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Análise Numérica

Zeros de funções de variável real

Timóteo Sambo

24 de Agosto de 2020

Timóteo Sambo Análise Numérica Zeros de funções de variável real 24 de Agosto de 2020 1 / 17
Introdução

• Nesta aula abordaremos o problema: encontrar zeros de funções reais.


• É importante saber como calcular zeros de funções. Em problemas de
optimização, por exemplo, para determinar pontos de máximo ou mı́nimo de
uma função derivável, precisamos conhecer os zeros de sua derivada;
• Existem funções para as quais não existem ou são complexas as fórmulas
para o cálculo exacto de seus zeros;

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Introdução

• Nesta aula abordaremos o problema: encontrar zeros de funções reais.


• É importante saber como calcular zeros de funções. Em problemas de
optimização, por exemplo, para determinar pontos de máximo ou mı́nimo de
uma função derivável, precisamos conhecer os zeros de sua derivada;
• Existem funções para as quais não existem ou são complexas as fórmulas
para o cálculo exacto de seus zeros;

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Introdução

• Nesta aula abordaremos o problema: encontrar zeros de funções reais.


• É importante saber como calcular zeros de funções. Em problemas de
optimização, por exemplo, para determinar pontos de máximo ou mı́nimo de
uma função derivável, precisamos conhecer os zeros de sua derivada;
• Existem funções para as quais não existem ou são complexas as fórmulas
para o cálculo exacto de seus zeros;

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Introdução

• Nesta aula abordaremos o problema: encontrar zeros de funções reais.


• É importante saber como calcular zeros de funções. Em problemas de
optimização, por exemplo, para determinar pontos de máximo ou mı́nimo de
uma função derivável, precisamos conhecer os zeros de sua derivada;
• Existem funções para as quais não existem ou são complexas as fórmulas
para o cálculo exacto de seus zeros;

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Zero da função

Definição
Dada uma função real de variável real f, chama-se zero de f a todo a ∈ R tal que

f(a) = 0.

Graficamente os zeros de uma funções real encontram-se nos pontos em que seu
gráfico corta o eixos Ox.

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Zero da função

Definição
Dada uma função real de variável real f, chama-se zero de f a todo a ∈ R tal que

f(a) = 0.

Graficamente os zeros de uma funções real encontram-se nos pontos em que seu
gráfico corta o eixos Ox.

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Zero da função

Em geral, os métodos que estudaremos seguirão dois passos:


Passo 1. Isolamento ou localização dos zeros: consiste em achar intervalos
fechados disjuntos [a, b], cada um dos quais contendo um zero de
f;
Passo 2. Refinamento: usa-se alguma técnica que, a cada aplicação, faça com
que nos aproximemos mais da raı́z, até atingirmos uma precisão.

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Zero da função

Em geral, os métodos que estudaremos seguirão dois passos:


Passo 1. Isolamento ou localização dos zeros: consiste em achar intervalos
fechados disjuntos [a, b], cada um dos quais contendo um zero de
f;
Passo 2. Refinamento: usa-se alguma técnica que, a cada aplicação, faça com
que nos aproximemos mais da raı́z, até atingirmos uma precisão.

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Zero da função

Em geral, os métodos que estudaremos seguirão dois passos:


Passo 1. Isolamento ou localização dos zeros: consiste em achar intervalos
fechados disjuntos [a, b], cada um dos quais contendo um zero de
f;
Passo 2. Refinamento: usa-se alguma técnica que, a cada aplicação, faça com
que nos aproximemos mais da raı́z, até atingirmos uma precisão.

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Isolamento de zeros reais/ Método Analı́tico

Teorema de Bolzano
Seja f uma função contı́nua num intervalo fechado [a, b]. Se f(a) · f(b) < 0,
então f tem pelo menos um zero no intervalo aberto (a, b).

Observação
Notemos ainda que se f 0 existe e não muda de sinal em (a, b), então com as
hipóteses do Teorema anterior podemos garantir que o zero que existe em (a, b) é
único.

