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Caso 1 – 18m, febre alta, inapetência, coriza amarelada, obstrução nasal, tosse, hiperemia
orofaringe e memb. Timpânicas. Roncos difusos campos pulmonares FR 38 irm.
INFEC resp aguda pode estar localizada desde mucosa nasal até alvéolos pulmonares... dx
diferentes e prognósticos diferentes também...
A dificuldade é justamente que doenças distintas tem manifestações parecidas. O resfriado é tosse
e febre; a laringite também; a pneumonia também...
QUAL SÍTIO ANATÔMICO? Buscar sinais-chave!!
Obs: o estridor predomina a taquipneia nessa divisão.
ESTRIDOR Obstrução das Vias de Condução Extrapleurais [algum processo obstrutivo que
diminui vias de condução, principalmente laringe perigloticas]
TAQUIPNEIA principal marcador de doença das vias aéreas inferiores.
Cortes: 2m; 1 ano; 5 anos.
Até 2m: ≥60 irpm “60 dias 60 irpm”
2m-12m: ≥50 irpm
1-5anos : ≥40 irpm
No caso 1: não tem estridor nem taquipneia. Não tem obstrução, nem IVAI. Sobra IVAS = Resfriado
comum. Justificativa: IRA sem taquipneia e estridor, não tem sinais de complicação.
Obs1: no atendimento de criança com febre, primeiro normaliza temperatura depois contabiliza
FR, pq a febre causa taquipneia...
COMBINAÇÕES:
Nada = IVAS
Estridor (c/ ou s/ FR): obstrução de vias aéreas
Taquipneia, sem estridor = PNEUMONIA
RESFRIADO COMUM:
Infecção viral que acomete a mucosa nasal causando inflamação; além disso pode acometer
também os seios paranasais e nasofaringe. Por isso o resfriado comum pode ser chamado de várias formas:
resfriado comum; rinite viral aguda; rinossinusite viral aguda; nasofaringite viral aguda [nomeia-se as
estruturas anatomicas que estão inflamadas].
Vírus: Rinovírus. É comum as crianças ficarem resfriadas aproximadamente 5 anos de vida,
aproximadamente 6-8semanas por ano. Na creche 10-12x/ano. Existem mais de 200 sorotipos de rinovirus,
e a cada vez que sou contaminado por um tipo eu tenho imunidade específica para ele. Transmissão:
contato direto [passa mão no nariz e toca a pessoa, está feito o contato]. Período e incubação: 1 a 3 dias.
Quadro clínico:
- Coriza: inflamação na mucosa nasal; torna-se mucopurulenta/esverdeada = isso não significa
complicação bacteriana.
- Obstrução nasal: manifestação incomoda, criança depende da respiração nasal, ela não respira
pela boca; pode gerar sinais de desconforto respiratório. Há uma implicância no exame físico: presença de
roncos na ausculta. Ronco = secreção nas grandes vias aéreas. O ronco muda de posição quando o paciente
tosse.
- Tosse: não é obrigatória, mas quando presente é predominantemente noturna, porque um dos
mecanismos da tosse é um gotejamento pós-nasal. Durante o dia essa secreção escorre pelo nariz. A noite a
secreção goteja na hipofaringe que é rica em receptor para tosse, criança acorda tossindo a noite.
- Febre: o resfriado pode ser afebril e também pode cursar com febre alta (39-40º) e não pode ser
usada isoladamente como infec. bacteriana!
Pode ter também: dor de garganta.
Diferencial com vírus Influenza [Síndrome gripal] é que essa vem com febre alta e início súbito.
Diagnóstico: clínico, não precisa de qualquer exame complementar.
Tratamento: única coisa que melhora é o tempo: 7-10 dias. Faz:
1) lavagem nasal com soro fisiológico nasal 0,9% promove desobstrução mecânica.
2) Líquidos a criança tem hiporexia e precisa estar bem hidratada pois se não a secreção fica
mais espessa.
3) antipirético dipirona; paracetamol; ibuprofeno em dose antipirética [5-10mg/kg/dose]. NÃO
USA AINES na pop. Pediatra. NÃO USAR AAS, porque em vigência de infecção do vírus Influenza está
associado a síndrome de Reye: Hepatopatia com encefalopatia grave, letalidade altíssima. A varicela também
tem associação.
4) Mel (acima de 1 ano de idade, pelo risco botulismo), para alívio da tosse noturna.
“Hoje em dia não recomenda em menores de 2 anos, o problema é o consumo excessivo de
produtos açucarados...”
O QUE NÃO VOU USAR?
1) Antitussígeno
2) Mucolítico
3) Descongestionante [nafazolina] (nem sistêmico, nem tópico)
Essas medicações carecem de evidência e tem efeitos colaterais graves.
