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274-Texto Do Artigo-701-1-10-20190408
274-Texto Do Artigo-701-1-10-20190408
ENGENHARIAS
SISTEMAS DE ACIONAMENTO PARA PONTE ROLANTE
RESUMO
ENGENHARIAS
Palavras-chave: Ponte rolante. Motores de indução trifásicos. Inversores de frequên-
cia.
ABSTRACT
This article discusses the most commonly used drive systems for rolling bridges. It stud-
ies the drive systems with three-phase induction motors for application in rolling bridg-
es. The work was developed based on problems verified in the field and the minimum
specifications necessary to ensure the proper functioning of the rolling bridge attending
to the needs of the process and the safety of people. The solutions presented are based
on the specifications required for the process. It presents the possible gains that can
be obtained with a technological update for equipment that have been in operation for
many years and the components used are no longer manufactured.
1 INTRODUÇÃO
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apresentam mais as características originais de funcionamento, provocando constantes
falhas e alto custo de manutenção.
Uma ponte rolante, que é utilizada para retirada da produção, não pode ter fa-
lhas constantes, provocando perdas de produção, nem tão pouco ter um custo de ma-
nutenção elevado, comprometendo o resultado esperado do negócio. (Pinheiro 2015)
Quando ocorre uma situação onde o resultado do negócio é afetado pela inefi-
ciência de um determinado equipamento, faz-se necessária uma intervenção, a fim de
restabelecer as condições adequadas de operação e, em alguns casos, implantar melho-
rias que possibilitem um aperfeiçoamento desenvolvimento do equipamento.
Com isso, torna-se necessária uma atualização tecnológica para se manter a con-
tinuidade do equipamento em operação, possibilitando a realização de uma manutenção
adequada e uma disponibilidade que atenda aos requisitos operacionais da produção.
Langui (2001) em seu trabalho fala sobre os ganhos de produtividade que podem
ser obtidos com o uso das pontes rolantes, fala, também, das informações que são ne-
cessárias para a especificação de uma ponte rolante, de forma a garantir o atendimento
às necessidades da área de produção de uma fábrica.
Seelig (2007) aborda a reforma de uma ponte rolante de 650 toneladas, que teve
como objetivo a substituição de motores de anéis por motores tipo gaiola de esquilo.
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Também foram apresentados os resultados obtidos após a reforma, onde se podem ob-
servar vários ganhos, tais como a melhoria na dinâmica dos acionamentos e redução dos
níveis de ruído, devido a não utilização de chaves eletromecânicas.
Além disso, a preocupação com a segurança das pessoas que operam estes equi-
pamentos, assim como com as que estão em sua proximidade, tem exigido um controle
preciso de posicionamento de cargas e restrições quanto a manobras que não podem
ser realizadas pelo operador.
2 DESENVOLVIMENTO
A ponte rolante, objeto deste estudo, tem vários anos em operação e não se
encontram mais peças do sistema de controle de velocidade dos motores para substitui-
ção, sendo necessárias constantes recuperações de equipamentos elétricos obsoletos,
que mesmo após a recuperação, não apresentam mais as características originais de
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funcionamento, provocando constantes falhas.
Além do custo elevado das rodas, há também custos com guindastes e a indis-
ponibilidade da ponte. Cada troca de roda necessita de 3 mecânicos durante 4 horas de
trabalho.
Nas figuras 1 e 2, pode ser visto o motor de rotor bobinado, que é utilizado para
o movimento de translação da ponte.
Figura 1: Motor de translação da ponte Figura 2: Motor de ventilação do motor
de translação da ponte
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Fonte: o autor Fonte: o autor
Os motores trifásicos tipo rotor bobinado são máquinas robustas e de alto con-
jugado, mesmo em baixas velocidades. Apesar destas características importantes, o seu
uso vem sendo abolido na indústria, principalmente em novas instalações, devido ao seu
custo elevado, quando comparado com motores tipo gaiola de esquilo. Atualmente, ain-
da representam a grande maioria dos motores empregados nas instalações industriais.
(Côrtes, 2010).
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O motor de rotor bobinado é constituído de duas partes principais: rotor e esta-
tor. O rotor deste motor, como o próprio nome já diz, é bobinado, tendo um enrolamen-
to trifásico, acessível através de três anéis em contato com escovas coletoras fixadas em
suportes, chamados de porta escovas. O porta escova possibilita, além da fixação das
escovas, a instalação de molas que mantêm as escovas sob pressão, garantindo um bom
contato elétrico e, ainda, a fixação de cabos elétricos que são levados para fora do motor
até a caixa de ligação.
Os motores tipo gaiola de esquilo trifásica, por serem robustos e mais baratos,
são muito utilizados na indústria atualmente, principalmente pela disponibilidade de
sistemas de acionamento que possibilitam controle de velocidade e partidas suaves.
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É comum a utilização de motores com dupla polaridade, quando se deseja ter
uma partida mais suave sem o uso de sistemas de partida mais complexos.
Segundo Telles (Telles, 2010), neste tipo de motor é empregado o sistema conhe-
cido como de enrolamento por polos consequentes e deve-se notar que uma velocidade
é sempre a metade da outra, e para alterar a velocidade deste motor, será preciso alterar
a conexão dos terminais externamente, o que é feito através de contatores.