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Isolamento de zeros reais/ Método Analı́tico

Teorema de Bolzano
Seja f uma função contı́nua num intervalo fechado [a, b]. Se f(a) · f(b) < 0,
então f tem pelo menos um zero no intervalo aberto (a, b).

Observação
Notemos ainda que se f 0 existe e não muda de sinal em (a, b), então com as
hipóteses do Teorema anterior podemos garantir que o zero que existe em (a, b) é
único.

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Isolamento de zeros reais/ Método Analı́tico

Teorema de Bolzano
Seja f uma função contı́nua num intervalo fechado [a, b]. Se f(a) · f(b) < 0,
então f tem pelo menos um zero no intervalo aberto (a, b).

Observação
Notemos ainda que se f 0 existe e não muda de sinal em (a, b), então com as
hipóteses do Teorema anterior podemos garantir que o zero que existe em (a, b) é
único.

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Isolamento de zeros reais/ Método Analı́tico

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Isolamento de zeros reais/ Método Analı́tico

Exemplo. Determine um intervalo onde f(x) = x3 − 3x + 1 tem um


único zero.
• f é contı́nua em R;
• Vamos construir uma tabela com valores de f para alguns valores de x:
x -2 -1 0 1 2
f(x) -1 3 1 -1 3
sinal - + + - +

• f tem zeros nos intervalos [−2, −1], [0, 1] e [1, 2];


• f 0 (x) = 3x2 − 3
• f 0 (x) > 0 para x ∈ (−2, −1), logo existe uma única raı́z em [−2, 1];
• f 0 (x) < 0 para x ∈ (0, 1), logo existe uma única raı́z em [0, 1];
• f 0 (x) > 0 para x ∈ (1, 2), logo existe uma única raı́z em [1, 2];

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Isolamento de zeros reais/ Método Analı́tico

Exemplo. Determine um intervalo onde f(x) = x3 − 3x + 1 tem um


único zero.
• f é contı́nua em R;
• Vamos construir uma tabela com valores de f para alguns valores de x:
x -2 -1 0 1 2
f(x) -1 3 1 -1 3
sinal - + + - +

• f tem zeros nos intervalos [−2, −1], [0, 1] e [1, 2];


• f 0 (x) = 3x2 − 3
• f 0 (x) > 0 para x ∈ (−2, −1), logo existe uma única raı́z em [−2, 1];
• f 0 (x) < 0 para x ∈ (0, 1), logo existe uma única raı́z em [0, 1];
• f 0 (x) > 0 para x ∈ (1, 2), logo existe uma única raı́z em [1, 2];

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Isolamento de zeros reais/ Método Analı́tico

Exemplo. Determine um intervalo onde f(x) = x3 − 3x + 1 tem um


único zero.
• f é contı́nua em R;
• Vamos construir uma tabela com valores de f para alguns valores de x:
x -2 -1 0 1 2
f(x) -1 3 1 -1 3
sinal - + + - +

• f tem zeros nos intervalos [−2, −1], [0, 1] e [1, 2];


• f 0 (x) = 3x2 − 3
• f 0 (x) > 0 para x ∈ (−2, −1), logo existe uma única raı́z em [−2, 1];
• f 0 (x) < 0 para x ∈ (0, 1), logo existe uma única raı́z em [0, 1];
• f 0 (x) > 0 para x ∈ (1, 2), logo existe uma única raı́z em [1, 2];

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Isolamento de zeros reais/ Método Analı́tico

Exemplo. Determine um intervalo onde f(x) = x3 − 3x + 1 tem um


único zero.
• f é contı́nua em R;
• Vamos construir uma tabela com valores de f para alguns valores de x:
x -2 -1 0 1 2
f(x) -1 3 1 -1 3
sinal - + + - +

• f tem zeros nos intervalos [−2, −1], [0, 1] e [1, 2];