Criança vai piorando... isso não significa erro, significa que ela está iniciando complicações: OMA e
sinusite bacteriana aguda
1 - OTITE MÉDIA AGUDA
Muito frequente, complicação de até 30% dos resfriados comuns.
Mecanismo anatômico: otite média e o resultado de infecção da nossa orelha media, através da
tuba auditiva, a mucosa que reveste a tuba auditiva estará inflamada e a partir desse momento ela perde a
capacidade de ventilar a orelha média, é uma questão de tempo para ter acumulo de liquido na orelha
media, que ainda não é OMA... por isso que resfriado há sensação de orelha cheia... vira OMA quando
alguma bacteria que coloniza a nasofaringe ascende pela tuba auditiva... a secreção é um meio de cultura..
vira secreção purulenta “é um abscesso dentro do osso temporal e todas estruturas adjacentes estarão
inflamadas, membrana timpânica e parede... O abscesso eventualmente pode ser resolvido mas tipicamente
só se resolve quando é drenado. Pode acontecer perfuração da membrana timpânica e se exteriorizar pela
orelha externa.
Principal risco: idade menores de 2 anos (tuba auditiva mais curta e horizontalizada). Alem disso,
anomalias craniofaciais também pode causar... outros: sexo masculino, baixo perfil socioeconômico,
tabagismo passivo...
Quadro clínico:
- Dor (pelo abscesso) [queixa específica de otalgia], problema: Lactente não refere otalgia, ela fica
irritada e choro excessivo.
- Otorreia: secreção no conduto auditivo externo [diferencial OMA e otite externa... a OMA inicia
com resfriado depois dor depois otorreia, a externa já inicia com otorreia...]
Confirmação diagnóstica: otoscopia; otorreia
Otoscopia normal: membrana timpânica é transparente; fina; consigo visualizar elementos atrás
dela: ossículos da audição; é brilhante porque reflete luz do otoscopio [precisa pilha nova, lâmpada boa];
levemente côncava[voltada ao examinador]. É móvel, nem sempre avaliada pq para isso precisa fazer a
otoscopia pneumática.
Na otoscopia da OMA: membrana timpânica hiperemiada; a inflamação gera edema e perde
transparência, fica opaca [tanto hiperemia quanto opaca são baixa especificidade; choro e febre gera
hiperemia...]. O ABAULAMENTO DA MEMBRANA TIMPANICA é a alteração de maior especificidade para
diagnóstico. O que era levemente côncava agora fica hiperconvexa.
A OTORREIA pode ter perfuração que na maioria das vezes faz cicatrização espontânea.
TRATAMENTO:
Dor/febre = analgésico/antipirético.
ANTIBIÓTICO:
< 6 meses – sempre que tiver OMA
6m-2anos: otite bilateral [mesmo sem otorreia e doença grave] “bilateral, bianos”
Qualquer idade[6m-12anos]: otorreia ou doença grave [dor moderada a grave*1; febre ≥39ºC; dor
> 48h/ a lógica é: criança já teve o tempo de melhora espontânea e não aconteceu] *1: “criança com dor
intensa, criança não dormiu de tanta dor que sentia”
Nos demais casos é possível observar... avaliar o caso: família quer tratar, local de difícil acesso...
PRESCRIÇÃO:
OMA é causado principalmente por S. pneumoniae; H. influenzae não tipável; Moraxella catarrhalis
[menos comum].
AGENTES RESISTENCIA AS PENICILINAS
S. pneumoniae Raro [pode ter resistência intermediária pela alteração da afinidade da PBP
(Penicilin Bitten Protein) – alteração nas proteínas ligadoras de penicilina. Nesse
caso dar dose maior (consegue saturar receptor mesmo sendo de menor
afinidade)
H. influenzae não tipável Beta-lactamase (50%)
M. catarrhalis Beta-lactamase (100%)
Ou seja, a amoxicilina não trata Moraxella nem metade dos Haemophilus... porém trata maior parte dos
casos por isso continua sendo primeira opção terapêutica.
ÚNICA dose cobrada em prova
Amoxicilina
Dose padrão: 45mg/kg/dia (ou 40-50mg/kg/dia) eficaz para Pneumococo sensível e Haemophilus não
produtores de beta-lactamase
Dose dobrada: 80-90mg/kg/dia Pneumo resistência intermediaria e Haemophilus
TRATA por 10 dias.
QUEM INDICAR DOSE DOBRADA?
1 – menor de 2 anos
2 – criança de creche
3 – uso recente de antibiótico nos últimos 30 dias.
Joãozinho tem um ano tá com otite e vai pra creche, o que dar? Questões: a b c)dose padrão; d)dose
dobrada. R: questão D.
DIANTE DE FALHA TERAPEUTICA [sem melhora após 48-72h]: Amoxicilina + Clavulanato
OTITE + CONJUNTIVITE: Hemófilo. EYEmofilo. Se sabe que é Haemophillus, trata direto com AMOXI [dose
padrão]+ CLAVULANATO
USO RECENTE DE AMOXICILINA: Faz Amoxi + Clavulanato!
