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DERIVADA DE UMA FUNÇÃO REAL - PARTE II

Definições, propriedades e teoremas


Máximo e mı́nimo local. O ponto f (c) é um
• ponto de máximo local de f se f (c) ≥ f (x) quando x está próximo de c.
• ponto de mı́nimo local de f se f (c) ≤ f (x) quando x está próximo de c.
Ponto crı́tico. Um ponto f (c) é chamado ponto crı́tico se f ′ (c) = 0.
Intervalos de crescimento e decrescimento.
• Se f ′ (x) > 0 em um intervalo, então f é crescente nele.
• Se f ′ (x) < 0 em um intervalo, então f é decrescente nele.
Teorema 1. Suponha que f (c) seja um ponto crı́tico de uma função contı́nua f.
• Se o sinal de f ′ mudar de positivo para negativo em c, então f tem um
máximo local em c.
• Se o sinal de f ′ mudar de negativo para positivo em c, então f tem um
mı́nimo local em c.
• Se f ′ é positiva à esquerda e à direita de c, ou negativa à esquerda e à
direita de c, então f não tem máximo ou mı́nimo local em c.
Concavidade.
• Se f ′′ (x) > 0 em um intervalo, então f tem concavidade para cima nele.
• Se f ′′ (x) < 0 em um intervalo, então f tem concavidade para baixo nele.
Ponto de inflexão. Um ponto f (c) é chamado ponto de inflexão se houver uma
mudança de concavidade em f (c).
Teorema 2. Suponha que f ′′ seja contı́nua na proximidade de c.
• Se f ′ (c) = 0 e f ′′ (c) > 0, então f tem um mı́nimo local em c.
• Se f ′ (c) = 0 e f ′′ (c) < 0, então f tem um máximo local em c.
Teorema de Fermat. Se f tiver um máximo ou mı́nimo local em c então f ′ (c) = 0.

Questões
1. Examine a função f (x) = x2 em relação aos intervalos de crescimento e
decrescimento, aos pontos crı́ticos, à concavidade, aos pontos de inflexão e mı́nimos
e máximos locais. Escreva os passos.

Uma solução: Derivando, temos que f ′ (x) = 2x e f ′′ (x) = 2. Assim


• f ′ (x) < 0 se x < 0 e f ′ (x) > 0 se x > 0. Com isso, f (x) = x2 é decrescente
se x < 0 e é crescente se x > 0.
• f ′ (x) = 0 somente se x = 0. Assim, f (0) = 0 é o único ponto crı́tico de
f (x) = x2 .
• f ′′ (x) > 0 se x < 0 e f ′′ (x) > 0 se x > 0. Com isso, f (x) = x2 tem
concavidade para cima.
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2 DERIVADA DE UMA FUNÇÃO REAL - PARTE II

• Como f (x) = x2 sempre tem concavidade para cima, não existem pontos
de inflexão.
• Temos que analisar cada um dos pontos crı́ticos. Como f ′ (0) = 0 e f ′′ (0) >
0, então f tem um mı́nimo local em 0. Como f (0) é o único ponto crı́tico
de f (x) = x2 , a análise está concluı́da.

2. Examine a função f (x) = −x2 em relação aos intervalos de crescimento e


decrescimento, aos pontos crı́ticos, à concavidade, aos pontos de inflexão e mı́nimos
e máximos locais. Escreva os passos.

Uma solução: Derivando, temos que f ′ (x) = −2x e f ′′ (x) = −2. Assim
• f ′ (x) > 0 se x < 0 e f ′ (x) < 0 se x > 0. Com isso, f (x) = −x2 é decrescente
se x > 0 e é crescente se x < 0.
• f ′ (x) = 0 somente se x = 0. Assim, f (0) = 0 é o único ponto crı́tico de
f (x) = −x2 .
• f ′′ (x) < 0 se x < 0 e f ′′ (x) < 0 se x > 0. Com isso, f (x) = −x2 tem
concavidade para baixo.
• Como f (x) = −x2 sempre tem concavidade para baixo, não existem pontos
de inflexão.
• Temos que analisar cada um dos pontos crı́ticos. Como f ′ (0) = 0 e f ′′ (0) <
0, então f tem um máximo local em 0. Como f (0) é o único ponto crı́tico
de f (x) = −x2 , a análise está concluı́da.

3. Examine a função f (x) = x3 em relação aos intervalos de crescimento e


decrescimento, aos pontos crı́ticos, à concavidade, aos pontos de inflexão e mı́nimos
e máximos locais. Escreva os passos.

Uma solução: Derivando, temos que f ′ (x) = 3x2 e f ′′ (x) = 6x. Assim
• f ′ (x) > 0 se x < 0 e f ′ (x) > 0 se x > 0. Com isso, f (x) = x3 é crescente
se x < 0 e é crescente se x > 0.
• f ′ (x) = 0 somente se x = 0. Assim, f (0) = 0 é o único ponto crı́tico de
f (x) = x3 .
• f ′′ (x) < 0 se x < 0 e f ′′ (x) > 0 se x > 0. Com isso, f (x) = x3 tem
concavidade para baixo se x < 0 e tem concavidade para cima se x > 0.
• Como ocorre uma mudança de concavidade em x = 0, f (0) é um ponto de
inflexão.
• Temos que analisar cada um dos pontos crı́ticos. Como f ′ (x) > 0 se x > 0
ou se x < 0, então f não tem máximo ou mı́nimo local em 0. Como f (0) é
o único ponto crı́tico de f (x) = x3 , a análise está concluı́da.