• f 0 (x) = 3x2 − 3
• f 0 (x) > 0 para x ∈ (−2, −1), logo existe uma única raı́z em [−2, 1];
• f 0 (x) < 0 para x ∈ (0, 1), logo existe uma única raı́z em [0, 1];
• f 0 (x) > 0 para x ∈ (1, 2), logo existe uma única raı́z em [1, 2];

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Isolamento de zeros reais/ Método Analı́tico

Exemplo. Determine um intervalo onde f(x) = x3 − 3x + 1 tem um


único zero.
• f é contı́nua em R;
• Vamos construir uma tabela com valores de f para alguns valores de x:
x -2 -1 0 1 2
f(x) -1 3 1 -1 3
sinal - + + - +

• f tem zeros nos intervalos [−2, −1], [0, 1] e [1, 2];


• f 0 (x) = 3x2 − 3
• f 0 (x) > 0 para x ∈ (−2, −1), logo existe uma única raı́z em [−2, 1];
• f 0 (x) < 0 para x ∈ (0, 1), logo existe uma única raı́z em [0, 1];
• f 0 (x) > 0 para x ∈ (1, 2), logo existe uma única raı́z em [1, 2];

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Isolamento de zeros reais/ Método Analı́tico

Exemplo. Determine um intervalo onde f(x) = x3 − 3x + 1 tem um


único zero.
• f é contı́nua em R;
• Vamos construir uma tabela com valores de f para alguns valores de x:
x -2 -1 0 1 2
f(x) -1 3 1 -1 3
sinal - + + - +

• f tem zeros nos intervalos [−2, −1], [0, 1] e [1, 2];


• f 0 (x) = 3x2 − 3
• f 0 (x) > 0 para x ∈ (−2, −1), logo existe uma única raı́z em [−2, 1];
• f 0 (x) < 0 para x ∈ (0, 1), logo existe uma única raı́z em [0, 1];
• f 0 (x) > 0 para x ∈ (1, 2), logo existe uma única raı́z em [1, 2];

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Isolamento de zeros reais/ Método Analı́tico

Exemplo. Determine um intervalo onde f(x) = x3 − 3x + 1 tem um


único zero.
• f é contı́nua em R;
• Vamos construir uma tabela com valores de f para alguns valores de x:
x -2 -1 0 1 2
f(x) -1 3 1 -1 3
sinal - + + - +

• f tem zeros nos intervalos [−2, −1], [0, 1] e [1, 2];


• f 0 (x) = 3x2 − 3
• f 0 (x) > 0 para x ∈ (−2, −1), logo existe uma única raı́z em [−2, 1];
• f 0 (x) < 0 para x ∈ (0, 1), logo existe uma única raı́z em [0, 1];
• f 0 (x) > 0 para x ∈ (1, 2), logo existe uma única raı́z em [1, 2];

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Isolamento de zeros reais/ Método Analı́tico

Exemplo. Determine um intervalo onde f(x) = x3 − 3x + 1 tem um


único zero.
• f é contı́nua em R;
• Vamos construir uma tabela com valores de f para alguns valores de x:
x -2 -1 0 1 2
f(x) -1 3 1 -1 3
sinal - + + - +

• f tem zeros nos intervalos [−2, −1], [0, 1] e [1, 2];


• f 0 (x) = 3x2 − 3
• f 0 (x) > 0 para x ∈ (−2, −1), logo existe uma única raı́z em [−2, 1];
• f 0 (x) < 0 para x ∈ (0, 1), logo existe uma única raı́z em [0, 1];
• f 0 (x) > 0 para x ∈ (1, 2), logo existe uma única raı́z em [1, 2];

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Isolamento de zeros reais/ Método Analı́tico

Exemplo. Determine um intervalo onde f(x) = x3 − 3x + 1 tem um


único zero.
• f é contı́nua em R;
• Vamos construir uma tabela com valores de f para alguns valores de x:
x -2 -1 0 1 2
f(x) -1 3 1 -1 3
sinal - + + - +

• f tem zeros nos intervalos [−2, −1], [0, 1] e [1, 2];