ATENÇÃO: na reavaliação da criança, preciso erradicar a bactéria. OTITE MÉDIA COM EFUSÃO/Otite Média
Serosa: presença de líquido SEM sinais de infecção aguda. Evolução favorável, espera líquido desaparecer
em até 3 meses. Se não melhorou, manda para o Otorrino. Pode colocar tubo de ventilação: estrutura
cilíndrica que cria um per tuito na membrana timpânica, forma um orifício e drena secreção e ventila orelha
média. [é o que a tuba auditiva deveria estar fazendo] “conceito: a presença da efusão a princípio não é uma
complicação!”
COMPLICAÇÕES: pode acometer tudo ao redor do ouvido (ex: labirintite, colesteatoma [tumor cístico com
perda de audição]; paralisia facial; meningite; abscesso epidural ou subdural; encefalite focal; trombose
seio sigmoide...).
Mastoidite aguda: periostite da apófise mastoide. A mucosa que preenche a mastoide estará inflamada
naturalmente na Otite... isso não é a mastoidite. A mastoidite é quando a inflamação acomete o periósteo.
Suspeita: mudança do quadro clínico do paciente, no momento da periostite na região retroauricular vai
ficar dolorosa, hiperemiada, quente e edemaciada [edema retroauricular], este edema: 1)Desaparece o
sulco retroauricular e o 2) pavilhão fica deslocado.
2- SINUSITE BACTERIANA AGUDA: inflamação bacteriana 2aria dos seios paranasais pela obstrução causada
pelo edema da IVAS viral. A criança menor de 5 anos não tem todos os seios paranasais agudos como o do
adulto. A criança tem apenas seio etmoidal e maxilar. NÃO TEM SEIO FRONTAL = NÃO TEM DOR A
COMPRESSÃO.
Quadro clínico e diagnóstico [que é clínico]:
1 – Quadro arrastaaaado. Resfriado comum dura 7-10 dias. Criança com Sinusite bacteriana aguda é quadro
arrastado que dura mais de 10 dias. A tosse é diurna.
2 – Quadro grave: ≥ 3 dias com febre ≥39ºC com secreção (coriza) purulenta e tosse intensa. [No resfriado
não espero que a febre alta e a secreção purulenta dure mais que 3 dias!]
3 – Identificação de um quadro que piora: criança estava resfriada, começou melhorar e voltou a piorar... ou
criança com piora súbita. CONSIDERAR COMPLICAÇÃO BACTERIANA
Não precisa solicitar radiografia/tomografia seios paranasais. A imagem vai dizer que á inflamação, mas não
que é quadro bacteriano.
TRATAMENTO: = OMA!! São as mesmas bactérias e mesmo esquema da amoxicilina.
O que muda? Duração do tratamento. Individualiza.. inicia amoxicilina e mantém por mais 7 dias após
melhora clínica. (ex: melhora no 4º dia de tto, trata por 11 dias...) [em geral duram entre 14-21 dias]
COMPLICAÇÕES DA SINUSITE BACTERIANA AGUDA:
1 – Celulite orbitária: complicação da sinusite no seio etmoidal. Os seios etmoidais são separados da orbita
pela lamina papirácea, a bactéria pode chegar na região da orbita e acometer os tecidos: gera hiperemia e
edema palpebral. INDÍCIOS: Proptose (protusão do globo ocular) e oftalmoplegia; Dor à movimentação do
globo ocular; quemose (edema de conjuntiva). NÃO CONFUNDIR COM CELULITE PERIORBITÁRIA (é uma
doença pré-septal, isto é, anterior ao septo orbital. O septo orbital é uma barreira mecânica que separa os
tecidos da face aos tecidos orbitários, a pré-septal tem inflamação apenas da pele, subcutâneo, só tecido
de face...; na orbitaria pode ter os dois. O prognóstico da celulite orbitária é muito pior. Diagnóstico da
celulite orbitária: TC de órbita. Conduta: drenagem cirúrgica dos seios da face; TC dos seios da face para
avaliar comprometimento ósseo; ATBterapia EV prolongada.
Outras complicações: trombose seio cavernoso; meningite; abscessos epidural e subdural e osteomielite.
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL DA SINUSITE BACTERIANA AGUDA:
1 – RINITE ALÉRGICA: quadro nasal crônico, recorrente, persistente... Tem coriza nasal e obstrução (porém o
quadro infeccioso terá mais reações sistêmicas ex: febre). Também tem PRURIDO NASAL: Prurido e espirros.
Rinite tem muito espirro. No exame físico o resfriado comum tem mucosa nasal hiperemiada, congesta.. Na
rinite alérgica tem palidez da mucosa nasal. Na investigação laboratorial, na rinite alérgica tem eosinofilia!