4. Examine a função f (x) = x4 em relação aos intervalos de crescimento e


decrescimento, aos pontos crı́ticos, à concavidade, aos pontos de inflexão e mı́nimos
e máximos locais. Escreva os passos.

Uma solução: Derivando, temos que f ′ (x) = 4x3 e f ′′ (x) = 12x2 . Assim
• f ′ (x) < 0 se x < 0 e f ′ (x) > 0 se x > 0. Com isso, f (x) = x4 é decrescente
se x < 0 e é crescente se x > 0.
DERIVADA DE UMA FUNÇÃO REAL - PARTE II 3

• f ′ (x) = 0 somente se x = 0. Assim, f (0) = 0 é o único ponto crı́tico de


f (x) = x4 .
• f ′′ (x) > 0 se x < 0 e f ′′ (x) > 0 se x > 0. Com isso, f (x) = x4 tem
concavidade para cima.
• Como f (x) = x4 sempre tem concavidade para cima, não existem pontos
de inflexão.
• Temos que analisar cada um dos pontos crı́ticos. Como f ′ (x) < 0 se x < 0
e f ′ (x) > 0 se x > 0, então f tem um mı́nimo local em 0. Como f (0) é o
único ponto crı́tico de f (x) = x4 , a análise está concluı́da.

5. Examine a função f (x) = x5 em relação aos intervalos de crescimento e


decrescimento, aos pontos crı́ticos, à concavidade, aos pontos de inflexão e mı́nimos
e máximos locais. Escreva os passos.

Uma solução: Derivando, temos que f ′ (x) = 5x4 e f ′′ (x) = 20x3 . Assim
• f ′ (x) > 0 se x < 0 e f ′ (x) > 0 se x > 0. Com isso, f (x) = x5 é crescente
se x < 0 e é crescente se x > 0.
• f ′ (x) = 0 somente se x = 0. Assim, f (0) = 0 é o único ponto crı́tico de
f (x) = x5 .
• f ′′ (x) < 0 se x < 0 e f ′′ (x) > 0 se x > 0. Com isso, f (x) = x5 tem
concavidade para baixo se x < 0 e tem concavidade para cima se x > 0.
• Como ocorre uma mudança de concavidade em x = 0, f (0) é um ponto de
inflexão.
• Temos que analisar cada um dos pontos crı́ticos. Como f ′ (x) > 0 se x > 0
ou se x < 0, então f não tem máximo ou mı́nimo local em 0. Como f (0) é
o único ponto crı́tico de f (x) = x5 , a análise está concluı́da.

6. Derive f (x) (escrevendo os passos):


sen (x)
f (x) =
cos (x)
Uma solução: Vamos usar a regra de derivação
f ′ (x)g(x) − f (x)g ′ (x)
 
d f (x)
=
dx g(x) (g(x))2
com f (x) = sen(x) e g(x) = cos(x). Como f ′ (x) = cos(x) e g ′ (x) = − sen(x), temos
que

(cos(x))2 + (sen(x))2
 
d sen(x) cos(x) cos(x) + sen(x) sen(x) 1
= 2
= 2
=
dx cos(x) (cos(x)) (cos(x)) (cos(x))2

7. Derive f (x) (escrevendo os passos):


f (x) = 2x + 3x + 4x
Uma solução: Vamos usar a regra de derivação
d x
(b ) = bx ln b.
dx
4 DERIVADA DE UMA FUNÇÃO REAL - PARTE II

Assim,
d x d x d x d x
(2 + 3x + 4x ) = (2 ) + (3 ) + (4 ) = 2x ln 2 + 3x ln 3 + 4x ln 4
dx dx dx dx

8. Derive f (x) (escrevendo os passos):


f (x) = ln (x) log2 (x)
Uma solução: Vamos usar as regras de derivação
d
(f (x)g(x)) = f ′ (x)g(x) + f (x)g ′ (x),
dx
d 1 d 1
(ln x) = e (logb x) =
dx x dx x ln b
Assim,
d d d log2 (x) ln (x)
(ln (x) log2 (x)) = (ln (x)) log2 (x) + ln (x) (log2 (x)) = +
dx dx dx x x ln 2

9. Derive f (x) (escrevendo os passos):


f (x) = ln (1 + x2 )
Uma solução: Vamos usar a regra de derivação
d g ′ (x)
(ln g(x)) =
dx g(x)
com g(x) = 1 + x2 . Como g ′ (x) = 2x então
d 2x
(ln 1 + x2 ) =
dx 1 + x2
10. Derive f (x) (escrevendo os passos):
f (x) = esen (x)
Vamos usar a regra da cadeia
d
(f (g(x))) = f ′ (g(x))g ′ (x)
dx
com f (x) = ex e g(x) = sen(x).
Como f ′ (x) = ex , g ′ (x) = cos(x) então f ′ (g(x)) = esen(x) e

d  sen (x) 
e = esen(x) cos(x)
dx

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