• f 0 (x) = 3x2 − 3
• f 0 (x) > 0 para x ∈ (−2, −1), logo existe uma única raı́z em [−2, 1];
• f 0 (x) < 0 para x ∈ (0, 1), logo existe uma única raı́z em [0, 1];
• f 0 (x) > 0 para x ∈ (1, 2), logo existe uma única raı́z em [1, 2];

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Isolamento de zeros reais/ Método Analı́tico

Exemplo. Determine um intervalo onde f(x) = −x + 2e−x tem um


único zero.
• f é contı́nua em R;
• f(0) = −0 + 2e0 = 2;
• f(1) = −1 + 2e−1 = −1 + e2 < −0, 7;
• f tem zeros no intervalo (0, 1);
• f 0 (x) = −1 − 2e−x < 0, para todo x ∈ R. Portanto, f preserva o sinal em
(0, 1). Logo, f tem um único zero intervalo (0, 1).

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Isolamento de zeros reais/ Método Analı́tico

Exemplo. Determine um intervalo onde f(x) = −x + 2e−x tem um


único zero.
• f é contı́nua em R;
• f(0) = −0 + 2e0 = 2;
• f(1) = −1 + 2e−1 = −1 + e2 < −0, 7;
• f tem zeros no intervalo (0, 1);
• f 0 (x) = −1 − 2e−x < 0, para todo x ∈ R. Portanto, f preserva o sinal em
(0, 1). Logo, f tem um único zero intervalo (0, 1).

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Isolamento de zeros reais/ Método Analı́tico

Exemplo. Determine um intervalo onde f(x) = −x + 2e−x tem um


único zero.
• f é contı́nua em R;
• f(0) = −0 + 2e0 = 2;
• f(1) = −1 + 2e−1 = −1 + e2 < −0, 7;
• f tem zeros no intervalo (0, 1);
• f 0 (x) = −1 − 2e−x < 0, para todo x ∈ R. Portanto, f preserva o sinal em
(0, 1). Logo, f tem um único zero intervalo (0, 1).

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Isolamento de zeros reais/ Método Analı́tico

Exemplo. Determine um intervalo onde f(x) = −x + 2e−x tem um


único zero.
• f é contı́nua em R;
• f(0) = −0 + 2e0 = 2;
• f(1) = −1 + 2e−1 = −1 + e2 < −0, 7;
• f tem zeros no intervalo (0, 1);
• f 0 (x) = −1 − 2e−x < 0, para todo x ∈ R. Portanto, f preserva o sinal em
(0, 1). Logo, f tem um único zero intervalo (0, 1).

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Isolamento de zeros reais/ Método Analı́tico

Exemplo. Determine um intervalo onde f(x) = −x + 2e−x tem um


único zero.
• f é contı́nua em R;
• f(0) = −0 + 2e0 = 2;
• f(1) = −1 + 2e−1 = −1 + e2 < −0, 7;
• f tem zeros no intervalo (0, 1);
• f 0 (x) = −1 − 2e−x < 0, para todo x ∈ R. Portanto, f preserva o sinal em
(0, 1). Logo, f tem um único zero intervalo (0, 1).

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Isolamento de zeros reais/ Método Analı́tico

Exemplo. Determine um intervalo onde f(x) = −x + 2e−x tem um


único zero.
• f é contı́nua em R;
• f(0) = −0 + 2e0 = 2;
• f(1) = −1 + 2e−1 = −1 + e2 < −0, 7;
• f tem zeros no intervalo (0, 1);
• f 0 (x) = −1 − 2e−x < 0, para todo x ∈ R. Portanto, f preserva o sinal em
(0, 1). Logo, f tem um único zero intervalo (0, 1).

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Isolamento de zeros reais/ Método gráfico

Para além do uso de tabela para análise do sinal da função, o isolamento dos
zeros reais de uma função f pode ser feito também por meio da análise gráfica da
função. Partindo da equação f(x) = 0, obtem-se uma equação equivalente
f1 (x) = f2 (x), em que f1 e f2 sejam funções de análise gráfica fácil.