2 – SÍFILIS CONGÊNITA: 1ºs 3 meses de vida, obstrução nasal intensa e secreção nasal sanguinolenta. O
Treponema destroi até cartilagem nasal. [Também tem dor em MMSS [pseudoparalisia de Parret].
3 – CORPO ESTRANHO: quando acompanhante da criança fala “criança colocou tampa no nariz”; OU se não
há essa informação, a secreção nasal do corpo estranho é fétida/pútrida e eventualmente sanguinolenta
porque a inflamação é muito forte no local do corpo estranho e pode causar destruição da mucosa. Outra
grande dica é que a secreção é unilateral.
“Criança piora chorando.. é dor.. pensar em otite média aguda e não em sinusite, pq sinusite não dói”.
ATBTERAPIA OU NÃO?
5 meses – OMA unilateral: SIM
8m – OMA unilateral com otorreia: SIM
8m – OMA unilateral SEM otorreia SEM dça grave: NÃO
15m – OMA BILATERAL SEM otorreia SEM dç grave: SIM
36m – OMA com otalgia INTENSA: TRATA
36m – OMA bilateral SEM otorreia e Sem dç grave: NÃO!!
Caso 2 – criança que tem faringite aguda não é referente a mucosa nasal, é referente a dor de garganta..
FARINGITE AGUDA/ FARINGOAMIGDALITE ESTREPTOCÓCICA: Causa + comum em qualquer idade é
infecção viral, em menores de 3 anos o principal agente causador é o Adenovírus. Podem ter etiologia
bacteriana e preocupa... hemograma mostrava leucocitose com neutrofilia (≠cial com mononucleose)
Agente: Streptococcus Beta hemolítico do grupo A (S. Pyogenes)
Costuma ser autolimitado, porém risco de desenvolver FEBRE REUMÁTICA.
EPIDEMIOLOGIA: especialmente comum entre 5-15 anos. A partir dos 15 anos posso ter faringite
estreptocócica, mas é menos frequente. E abaixo dos 5 anos é muito pouco frequente porque entre 3 e 5
anos posso ter mas não é comum. No menor de 2 anos (lactente) não tem faringite estreptocócica. Para ter
faringite estreptocócica precisa ter um determinado receptor onde o Strepto irá aderir. Pode até ser
contaminada e ter IVAS pelo Streptococo semelhante ao resfriado, mas não terá faringite!
QUADRO CLÍNICO:
- febre alta e dor de garganta, dor abdominal e vômito.
- exsudato amigdaliano não é obrigatório e nem exclusivo. “PLACA NÃO CONFIRMA INFECÇÃO
BACTERIANA”
- petéquias no palato não é obrigatório e nem exclusivo. “PORÉM, DE TODAS ALTERAÇÕES, É A QUE MAIS
SE CORRELACIONA COM A INFECÇÃO STREPTOCOCICA”
- adenomegalia cervical (gânglio doloroso a palpação)
O QUE NÃO TENHO: coriza, tosse, catarro!!!
Em alguns casos é possível suspeitar de uma etiologia viral
Dor de garganta e febre – DIAGNÓSTICOS DIFERENCIAIS MEMORIZAR!!!
HERPANGINA – ÚLCERAS com halo hiperemiado e vesículas no interior da caviadade oral [bem posterior]
[palato mole, úvula, pilar amigdaliano]. Diferencial com mão-pé-boca. Principal agente Coxsackie A (na Mao-
pe-boca é o Coxackie A16!!)
ADENOVIROSE – principal agente da faringoamigdalite em <3 anos. Muito parecida com a infecção ao
streptococo, o que ajuda: manifestações de resfriado (coriza, cefaleia, calafrios..), mas o principal é
CONJUNTIVITE! (reação faringoconjuntival) “EYEdenovirus”
MONONUCLEOSE – Linfadenopatia generalizada [diferencial com a faringite estreptocócica que é ÚNICA]/
esplenomegalia/ linfocitose com atipia. Problema: quando nem tudo está presente, no início da doença o
paciente tem faringite exsudativa com febre.
PFAPA(condição não-infecciosa): etiologia desconhecida. O diagnóstico é caracterizado por episódios
recorrentes e autolimitados de faringite e febre. Duram menos que 1 semana. PFAPA é um acrônimo
Periódica Febre, estomatite Aftosa, Faringite, Adenite. Recebem tto para esteptococo, mas não melhoram.
Tratamento: do quadro agudo é feito com CORTICOIDE (1dose é suficiente para abortar a faringite +
febrão)... a corticoterapia não evita recorrência dos episódios, mas é o tratamento do episódio agudo.
Na prova para pensar em PFAPA: 3 ELEMENTOS: 1)quadros recorrentes + 2)aftas + 3) culturas negativas.
