.

1. Calcule os valores de R1 e R2 do circuito da figura 4.1, conforme


o procedimento descrito na Parte Teórica, considerando:
Igmáx=50A, Rg=conforme determinado no Lab. 3 , E=3V e
Rx=2,35K para 50% da escala.

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2. ........................................................................................................
........................................................................................................
Guia de Respostas – Laboratório 4 ........................................................................................................
Nome dos alunos: ........................................................................................................
.............................................................................................................. ........................................................................................................
.............................................................................................................. ........................................................................................................
.............................................................................................................. ........................................................................................................
............................................................................................................. ........................................................................................................
1. ........................................................................................................ ........................................................................................................
........................................................................................................ ........................................................................................................
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........................................................................................................ 3. ........................................................................................................
........................................................................................................ ........................................................................................................
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Para o circuito estar equilibrado, a corrente I deve ser igual a
zero e para tanto a tensão VAB deve ser nula. Nessas condições,
LABORATÓRIO 5: Medida de Resistência – Ponte de temos que a corrente I1 percorre R1 e R2 e a corrente I2 percorre R3 e
Wheatstone R4, pois não há derivação dessas correntes para o fio central.
Logo, podemos escrever que:
Objetivos:
VR1 = VR3 e VR2 = VR4
 Verificar, experimentalmente, a ponte de Wheatstone.
 Utilizar a ponte de Wheatstone para medir a resistência onde: VR1 = R1I1
de um resistor de valor desconhecido. VR2 = R2I1
VR3 = R3I2
Teoria: VR4 = R4I2

A ponte de Wheatstone é um circuito composto por resistores Substituindo, temos:


arranjados de tal forma a obter-se em um determinado ramo uma
corrente nula, ou seja, situação denominada equilíbrio da ponte. R1I1 = R3I2 e R2I1 = R4I2
Esse circuito é mostrado na figura 8.1. Assim:

I2/I1 = R1/R3 e I2/I1 = R2/R4


Logo:

I2/I1 = R1/R3 = R2/R4

onde a igualdade R1/R3 = R2/R4 é a relação entre os resistores, para


obter-se a situação de equilíbrio da ponte.
Uma das aplicações da ponte de Wheatstone é a medida de
resistência com grande exatidão. Para tanto, monta-se o circuito
mostrado na figura 8.2.

Figura 8.1 - Ponte de Wheatstone

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Figura 8.2 - Ponte de Wheatstone para medida de resistência Figura 8.3 – Ponte de Wheatstone para medir valores baixos de resistores

No circuito da figura 8.2, observa-se que o resistor Da figura 8.3 tem-se que:
desconhecido (RX) será colocado entre dois pontos num dos braços
da ponte, enquanto que no outro braço, coloca-se um potenciômetro R1 = 10 e R2 = 100
para ajustar a situação de equilíbrio da ponte, ou seja, ajustar o valor
da corrente no micro-amperímetro para zero. Feito isso, aplica-se a No equilíbrio tem-se:
relação RX = (R1/R2)RP, onde, conhecendo-se os valores de R1, R2 e
RP, determina-se o valor de RX. RX = (10/100)RDec
Para melhor desempenho prático, convém utilizar no lugar de
RP, uma década resistiva, sendo esta, juntamente com os resistores A relação 10/100 constitui um fator igual a 0,1, que
R1 e R2, responsáveis pela exatidão da medida, pois quanto mais multiplicado por RDec possibilita medir valores de RX pequenos.
exatos forem, maior será a exatidão da medida do elemento Admitindo-se que uma década possibilite ajustes na faixa de 0 a
desconhecido.
100, consegue-se então medir resistores de 0 a 10. Se esse fator
Pode-se também, escolhendo convenientemente os valores de
for diminuido, consegue-se medir valores de resistências mais
R1 e R2, obter o valor do resistor desconhecido multiplicando o valor
baixos com grande exatidão, fato esse impossível com um
lido na década resistiva pela relação entre R1 e R2. Para exemplificar
ohmímetro convencional.
essa situação, consideremos o circuito da figura 8.3.

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Material Experimental: Para que a ponte esteja em equilíbrio é necessário que o
voltímetro indique 0V (zero volt).
 Fonte variável; 2. Meçe com o multímetro e anote na tabela 8.1 as tensões nos
 Resistores: 100, 150, 330 e 5 valores resistores e no potenciômetro (pode-se desconectar o multímetro
desconhecidos. A partir dos valores dos resistores do circuito e usá-lo para medição das tensões desejadas).
componentes da ponte, e utilizando-se o fator
Tabela 8.1
multiplicador de 1k, pode-se medir valores de resistência
R 100 150 330 RP
até 666,67;
V
 Potenciômetro linear de precisão: 1k;
3. Monte o circuito da figura 8.5 para medida de resistências.
 Multímetro.

Parte Prática:

1. Monte o circuito da figura 8.4 e ajuste o potenciômetro RP para o


equilíbrio da ponte. Use o multímetro como voltímetro para o
ajuste.

Figura 8.5

4. Conecte entre os pontos A e B, 5 resistores de valores


desconhecidos, um de cada vez. Ajuste o equilíbrio da ponte para
cada resistor e anote o valor ajustado para RP na tabela 8.2 (o
valor medido para cada resistência será calculado
posteriormente).
Figura 8.4

Observação: para fins de segurança conecte o voltímetro após a


montagem completa do circuito, numa escala apropriada, sendo
sucessivamente reduzida para melhor sensibilidade na ponte.
20
Tabela 8.2
RP RX Rohm
R1
R2
R3
R4
R5
5. Com o multímetro funcionando como ohmímetro meçe cada
resistor e anote o valor na coluna “Rohm” da tabela 8.2.

Avaliação:

1. (1,0) Calcule o valor de RP para se obter o equilíbrio da ponte no


circuito da figura 8.4.
2. (2,0) Com o valor obtido na questão anterior, calcule as tensões
em cada resistor e no potenciômetro. Compare com os valores
obtidos no item 2 da parte prática. Figura 8.6
3. (2,5) Determine o valor medido de RX para cada caso do item 4
da parte prática, anotando os resultados na tabela 8.2.
4. (2,5) Compare os valores obtidos na questão anterior, com os
valores medidos com o ohmímetro como consta na tabela 8.2.
5. (1,0) Porque utiliza-se, na ponte de Wheatstone, um micro-
amperímetro e não um mili-amperímetro?
6. (1,0) Calcular RX para a figura 8.6, sabendo-se que a ponte está
no equilíbrio e que o cursor do potenciômetro está no ponto
médio.

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Guia de Respostas – Laboratório 5 ........................................................................................................
Nome dos alunos: ........................................................................................................
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1. ........................................................................................................ ........................................................................................................
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........................................................................................................ 5. ........................................................................................................
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2. ........................................................................................................ ........................................................................................................
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........................................................................................................ 6. ........................................................................................................
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3. ........................................................................................................ ........................................................................................................
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