Timóteo Sambo Análise Numérica Zeros de funções de variável real 24 de Agosto de 2020 9 / 17
Isolamento de zeros reais/ Método gráfico

Exemplo. Determine um intervalo onde f(x) = −x + 2e−x tem um


único zero.
• f(x) = 0 ⇔ x = 2e−x ;
• Isolar os zeros de f é equivalente a obter intervalos cada um dos quais
contendo abscissa de um dos pontos de intersecção dos gráficos de f1 (x) = x
e f2 (x) = 2e−x ;

• Dos gráficos de f1 e f2 , podemos concluir que f tem um zero no intervalo


[0, 1].
Timóteo Sambo Análise Numérica Zeros de funções de variável real 24 de Agosto de 2020 10 / 17
Isolamento de zeros reais/ Método gráfico

Exemplo. Determine um intervalo onde f(x) = −x + 2e−x tem um


único zero.
• f(x) = 0 ⇔ x = 2e−x ;
• Isolar os zeros de f é equivalente a obter intervalos cada um dos quais
contendo abscissa de um dos pontos de intersecção dos gráficos de f1 (x) = x
e f2 (x) = 2e−x ;

• Dos gráficos de f1 e f2 , podemos concluir que f tem um zero no intervalo


[0, 1].
Timóteo Sambo Análise Numérica Zeros de funções de variável real 24 de Agosto de 2020 10 / 17
Isolamento de zeros reais/ Método gráfico

Exemplo. Determine um intervalo onde f(x) = −x + 2e−x tem um


único zero.
• f(x) = 0 ⇔ x = 2e−x ;
• Isolar os zeros de f é equivalente a obter intervalos cada um dos quais
contendo abscissa de um dos pontos de intersecção dos gráficos de f1 (x) = x
e f2 (x) = 2e−x ;

• Dos gráficos de f1 e f2 , podemos concluir que f tem um zero no intervalo


[0, 1].
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Isolamento de zeros reais/ Método gráfico

Exemplo. Determine um intervalo onde f(x) = −x + 2e−x tem um


único zero.
• f(x) = 0 ⇔ x = 2e−x ;
• Isolar os zeros de f é equivalente a obter intervalos cada um dos quais
contendo abscissa de um dos pontos de intersecção dos gráficos de f1 (x) = x
e f2 (x) = 2e−x ;

• Dos gráficos de f1 e f2 , podemos concluir que f tem um zero no intervalo


[0, 1].
Timóteo Sambo Análise Numérica Zeros de funções de variável real 24 de Agosto de 2020 10 / 17
Isolamento de zeros reais/ Método gráfico

Exemplo. Determine um intervalo onde f(x) = x ln x − 2 tem um


único zero.
• f(x) = 0 ⇔ x2 = ln x;
• Isolar os zeros de f é equivalente a obter intervalos cada um dos quais
2
contendo abscissa de um dos pontos de intersecção dos gráficos de f1 (x) = x
e f2 (x) = ln x;

• Dos gráficos de f1 e f2 , podemos concluir que f tem um zero no intervalo


[2, 3].
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Isolamento de zeros reais/ Método gráfico

Exemplo. Determine um intervalo onde f(x) = x ln x − 2 tem um


único zero.
• f(x) = 0 ⇔ x2 = ln x;
• Isolar os zeros de f é equivalente a obter intervalos cada um dos quais
2
contendo abscissa de um dos pontos de intersecção dos gráficos de f1 (x) = x
e f2 (x) = ln x;

• Dos gráficos de f1 e f2 , podemos concluir que f tem um zero no intervalo


[2, 3].
Timóteo Sambo Análise Numérica Zeros de funções de variável real 24 de Agosto de 2020 11 / 17
Isolamento de zeros reais/ Método gráfico

Exemplo. Determine um intervalo onde f(x) = x ln x − 2 tem um


único zero.
• f(x) = 0 ⇔ x2 = ln x;
• Isolar os zeros de f é equivalente a obter intervalos cada um dos quais
2
contendo abscissa de um dos pontos de intersecção dos gráficos de f1 (x) = x
e f2 (x) = ln x;