Obs: crianças que fazem faringotonsilites de repetição (>7 episódios no ultimo ano; >10 nos últimos 2 anos
ou >9 nos últimos 3 anos) a partir de um ano de idade já podem fazer tonsilectomia.
Voltando a Faringite bacteriana:
DIAGNÓSTICO COMPLEMENTAR: TESTE RÁPIDO (STREPTEST): identifica a presença de um antígeno do
Streptococo. Interpretação: traz duas marcações. C = controle (afirma que teste é válido), se C apagado não
serve. Quando o teste é positivo? Marcação do C e do T = controle. Quando é negativo? Se só C.
Especificidade alta, sensibilidade baixa. Pode ter falso negativo. demora uns 15 minutos.
Padrão-ouro: CULTURA
TESTE RÁPIDO (+): ATB!
TESTE RÁPIDO (-): Pode ser falso-negativo. Faz cultura. Marca retorno em 24-48h.
Cultura (+): ATB A cultura também é altamente específica, mas ela é mais sensível!
Cultura (-): Sintomático/acompanho.
PARA FINS DE PROFILAXIA DE FEBRE REUMÁTICA: PODE DEMORAR ATÉ 9 DIAS PARA INICIAR O
TRATAMENTO! [r e u m a t i c a tem 9 letra = 9 dias p/ profilaxia]
Problema do retardo: prolonga doença e prolonga tempo de transmissão.
“No adulto, basta o teste rápido (-) que não é obrigado fazer cultura – VPN do teste rápido é maior pq para o
adulto a probabilidade de ter faringite estreptocócica é mais baixa”
ATENÇÃO: Antiestreptolisina/ Anti-DNAse é para diagnóstico retrospectivo [não aparece durante a dor de
garganta].
TRATAMENTO: precisa ser algum que garante que irá erradicar o Streptococo da orofaringe. Só garante se
tiver no mínimo 10 dias de nível antimicrobiano. PENICILINA BENZATINA Dose única IM (não tem Strepto
grupo A resistente). OU Amoxicilina VO POR 10 DIAS (para tratar faringite streptococica pode ser dose única
diária – e facilita adesão completa).
Para alérgicos, pode usar MACROLÍDEOS: Azitromicina 5dias 1x/dia. (problema: resistência – e aí pode falhar
na prevenção da febre reumática).
COMPLICAÇÕES SUPURATIVAS: ABSCESSO PERITONSILAR; ABSCESSO RETROFARÍNGEO
ABSCESSO PERITONSILAR/PERIAMIGDALIANO: relativamente frequente, comum em adolescentes/adultos
jovens (>15 anos). O que é? A amígdala é envolvida pela capsula amigdaliana, na infecção amigdaliana o
microorganismo pode invadir a região peritonsilar depois de romper a capsula. Essa região é apenas
ocupada por um tecido conjuntivo frouxo e quando a bactéria chega lá ela se multiplica e forma uma celulite
da região que pode formar abscesso.
História: começa com amigdalite. Mas vai piorando... quando tem formação de abscesso tem
disfagia/dificuldade de deglutição surge a sialorreia [marcador da disfasia grave – significa que não
consegue engolir a própria baba]. Esse abscesso pode gerar espasmo do músculo pterigoide = trismo [não
consegue abrir a boca] empurra a úvula para lado contralateral pelo efeito massa = desvio da úvula.
Tratamento: indicado internação de crianças. Há 2 pilares principais:
1 – ANTIBIOTICOTERAPIA: abscesso costuma ser polimicrobiano GAS + anaeróbios da cavidade oral:
CLINDAMICINA. Os abscessos costumam ser polimicrobianos.
2 – DRENAGEM: Aspiração por agulha(na maior parte das vezes) /ou/ Incisão e drenagem
ABSCESSO RETROFARÍNGEO: é o resultado da ADENITE do espaço retrofaringeo. Quem teve é quem tem no
momento inicial essa adenite no espaço retrofaringeo. Esse espaço é praticamente virtual localizado entre
parede posterior da orofaringe e face dos corpos vertebral. Nos primeiros 5 anos de vida esse espaço é
ocupado por cadeia de linfonodos que desaparecem após os 5 anos. Detalhe: a infecção pelo Pneumococo
não é comum antes de 5 anos de idade [por isso doença é rara]. A infecção desses gânglios gera uma adenite
e gera o quadro. No raio X fica alargado. Para confirmar e saber se é abscesso: TC.
Quadro clínico: IVAS recente qualquer IVAS! [afinal, faringite estreptocócica não é comum no menor de 5
anos]. Febre alta e dor de garganta. Disfagia e sialorreia. No ex. físico: presença de dor a mobilização
cervical. [diagnostico diferencial de torcicolo... avaliar se teve IVAS... Eventualmente pode ter estridor mas é
raro.