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Figura 3: Sistema de partida com motor de rotor bobinado
A Villares, que fabricou pontes rolantes durante muitos anos, utilizava para con-
trole dos motores de rotor bobinado um sistema chamado Varicont. Esse sistema é com-
posto por resistores e reatores controlados, ligados em série.
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O controle da variação da impedância rotórica é feito através dos reatores, que
possuem duas bobinas, sendo uma ligada em série com o rotor e outra utilizada para
controle.
Ao ser percorrido por uma corrente elétrica CC, a bobina de controle provoca a
saturação do reator, fazendo com que a impedância altere de acordo com a intensidade
da corrente. Esta corrente elétrica é definida de acordo com a velocidade desejada.
É necessário que se tenha uma atenção especial neste caso, pois há uma redução
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no toque do motor, devido à redução da tensão, e por este motivo este sistema só é
utilizado nos movimentos da translação da ponte e do carro.
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Esta característica dificulta o uso de sistemas de controle de aproximação, pois é
necessário, a uma distância ainda longa para operação, interromper o acionamento do
motor para entrada dos freios mecânicos e garantir a parada. Para isso, é necessário que
seja considerado velocidade máxima da ponte e o tempo de parada após a interrupção
do acionamento do motor. Assim, quando a ponte está em baixa velocidade, a uma
distância ainda longa, o acionamento do motor é interrompido e a ponte para a uma
distância que impede uma aproximação necessária entre as pontes rolantes.
O objetivo dos cálculos das potências dos motores é garantir que os novos moto-
res sejam adequados para realizar os acionamentos
Para realizar os cálculos podem ser adotados, como referência, o manual de es-
pecificação de motores da empresa SEW (2017) e o guia de especificação de motores da
WEG (2017).
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potência mais próxima da calculada no catálogo do fabricante do motor, considerando a
potência igual ou imediatamente superior a calculada.
Com os dados do motor é possível que se faça uma comparação entre o conjuga-
do de partida e o conjugado de regime. Esta comparação define se o motor é capaz de
acionar a carga do repouso até a condição nominal de velocidade.
Os motores de translação não têm uma carga constante, com isso o método de
cálculo precisa de uma atenção especial.
A seção mínima para cabos em circuitos de força deve ser de 2,5 mm², conforme
NBR 5410.
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O critério de ampacidade trata a máxima corrente que o condutor pode conduzir
conforme o tipo de linha elétrica.
O critério de sobrecarga tem como objetivo garantir que, após definido o disposi-
tivo de proteção, o ajuste seja adequado aos limites máximos de condução de corrente
do condutor.
Para a realização dos cálculos dos condutores, podem ser adotados os métodos
indicados em Filho (2013).
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Para proteção contra sobrecarga do sistema de elevação, podem ser utilizadas
células de carga, que possibilitam o monitoramento da carga que será içada e com esta
informação é possível bloquear o acionamento impedindo que a manobra seja realizada.
Para deter choques do carro nos finais de curso também pode ser utilizado o
mesmo método, pois não haverá perda de espaço de trabalho pelo bloqueio do movi-
mento do carro antes do final do curso.
Para que se tenha sucesso nas manutenções, é essencial que os profissionais que
fazem a manutenção tenham o conhecimento necessário para realização das atividades.
Outro fator de grande importância é a segurança das pessoas que trabalham nas manu-
tenções. Portanto o plano de manutenção deve ser realizado por profissionais qualifica-
dos e devidamente autorizados por técnico habilitado.
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Após a entrada em operação, devem ser feitos ajustes nas frequências das manu-
tenções que deverão ser feitas por profissionais devidamente qualificados e autorizados.
A manutenção nos painéis elétricos deve ser realizada buscando identificar: fa-
lhas em conexões elétricas que se apresentam por sinais de aquecimento nas conexões
do circuito de potência; falhas nas vedações dos painéis que podem permitir a entrada
de poeira ou água e a necessidade de fixação dos componentes, uma vez que a ponte
rolante é um equipamento móvel e esta movimentação pode provocar o afrouxamen-
to de parafusos. Outra consideração é observar as recomendações dos fabricantes de
equipamento com relação à vida útil dos componentes da instalação, que são dadas em
horas ou número de manobras.
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS
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gaiola de esquilo, dois pontos se destacam: a manutenção e a operação.
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Com o sistema de acionamento por inversores é possível um controle preciso da
velocidade durante a aproximação e também de posicionamento, seja entre pontes ou
no fim de curso do carro. Desta forma, foi projetado que quanto mais próximo de outras
pontes ou do fim de curso do carro, a velocidade é limitada através de informações de
sensores de distância, o que garante que o corte do acionamento seja feito somente a
uma distância segura e suficiente para não causar acidentes.
REFERÊNCIAS
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PINHEIRO, J. C.. Projeto e Desenvolvimento de uma Linha de Pontes Rolantes Padroni-
zadas para uma Empresa Metal Mecânica. Panambi, Brasil, 2015.
SEELIG, F. S. Substituição dos Motores Anéis por Motores Standard. Revista ciências
exatas: Universidade de Taubaté(Unitau), São Paulo, 2007.