• Dos gráficos de f1 e f2 , podemos concluir que f tem um zero no intervalo


[2, 3].
Timóteo Sambo Análise Numérica Zeros de funções de variável real 24 de Agosto de 2020 11 / 17
Isolamento de zeros reais/ Método gráfico

Exemplo. Determine um intervalo onde f(x) = x ln x − 2 tem um


único zero.
• f(x) = 0 ⇔ x2 = ln x;
• Isolar os zeros de f é equivalente a obter intervalos cada um dos quais
2
contendo abscissa de um dos pontos de intersecção dos gráficos de f1 (x) = x
e f2 (x) = ln x;

• Dos gráficos de f1 e f2 , podemos concluir que f tem um zero no intervalo


[2, 3].
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Critérios de parada para cálculo de raizes aproximadas

Método Iterativo
• Consiste em uma sequência de comandos que devem ser executados, alguns
dos quais sendo repetidos algumas vezes.
• A questão central é saber se já estamos perto o suficiente da raı́z. Fixada
uma precisão , o processo iterativo para após k iterações se:
CP1 |x̄ − α| < , onde α é a raı́z exacta e x̄ a raı́z aproximada;
(e/ou)
CP2 |f(x̄)| < ; (e/ou)
CP3 número máximo de iterações: k = kmax ;

Observação
No CP1 temos que calcular |x̄ − α| sem conhecer o α. Uma forma de conseguir
isso é reduzir o intervalo que contém o zero em cada etapa.

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Critérios de parada para cálculo de raizes aproximadas

Método Iterativo
• Consiste em uma sequência de comandos que devem ser executados, alguns
dos quais sendo repetidos algumas vezes.
• A questão central é saber se já estamos perto o suficiente da raı́z. Fixada
uma precisão , o processo iterativo para após k iterações se:
CP1 |x̄ − α| < , onde α é a raı́z exacta e x̄ a raı́z aproximada;
(e/ou)
CP2 |f(x̄)| < ; (e/ou)
CP3 número máximo de iterações: k = kmax ;

Observação
No CP1 temos que calcular |x̄ − α| sem conhecer o α. Uma forma de conseguir
isso é reduzir o intervalo que contém o zero em cada etapa.

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Critérios de parada para cálculo de raizes aproximadas

Método Iterativo
• Consiste em uma sequência de comandos que devem ser executados, alguns
dos quais sendo repetidos algumas vezes.
• A questão central é saber se já estamos perto o suficiente da raı́z. Fixada
uma precisão , o processo iterativo para após k iterações se:
CP1 |x̄ − α| < , onde α é a raı́z exacta e x̄ a raı́z aproximada;
(e/ou)
CP2 |f(x̄)| < ; (e/ou)
CP3 número máximo de iterações: k = kmax ;

Observação
No CP1 temos que calcular |x̄ − α| sem conhecer o α. Uma forma de conseguir
isso é reduzir o intervalo que contém o zero em cada etapa.

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Critérios de parada para cálculo de raizes aproximadas

Método Iterativo
• Consiste em uma sequência de comandos que devem ser executados, alguns
dos quais sendo repetidos algumas vezes.
• A questão central é saber se já estamos perto o suficiente da raı́z. Fixada
uma precisão , o processo iterativo para após k iterações se:
CP1 |x̄ − α| < , onde α é a raı́z exacta e x̄ a raı́z aproximada;
(e/ou)
CP2 |f(x̄)| < ; (e/ou)
CP3 número máximo de iterações: k = kmax ;

Observação
No CP1 temos que calcular |x̄ − α| sem conhecer o α. Uma forma de conseguir
isso é reduzir o intervalo que contém o zero em cada etapa.