Tratamento: ATBterapia (AMOXI+CLAVU). Se não melhora precisa ir para centro cirúrgico [drenagem
percutânea guiada por TC].
CASO 3 – HX DE criança abandonada: pensar 3 pistas: 1 – não sabe pré-natal; 2 – falta teste do pezinho; 3 –
falta vacinação. “dor de garganta + estranho ruído + boca para cima. “estranho ruído = estridor” O estridor
surge quando o ar encontra dificuldade para passar através de uma grande via aérea. Ele é na maioria das
vezes um ruído INSpiratório (local normalmente acometido laringe e raiz periglotica, que são menor no início
da inspiração).
ESTRIDORES: obstrução nas grandes vias de condução extrapleurais = laringe e adjacências.
- Abscessos profundos de pescoço [precisa ser muito grande]
- Epiglotite aguda [supraglótica, acima do orifício glótico]
- Laringotraqueíte aguda [infraglótica, acomete via aérea abaixo do orifício glótico]
EPLIGOTITE AGUDA: + grave e + rara
Nossa epiglote tem função de ocluir orifício glótico, graças a ele o alimento e liquido que ingerimos não vai
para via aérea. É uma lamina fina que abre e fecha com facilidade. A infecção bacteriana da mucosa da
epiglote deixa ela edemaciada e pesada que cai e oclui o orifício glótico e o paciente morre de obstrução
respiratória.
QUADRO CLÍNICO: Início agudo e fulminante. Vai evoluindo de poucas horas: com febre alta e toxemia.
Queixa de dor de garganta. E evolui com disfagia e sialorreia. Conforme vai evoluindo a criança vai
desenvolvendo o estridor. A criança percebe que ela consegue respirar um pouco melhor na posição em
tripé. Anterioriza o tronco, apoia-se sobre o pé e faz hiperextensão cervical serve para alinhamento de
eixo (ex: fazemos isso para intubar paciente). Para confirmar o diagnóstico, tenho que visualizar a epiglote,
porém se desconfia de epiglotite não devemos tentar visualizar a epiglote.
CONDUTA IMEDIATA: Garantir a via aérea (intubar ou se não conseguir precisa de uma traqueostomia).
PROBLEMA: o edema da epiglote dificulta a intubação.
PROGNÓSTICO: bom SE garantir a via aérea.
AGENTE: principal: Haemophilus influenzae B. Que está na vacina. Outras que causam menos comumente: S.
pneumoniae; S. pyogenes; S. aureus.
Tratamento: ATBterapia após garantir via aérea ATB Parenteral(cefuroxima, ceftriaxona, meropenem) por
10 dias.
ATENÇÃO: Diagnóstico é CLÍNICO. Não solicitar exames até via aérea pérvia. Ex de imagem só se não estiver
taao grave e ficar sempre do lado do paciente. No RaioX com paciente deitado percebe uma epiglote
edemaciada sinal do polegar.
LARINGOTRAQUEÍTE VIRAL (crupe viral): É UMA INFECÇÃO VIRAL QUE PODE ESTAR LIMITADA A LARINGE
“laringite aguda”. Se pega traqueia também chama laringotraqueite. Bronquio “laringobronquite”.. é tudo a
mesma doença.
Agente: vírus parainfluenza (75%) “vírus que não PARA de descer”. Outros podem acometer.
História: pródromos catarrais: coriza, tosse, obstrução nasal; febre baixa. Na hora da inflamação da laringe,
a tosse da laringotraqueíte é uma “tosse ladrante/cachorro”(muito aguda)/ CRUPE [crupe viral, crupe é o
que atinge a laringe]. E a presença do estridor [normalmente na inflamação da cartilagem cricoide, ponto de
menor diâmetro da laringe] (escuto, não ausculto). Além disso tem rouquidão! A rouquidão ocorre quando
acomete cordas vocais (a epiglotite é uma SUPRAglotite [está acima da glote]; a crupe está abaixo, a
rouquidão vem da lesão abaixo da glote!).
TRÍADE = ROUQUIDÃO + TOSSE LADRANTE + ESTRIDOR
Diagnóstico é clínico.
P/ prova: Radiografia simples: sinal da torre estreitamento da coluna aérea na região infraglotica. A
inflamação ocupa local que deveria estar ocupada pelo ar.
TRATAMENTO: o que determina é a gravidade da obstrução. Francos sinais de desconforto respiratório
[dessaturação O2; taquidispneia..] mas o sinal que fala sobre gravidade é o estridor com repouso (se o ar
está passando lentamente e mesmo assim oscila é porque a obstrução é muito grave! Quando está correndo
o ar passa mais rápido e há maior turbilhonamento).
COM ESTRIDOR EM REPOUSO
Nebulização com adrenalina (faz vasoconstricção na mucosa laríngea e regressão imediata no
edema). PROBLEMA: ação temporária.