Timóteo Sambo Análise Numérica Zeros de funções de variável real 24 de Agosto de 2020 12 / 17
Critérios de parada para cálculo de raizes aproximadas

Método Iterativo
• Consiste em uma sequência de comandos que devem ser executados, alguns
dos quais sendo repetidos algumas vezes.
• A questão central é saber se já estamos perto o suficiente da raı́z. Fixada
uma precisão , o processo iterativo para após k iterações se:
CP1 |x̄ − α| < , onde α é a raı́z exacta e x̄ a raı́z aproximada;
(e/ou)
CP2 |f(x̄)| < ; (e/ou)
CP3 número máximo de iterações: k = kmax ;

Observação
No CP1 temos que calcular |x̄ − α| sem conhecer o α. Uma forma de conseguir
isso é reduzir o intervalo que contém o zero em cada etapa.

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Método da Bissecção

Seja f uma função contı́nua no intervalo [a, b] tal que f(a)f(b) < 0. Suponha que
f tem uma única raı́z em (a, b). O método consiste em dividir o intervalo em que
o zero se encontra, até atingir a precisão desejada.

Alogoritmo
1 intervalo inicial: [a, b] e precisão ;
2 Se b − a <  escolha qualquer x̄ ∈ [a, b] para ser a aproximação do zero;
a+b
3 Se b − a >  seja m = ;
2
4 Se f(a)f(m) < 0, troque b por m. Se f(m)f(b) < 0, troque a por m;
5 volte para o passo 2.

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Método da Bissecção

Seja f uma função contı́nua no intervalo [a, b] tal que f(a)f(b) < 0. Suponha que
f tem uma única raı́z em (a, b). O método consiste em dividir o intervalo em que
o zero se encontra, até atingir a precisão desejada.

Alogoritmo
1 intervalo inicial: [a, b] e precisão ;
2 Se b − a <  escolha qualquer x̄ ∈ [a, b] para ser a aproximação do zero;
a+b
3 Se b − a >  seja m = ;
2
4 Se f(a)f(m) < 0, troque b por m. Se f(m)f(b) < 0, troque a por m;
5 volte para o passo 2.

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Método da Bissecção

Seja f uma função contı́nua no intervalo [a, b] tal que f(a)f(b) < 0. Suponha que
f tem uma única raı́z em (a, b). O método consiste em dividir o intervalo em que
o zero se encontra, até atingir a precisão desejada.

Alogoritmo
1 intervalo inicial: [a, b] e precisão ;
2 Se b − a <  escolha qualquer x̄ ∈ [a, b] para ser a aproximação do zero;
a+b
3 Se b − a >  seja m = ;
2
4 Se f(a)f(m) < 0, troque b por m. Se f(m)f(b) < 0, troque a por m;
5 volte para o passo 2.

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Método da Bissecção

Seja f uma função contı́nua no intervalo [a, b] tal que f(a)f(b) < 0. Suponha que
f tem uma única raı́z em (a, b). O método consiste em dividir o intervalo em que
o zero se encontra, até atingir a precisão desejada.

Alogoritmo
1 intervalo inicial: [a, b] e precisão ;
2 Se b − a <  escolha qualquer x̄ ∈ [a, b] para ser a aproximação do zero;
a+b
3 Se b − a >  seja m = ;
2
4 Se f(a)f(m) < 0, troque b por m. Se f(m)f(b) < 0, troque a por m;
5 volte para o passo 2.

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Método da Bissecção

Seja f uma função contı́nua no intervalo [a, b] tal que f(a)f(b) < 0. Suponha que
f tem uma única raı́z em (a, b). O método consiste em dividir o intervalo em que
o zero se encontra, até atingir a precisão desejada.

Alogoritmo
1 intervalo inicial: [a, b] e precisão ;
2 Se b − a <  escolha qualquer x̄ ∈ [a, b] para ser a aproximação do zero;
a+b
3 Se b − a >  seja m = ;
2
4 Se f(a)f(m) < 0, troque b por m. Se f(m)f(b) < 0, troque a por m;
5 volte para o passo 2.

Timóteo Sambo Análise Numérica Zeros de funções de variável real 24 de Agosto de 2020 13 / 17
Método da Bissecção

Seja f uma função contı́nua no intervalo [a, b] tal que f(a)f(b) < 0. Suponha que
f tem uma única raı́z em (a, b). O método consiste em dividir o intervalo em que
o zero se encontra, até atingir a precisão desejada.

Alogoritmo
1 intervalo inicial: [a, b] e precisão ;
2 Se b − a <  escolha qualquer x̄ ∈ [a, b] para ser a aproximação do zero;
a+b
3 Se b − a >  seja m = ;
2
4 Se f(a)f(m) < 0, troque b por m. Se f(m)f(b) < 0, troque a por m;
5 volte para o passo 2.

Timóteo Sambo Análise Numérica Zeros de funções de variável real 24 de Agosto de 2020 13 / 17
Método da Bissecção

Exemplo. Vimos num dos exemplos que f(x) = x3 − 3x + 1, tem um


único zero em (0, 1). Calcule-a com precisão 10−2 .
a+b
a b m= 2 f(a) f(b) f(m) b−a
0 1 0,5 1 -1 -0,375
0 0,5 0,25 1 -0,375 0,265625 0,5
0,25 0,5 0,375 0,265625 -0,375 -0,07227 0,25
0,25 0,375 0,3125 0,265625 -0,07227 0,093018 0,125
0,3125 0,375 0,34375 0,093018 -0,07227 0,009369 0,0625
0,34375 0,375 0,359375 0,009369 -0,07227 -0,03171 0,03125
0,34375 0,359375 0,351563 0,009369 -0,03171 -0,01124 0,015625
0.34375 0.351563 0.347656 0.009369 -0.01124 -0.00095 0.007813

Após oito passos ficamos com b − a <  = 10−2 . Logo, qualquer valor no
intervalo [0.34375, 0.351563] é uma aproximação do zero de f. Podemos escolher
x̄ = 0.347656.

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Método da Bissecção

Teorema
Suponha que f é uma função contı́nua em [a, b] e f(a)f(b) < 0. O método de
bissecção gera uma sequência x0 , x1 , . . . que se aproxima de uma raı́z α de f com
b−a
|xk − α| 6 .
2k
Usando o teorema acima, podemos estimar o número de iterações do método da
bissecção:
  
b−a
k = log2 .


Timóteo Sambo Análise Numérica Zeros de funções de variável real 24 de Agosto de 2020 15 / 17
Método da Bissecção

Teorema
Suponha que f é uma função contı́nua em [a, b] e f(a)f(b) < 0. O método de
bissecção gera uma sequência x0 , x1 , . . . que se aproxima de uma raı́z α de f com
b−a
|xk − α| 6 .
2k
Usando o teorema acima, podemos estimar o número de iterações do método da
bissecção:
  
b−a
k = log2 .


Timóteo Sambo Análise Numérica Zeros de funções de variável real 24 de Agosto de 2020 15 / 17
Método da Bissecção

Exemplo. Vimos num dos exemplos que f(x) = x ln x − 2, tem um


único zero em (2, 3). Calcule-a com precisão 10−2 .
O número de iterações é
  
3−2
k = log2 = 7.
10−2

k a b m f(a) f(b) f(m) b−a


0 2 3 2,5 -0,6137 1,2958 0,2907
1 2 2,5 2,25 -0,6137 0,2907 -0,1754 0,5
2 2,25 2,5 2,375 -0,1754 0,2907 0,0544 0,25
3 2,25 2,375 2,3125 -0,1754 0,0544 -0,0614 0,125
4 2,3125 2,3750 2,3438 -0,0614 0,0544 -0,0037 0,0625
5 2,3438 2,3750 2,3594 -0,0037 0,0544 0,0253 0,0313
6 2,3438 2,3594 2,3516 -0,0037 0,0253 0,0108 0,0156
7 2,3438 2,3516 2,3477 -0,0037 0,0108 0,0035 0,0078
Portanto, x̄ = 2, 3477.
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