Corticoide: efeito anti-inflamatório prolongado, porém o início de ação é mais lento. O efeito da
adrenalina já passou, mas o corticoide ainda não fez efeito... logo deixa a criança em observação
por +- 2h.
SEM ESTRIDOR EM REPOUSO:
Corticoide (reduz a chance da criança evoluir com obstrução grave)
Dx diferencial: LARINGITE ESTRIDULOSA: dorme bem e acorda no meio da noite subitamente com isso.
Vai ao pronto-socorro e já se resolve antes de chegar. Despertar súbito sem pródromos. Porém pode
recorrer.
Como nebulizar com adrenalina? 0,5ml/kg de adrenalina até dose máxima de 5ml. Adrenalina da caixa
de parada. NÃO PRECISA DILUIR. Corticoide: dexametasona VO ou IM (padrão), dá para colocar
budesonida na nebulização também... deixa criança em observação por 2h.. voltou fazer estridor
novamente, nebuliza de novo.
Caso 4 – estridor em repouso! resfriado há 4 dias” “há 2 dias ficou rouco e tosse ladrante”. “dificuldade
para respirar”... laringotraqueíte/crupe viral..
-------//--------- 2ª AULA -------//-----------
Caso 5 – Lactente 8 meses com febre + tosse há 4 dias. Mãe deu banho frio com medo de convulsão.
“não dar banho frio em criança com febre” Tax 39,5; FR: 56. Roncos difusos “secreção solta nas grandes
vias áreas” retração gradil costal na área de inserção do diafragma a cada inspiração. 56 irpm.. (>50 e
entre 2m-12m) = pneumonia. Indicação de internação pela tiragem subcostal Conduta é a internação
hospitalar + penicilina cristalina. Ele não melhorou em 2 dias no hospital... FALHA TERAPEUTICA. Fiz rx e
tinha derrame pleural... faço a toracocentese e analise do liquido pleural, em caso de empiema:
drenagem + manter penicilina...
INFECÇÕES VIAS AEREAS INFERIORES: <25% das infec respiratórias agudas mas responsáveis por >80%
das mortes.
PNEUMONIA
- bacteriana [para a CM é a Pneumonia por microorganismo típico] QUADRO GRAVE/AGUDO
- atípica QUADRO INSIDIOSO
- BRONQUIOLITE (viral) SIBILOS
“nas crianças menores de 5 anos exceto no período neonatal os vírus são as principais causas de
pneumonia”
Há uma infeção viral que precisa reconhecer e não tratar com antibiótico.
PNEUMONIA BACTERIANA
ETIOLOGIA
Variam conforme idade
>1-2meses:
- S. pneumoniae (pneumococo) MAIS COMUM!
- S. auerus: concentra-se no primeiro ano de vida;
Quando pensar?
Grave (sx insuf resp; UTI);
Complicações:
*na maioria das vezes evolui com derrames pleurais;
*formação de pneumatoceles [imagem cavitária de paredes finas] ≠ abscesso que são espessas c/
nível hidroaéreo.
porta de entrada cutânea (abscesso, impetigo). Na pneumonia staphylococcica é até possível que
o Staphylococo seja inspirado, porém o mais comum é vir pela pele [disseminação hematogênica].
RN/ <2meses:
S. agalactiae (grupo B)
Gram-negativos entéricos
QUADRO CLÍNICO DA PNEUMONIA BACTERIANA
No adulto (pensar em natureza hiperaguda [tosse, febre alta, calafrio]. Por mais que a pneumonia
bacteriana na criança seja aguda, não é tãããão hiperaguda assim... ela começa com pródromos
catarrais. Conforme os dias vão se passando ela passa a ter uma tosse mais intensa e febre alta. Surge a
PRINCIPAL alteração no ex. físico que é a taquipneia. Ou seja, nos primeiros dias vocÊ trata a criança
como resfriado comum, depois ela retorna prostrada. Por isso importante orientar retorno se piora.
Sinais clássicos: estertores; alteração na voz falada... problema: não é fácil ver na criança.. não espera
sinais clássicos!
Sinais de gravidade: fácil perceber que é grave quando criança está em franca insuficiência respiratória.
Existem alguns mais sutis:
TIRAGEM: a principal é a subcostal [intercostal não é muito valorizada...] A tiragem subcostal é uma
retração da caixa torácica durante a inspiração.
BAN: batimento de ASA NASAL. A criança pequena é altamente dependente da respiração nasal. A
criança dilata as narinas em uma tentativa de reduzir o seu trabalho respiratório.
GEMÊNCIA/GEMIDO: som que surge quando a criança exala através de uma GLOTE PARCIALMENTE
FECHADA. Por quê? Para aumentar sua capacidade residual funcional [que como alvéolos estão cheios
de exsudato, ela está diminuída] Na hora de exalar você contrai a glote e esse aumento da pressão é
uma tentativa de aumentar a capacidade residual.
CIANOSE: É o grave comprometimento da insuficiência respiratória.
Uma saturação em ar ambiente <92% indica necessidade de oxigenoterapia. Se apesar da oferta de O2
por máscara não subir para >92% é indicação para IOT.
DIAGNÓSTICO COMPLEMENTAR
Não precisa.
A radiografia de tórax não é sempre obrigatória. Para quem eu faço?
1 – para o paciente que será hospitalizado
2 – paciente com comorbidades
Quando solicita, um RAIO-X:
- ele vem NORMAL NÃO AFASTA O DIAGNÓSTICO! Porque as alterações radiográficas são posteriores às
manifestações clínicas.
- não existe nenhum padrão radiográfico que seja patognomônico de uma determinada etiologia; porém
alguns padrões são sugestivos. PADRÃO DE HIPOTRANSPARÊNCIA HOMOGENEA DIFUSA = é a tradução
radiográfica de todos os alvéolos daquela região preenchidas por um exsudato. A certeza de que isso
significa líquido no interior dos alvéolos é quando surge um aerobroncograma [contraste entre ar e
liquido]. Cuidado para não confundir com o timo = sinal da barco a vela.
TRATAMENTO: Definir tto ambulatorial x hospitalar.
CINCO PRINCIPAIS INDICAÇÕES DE INTERNAÇÃO
1. Idade <2 meses [pode ir para insuficiência respiratória muito agudamente]
2. Comprometimento respiratório grave (aqueles sinais BAN, satO2 <92%, tiragem subcostal)
3. Sinais gerais de perigo (comprometimento estado geral) (torporosa, sepse... dois importantes:
VOMITA TUDO O QUE INGERE; INCAPAZ DE ACEITAR LÍQUIDO)
4. Doença de base (ex: imunodeprimidas, fibrose cística [exacerbações pulmonares]; anemia
falciforme).
5. Complicações radiológicas (principal: formação de derrame pleural; infiltrado pulmonar nos dois
pulmões no RX; abscesso).
Outras: risco social; não melhora no ambulatório; falta de garantia de seguimento [são indicações
gerais em pediatria]
TTO:
AMBULATORIAL:
>2 meses: Amoxicilina 50mg/kg/dia 8/8h ou 12/12h(não precisa dose dobrada; porém USA e OMS
sugerem dose dobrada). Ainda que seja um pneumo de resistência intermediaria, a concentração da
amoxicilina no pulmão é muito maior que nos seios nasais. DURAÇÃO: 7 DIAS! Alternativa: Penicilina
procaína IM 1x/dia por 7-10 dias (S. pneumoniae principal agente a cobrir)
SEMPRE REAVALIAR! Em 48-72 horas [começou recusar alimento, recusar liquido].
HOSPITALAR <2meses: Ampicilina + Aminoglicosídeo (S. galactiae e Gram-negativos entéricos)
HOSPITALAR >2meses: Penicilina cristalina. Se falta de penicilina cristalina, pode usar Ampicilina IV;
amoxicilina com clavulanato IV. (S. pneumoniae principal agente a cobrir)
Se pneumonia muito grave (taquipneia + tiragem subcostal + franca insuficiência respiratória; dependente
de O2): Oxacilina (S. aureus) + Ceftriaxone (S. pneumoniae; haemophilu produtor de beta-lactamase).
2 – sem derrame pleural. Resistencia a penicilina. Daí substituo para oxacilina + ceftriaxona.
Caso 6: lactente dois meses: tosse seca hemetizante há duas semanas.. nasceu com parto normal, sem
intercorrencia no fim da 1ª semana de vida teve que buscar cuidado por conjuntivite QUE AINDA NÃO
MELHOROU. F:68, sem ruídos adventícios na ausculta pulmonar. Veja que ela tem manifestações
extrapulmonares (ESPECIFICAMENTE A CONJUNTIVITE) e está com quadro insidioso por durar 2
semanas... dois meses de idade, sugere: PNEUMONIA AFEBRIL DO LACTENE. Agente etiológico é C.
trachomatis. Hemograma com eosinofilia. Principal dx diferencial nesse caso pensar na coqueluche.
TTO: mesmo da coqueluche que também é AZITROMICINA (pode ser eritromicina)
PNEUMONIA BACTERIANA ATÍPICA
Há dois tipos: 1 – Pneumonia atípica pelo Mycoplasma. 2 – Pneumonia afebril do lactente
1. Quadros insidiosos... arrastados...; pode ficar doente por uma semana. 10 dias... (as típicas não duram
uma semana, ou cura ou morre...)
2. Estão associadas a manifestações extrapulmonares.
3. Não melhoram com Penicilina.